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Gravuras de Vieira da Silva na Guarda

por Correio da Guarda, em 09.06.13

 

 

     Na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda está patente, até 14 de Julho, a exposição "Gravuras de Vieira da Silva".

    Esta mostra pode ser visitada de terça a sexta das 16h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00, aos sábados das 15h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00 e aos domingos das 15h00 às 19h00.

    A exposição tem entrada livre.

 

     Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), nasceu em Lisboa, no seio de uma família que cedo estimula o seu interesse pela pintura, pela leitura e pela música.

     Estuda desenho, pintura e escultura em Lisboa e, em 1928, parte para Paris para frequentar as aulas de escultura de Bourdelle, na Academia da Grande Chaumière, e de Despiau, na Academia Scandinave, técnica que abandona em 1929 para se dedicar exclusivamente à pintura.

Trabalha com Dufresne, Waroquier e Friez e inicia-se na gravura no Atelier 17 de Hayter. Frequenta as aulas de Fernand Léger e de Bissière nesta fase de intensa descoberta e experimentação. Em 1930, ao casar com o pintor Arpad Szenes (1897-1985), de origem húngara, Vieira da Silva perde a nacionalidade portuguesa. Por não voltarem nesse ano à Hungria, tornam-se ambos apátridas. Pintora de temas essencialmente urbanos, revela desde muito cedo preocupação com a expressão do espaço e da profundidade.

    Em 1932 conhece a galerista Jeanne Bucher, que desempenha um papel decisivo na sua carreira, ao organizar a sua primeira exposição individual no ano seguinte. É nesta galeria que Vieira da Silva descobre a obra de Torres-García, que a marca profundamente. Em Portugal, as suas obras são vistas pela primeira vez na Galeria UP, em 1935, numa exposição organizada pelo surrealista António Pedro.

    No ano seguinte, Vieira da Silva expõe com Arpad Szenes no seu atelier de Lisboa. A ameaça da II Grande Guerra traz o casal a Lisboa, onde tenta obter a nacionalidade portuguesa e que lhes é recusada, o que os leva a partir para o Brasil em 1940. Instalam-se no Rio de Janeiro, onde convivem com intelectuais e artistas, como Cecília Meireles e Murilo Mendes. O desenraízamento e sobretudo a angústia da guerra reflectem-se na pintura de Vieira da Silva.

    No Brasil expõe no Museu Nacional de Belas Artes (1942) e na galeria Askanazy (1944), no Rio de Janeiro, e no Palácio Municipal de Belo Horizonte (1946). Em 1946, Jeanne Bucher organiza a sua primeira exposição individual em Nova Iorque, na Marian Willard Gallery. No ano seguinte Vieira e Arpad regressam a Paris.

   A década de 50 traz a Vieira da Silva inúmeras exposições importantes, em França e no estrangeiro (Estocolmo 1950, Londres 1952, São Paulo 1953, Basileia e Veneza 1954, Caracas 1955, Londres 1957, Cassel 1959, entre outras) e a sua pintura assume-se no primeiro plano. Em 1956, Arpad Szenes e Vieira da Silva naturalizam-se franceses. O Estado francês adquire obras suas a partir de 1948 e atribui-lhe várias condecorações, a primeira em 1960. Vieira da Silva acumula vários prémios internacionais e, partir de 1958 organizam-se retrospectivas da sua obra, por toda a Europa.

    Em Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian mostra a sua obra em 1970. Em 1983, o Metropolitano de Lisboa propõe-lhe a decoração da estação da Cidade Universitária. Em 1990, em Lisboa, é criada a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva cujo Museu, dedicado à obra dos dois pintores, abre ao público em 1994. Pintora da Segunda Escola de Paris, Maria Helena Vieira da Silva destaca-se no panorama da arte internacional.

 

Fonte: TMG

 

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publicado às 19:08

Gravuras de Vieira da Silva expostas na Guarda

por Correio da Guarda, em 01.06.13

 

     Na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda (TMG) vai ser inaugurada hoje, pelas 18 horas, exposição “Gravuras de Vieira da Silva”.

    Esta exposição ficará patente até 14 de Julho.

    A Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva conta no seu espólio com uma significativa colecção de gravura de Maria Helena Vieira da Silva.

    De um conjunto de 286 gravuras foram seleccionadas 33, pela sua representatividade técnica – abrangem desde o buril à águatinta, serigrafia e litografia; pela sua data de produção, que vai dos anos 1960 a 1991, ou seja, todo o período de maturidade da artista; e ainda pela sua diversidade temática e plástica, de representações mais abstractas a representações figurativas, todas elas resultantes de um similar percurso da artista na pintura.

   Este conjunto que se apresenta na Galeria de Arte do TMG é, deste modo, um percurso gráfico revelador de um outro percurso, o pictórico.

    Tratando-se de múltiplos e obras sobre papel e, consequentemente, emolduradas sob vidro, é mais fácil a sua itinerância e a sua exposição em pequenas galerias e espaços culturais, dando a conhecer a todos os públicos a obra da maior artista plástica portuguesa do século XX, nascida em Lisboa em 1908.

    Pintora da Segunda Escola de Paris, MariaHelena Vieira da Silva destaca-se no panorama da arte internacional.

    A pintora ganhou vários prémios internacionais e, partir de 1958, organizam-se retrospectivas da sua obra, por toda a Europa. Morreu em Paris em 1992.

    A exposição tem entrada livre e poderá ser visitada de terça a sexta das 16h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00, aos sábados das 15h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00 e aos domingos das 15h00 às 19h00.

 

    Fonte: TMG

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publicado às 14:47

Quadros de Eduarda Lapa expostos em Trancoso

por Correio da Guarda, em 14.10.08

 

No Centro Cultural de Trancoso vai decorrer entre 15 e 21 de Outubro a segunda Exposição de Quadros de Eduarda Lapa, do lote de 71 quadros e objectos pessoais doados ao município de Trancoso pela sobrinha da pintora, Maria Manuela de Almeida Lapa e Passos. Este certame é promovido pela Trancoso Eventos.
Eduarda Lapa (1895-1976) nasceu em Trancoso a 15 de Outubro de 1895, frequentou o Liceu de Coimbra mas movida pela sua vocação artística moveu-se para Paris onde conviveu com alguns dos melhores artistas plásticos da época.
Em Paris frequentou as Academias de Emílio Renard, Chaumière e Moderne. Regressada a Portugal, começou a expor os seus trabalhos, tendo realizado a sua primeira exposição nos Paços do Concelho de Trancoso em 1917.
Foi discípula de Malhoa, trabalhou com Vieira da Silva e Arpad Szenes.
Eduarda Lapa ficou conhecida como “ A Pintora das Flores” retratou em pinturas a óleo nos mais diversos matizes e espécies, mas também a vida à beira-mar, as “marinhas” e multicolores paisagens que nas suas telas ganharam outra vida, num colorido fino, no gesto do pincel mais perfeito…
Realizou a Primeira Exposição de Arte Naturalista em 1944 e esteve presente em diversos certames nacionais e internacionais. Está representada em várias colecções particulares, em instituições e Museus. As suas Obras a óleo e pastel valeram-lhe o reconhecimento e a atribuição de vários prémios e distinções: a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu-lhe a Medalha de Honra da Cidade em 1950 foi condecorada com o colar da Ordem Oficial de Santiago.
Eduarda Lapa faleceu em Lisboa em Setembro de 1976.
O espólio doado à Câmara Municipal de Trancoso, pela sobrinha Maria Manuela, vai integrar um Museu dedicado à artista onde serão recolhidos os quadros, objectos de uso quotidiano, insígnias, comendas e dois vestidos de Eduarda Lapa usou por ocasião da despedida do Rei de Itália.
 

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publicado às 17:28


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