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Na Guarda vai decorrer a partir de hoje e até 1 de Maio a quarta edição da Feira Ibérica de Turismo (FIT).
A Câmara Municipal da Guarda, que organiza este certame, volta a apostar na sua internacionalização, sendo Cabo Verde o país convidado e a Extremadura a região de Espanha em destaque.
Dado que no corrente ano a Organização das Nações Unidas assinala o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, a FIT associa-se também a essa celebração, dando o seu contributo para a consciencialização da importância do turismo sustentável na distribuição da riqueza, contribuindo para um maior desenvolvimento económico e social dos territórios.
A edição deste ano da FIT dará também especial destaque aos operadores e serviços mais diretamente ligados ao Turismo da Natureza. No que diz respeito a esta temática, a Câmara Municipal da Guarda vai também apresentar na FIT o projeto dos “Passadiços do Mondego” que se desenvolve entre a Barragem do Caldeirão e a Aldeia de Videmonte, numa distância de aproximadamente 11 km. Este projeto tem por objetivo valorizar o património natural da Guarda e de toda a região.
De referir que os principais objetivos da FIT são promover o setor do turismo ibérico, fomentar o intercâmbio transfronteiriço, estimular o relacionamento comercial e o progresso dos vários setores e segmentos da economia e, consequentemente, o desenvolvimento dos territórios. A Guarda tem uma localização privilegiada na península ibérica, estando equidistante das duas capitais, entre Madrid e Lisboa, sendo por isso uma plataforma estratégica para a realização de um certame desta natureza. A feira tem vindo a afirmar-se como uma plataforma transfronteiriça no panorama ibérico dos eventos ligados ao Turismo, uma oportunidade singular de divulgação, promoção, captação e desenvolvimento de fluxos turísticos e de valorização dos recursos.
A FIT é inaugurada oficialmente hoje, dia 28 de Abril, às 15h00, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Regiões de Turismo, agências de viagens, hotéis, termas, associações de municípios, autarquias, empresas ligadas ao desporto de aventura ou gastronomia destacam-se entre os cerca de uma centena e meia de expositores portugueses e espanhóis. O espaço da Feira conta com uma área coberta de 8.750m2 e um percurso de quase 1km (998,30m) para visitar todos os standes; este ano o certame tem uma zona de apresentações e outra destinada a negócios.
A feira funcionará entre as 12h00 e as 00h00, mas há exceções: no primeiro dia, o certame abre ao público às 15h00 e no último, dia 1 de maio, a FIT (recinto de exposição) encerra às 20h00, mas a área de Restauração e de animação encerra às 00h00. Os bilhetes para a Feira estarão à venda no local (Parque Urbano do Rio Diz), sendo que o ingresso diário custa 2 euros e o geral - para os quatro dias - custa 5 euros. As crianças até aos 12 anos têm entrada gratuita. A feira decorre no Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda.
Fonte: CMG
O Turismo de Saúde e Bem-Estar tem vindo a suscitar uma nova atenção por parte de empresários investigadores que reconhecem como necessária a rentabilização das potencialidades existentes no nosso país, e mormente nesta região do interior.
Como tem sido sublinhado em encontros e debates sobre a referida temática, este é um mercado a desenvolver; aliás, em termos mundiais, estima-se que o sector atinja, no corrente ano, 100 biliões de dólares.
Valorizar o posicionamento turístico do destino Portugal – considerado um dos países da Europa mais rico em águas termais – e promover a sua internacionalização são dois dos objetivos do Cluster do Turismo de Saúde e Bem-Estar de Portugal. A sua comissão instaladora, formalizada há alguns meses atrás (composta por docentes do ensino superior, investigadores e empresários) fez notar que nos principais destinos de turismo de saúde e bem-estar se destacam os segmentos de termalismo, talassoterapia, turismo médico e turismo estético.
O documento que fundamentou a consolidação deste Cluster destaca importância do turismo da saúde e bem-estar na sociedade hodierna, bem como a diversidade das regiões turísticas de Portugal e a “saudável concorrência entre destinos turísticos às escalas regional e global”; por outro lado, alerta para a “indispensabilidade do enquadramento científico, designadamente ao nível de linhas de investigação por patologias e por terapias harmonizadas e validadas, que permitam assegurar a excelência dos tratamentos e a segurança dos utentes”.
A evolução deste setor passa, também, por ministrar preparação adequada aos profissionais de saúde e turismo que trabalham ou pretendam vir a desenvolver a sua atividade neste segmento turístico; daí que seja defendido o incremento da formação e investigação no âmbito do turismo de saúde e bem-estar.
Refira-se que em Portugal existem 36 estabelecimentos termais em atividade, 20 dos quais localizados na região centro, onde têm surgido iniciativas orientadas para a adesão de novos utentes, dentro dos vários escalões etários. Algumas estâncias termais lançaram já ações tendentes a fomentar o termalismo júnior, em especial para destinatários com problemas respiratórios, uma ação que procura preparar o futuro, com a criação de hábitos junto dos mais novos e potenciais utilizadores no futuro. As termas não proporcionam apenas tratamentos mas oferecem igualmente espaço de repouso e lazer, na generalidade dos casos rodeado de relaxante cenário natural e ambiental.
Evidenciar o tratamento termal como alternativa ao uso de anti-inflamatórios e de outros tratamentos “globalmente mais vantajosa, sem efeitos nocivos secundários no organismo e que garante uma melhor qualidade de vida” foi o objetivo de algumas iniciativas que decorreram nos últimos dois anos, nomeadamente nas Termas de São Pedro do Sul.
A diminuição do consumo de fármacos e dos dias de baixa por doença pode aplicar-se a várias patologias, como demonstram, inequivocamente, alguns estudos feitos em vários países.
A oferta das termas portuguesas é variada, sendo indicadas para diferentes tipos de doenças, como, por exemplo, do foro osteoarticular, respiratório, digestivo e dermatológico. A composição específica das águas minerais naturais e a sua temperatura, em articulação com o ambiente termal e técnicas adequadas, respondem, com eficácia comprovada, a um vasto conjunto de situações, sempre sob orientação médica.
Atendendo ao número de estâncias termais na nossa região, o turismo de saúde e bem-estar poderá assumir um eminente papel no desenvolvimento económico e social das localidades onde brotam “águas da saúde”. Esta rentabilização passa, necessariamente, e à semelhança do que se verifica noutros países, por um trabalho e cooperação interdisciplinar; por uma estratégia conjunta e pela definição, objetiva, de especificidades e complementaridades.
E este é um desafio para ser assumido, de imediato. (H.S.)
In O Interior, 20Dez2012
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