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O património da Igreja “é muito diferenciado porque a fé das gerações que nos antecederam, ao longo dos séculos, proporcionou que se manifestasse em materialidade das formas mais diversificadas”. Afirmou a Diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, Fátima Eusébio, no decorrer do terceiro Fórum Património, Cultura e Turismo que decorreu na passada sexta-feira, 16 de fevereiro, em Seia, organizado pelo Departamento do Património, Cultura e Turismo (DPTC) da diocese da Guarda.

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Fátima Eusébio salientou que ao nível do património religioso material “temos edifícios de grande impacto, como as catedrais, mas temos depois outros edifícios como as pequenas ermidas em locais completamente inóspitos”. A Diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja disse que “não devemos intelectualizar muito o património e esquecer a parte afetiva”, sublinhando a necessidade de ser estabelecido um equilíbrio, e alertando ainda para “tudo o que está numa Igreja tem um simbolismo”.

Na sua intervenção neste Fórum, que decorreu no Espaço Museológico da Santa Casa da Misericórdia de Seia, Fátima Eusébio defendeu que tem de ser dada maior atenção ao património imaterial da Igreja.

O Fórum Património, Cultura e Turismo – que anteriormente tinha sido já realizado na Guarda e na Covilhã – teve por objetivo a sensibilização dos párocos da diocese egitaniense e da comunidade em geral para a salvaguarda e promoção do património religioso, a da apresentação dos objetivos e linhas de atuação do DPCT, “no sentido de uma maior e eficaz colaboração”.

Como foi salientado pela Coordenadora do DPCT, Dulce Borges, as principais competências daquela estrutura diocesana são a “promoção da dimensão evangelizadora do património cultural da Diocese, cuidando a pastoral do turismo e o diálogo com iniciativas culturais da sociedade civil”.

Este departamento está integrado no Secretariado Diocesano da Cultura e Comunicação que tem como objetivos cuidar a cultura e os bens culturais, a comunicação social e as relações-públicas da Diocese.

O programa do Fórum que decorreu em Seia, integrou uma intervenção do Bispo da Diocese, D. Manuel Felício, seguindo-se a apresentação do DPCT pela sua Coordenadora, Dulce Helena Borges, com uma comunicação intitulada “Departamento de Património Cultura e Turismo da Diocese da Guarda: objetivos e desafios”. Hélder Sequeira interveio com o tema “Comunicar (n)a Diocese”, enquanto Carlos Caetano apresentou uma comunicação intitulada “Entre o passado e o futuro: o lugar do Património na Igreja de hoje”.

Aires Almeida apresentou uma comunicação intitulada “Porquê um Regulamento para a gestão e proteção do património e bens culturais da Diocese da Guarda” e Gonçalo Fernandes falou sobre “Itinerários turísticos e património religioso. Desafios de valorização territorial”. Rita Saraiva apresentou a comunicação “Arquitetura de Culto e Memória: Igreja da Misericórdia de Seia” e o programa do Fórum foi concluído com a intervenção de Fátima Eusébio subordinada ao tema “Salvaguardar e valorizar os bens culturais da Igreja; estratégias e dinâmicas na Diocese de Viseu”.

Neste Fórum Património, Cultura e Turismo Bispo da Guarda, referindo-se ao património religioso da Diocese, disse ser uma realidade que “precisa de ser conhecidas, precisa de ser cuidada, precisa de ser acompanhada, precisa de ser apresentada e também fruída nos lugares próprios de também noutros ambientes que as circunstâncias proporcionem”. Manuel Felício acrescentou que estes bens têm de ter “quem os cuide, os apoie e apresente”, os quais se podem transmitir uma mensagem, “podem também atrair pessoas às nossas terras”.

O Bispo da Guarda destacou, noutra passagem da sua intervenção, o papel do DPCT “neste trabalho de formação e informação”.

 

 

 

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publicado às 23:18

Festival Internacional de Cinema Ambiental em Seia

por Correio da Guarda, em 05.09.23

 

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Na cidade de Seia vai decorrer, de 5 e 13 de outubro, a 29ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela. O festival terá lugar na Casa Municipal da Cultura e este ano assenta numa maior aposta em obras cinematográficas.

O CineEco é um evento cultural de natureza internacional de temática ambiental, organizado pelo Município de Seia desde 1995 de forma ininterrupta. Em todas as edições e em todas as secções ou atividades a entrada é gratuita, prestando um serviço público.

É o único festival de cinema exclusivamente ambiental em Portugal e um dos festivais de cinema de ambiente mais antigos do mundo. Através das experiências multiculturais, o CineEco ajuda a descrever e compor um panorama do pensamento mundial atual sobre estas questões e proporciona aos espetadores momentos de conhecimento e reflexão, com a ambição de gerar comportamentos transformadores e de participação.

Concorreram cerca de 300 filmes dos vários cantos do mundo, tendo sido selecionados 66, de 27 países diferentes.

No festival, é já frequente poder assistir-se a antestreias nacionais ou mundiais de alguns filmes dedicados ao tema ambiental, como aconteceu com EO de Jerzy Skolimowski em 2022, ou mesmo a filmes que se revelaram depois ser o primeiro filme candidato a Óscar, como foi o caso de Ice Merchants de João Gonzalez, em 2022.

Ao longo de cada edição, para além das várias secções competitivas, organiza um conjunto de atividades, onde se incluem conversas com realizadores, exposições, ações de educação ambiental com escolas, entre outros, contribuindo para uma cidadania ativa no domínio do desenvolvimento sustentável e valorização do território e enriquecimento do conhecimento ambiental e cinematográfico.

Realiza ao longo do ano, uma vasta rede de extensões por todo o país, proporcionando ao público filmes desta temática, constituindo-se como um dos muitos fatores diferenciadores do festival.

O CineEco é membro fundador da Green Film Network, uma plataforma de 39 festivais de cinema ambiental, sendo organizado pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas. Conta ainda com a Lipor como patrocinador principal e com o apoio financeiro da DGArtes.

 

 

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publicado às 00:14

Festival de Cinema Ambiental da Serra da Estrela

por Correio da Guarda, em 06.08.22

 

A vigésima oitava edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela (Cine Eco), que decorre em Seia entre os dias 8 e 15 de outubro de 2022, tem 70 filmes incluídos na seleção oficial.

Este ano estão representados maisde 25 países , sendo Portugal, França, Espanha e Alemanha, os que têm maior número de trabalhos a concurso. Novas ‘pandemias’, doenças emergentes, fraudes alimentares, pecuária sustentável, luta de povos nativos, são algumas das temáticas abordadas.

Após um périplo por Cabo Verde e Portugal (incluindo os Açores) com várias extensões já realizadas este ano em diversas cidades portuguesas, e da participação no Fórum Mundial da Água, no Senegal, no mês de março, avizinha-se uma das mais representativas edições do festival Cine Eco em Seia, após dois anos de Pandemia que, ainda assim, não impediram a realização deste icónico Festival em 2020 e 2021.

Na Competição Internacional de Longas-Metragens figuram 11 documentários. Será possível ver o filme sensação da edição deste ano do Festival de Cannes, a adaptação do clássico de Robert Bresson, “Au Hasard Balthazar”.  No que diz respeito à Competição Internacional de Curtas Metragens participam26 documentários e filmes de ficção de vários países como Irão, Senegal, Chile, Rússia, Austrália, Sérvia, Cuba e vários países europeus.

A categoria Séries e Reportagens Televisivas integra11trabalhos que versam sobre temáticas tão diversas como a agricultura intensiva, fraude alimentar, novas oportunidades da agricultura sustentável, educação ecológica subaquática, o degelo, o papel das abelhas. Na Competição de Longas-Metragens em Língua Portuguesa figuram 4 películas de Portugal e Brasil; na Competição de Curtas Metragens concorrem13 filmes e, já na Competição Panorama Regional, estão a concurso 5 trabalhos.

TAMING THE GARDEN (1).jpg © Taming the Garden

 

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publicado às 08:49

Mário Branquinho: dinamismo cultural e social

por Correio da Guarda, em 05.02.22

 

Mário Branquinho é o principal rosto do CineEco, um “dos festivais mais antigos do mundo neste género cinematográfico”, como afirmou ao CORREIO DA GUARDA. “Esta notoriedade tem sido ganha pelo percurso seguido, pelos desafios vencidos e por muitas ousadias levadas à prática”, acrescentou ainda.

Apostado no desenvolvimento de Seia, e do interior, Mário Branquinho diz-nos que “só sonhando alto, com os pés assentes na terra, podemos fomentar o seu desenvolvimento. E o CineEco é uma prova dessa afirmação, fruto de uma vasta equipa, que ano após ano inova e se lança em novos desafios”.

E é com espírito dinâmico e empreendedor que projeta a construção de um Centro de Artes no Sabugueiro, como nos adianta nesta entrevista onde aborda, igualmente a sua passagem pela política autárquica que abandonou e assim pretende permanecer. “Foi uma experiência enriquecedora, saí com muitas histórias para contar. O meu contributo para a comunidade é agora exercido em exclusivo na ação de cidadania, longe de ambientes político-partidários.”

Com o Mestrado em Animação Artística o nosso entrevistado é Técnico Superior do Município de Seia, responsável e programador da Casa Municipal da Cultura de Seia, coordenador do Seia Jazz & Blues, Diretor e fundador do CineEco e membro da Direção da GFN Green Film Network, com sede na Áustria. Autor dos livros de escrita criativa “Sentido Figurado”, (1996); “O Mundo dos Apartes”, (2002), “Estranhos Dias à Janela” (2015) e “Cinema Ambiental em Portugal, filmes do mundo em 25 anos de CineEco – 1995-2020” (2021), que vai ser apresentado no próximo dia 12 de fevereiro.

 

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Quem é o Mário Jorge Branquinho?

É alguém que gosta de fazer, que não gosta de estar parado. Que gosta de viver e envolver pessoas em projetos inovadores e desafiantes. Alguém que procura dar contributos para o desenvolvimento local, com espírito de missão, desafiando outros a fazer o mesmo.

 

O interesse no associativismo começou bem cedo. Como surgiu e que projetos foram desenvolvidos?

O Associativismo começou na minha aldeia, o Sabugueiro, quando jovem, através da criação de uma associação cultural, fazendo teatro, jornalismo, cinema e mais tarde como Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Seia, incrementando iniciativas estudantis.

Nessa altura frequentava muitos cursos de teatro, dinâmica de grupos, serigrafia, jornalismo e outras ações promovidas pelo FAOJ da Guarda, hoje Instituto da Juventude, com Saraiva Melo e Américo Rodrigues. Foram ações que me marcaram e me ajudaram a criar este caminho de programador cultural.

 

E como ocorreu a sua ligação à atividade teatral? Durou quanto tempo? Que memórias guarda?

Nessa altura tínhamos o Grupo de Teatro do Sabugueiro, que levou à cena várias peças, das quais a mais emblemática foi O Doido e a Morte, de Raul Brandão, com a qual participámos no Ciclo de Teatro do Inatel, pelas freguesias. Tínhamos também cursos de teatro orientados pelo Américo Rodrigues e outros na Pousada da Juventude das Penhas Douradas. Tudo isso, levou-me a ser Bolseiro do FAOJ durante um ano, procurando incrementar o associativismo juvenil no concelho de Seia.

 

No seu percurso está também uma estreita ligação com a rádio e a imprensa. Quando iniciou esta colaboração ativa com a comunicação social e quais foram os momentos ou períodos mais marcantes?

Simultaneamente fui escrevendo para jornais locais e regionais, assim como depois em rádios locais e regionais.

O primeiro embate que tive, foi um texto no Jornal Porta da Estrela de Seia, dando conta de que uma Comissão de Festas tinha dado uma parte dos lucros à igreja e a outra parte a tinha aplicado na compra de uma ambulância para a população. E rematava a notícia, perguntando se “o senhor padre era contra o progresso da freguesia?”. No domingo seguinte o pároco leu a notícia na missa, perguntou, furioso quem era o autor da notícia, levantei a mão, e ripostou que era o último dia que vinha dizer missa.

À saída tinha metade da aldeia contra mim, porque iriam ficar sem padre por causa de uma notícia. A pressão foi muita nos dias seguintes, para pedir desculpa, mas tal não aconteceu, nem o padre se foi embora.

Na Rádio comecei na Rádio Beira Alta, em Seia, depois, ainda no tempo das “rádios pirata”, tive a minha própria rádio, Rádio Clube Serra da Estrela (RCSE), que durou 9 meses e que foi para mim uma grande escola. Tinha quase 100 colaboradores a vários níveis, mas num domingo de Páscoa, obviamente nenhum foi fazer rádio e por isso, estive eu o dia todo a passar música, publicidade e a dizer as horas. Ao fim da tarde batem à porta, era um casal com uma travessa de bolos e vinho do Porto, porque se aperceberam da minha maratona radiofónica e quiseram ser simpáticos.

Mais tarde, criei uma produtora, que fazia as manhãs da rádio na RBA, que foi legalizada e relançámos o Jornal Noticias da Serra, durante algum tempo semanal e depois quinzenal.

Paralelamente ia colaborando com jornais regionais e nacionais, e fui durante vários anos correspondente da Rádio Altitude, a convite do Hélder Sequeira, o que foi uma excelente experiência.

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Há uma maior paixão pela rádio ou pela imprensa? Continua a colaborar?

Fazer rádio no final dos anos 80 e primeiros anos da década de 90 era mágico. Da minha parte era mais informação, noticias, debates e entrevistas. Aqui e ali, alguns passatempos. Era a magia da rádio e toda a gente na cidade estava a ouvir, porque se fazia muita interação e as pessoas reviam-se na rádio da sua cidade. A imprensa também seduzia, pelo clima criativo que se vivia e sobretudo pelas crónicas que escrevia, o que mais tarde deu origem a alguns livros de crónicas numa lógica de escrita criativa.

No ano dois mil, enquanto proprietário do jornal, fui pela primeira vez ao Brasil, a um congresso da imprensa regional portuguesa, numa delegação da UNIR, que aproveitou para se integrar nas comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.

Por coincidência, fui o primeiro a sair do avião, em Salvador da Bahia, onde estava uma equipa de reportagem da TV Globo, à espera da comitiva de jornalistas portugueses e me entrevistou, por ser o primeiro a sair do avião. No dia seguinte fizeram comigo e com o meu companheiro de Viagem Luciano Dias, filmagens do nosso primeiro dia, no Brasil, 500 anos depois de Pedro Alvares Cabral ali aportar. A reportagem passou depois no Fantástico, programa de maior audiência no Brasil, naquela altura.

 

A Rádio, na nossa região, continua a ter futuro?

A Rádio passa por dias difíceis dada a grande concorrência, sobretudo das redes sociais, mas tem de se reinventar constantemente. Em termos de conteúdo tem de criar impacto e sobressalto, ainda que por lapsos de tempo. Não pode ser com programas mansos e politicamente corretos, na perspetiva de passar despercebida.

Em termos tecnológicos, tem de saber conjugar-se com as novas tecnologias, em interação com as redes sociais e outras ferramentas online, como complemento. Levar os cidadãos da região para dentro da programação, como atores que se revejam e por outro lado, funcionando como agitador de consciências, estimulando à participação dos cidadãos nas causas e coisas públicas. Estimular a participação no exercício critico permanente. E sem ser derrotista, proporcionar condições para o incremento de maior vigilância e escrutínio junto dos políticos locais, para o cumprimento da missão.

Entendo que tudo isto se faz por ciclos, porque em tudo que é competitivo, o maior desafio é manter por muito tempo os desempenhos em alta. Como em todas as áreas criativas, na rádio, o melhor está sempre para vir, e não se pode nunca dormir à sombra de um qualquer pequeno êxito. Por isso, também a rádio tem futuro se em cada estação se introduzir inovação constante.

 

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O que acha do jornalismo que é, atualmente, feito no interior?

Há um grande esforço por arte daqueles que se dedicam a esta nobre profissão, mas entendo muitas das dificuldades por que passam. Conheço bom e mau jornalismo, quer a nível nacional quer regional. Destacam-se os não preguiçosos, os que não fazem fretes, os que sabem promover a região e os que não vergam aos interesses. Os que vão além do jornalismo de comunicados e de agências.

Há nalguns jornais uma falta notória de criatividade para cativar leitores, conjugando o papel com o suporte digital, como complemento. Defendo inclusivamente projetos que juntem vários suportes, papel e online, vertendo neste último o jornal, a rádio e a televisão, quando possível. Jornalismo em pacote, numa lógica de complementaridade e de criação de escala; independentemente disto poder ser provocador e considerado descabido ou demasiado ambicioso.

 

O CineEco, de quem é o rosto principal, continua a ser uma das suas paixões. Como começou este projeto e quais foram as principais dificuldades em afirmar este festival?

Esta é outra conversa, mas que vem no seguimento do meu trabalho para a comunidade. Em meados da década de 90, acumulei a minha função de animador cultural do município de Seia com a de bolseiro da Associação de Telecentros Rurais de Portugal, que me permitiu viajar muito pelo Interior de Portugal e pela Europa e conhecer nas realidades.

Portugal estava a despertar para os fundos comunitários decorrentes da nossa adesão à então CEE, em 1986. Nessa altura colaborei com outros jovens do interior de Portugal na disseminação do espírito das associações de desenvolvimento rural. O objetivo era procurar estimular as pessoas a incrementar pequenos negócios, numa lógica de desenvolvimento sustentado.

Entre muitas iniciativas que lancei e ajudei a incrementar, destaco a realização de um concurso de vídeo sobre ambiente, em 1994, no âmbito dessa participação europeia e no quadro de trabalhador do município. A iniciativa correu bem e foi o impulso para propor ao então Presidente da Câmara a organização de um festival de cinema de âmbito internacional, e que fosse além das temáticas da paisagem, mas de ambiente em geral.

Procurámos parceiros e em pouco tempo o município de Seia tinha a adesão do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), do Instituto de Promoção Ambiental, da ADRUSE e da Região de Turismo. Nesta corrida, tive um aliado importante, o Nuno Santos de Gouveia, que tinha ganho o primeiro prémio do concurso anterior e era funcionário do PNSE. Depois convidámos o Lauro António para diretor artístico e eu mantive-me como diretor executivo, que garantia meios e organização.

Em 2012, depois de uma experiência falhada com a organização do Indie Lisboa, fui convidado para assumir a direção artística e daí para cá, essa tem sido a minha responsabilidade. Naturalmente que organizar um evento desta dimensão numa região do interior é muito mais desafiante do que numa região muito cosmopolita, por isso procuro não me cansar, porque sei que só sonhando alto, com os pés assentes na terra, podemos fomentar o seu desenvolvimento. E o CineEco é uma prova dessa afirmação, fruto de uma vasta equipa, que ano após ano inova e se lança em novos desafios.

 

Passados estes anos, como vê o CineEco, em termos mundiais?

O CineEco é uma referência no panorama internacional, desde logo porque é dos festivais mais antigos do mundo neste género cinematográfico. Esta notoriedade tem sido ganha pelo percurso seguido, pelos desafios vencidos e por muitas ousadias levadas à prática.

Anualmente temos a melhor produção de cinema ambiental nas competições, convidados de todos os cantos do mundo e pontualmente fazemos ações que atraem atenções internacionais. Uma delas foi a realização do primeiro fórum mundial de festivais de cinema de ambiente, que decorreu no CineEco de 2018 e o segundo em 2019, atraindo a Seia diretores de 35 festivais de todo o mundo, além de outros reputados oradores.

A participação no Fórum Mundial da Água, em Brasília, a convite da organização e agora a perspetiva de nova participação no Fórum que decorrerá em Dakar, no Senegal, através da organização de Mostras de curtas sobre a temática da água.

O facto de termos sido um dos fundadores da rede de festivais de cinema de ambiente, a Green Film Network, na qual sou secretário da direção e que junta 40 festivais de todo o mundo, é outro fator de afirmação. Para este ano, estamos a preparar uma Mostra de filmes em Cabo Verde e outra em Maputo, Moçambique.

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Qual a importância do CineEco para a educação ambiental?

O CineEco cumpre uma missão de serviço público muito relevante e isso deve-se desde logo à vontade do município em apostar nesta vertente, disponibilizando o espólio fílmico a escolas e universidades de todo o país.

Neste momento há 84 entidades em Portugal que acolhem o festival em extensões, e a grande maioria inclui a componente de serviço educativo, através de curtas e “curtinhas de animação”.

E o entusiasmo é tanto maior quanto mais defendemos que o cinema é uma importante ferramenta de promoção dos valores ambientais, sobretudo nos dias de hoje, em que o tema faz parte das preocupações das pessoas, porque se percebeu, finalmente, que o fenómeno das alterações, climáticas, por exemplo é uma coisa muito séria, e não romantismo de ambientalistas.

 

Sendo um dos mais antigos festivais dedicados à temática ambiental, como pensa este evento para os próximos anos?

Para o futuro o CineEco tem de continuar a surpreender e estou certo de que o município reafirmará o seu posicionamento no incremento desta área artística.

Seia, que tem o seu Centro de Interpretação da Serra da Estrela, deve assumir esta centralidade e responsabilidade, atraindo indústrias criativas e eco inovadoras, sobretudo realizadores, produtores e distribuidores, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e posicionamento internacional. Através do estreitamento de relações com o IPG, que desde o início esteve sempre envolvido e a própria Universidade da Beira Interior, com curso de Cinema, e várias estruturas culturais da Comunidade Intermunicipal, pode-se atrair indústrias de cinema e projetos inovadores e amigos do ambiente, com destaque para residências artísticas e eventos paralelos.

O triângulo – cinema, ambiente e turismo – será primoroso para alavancar ainda mais a região, a partir deste festival de referência e diferenciador.

 

Vai apresentar, a 12 de fevereiro, um livro intitulado “Cinema Ambiental em Portugal”. É uma obra dedicada ao CineEco? E que interpelações coloca com este trabalho?

Este é um livro que me senti na obrigação de escrever, para contar na primeira pessoa o historial de um festival com mais de um quarto de século.

Um percurso que assinala filmes e personalidades do mundo, do estado do cinema ambiental em Portugal e das dinâmicas desenvolvidas ao longo dos anos, em Seia, uma cidade do interior do país, que resiste no panorama cultural nacional.

A edição é do Município de Seia e da Associação de Arte e Imagem de Seia e conta com o apoio da Direção Geral do Ambiente, do ICA — Instituto de Cinema e Audiovisual, da Lipor, da Câmara Municipal de Lisboa | Capital Verde Europeia, Ciência Viva e Turistrela.

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Há outras publicações suas em agenda?

Há sempre ideias. Falta tempo e oportunidade. Quando surgirem estes últimos, certamente que haverá mais obras.

 

Dirige a Casa da Cultura de Seia. Quando começou a sua ligação a esta estrutura cultural?

Há quase 20 anos que desempenho a tarefa de responsável desta estrutura cultural de Seia, enquanto Técnico Superior do município.

 

Quais os eventos ou iniciativas que destaca, até agora, enquanto programador?

A programação da Casa da Cultura, sobretudo ao longo destes quase 20 anos, tem registado vários fenómenos na oferta cultural ao concelho e região.

Desde logo, porque além do cinema comercial exibido ao longo do ano, com duas sessões semanais, contempla alguns eventos âncora e programação pontual de várias áreas artísticas.

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Destaco por isso, o CineEco, enquanto evento maior e que cumpre em 2022 a sua 28ª edição, o Seia Jazz & Blues, que vai na sua 17ª edição, o Festival de Artes - Artis, organizado agora pela Associação de Arte e Imagem em parceria com o município. Em termos de adesão de público, já houve anos com cerca de 50 mil espetadores por ano, número que nos últimos anos antes da pandemia se situou na casa dos 35 mil.

Depois de dois anos de pandemia, estamos agora a recuperar alguma normalidade, com uma candidatura à DGArtes, depois da certificação desta estrutura que passou a integrar a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.

 

As estruturas culturais do distrito têm trabalhado isoladas ou em rede?

Sim, tem sido feito um trabalho notável ao nível da programação em rede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), com vários projetos culturais e comunitários em rede, sobretudo na área da música, teatro e dança.

A própria candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura deu mais um contributo para o reforço da rede, que está de novo no terreno com o Festival Cultural da Serra da Estrela, que contempla uma bolsa artística com projetos de cada um dos 15 concelhos e que terão oportunidade de se apresentar em diferentes concelhos.

 

E como tem sido a sua experiência autárquica? Tem projetos para os próximos anos?

Fui durante 3 mandatos líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Seia e no último mandato, de 2013 a 2017, nessa qualidade desempenhei o cargo de Presidente da Assembleia da Comunidade Intermunicipal – CIMBSE. Todavia abandonei a política autárquica e assim pretendo permanecer.

Foi uma experiência enriquecedora, saí com muitas histórias para contar. O meu contributo para a comunidade é agora exercido em exclusivo na ação de cidadania, longe de ambientes político-partidários.

 

Como vê, atualmente, a realidade social, económica e cultural do interior?

Vejo com muita dificuldade, a possibilidade de se virar uma página se não se mudar de mentalidades dos agentes políticos, de quem muito depende. O que se verifica é que os governos são cada vez mais centralistas e cada vez menos descentralizadores, o que aumenta as dificuldades dos agentes económicos e culturais da região.

A própria Ministra da Coesão confessou a sua impotência para inverter a situação. Os políticos do Interior que são eleitos para lugares da administração, sobretudo para o Parlamento, terminam todos numa subserviência muito grande à lógica do líder do partido e pouco fiéis às necessidades da região. Assumem um discurso na oposição e outro completamente diferente na governação.

Perante este cenário pouco encorajador, resta aos resistentes que ficam, o redobrar de forças, aumentar entusiasmo e dinamismo para empreender lógicas de desenvolvimento sociais, económicas ou culturais.

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O que gostaria de ver concretizado a curto prazo?

A curto prazo, o maior empenhamento vai para a necessidade que tenho de resistir à vontade de partir, como a maioria tem feito ao longo das últimas décadas e continuar o percurso de resiliência, para fazer o que estiver ao meu alcance.

Seja no plano profissional, seja no de cidadania. Enquanto cidadão, estou empenhado em novos projetos da Associação de Beneficência do Sabugueiro, que além do trabalho desenvolvido numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosos, desenvolve atividades no âmbito do Projeto Alavanca, para pessoas com dependências alcoólicas nos concelhos de Seia e Gouveia. Tem ainda o Hostel Criativo, que acolhe Residências artísticas de várias áreas.

O próximo projeto será a construção de um Centro de Artes no Sabugueiro, como complemento às atividades do Hostel, para dar resposta ao grande fluxo turístico desta eco aldeia, que tem o seu centro histórico quase todo remodelado e regista mais de 400 camas de alojamento local, hotel e hostel.

 

CORREIO DA GUARDA

 

 

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publicado às 22:25

Livro sobre o CineEco

por Correio da Guarda, em 03.02.22

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Em Seia vai ser apresentado no próximo dia 12 de fevereiro, pelas 21h30, o livro  “Cinema Ambiental em Portugal - Filmes do mundo, em 25 anos de CineEco, Seia, 1995-2020” , da autoria de Mário Jorge Branquinho,  fundador e principal impulsionador de um dos mais referenciados festivais de cinema ambiental do mundo.

Neste livro, o autor Mário Branquinho relata-nos, na primeira pessoa, o historial do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela – CineEco. Escrito durante a pandemia, esta obra baseia-se na experiência vivida pelo fundador, sustentada numa pesquisa feita pelos documentos dos arquivos municipais e do próprio CineEco.

O livro faz justiça à história do festival, uma narrativa marcada por momentos inolvidáveis, atos de coragem e resistência, por histórias emotivas, por pessoas que marcaram a trajetória do CineEco, pelos testemunhos de personalidades do mundo do cinema, das artes, da cultura, investigadores, cientistas e pensadores.

“Senti que era uma obrigação partilhar estas memórias e convidar os leitores a partirem numa viagem pelo passado deste Festival de resistência, que surgiu em 1995 não por modas ou tendências, mas por sabermos que era premente abordarmos a questão ambiental através de uma linguagem tão nobre, como é a sétima arte, o cinema”, afirmou Mário Branquinho.  “Estava longe de imaginar que volvidos 25 anos, o CineEco fosse considerado um Festival de referência a nível internacional, um veículo fundamental na Educação Ambiental em Portugal, com a urgência climática a assumir a agenda da atualidade”, referiu depois o autor deste novo livro.

“Cinema Ambiental em Portugal - Filmes do mundo, em 25 anos de CineEco, Seia, 1995-2020” conta com o prefácio de Fátima Alves, professora associada da Universidade Aberta, Investigadora do Centro de Ecologia Funcional, Ciência para as Pessoas e para o Planeta, da Universidade de Coimbra. A obra é editada pelo Município de Seia e pela Associação de Arte e Imagem de Seia e conta com o apoio da Direção Geral do Ambiente; ICA - Instituto de Cinema e Audiovisual; Lipor; Câmara Municipal de Lisboa - Capital Verde Europeia; Ciência Viva; e Turistrela.

 

 

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publicado às 12:45

"Douce France" vence CineEco

por Correio da Guarda, em 17.10.21

 

O filme “Douce France” conquistou o “Grande Prémio Ambiente – Câmara Municipal de Seia”, no âmbito da vigésima sétima edição do CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela.

A obra de Geoffrey Couanon retrata a aventura ecológica e social de um grupo de jovens estudantes sobre o polémico projeto de construção de um complexo comercial – EuropaCity - na sua terra-natal. Um filme-documentário revelador, que nos leva a refletir sobre os nossos próprios modelos de consumo, a produção agrícola e as escolhas que tomamos, ou não, na nossa comunidade.

Para a Organização do CineEco, este ano “a produção europeia e nacional provou a sua grande vitalidade na abordagem diversa e crítica sobre as temáticas ambientais.

O CineEco em Seia fechou as portas ao grande ecrã este sábado, mas parte em itinerância pelo país já nos próximos meses por associações, teatros, universidades e auditórios.

© Elzévir Films - De Deux Choses Lune. Douce Fr

                                                                                                         © Elzévir Films - De Deux Choses Lune, “Douce France

 

O “Prémio Antropologia Ambiental – Zurich Seguros” coube a “Arica”, de Lars Edman, William Johansson Kalén, um documentário sobre o chamado colonialismo tóxico e que dá a conhecer um inédito julgamento transnacional para apurar a responsabilidade de uma empresa de minério sueca, que chegou a exportar milhares de toneladas de lixo tóxico para a cidade chilena, Arica.

A Menção Honrosa Longa-Metragem Internacional foi conquistada por Svetlana Rodina, com “Ostrov – Lost Island”.

Na Competição Internacional de Curtas-Metragens, a viagem de um grupo de crianças de colónias extraplanetárias rumo a uma Terra inabitável, “Flight to Earth” de Ignacio Rodó, conseguiu o “Prémio Curta-Metragem Internacional - Turistrela”.

Já o “Prémio Educação Ambiental – Associação Mares Navegados” coube ao filme de animação “#fishingtheplastic”, da autoria de Marina Lobo realizadora do igualmente premiado, “Aquametragem” que integrou a competição da 25ª edição do CineEco . Nesta Competição específica, o júri do CineEco 2021 atribuiu 3 Menções Honrosas, a saber: “Migrants” de Hugo Caby, Antoine Dupriez, Aubin Kubiak, Lucas Lermytte, Zoé Devise; “Acorns” de Bradley Furnish e “Centrifugadora” de Ignacio Rodó.

Na Competição de Séries e Reportagens Televisivas, o “Prémio Televisão” rumou para o documentário francês, “Vert de Rage, du charbon dans les poumons (Green Warriors: Coal in the Lugs)” de Martin Boudot que, juntamente com um grupo de cientistas, cidadãos e jornalistas, seguiu na busca pelas provas de contaminação do ar.

A Menção Honrosa nesta categoria foi atribuída a “O lado negro do azeite” de Sandra Cóias e Pedro Rego; “Des legumes dans la ville” de Aurelien Francisco Barros e “Migradores de Longa Distância – Entre o Tejo e o Ártico” de Pedro Miguel Ferreira e Joaquim Pedro Ferreira.

Na Competição de filmes e documentários em Língua Portuguesa, o “Prémio Camacho Costa - Lipor” na categoria Longa-Metragem ficou com Márcia Paraíso e Francisco Colombo para o documentário “Sobre Sonhos e liberdade”, filme que aborda o contexto da abolição da escravatura no Brasil, um dos momentos cruciais da história deste país.

 O “Prémio Curta-Metragem em Língua Portuguesa” foi conquistado por Bruno Lourenço com “Oso”, relato sobre o possível regresso do urso-pardo ao norte de Portugal e os obstáculos criados pelo Homem e pela vontade do urso. As Menções Honrosas ficaram para “A nossa terra, o nosso altar” de André Guiomar e “A Mala” de Diogo Pereira e Angelizabel Freitas, respetivamente nas categorias de Longas-Metragens e Curtas-Metragens.

O jovem senense, Gabriel Ambrósio, conquistou o “Prémio Panorama Regional – Casa da Passarella” com a curta-metragem “Um Quadro de História” sobre a vida das abelhas e do processo de criação de mel. O “Prémio Valor da Água – Águas do Vale do Tejo” seguiu para “Living Water” de Pavel Borecký, um filme que aborda uma bomba-relógio ambiental e a história de luta entre beduínos, engenheiros e agricultores pelo “ouro azul” num dos países mais pobres em termos de recursos de água, a Jordânia.

O Júri da Juventude, composto por um painel de 6 jovens, atribuiu os seguintes galardões em todas as competições: Prémio Juventude Longa-Metragem para “Ophir” de Alexandre Berman e Olivier Pollet; Menções Honrosas foram para “Douce France” de Geoffrey Couanon; “Arica” de Lars Edman e William Johansson Kalén. Prémio Juventude Curta-Metragem atribuído a “Flight To Earth” de Ignacio Rodó com as Menções Honrosas para “Acorns” de Bradley Furnish; Prémio Juventude Séries e Reportagens Televisivas para “O lado negro do azeite” de  Sandra Cóias e Pedro Rego com a Menção Honrosa a seguir para “Plástico, o novo continente (episódio 1)” de Catarina Canelas; o Prémio Juventude Longa-Metragem em Língua Portuguesa para “A nossa terra, o nosso altar” de André Guiomar e Prémio para Curtas-Metragens “Para cá do Marão”, José Mazeda, com as Menções Honrosas  para Curtas-Metragens em Língua Portuguesa atribuídas a “O que não se vê” de Paulo Abreu e “Alma” de Mónica Santos; para o Prémio Juventude Panorama Regional, o júri da juventude escolheu premiar “Um Quadro de História” de Gabriel Ambrósio. Nesta categoria, a Menção Honrosa coube a “O Meu Vento é o Norte” de Mariana Silveira.

Portugal, França e Espanha foram os países com maior representação cinematográfica na Competição Oficial da 27ª edição do CineEco que decorreu na Casa Municipal da Cultura de Seia, entre 9 e 16 de outubro.

Este ano, o mais antigo festival de cinema ambiental do mundo recebeu 93 filmes de mais de 20 países, uma edição marcada pelo regresso do público às salas de cinema, com todas as sessões praticamente esgotadas ainda que tivessem sido salvaguardadas todas as regras de segurança e higiene recomendadas pela Direção-Geral de Saúde.

Como foi referido em nota distribuída pela Organização do Festival, “a partir de Seia, cidade pequena do interior de Portugal, continuamos a construir um Festival para todos e a apostar cada vez mais na produção nacional, sem nunca esquecer o que de melhor se faz em todo mundo. O CineEco voltou a trazer à luz do dia algumas das mais prementes temáticas relacionadas com o Ambiente e já é o centro de discussão das problemáticas que assolam as comunidades e que se relacionam com as alterações climáticas; o lixo tóxico, a poluição atmosférica, a falta de água, entre outros temas. Uma palavra para os jovens que regressaram em força e voltaram a marcar a diferença, quer na apresentação de trabalhos em competição, que na forte afluência ao auditório e cineteatro para participarem nas Ecotalks e restantes atividades paralelas”.

O CineEco é membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental. É organizado há 26 anos pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.

A próxima edição do Festival em Seia tem já data marcada e irá realizar-se entre 8 e 15 de outubro de 2022.

 

 

 

 

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CineEco2021 com duas ante estreias nacionais

por Correio da Guarda, em 02.10.21

 

“I Am Greta” tem estreia nacional marcada na edição 2021 do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que acontece de 9 a 16 de outubro na Casa Municipal da Cultura de Seia.

“La Croisade”, que integrou a categoria “Cinema for the Climate” do Festival de Cannes deste ano, tem também estreia nacional agendada no CineEco. A 27ª edição do Festival conta ainda e, pela primeira vez, com a exibição em simultâneo dos documentários “Une Fois que tu Sais”, “Ophir” e “Arica” no Festival Internacional de Ciência, em Oeiras.

A 27ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela regressa este ano com duas grandes novidades há muito esperadas no mercado cinematográfico nacional.

“I Am Greta” de Nathan Grossman, tem estreia nacional agendada para 13 de outubro, às 21h30, na Casa Municipal da Cultura em Seia. Neste documentário, o realizador acompanha a vida da jovem Greta Thunberg desde o início da greve escolar em 2018, antes mesmo da explosão mediática de que atualmente é alvo. O filme acompanha-a até setembro de 2019 durante a travessia do Atlântico num veleiro que a levou à sede das Nações Unidas para discursar frente a uma plateia de líderes mundiais. Este documentário retrata a luta pessoal de Greta para encontrar um equilíbrio entre a sua adolescência e a exposição mediática. Pode ser, finalmente, visto nas salas de cinema e em estreia absoluta no CineEco.

Outra ante-estreia em território nacional é “La Croisade” filme do realizador e ator Louis Garrel, que integrou o novo departamento do Festival de Cannes deste ano, denominado "Cinema for the Climate”. O documentário é exibido no último dia do Festival, a 16 de outubro, pelas 21h30, depois da atribuição dos vencedores da 27ª edição do CineEco 2021. O filme retrata a história de Abel (Louis Garrel) e Marianne (Laetitia Casta), um casal que descobre que o seu filho de 13 anos vende secretamente bens preciosos para financiar um projeto ambiental ambicioso.

La Croisade.jpg

Extra concurso serão, ainda, exibidos os filmes “O Lago Sagrado – Uma viagem por uma estrada profunda e gelada” de Carla Varanda (realizadora) e Mário Lisboa (fotógrafo), dia 9, na sessão inaugural do Festival; e o documentário de Inês Gil, “Curtir a Pele” a 15 de outubro.

“O Lago Sagrado – Uma viagem por uma estrada profunda e gelada” transporta-nos numa viagem pela maior massa gelada de água doce existente no mundo, na Rússia, um local que tem tanto de belo como de potencial em conhecimento científico, atualmente ameaçado pelas mudanças climáticas. Mário Lisboa fotografou o lago Baikal, viajando cerca de 300 quilómetros ao longo da superfície gelada, enfrentando temperaturas entre -15º C e -30º C. As suas fotografias podem também ser apreciadas na mostra que estará patente nas galerias da Casa Municipal da Cultura de Seia, de 9 de outubro a 30 de novembro.

Já no filme “Curtir a Pele”, Inês Gil revela um retrato de uma fábrica de curtume de pele na Beira Alta e dos seus trabalhadores. O “desaparecimento” de uma trabalhadora causa perplexidade e serve de metáfora sobre o futuro na unidade fabril após a crise económica que assolou o país.

De salientar, ainda, que a 27ª edição do Festival terá pela primeira vez, a exibição em simultâneo dos documentários “Une Fois que tu Sais” de Emmanuel Cappellin (França), “Ophir” de Alexandre Berman e Olivier Pollet (França e UK) e Arica, de Lars Edman e William Johansson (Suécia, Chile, Noruega, Bélgica e UK), no FIC.A, Festival Internacional de Ciência, em Oeiras, que acontece no Palácio do Marquês do Pombal, entre os dias 12 e 17 de outubro.

O CineEco 2021 começa dia 9 de outubro e termina a 16, com um número recorde de filmes de mais de 20 países em exibição e que versam sobre temáticas multidisciplinares como a atual situação climática, colonialismo tóxico, pandemia e outras doenças, a luta de comunidades pela defesa dos ecossistemas regionais, futuro sustentável, poluição marítima, justiça ambiental, entre outras abordagens. Na Competição Internacional de Longas-Metragens, uma das mais relevantes do CineEco, entram a concurso 10 documentários.

Na Competição Internacional Curtas-Metragens do CineEco concorrem 45 documentários de vários países, sendo 7 destes filmes produções nacionais. Este ano, o cinema ambiental em língua portuguesa volta também a estar em grande destaque na Competição Séries e Reportagens Televisivas que, à semelhança da edição passada, representa mais de metade das obras em competição nesta categoria específica. No total dos filmes em Competição na 27ª edição do CineEco, 39 são documentários portugueses produzidos em 2020 e 2021.

 

Sobre o CineEco

 

O CineEco é membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental.

O CineEco 2021 é organizado há 26 anos pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.

Mais informação aqui.

 

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CineEco com novidades

por Correio da Guarda, em 16.09.21

 

 

O CineEco acaba de divulgar as novidades deste festival de cinema e vídeo ambiental que levará a Seia um número recorde de documentários sobre ambiente e temáticas relacionadas com as dinâmicas do ser humano no planeta.

Na sessão de apresentação que decorreu na passada quinta-feira, na Casa Municipal da Cultura de Seia, a direção do Festival anunciou a realização de cinco Ecotalks, atividades paralelas e já estão atribuídos os padrinhos das 10 longas-metragens internacionais.

apresentacaooficial.jpg

Estão ainda asseguradas as ante-estreias nacionais de 3 filmes, um destes está já confirmado, será “La Croisade” (integrante na categoria “Cinema for the Climate” Cannes 2021). Os restantes serão anunciados brevemente.

Antes do arranque da 27ª edição do CineEco, que acontece de 9 a 16 de outubro, o Município de Seia, entidade organizadora, juntamente com a direção do certame deram o mote inicial com a apresentação oficial das novidades deste ano.

No Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia, e logo após o sorteio das personalidades que vão apadrinhar as 10 longas-metragens internacionais que fazem parte da secção competitiva do CineEco, foram anunciadas as grandes novidades do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela.

Nos dias 10, 11, 12, 14 e 15 de outubro decorrerão cinco Ecotalks sobre temáticas atuais associadas ao cinema e ao ambiente, contando com a participação de nomes como Christiane Torloni, atriz brasileira e realizadora do filme “Amazónia, o Despertar da Florestania”, premiado na edição passada; Chico Guariba, diretor da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental de São Paulo; Jorge Pelicano, cineasta e repórter de imagem; Diogo Reffóios, nómada digital; Joana Sá, pianista, improvisadora e compositora; Cristina Branquinho professora de Ecologia e investigadora, entre outros.

A 27ª edição do CineEco contará ainda com múltiplas atividades paralelas. Logo no primeiro dia do certame, a 9 de outubro, será exibido o documentário “O Lago Sagrado, “Uma viagem por uma estrada profunda e gelada”, com a presença da realizadora Carla Varanda e do fotógrafo Mário Lisboa. A projeção do filme será antecedida pela inauguração da mostra fotográfica sobre o lago gelado de Baikal, na Rússia, patente de 9 de outubro até 30 de novembro. O concerto de abertura do CineEco ficará a cargo dos Anaquim, banda de Coimbra com influências de cantautores portugueses, como Fausto, Sérgio Godinho e Zeca Afonso, e da canção francesa, da música country e do blue grass.

O Festival Internacional da Serra da Estrela deste ano será ainda ‘palco’ para três ante-estreias nacionais, uma destas já foi anunciada, será o documentário “La Croisade”, filme gaulês do realizador e ator Louis Garrel, que integrou o novo departamento de Cannes "Cinema for the Climate”. As restantes duas ante-estreias serão brevemente reveladas.

No dia 13 de outubro, Dörte Schneider, especialista certificada em matéria de educação e sensibilização para uma produção mais verde, fará uma palestra sobre “Green Shotting” com o objetivo de sensibilizar e informar o setor audiovisual para a adoção de práticas ambientais sustentáveis e promoção dos mesmos como agentes de mudança para integração de modelos de produção mais verdes.

De 9 de outubro a 30 de novembro estará também patente no Foyer Auditório a mostra “Artes Plásticas – Projeto ReciclARTE”, da companhia ASTA Teatro. Esta exposição integra artes plásticas, teatro, música e… lixo para a criação de diversos objetos artísticos e com o intuito de combater o insucesso escolar e educar para a reciclagem, reutilização e reaproveitamento de resíduos. 

A 16 de outubro, no último dia do CineEco, e em parceria com o Festival DME, poderá ser vista a instalação interativa “Lugares Invisíveis”, uma mostra com paisagens sonoras e visuais que impelem à reflexão sobre o meio ambiente, diferentes níveis de poluição e a nossa relação com o planeta. 

“A resiliência do CineEco é reveladora da pertinência da temática ambiental nos dias de hoje. Curiosamente, os 27 anos deste Festival cruzam-se com episódios marcantes que aconteceram no mundo e, em particular, na nossa sociedade como é o caso dos incêndios de 2017, a desflorestação da Amazónia e de outras manchas verdes, os mais recentes incêndios nos EUA, Austrália, as cheias devastadoras que aconteceram este ano na Europa, o recrudescimento de fenómenos cada vez mais extremos. Este ano, o CineEco regressa com sentido renovado de missão pelo cinema, pela divulgação de jovens realizadores nacionais, pela educação ambiental da comunidade, mas também pelo apoio à cultura e ao cinema”, reitera a Direção do Festival.

Portugal, França e Espanha são os países com maior representação cinematográfica na Competição Oficial da 27ª edição do CineEco. Este ano, o mais antigo festival de cinema ambiental do mundo recebe um número recorde de mais de 90 filmes de mais de 20 países que podem ser vistos entre 9 e 16 de outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia.

O CineEco é membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental. É organizado há 26 anos pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.

 

Fonte: CineEco

 

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publicado às 12:45

"Suspiro" no Museu da Eletricidade

por Correio da Guarda, em 11.08.21

 

A Companhia de Espetáculos “VOZES EM ½ PONTA” apresentará no Museu Natural da Eletricidade (Seia), no próximo sábado, 14 de agosto, a performance “Suspiro”. A atuação, que terá lugar a partir das 18 horas, marca o regresso dos artistas da Companhia aos palcos e insere-se no programa “Verão em Seia”, promovido pelo Município de Seia.

Com produção, encenação e coreografia de Vanessa Silva, “Suspiro” inspira-se em sentimentos de nostalgia, tristeza e saudade, numa homenagem à comunidade emigrante da região.

As vivências de quem está fora e anseia voltar às origens servem, assim, de mote a uma interpretação repleta de alma e emoção, que engloba elementos de dança, música e teatro.

Vanessa Silva, coordenadora da Companhia de Espetáculos VOZES EM ½ PONTA, explica que “esta é uma performance muito especial, pois marca não só o nosso regresso aos palcos, mas também o regresso de muitos emigrantes ao concelho de Seia, neste mês de agosto. O “Suspiro” é o tempo que nos traz de volta e nos faz retomar, e estamos muito felizes por poder partilhar este momento com a comunidade local, especialmente os emigrantes que voltam agora a casa”.

Cartaz Suspiro_A4.png

Com composições musicais exclusivamente em português, dos Madredeus, Mariza e Pedro Abrunhosa, a performance promete envolver o público num emocionante regresso às origens.

O icónico Museu Natural da Eletricidade, na Senhora do Desterro, em São Romão, servirá de cenário à atuação, que é aberta ao público, com entrada gratuita.

“Verão em Seia” é uma iniciativa da Câmara Municipal de Seia, que oferece à comunidade do concelho um programa cultural e artístico, em vários pontos históricos e emblemáticos da cidade, durante todo o mês de agosto.

 

Sobre a Companhia

 

Fundada a 3 de dezembro de 2019, em São Romão, Seia, a Companhia de Espetáculos VOZES EM ½ PONTA surgiu com o intuito de organizar e produzir Musicais de cariz profissional, promovendo a partilha cultural e artística junto da comunidade.

O projeto veio responder à procura de novos estímulos e profissionalização do quadro de alunos de VOZES EM ½ PONTA e potenciais candidatos, resgatando e desenvolvendo as competências dos melhores talentos da região.

Com coordenação de Vanessa Silva, fundadora e mentora da Companhia, conta atualmente com 14 artistas, que desenvolvem a sua formação em Teatro Musical, através das componentes de canto, dança e representação.

 

 

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publicado às 22:02

CineEco 2021

por Correio da Guarda, em 02.08.21

 

Portugal, França e Espanha são os países com maior representação cinematográfica na Competição Oficial da 27ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela – CineEco.

Este ano, o mais antigo festival de cinema ambiental do mundo recebe um número recorde de 93 filmes de mais de 20 países que podem ser vistos entre 9 e 16 de outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia.

Os documentários em competição versam sobre temáticas multidisciplinares como a atual situação climática, colonialismo tóxico, pandemia e outras doenças, a luta de comunidades pela defesa dos ecossistemas regionais, futuro sustentável, poluição marítima, justiça ambiental, entre outras abordagens.

O CineEco regressa este ano com uma Seleção Oficial pautada pela crescente qualidade dos filmes a concurso, alguns dos quais verdadeiras odes poéticas e visões dramáticas e cortantes da realidade, sempre com uma forte componente de consciencialização e de necessidade da busca por novas soluções e ativismos, que possam garantir a perpetuação da nossa própria existência no futuro próximo”, enfatiza a direção do CineEco Seia.

©Unefoisquetusais1.jpg

D.R. - "Une fois que tu sais"

Na Competição Internacional de Longas-Metragens, uma das mais relevantes do CineEco, entram a concurso 11 documentários. Em “Une fois que tu sais” de Emmanuel Cappellin, o realizador francês lança-nos uma pergunta inquietante: Como podemos seguir a nossa vida sabendo o que nos espera? Este documentário leva-nos a ‘bordo’ de uma odisseia transformadora que toca no mais íntimo do nosso ser face à “inevitabilidade do nosso próprio declínio”.

Da Suíça chega “Ostrov - Lost Island” de Svetlana Rodina, uma visão empática e comovente de uma família da ilha de Ostrov, no mar Cáspio, conhecido como o maior lago de água salgada do mundo, que sobrevive da caça ilegal. Com expectativa é também aguardada a exibição do mais recente documentário do reconhecido fotógrafo, realizador e ativista ambiental, Yann Arthus-Bertrand. Depois do aclamado “Home” e do ensaio fotográfico, “Earth From Above”, o realizador francês mostra no CineEco o seu filme mais pessoal em “Legacy, notre héritage”, um retrato vívido sobre as mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável e a preservação da biodiversidade. “Living Water” do realizador e antropólogo Pavel Borecký, fala-nos de uma bomba-relógio ambiental e da história de luta entre beduínos, engenheiros e agricultores pelo “ouro azul”, num dos países mais pobres em termos de recursos de água, a Jordânia. “Douce France” de Geoffrey Couanon, acompanha-nos na investigação inesperada de um grupo de jovens estudantes sobre um polémico parque de lazer que ameaça as quintas perto das suas casas. Um relato apaixonado e vivo de jovens que ousam questionar. A realizadora Venice de Castro Atienza traz ao CineEco “Last Days at SeaReyboy, um menino de 12 anos que mora numa pequena vila isolada de pescadores nas Filipinas. Um documentário sobre o tempo suspenso, no mar, aos olhos de uma criança que tem de ir viver para a cidade. “The Last Hillbilly”, dos realizadores Diane Sara Bouzgarrou e Thomas Jenkoe, transporta-nos pelas vivências de uma família que vive no coração dos montes Apalaches. Com o encerramento das minas de carvão ficam presos ao passado mítico de um mundo que desapareceu. Ophir”, de Alexandre Berman e Olivier Pollet, conta a história da revolução indígena em Bougainville pela defesa da sua cultura, vida e terra numa das nações mais jovens do mundo, na Papua Nova Guiné. Da realizadora russa Shasha Voronov chega Mom, I Befriended Ghosts, documentário sobre uma pequena cidade na Sibéria presa há meses numa quarentena, fruto de uma doença misteriosa provocada pela água que os habitantes bebem. Neste filme, a realizadora imagina a mudança das relações entre as pessoas e a natureza; algum paralelismo com o que temos vivenciado no último ano e meio de pandemia poderá ser, ou não, pura coincidência.

©Hell or Clean Water.jpg

D.R. "Hell or Clean Water"

Do Canadá chega “Hell or Clean Water” de Cody Westman, um filme sobre um ‘fazedor de mudança’, sobre a poluição marítima e uma luta desigual de um herói-mergulhador pouco provável de Newfoundland e Labrador. “Arica” de Lars Edman e William Johansson Kalén aborda um escândalo em grande escala sobre o ‘colonialismo tóxico’ de um gigante mineiro sueco que chegou a despejar 20 mil toneladas de resíduos perigosos na cidade de Arica, no Norte do Chile, prejudicando a saúde dos seus habitantes. Este documentário relata a história dos sobreviventes que procuraram justiça ao longo de mais de 15 anos.

Na Competição Internacional Curtas-Metragens do CineEco concorrem 45 documentários de vários países, sendo 7 destes filmes produções nacionais: “Hope”, de Paulo Ferreira; “Mulher como árvore” (coprodução com Galiza, Espanha) de Alejandro Vázquez San Miguel, Carmen Tortosa, Daniela Cajías, Flávio Ferreira e Helder Faria; “#fishingtheplastic” de Marina Lobo; “Estrelinha do Geopark”, de Luís Augusto Fonseca de Araújo; “A última gota – Algarve”, da Almargem - Associação de Defesa do Património Ambiental e Cultural do Algarve; “Entre as abelhas e o pregado”, de Ana Linnea Lidegran Correia; e “Vale do Aurotni”, de Graça Gomes.

Este ano, o cinema ambiental em língua portuguesa volta também a estar em grande destaque na Competição Séries e Reportagens Televisivas que, à semelhança da edição passada, representa mais de metade das obras em competição nesta categoria específica. No total dos filmes em Competição na 27ª edição do CineEco, 39 são documentários portugueses produzidos em 2020 e 2021.

Os programadores deste ano voltam a ser Bruno Manique, ex-Presidente do Centro Portugal Film Commission, Rúben Sevivas, realizador, produtor, formador, ator e programador cultural, e Tiago Alves, jornalista, realizador e locutor de rádio e programador de cinema, apresentador do programa Cinemax na Antena 1 e RTP2. O CineEco 2021 tem como padrinho oficial o apresentador Júlio Isidro e, como madrinha, a atriz Sofia Alves.

De referir que CineEco é membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental. O CineEco 2021 é organizado há 26 anos pelo Município de Seia e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.

Os interessados podem obter mais informações aqui.

 

Fonte: Organização CineEco

 

 

 

 

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