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“Rewind It deixou de ser um programa semanal e passou a ser um canal cultural direcionado numa vertente inteiramente underground que em breve terá transmissão contínua e mais surpresas por o meio”. A afirmação é de Luís Sequeira (que adotou nome artístico de B.Riddim), produtor/compositor e MC nascido na Guarda, e foi feita a propósito da evolução de um projeto radiofónico que iniciou há cinco anos atrás.
Rewind It surgiu em Novembro de 2013 mas ideia germinava há mais tempo, como nos referiu Luís Sequeira que materializou o projeto após um convite da Rádio Altitude.
“Sediado em Londres, o programa sempre teve o intuito de dar a conhecer essencialmente nomes nacionais através de entrevistas e Dj/Live Sets. Com o tempo tornou-se uma espécie de porto de abrigo para alguns nomes, caso de Diogo, Pedro Arruda, Eskerda e Techtouch entre outros, onde se começou a preparar o futuro. Sessões com um Line Up diversificado, curadoria de Labels/Promotores convidados. Tentar levar algo às pessoas que têm dificuldade em sair ou porque não podem ou porque não querem. Quando digo "preparar o futuro" significa que o objetivo sempre passou por tornar Rewind It uma editora mas antes disso criar eventos e conseguir unir um rooster sólido de forma a nos apresentarmos com maior coerência e consistência”.
Um processo gradual, empenhado num contínua afirmação e crescimento, sem esquecer que a expansão não seria, de imediato, global “porque as redes sociais têm hoje em dia um impacto crucial no desenvolvimento de um nome ou marca e nesse contexto há muito a fazer.” Reconhece autor deste projeto.
Para Luís Sequeira, “o feedback sempre foi positivo e muita gente tem demonstrado respeito e apreço por aquilo que se tem feito. Ao mesmo tempo verificámos que é fácil falar e difícil concretizar; neste contexto não posso deixar de lembrar que as pessoas viram as costas muito facilmente quando há obstáculos. Tenho a sorte de contar com uma equipa que acredita neste projeto e, gradualmente, tudo vai ganhando uma melhor definição e solidez”.
Entretanto a criação do projeto Guarda Records, liderado igualmente por Luís Sequeira, cruza-se com Rewind It, associando o nome da cidade mais alta de Portugal. “Na verdade, como B.Riddim, a única coisa que acaba por estar mais interligada é o facto de ser um dos raros espaços onde faço Dj Sets. Recebo muita música, algumas coisas acho que devem ser partilhadas e foi como uma forma de não deixar isso ganhar pó; criei o projeto e fui host do show durante anos até conseguir ter as ideias mais organizadas.
Tudo isso fez sentido quando comecei com os eventos em Londres. Inicialmente, com uma parceria com H30H, da 30porumalinha, foi criado Be Kind Rewind. Depois avancei sozinho, acabando por conhecer duas pessoas que são cruciais para isto ter mais cor: Sam Kirton e Angie Newton; juntos começámos a delinear um novo plano”, esclareceu Luís Sequeira.
Assim, acrescentou, “criou-se uma editora que na prática surgia mais como um coletivo apoiando várias vertentes artísticas em Londres. Honrando as minhas raízes, foram eles que decidiram o nome. Toda a imagem é fruto do trabalho da Angie. O Sam é um ótimo programador e está responsável pela criação da plataforma de Rewind It na web e a App que já está disponível para Android e IOS.
A finalidade é editar nomes que temos em mente mas neste momento, investir e unir forças em prol de Rewind It porque sentimos que pode ser um canal que permitirá, a muita gente, expor ideias e projetos.”
De referir que a plataforma de Rewind It está aberta ao público, em geral, mediante um registo, permitindo o acesso a conteúdos exclusivos e a determinadas ferramentas que vão ser de grande utilidade no âmbito artístico. “Não nos circunscrevemos apenas à música apesar de ser a nossa primeira aparência”, esclarece Luís Sequeira.
Questionado se Guarda Records vai dar uma nova amplitude ao Rewind it este jovem guardense disse-nos que “para além do esforço do Sam e da Angie, isto permitiu-me focar em desenvolver novas ideias e incluir mais gente nesta família. Lacroixx entrou, Skalator também, Diogo permaneceu com uma residência mensal fazendo a linha entre Norte América e Europa. Eskerda deixou a sua rubrica como Dj Left mas seguiu numa vertente mais sua. Pedro Arruda está também aí! A família continua a crescer com Lorac, Nicson, Matt Wills, Jason Hogans, Genetically Modified Beats e Lynx Tungur, entre outros; gente da América Latina, Norte da América, Europa e África”.
Luís Sequeira manifesta a sua convicção de que haverá uma evolução contínua ao nível de web “o que vai proporcionar maior dinâmica e melhor interação entre os colaboradores tendo em conta que muita gente nem se conhece pessoalmente. No futuro esperamos juntar todas estas caras! Quem sabe num mini-festival ou algo assim. O presente é o que conta e sabemos que estamos no caminho certo. Rewind It deixou de ser um programa semanal e passou a ser um canal cultural direcionado numa vertente inteiramente underground que em breve terá transmissão contínua e mais surpresas pelo meio.”
Luis Sequeira nasceu na Guarda onde estudou e residiu (aqui impulsionou o projeto G-Ward) até iniciar, em Madrid, a sua formação na área de engenharia de som. A capital espanhola foi, aliás, o ponto de partida para novos rumos. A sua experiência passa, além de Portugal, por países como Espanha, Canadá, México e Reino Unido.
"(In)Theory", "Magic My Ear" e “Bubble Clocks" são os vinis que tem já editados, com selo da editora londrina Third-Ear.
“Magic My Ear” é o mais recente trabalho de B. Riddim e o segundo EP editado com a chancela da Third-Ear (Londres). Recorde-se que esta editora londrina editou em 2012 o vinil “(In)Theory”, deste artista, um disco alvo de elogiosas referências por parte da crítica.
B.Riddim é Luis Sequeira (natural da Guarda), residente em Londres.
“Conhecido pela sua influência no projecto de Hip-Hop/ Rap G-Ward, aparecendo como Bellatur, Luis seguiu a sua paixão pela cultura da Jamaica, mais concretamente o Dub, utilizando diversos elementos electrónicos que chegam a identificar-se mas que no seu conjunto soa original e único. Música deste cariz espera-se encontrar proveniente de Bristol, derivado da sua história musical”. Refere a nota informativa distribuída pela Third-Ear.
De acordo com aquela editora de Londres, “o ritmo 4/4 tem maior ênfase neste trabalho que no EP anterior “(In)Theory” mas em geral é uma inércia contínua numa disputa entre o baixo e batida resultando num “groove” e num fluxo de melodias old-school/rave e arpégios.”
O Dub e a sua sensibilidade psicadélica são os protagonistas de “Transformed Love” e “Magic My Ear”, temas de duas das faixas deste recente vinil de B. Riddim.
“Noutro sentido, com particular influência das tendências acid house onde se mistura com imponentes baixos e um vaivém de batidas em “Dropping Your Soul”. Em “Left Side”, o grave do som oscila com uma subtileza e energia de flutuação sonora muito própria”, acrescenta a informação da Third-Ear.
Para B.Riddim, este EP acaba por fazer mais sentido, “tendo em conta que é a linha actual de som” que tem “vindo apresentar ao vivo com uma conotação muito mais “Clubbing”.
De acordo com as suas palavras, permite-lhe “entrar em vários universos musicais” dos quais tem tido “grande influência, e direccionar tudo isso numa vertente mais “dançável” e menos experimental. Tal como o anterior EP, os temas já têm alguns anos porém emanam a energia desejada e a dose mais que recomendada de graves.”
B. Riddim acrescenta que continua a ter elementos muito característicos” na sua “sonoridade com toda a linha mais acid/psicadélica, linhas de baixo bem conotadas ao dub e uma tridimensionalidade sonora que se expande por caminhos por vezes muito experimentais.”
O tema “6300 Bars”, do guardense B. Riddim , foi uma das músicas escolhidas em recente selecção da Boogaloo Radioshow (Bogaloo Radioshow on Play.fm), com apresentação deMatthias Desch; trecho musical que referencia a Guarda, através do código explicito, e integra o EP (In Theory) a lançar – amanhã - pelo editora londrina Third-Ear.
Igualmente o trabalho “In Theory” mereceu destaque na página de “recomendações” da conhecida Boomkat
Ver mais em:
https://www.facebook.com/pages/BRiddim/124495014264686
http://boomkat.com/downloads/recommendations/grid
A música de B.Riddim vai animar a noite desta sexta-feira, 4 de Fevereiro, no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda.
B. Riddim é o nome artístico adoptado por um jovem produtor/compositor e MC nascido na Guarda. A sua experiência passa já, além de Portugal, por países como Espanha, Canadá ou México.
De referir que algumas editoras estrangeiras, como Monkey Dub Records e Mambo Records, contam já com trabalhos seus e este ano serão lançadas novas produções, nomeadamente, um vinil intitulado de “6300 Bars”, editado pela Third-Ear, de Londres; no Verão um EP em digital pela Monkey Dub, de Montreal (Canadá).
B. Riddim define o seu trabalho actual como “uma aproximação” ao que pretende ser o sem “futuro som. Situa-se, hoje, dentro das vertentes do Future Dub, Dubstep, Ambiente com fusão demasiadamente evidente do Reggae/Dub mais cru.”
Acrescenta que o “broken beat é claramente uma marca” porque “ainda me remeto muito ao hip-hop; por vezes a cadência é para rima...apesar de não chegarem a aparecer neste tipo de sonoridades... Aí introduziria o IDM! Algo mais recortado”.
B. Riddim considera que não se movimenta apenas “num só estilo...movimento-me pelas minhas influências de sempre...onde me sinto mais livre para criar”.
Referindo-se ao espectáculo de hoje, no Café Concerto do TMG (a partir das 23.59), B. Riddim adianta que irá apresentar o seu último projecto – ainda não editado – que “inclui momentos de real prazer musical. É uma composição sequenciada e tocada no momento com o puro feeling de um Live Act”.
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