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A Câmara Municipal de Manteigas procedeu, recentemente, à libertação do inseto parasitoide Torymus sinensis, utilizado no controlo da praga que afeta os castanheiros.
A vespa da galha do castanheiro está presente em toda a região Norte e Centro do país e em Manteigas de forma bastante evidente. Esta é a terceira ação de luta biológica encetada por aquele município nos últimos anos.
Nesta recente ação houve lugar a 28 largadas do agente parasita, distribuídas pelos locais de maior concentração de soutos e castinçais do concelho.
A vespa das galhas do castanheiro (Dryocosmus kuriphilus) é uma praga que causa avultados prejuízos à produção de castanha e de mel, caracterizando-se pelo aparecimento de protuberâncias nas folhas e ao longo dos ramos, vulgarmente designadas por galhas, que atrasam o desenvolvimento da árvore e consequentemente a diminuição da produção.
O concelho de Manteigas detém uma considerável mancha de castanheiros, com origem e utilização ancestral.
A Câmara Municipal de Manteigas procedeu ontem à libertação do parasitoide específico utilizado no controlo da praga que afeta os castanheiros. A vespa-da-galha-do-castanheiro está presente no território daquele concelho de forma bastante evidente, tendo-se realizado 20 largadas do agente parasita (suportado inteiramente pelo município), em todos os locais de maior concentração de soutos e castinçais.
O Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu é um inseto conhecido com o nome vulgar de “vespa-da-galha-do-castanheiro” que ataca vegetais do género Castanea, induzindo a formação de galhas nos gomos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ramos e a frutificação, podendo diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha e conduzir ao declínio dos castanheiros.
O controlo da vespa-da-galha-do-castanheiro tem única e somente um modo de luta autorizado, a luta biológica, que é realizada exclusivamente através da introdução de um inseto parasitoide específico, o Torymus sisnensis. A vespa-da-galha-do-castanheiro é o mais perigoso inimigo do castanheiro até agora conhecido e contínua em expansão no Norte e Centro do país. A introdução e fixação no território nacional do parasitoide Torymus sinensis é a única possibilidade de controlo desta praga.
A fixação deste parasitoide é difícil, sobretudo no primeiro ano. No entanto, se puder desenvolver-se em boas condições, poderá dispersar-se até quatro quilómetros do local das largadas, colonizando o território e controlando, a médio prazo, a vespa das galhas.
O concelho de Manteigas detém uma considerável mancha de castanheiros, com origem e utilização ancestral, sendo necessário defender o valor paisagístico, ecológico e cultural que caracteriza Manteigas e a sua envolvente.
(Fonte: CMM)
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