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A Urgência Pediátrica e o Internamento da Pediatria do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher passam a funcionar, a partir de amanhã, nas instalações do Hospital Sousa Martins, na Guarda, recentemente reabilitadas.
Esta mudança – segundo a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda – visa “proporcionar melhores condições de conforto, segurança e qualidade na prestação de cuidados de saúde às crianças e suas famílias, inserindo-se no plano de melhoria contínua” das suas das infraestruturas.
As instalações requalificadas foram preparadas para responder “às necessidades clínicas e humanas das equipas e utentes, refletindo o compromisso da instituição com a modernização dos serviços de saúde na região.”
Os acompanhantes de doentes que entrem, a partir de hoje, no serviço de urgência da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG) vão receber SMS a informar quais o exames efetuados e o local em que se encontram, definindo o seu trajeto na estrutura hospitalar.
A informação divulgada, na tarde de hoje, pela ULSG. De acordo com a nota difundida sobre este assunto pela ULSG assim que "o número de telemóvel seja adicionado ao processo do utente, o acompanhante recebe informação através de SMS sobre indicação do estado do episódio de urgência."
“É como uma Santuário, a Guarda. Vêm aí acolher-se milhares de crentes da Religião da Esperança, pedindo o restabelecimento da saúde e da vida; a volta do seu sonho interrompido”. Assim escrevia José Augusto de Castro no início do século XX, a propósito da mais alta cidade portuguesa, numa alusão ao Sanatório guardense, que foi referência nacional e mesmo além fronteiras.
Hoje, os decrépitos e abandonados pavilhões do antigo Sanatório Sousa Martins, que agonizam no Parque da Saúde, são bem o símbolo de um período difícil durante o qual decorreu a dura batalha contra a tuberculose e outrossim do lamentável estado em que se encontra esta cidade no campo assistencial…
A Guarda já não é, definitivamente a Cidade da Saúde e corre o risco de a ela ficarem associados dramáticos epítetos se a capacidade de resposta por parte da principal estrutura da saúde continuar a ser a que tem existido nos últimos anos, e sobretudo nos últimos meses…
Esta é uma realidade muito preocupante e com consequências que há muito tempo são previsíveis, sem que tenha havido as medidas adequadas, a coragem de serem assumidas decisões, o indispensável apoio do poder central que – como se tem visto noutras áreas – não tem apoiado (na justa e adequada dimensão) o interior em setores que são fundamentais para incentivar a fixação de pessoas, mantendo um discurso oscilante em função de calendários eleitorais.
Quem tem tido a necessidade de recorrer aos serviços hospitalares certamente não divergirá muito do que aqui dizemos…
Assim, é urgente e primordial uma estreita cooperação de todos para se ultrapassarem os problemas do presente, preparando sem demagogia o futuro desta região, de forma a recuperar “o sonho interrompido”, na expressão de José Augusto de Castro, o republicano que dirigiu “O Combate”.
H.S.
O Bloco de Partos do Hospital Sousa Martins está encerrado, desde as 9 horas de hoje, até às 9 horas de amanhã, dia 13 de setembro.
Esta "contingência", como é referido na nota distribuída à comunicação social pela Unidade Local de Saúde da Guarda, ocorrerá também no dia 16 de setembro, no período das 9 às 15 horas. "O Conselho de Administração e a equipa médica do Serviço de Obstetrícia da ULS da Guarda não se têm poupado a esforços para evitar falhas nas escalas do Serviço", é afirmado na informação que foi divulgada.
Nos dias mencionados "manter-se-á o normal funcionamento do Serviço de Urgência Ginecológica e Obstétrica. Mantém-se a Urgência Interna com normal funcionamento."
Este aviso, que foi colocado nas Urgências do Hospital Sousa Martins, na Guarda, deve merecer a atenção e grande preocupação de todos nós, residentes ou não na área de influência desta unidade de saúde.
São conhecidas as carências de profissionais, em diversas valências; insuficiências e necessidades cíclica e repetidamente acentuadas; alheamento do poder central, ainda que amortecido de quando em vez por uma outra promessa fugaz. De promessas, adiamento da resolução dos problemas, desconsideração por quantos aqui vivem e trabalham estamos todos fartos.
Este, não só pela forma como pelo conteúdo, é um sinal de um alarme já numa graduação muito elevada! E não esqueçamos que este é um tempo de muitas diferenças, de pandemias, de resiliências…tempo de não poder adoecer!...
Espera-se a Urgência adequada para que não continue a ser recorrente uma insuficiência de meios e condições num Hospital cuja relevante ação e resposta à região onde está inserido deve ser lembrada e reforçada.
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