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O jornalismo vive em Portugal uma “crise profunda”, considera Jorge Esteves correspondente da Rádio e Televisão de Portugal na Guarda, e com largos anos de experiência na atividade informativa. A sua ligação à comunicação social começou na rádio, meio que será sempre o único a permitir “estar a ouvir e a absorver a atualidade ao minuto, sem ter de escolher outra coisa que não seja a estação”.
Jorge Esteves nasceu (em 1965) no Ninho do Açôr, concelho de Castelo Branco, mas cresceu na Covilhã, onde acabou por ingressar na Universidade da Beira Interior. Em 2004, com a junção da RDP e da RTP numa única empresa, foi convidado a exercer as funções de jornalista e de coordenador da delegação comum da rádio e da televisão públicas que a Rádio e Televisão de Portugal decidiu criar na cidade da Guarda; frequentou a Licenciatura em Comunicação Social na UBI e completou vários cursos profissionais de Jornalismo em áreas como o Direito, Proteção Civil, Medicina Legal e Segurança Interna.
Como surgiu a tua entrada para a rádio e para o jornalismo?
Por uma situação fortuita, na altura em que frequentava o Curso de Matemática/Informática na UBI, e quando comecei a sentir que não tinha afinidades com a área onde ingressei “por engano”, comecei a colaborar diariamente nas emissões ainda “piratas” da Rádio Clube da Covilhã, como locutor e também como “uma espécie de jornalista”.
Passei a dedicar mais tempo à Rádio do que ao curso superior e acabei por ser convidado a integrar profissionalmente a equipa inicial da RDP/Centro-Rádio Covilhã, delegação que a empresa Radiodifusão Portuguesa, detentora do Serviço Público de Rádio decidiu abrir na cidade beirã.
Com o fim das Rádios Locais da RDP e a criação em 1993, de uma rede de correspondentes nacionais, com presença em vários distritos do país, acabei por ser convidado a assumir as funções na Guarda, a partir das instalações do antigo Emissor Regional e posteriormente da RDP/Centro-Rádio Guarda. Funções que em 1996 passei a acumular com as de Jornalista/Correspondente da SIC Televisão, a partir da Delegação criada na Universidade da Beira Interior.
Em 2004, com a fusão entre a RDP e a RTP acabei por ser convidado como quadro da nova empresa Rádio e Televisão de Portugal a exercer as funções de Jornalista Coordenador da Delegação Comum da Rádio e Televisão públicas, que o Grupo RTP decidiu criar no distrito da Guarda, cessando aí a colaboração com a SIC.
O que te fascinava mais na rádio, nessa altura?
A proximidade com o público e o território da Beira Interior, região onde por opção pessoal, profissional e familiar decidi manter-me.
Também me motivava muito a possibilidade de levar à dimensão nacional e internacional e também junto dos centros e instâncias do Poder, a voz e os anseios desta população, ainda muito amarrada e agarrada às teses da “Interioridade”…
Nas dificuldades técnicas e geográficas que enfrentava diariamente no terreno, encontrei sempre motivação extra para procurar ou inventar soluções.
Achas que a tua geração vivia a rádio de uma forma diferente do que acontece atualmente?
Substancialmente diferente, muito pela falta meios técnicos, de formas de fazer chegar os sons e a reportagem completa ao estúdio, de fazer pesquisa de informação ou conseguir contactar fontes. Era o tempo em que eu andava sempre com uma lista telefónica, do tipo “Páginas Amarelas” no carro, para conseguir até perceber em que zona era uma determinada aldeia ou freguesia, ou poder fazer um contacto para um Posto Público, para conseguir alguma informação útil.
Também o facto da maior parte das Rádios Nacionais não ter profissionais ou colaboradores espalhados pelo país, fazia com que fora da Grande Lisboa e do Grande Porto, em toda a parte restante do território nacional, as Rádios só falassem de alguma coisa da região, se fosse uma tragédia de grande impacto…E lembro que durante muitos anos, era só a região da Guarda que tinha a sua própria estação de rádio local, a Altitude.
E como conciliavas o trabalho entre a Rádio e a Televisão?
Em regra, as duas funções são exercidas em complementaridade, dando para fazer diretos seguidos ou edições diferenciadas para cada um dos meios. Sendo que em situações mais complexas, vai havendo a possibilidade de desdobrar equipas, recorrendo a colegas das delegações vizinhas, que ajudam a cumprir a missão.
Quando deixaste a SIC, e o teu trabalho passou a ser na rádio e na televisão públicas, houve mudanças significativas?
Posso dizer que acabou por acontecer numa altura crítica para a SIC, que até aí e logo desde a sua criação como Televisão Independente, era “A Televisão”…
A RTP estava nessa altura muito refém de algum conservadorismo e obsoletismo, e perturbada pelo fulgurante surgimento dos privados.
A TVI, antes do fenómeno Big Brother, ainda era conhecida como a Televisão da Igreja e a SIC, de Pinto Balsemão e Emídio Rangel, já tinha trilhado o caminho de conquistar públicos através de uma programação moderna e popular, produzindo ao mesmo tempo e de forma separada, uma informação irreverente e independente dos poderes, como Contra-Poder ao lado do cidadão.
Só que o facto da SIC ter abdicado do tal programa Big Brother para a TVI, veio a revolucionar as audiências, fazendo com que se entrasse num total desgoverno, com confusão de critérios entre programas e noticiários, com o sensacionalismo a tomar o lugar do rigor.
Foi a oportunidade para a RTP se reorientar, como Estação de Referência, deixando as duas Estações privadas nessa luta inglória pelas audiências e pela sua quota de mercado.
Foi esse o facto, que me permitiu ficar na condição de representante da Rádio e Televisão de Portugal na Guarda, com a mesma tranquilidade e autonomia profissional que tinha antes, como quadro da RDP e colaborador da SIC na região.
Como vês a evolução que se verificou, ao nível dos media, desde os teus primeiros anos de atividade nesta área?
A nível técnico, foi uma verdadeira revolução; com os telemóveis, os meios de direto através das redes de dados, as possibilidades de enviar ficheiros ou fazer pesquisas on-line, a quase fazerem esquecer o tempo em que se tinha de procurar um telefone fixo, para conseguir enviar um som através do encosto do gravador, ao bocal do aparelho.
Quanto à qualidade de Informação rigorosa disponível, já não vejo um cenário tão positivo…
A luta pelas audiências a todo o custo, e a confusão de públicos mal formados que não estão preparados para selecionar Órgãos de Comunicação Social credíveis; e pior ainda, para separarem o que leem, ouvem ou veem nas Redes Sociais, daquilo que é uma informação rigorosa, produzida e comunicada com critérios de ética e deontologia jornalística.
Facilita-se assim um terreno fértil, para as tão propaladas Fake-News…
Como está hoje o jornalismo em Portugal? Achas que há uma crise no jornalismo e na comunicação social?
Uma crise muito profunda, pelas razões explanadas na resposta anterior.
As primeiras vítimas acabam por ser os profissionais mais íntegros, que deixam de ter condições para exercer a profissão com independência e condições básicas de estabilidade profissional; as seguintes são o público, que deixa de ser servido com a qualidade que só o rigor jornalístico garante.
Consideras que os meios nacionais, mormente aqueles com quem trabalhas, dão a devida e permanente atenção ao que se passa no interior? Há falta de recursos humanos e técnicos?
Os recursos técnicos e humanos nunca serão os desejáveis, mas a postura com que o profissional e o órgão de Comunicação Social se posicionam no território, pode fazer a diferença.
Pela nossa parte, o território poderá sempre contar com uma presença que não será nunca “só prá desgraça”!...
No contexto informativo, e face ao trabalho que tens desenvolvido, como vês a importância do programa “Portugal em Direto”?
É o noticiário do país, em toda a sua extensão, de Norte a Sul, do Litoral ao Interior, e nas suas duas modalidades, de Rádio e Televisão. Para informar os residentes em Portugal, mas também os emigrantes lá fora, sobre o que se passa neste cantinho.
Na Antena 1 e RDP Internacional das 13:15 às 14h, e na RTP 1 e Internacional das 17.30 às 19h. Hora de Portugal continental e ambos de segunda a sexta.
Quais os trabalhos ou acontecimentos que te deixaram, até agora, melhores recordações? E as piores?
As piores, obviamente os incêndios e as suas consequências, e também os sustos e perigos a que nos obrigam no seu acompanhamento.
Além de todos os tipos de acidentes que provocam mortes ou ferimentos graves, ou ainda grandes prejuízos ambientais, e aos quais também não podemos deixar de garantir cobertura.
Consideras que na atualidade o jornalista, e sobretudo os que trabalham no interior do país, têm que “filtrar” com maior cuidado as fontes de informação?
A proximidade, por vezes traz problemas acrescidos na separação de funções entre a fonte e o jornalista.
A necessidade de triar a informação verificando a veracidade do que a fonte nos está a passar, considero que é tão evidente aqui, como em qualquer parte do mundo. O facto de numa qualquer matéria informativa, haver sempre partes interessadas, obriga o jornalista a atuar permanentemente com o devido profissionalismo, de forma a não deixar que o interesse público seja lesado, ou que uma parte mais indefesa se torne numa vítima.
Quais são os principais problemas com que debatem os jornalistas que trabalham no interior do país? As dificuldades são maiores?
Nos chamados territórios de Baixa Densidade, os problemas como a baixa expressão do público e de um meio empresarial que garanta um bom mercado publicitário, aumenta a dependência económica dos Órgãos de comunicação Social, de instituições como as autarquias ou os organismos desconcentrados da Administração Pública. E por arrastamento também as opções e a liberdade editorial.
O teu profundo conhecimento da região tem sido útil para as tuas reportagens ou diretos?
Claro que as mais de três décadas de serviço e os milhares de quilómetros percorridos, para os milhares de reportagens feitas neste território, fazem ter um conhecimento dos locais e pessoas que ajuda muito à agenda informativa e de contactos. E também facilita muito a comunicação em direto, sem recurso a cábulas ou notas escritas…
As agendas políticas condicionam a informação?
As agendas políticas fazem parte da informação. Deixarmo-nos condicionar por elas, ou servir-nos delas para alimentar os conteúdos, depende só da nossa postura perante elas.
Como vês o atual panorama da imprensa regional? A imprensa regional tem vindo a perder a influência? Corre riscos de desaparecer?
A forma de se adaptar e de se reinventar perante as novas realidades é que vai ditar o seu futuro. O setor do Multimédia e das Multiplataformas traz um novo potencial também para os órgãos regionais.
A proximidade será sempre uma vantagem a aproveitar, na relação com os públicos e os factos noticiosos.
E a Rádio? Como vês o presente e o futuro, no contexto regional e local?
A Rádio será sempre o único meio que nos permite estar a ouvir e a absorver a atualidade ao minuto, sem ter de escolher outra coisa que não seja a Estação, e podendo estar a desenvolver qualquer outra atividade, sem a perturbar. Em relação ao futuro, a resposta já a dei, anteriormente.
Há algum trabalho especial que gostasses de realizar, sobre a região onde tens desenvolvido a tua atividade jornalística?
Trabalhando com a independência, autonomia e liberdade com que me é permitido desempenhar as minhas funções, diria que só estou limitado pelas realidades que fazem com que alguns projetos continuem adiados e muitas potencialidades se mantenham por aproveitar.
Ou seja, é isso que faz com que haja reportagens que gostava de fazer e assim sendo, ainda não fiz…
E quanto a projetos pessoais, em contexto da comunicação social?
Muito sinceramente, na fase da vida profissional em que me encontro, não tenho outros projetos que não sejam, chegar à reforma com dignidade, ajudar quem me suceda a ficar com parte do meu conhecimento sobre este território, e eventualmente se houver algum interesse ou reconhecimento de utilidade na outra parte, retribuir à Rádio Clube da Covilhã, com a mesma colaboração abnegada com que iniciei todo este percurso, aquilo que foi uma carreira profissional com que nunca tinha sonhado antes.
H.S. /Correio da Guarda
O telefilme "Quando o Diabo Reza", inteiramente rodado na Guarda, tem estreia amanhã, na RTP. Realizado por Fabiana Tavares, este telefilme foi inspirado na obra homónima de Mário de Carvalho.
Este trabalho integra-se no projeto "Contado por Mulheres", concebido pela produtora Ukbar Filmes (e inédito no audiovisual português) para a RTP. São 10 telefilmes inspirados em 10 livros de autores lusófonos que foram um desafio para as 10 mulheres, de diferentes gerações e backgrounds artísticos, que os realizaram.
De acordo com a produtora, "o objectivo de todo este projecto filmado em 10 municípios da região centro foi o de descentralizar as histórias e as produções e dar destaque a outros territórios ricos em história e em património fora dos grandes centros urbanos".
Os telefilmes estão a ser exibidos pela RTP, em horário nobre, logo após o telejornal. Os primeiros cinco telefilmes deste projecto têm sido exibidos desde 16 de novembro na televisão pública.
Na Guarda está a decorrer, hoje e amanhã (10 e 11 de setembro) mais uma edição da “Feira Farta”.
Esta iniciativa, a realizar no largo do Mercado Municipal, pretende mostrar o que de melhor se produz no território do concelho da Guarda; participam as 43 freguesias que vão trazer os seus produtos endógenos e o artesanato local.
Para além dos feirantes, no recinto coberto, estarão ainda alguns vendedores ambulantes como o “amola tesouras”, a vendedora de tremoços, o vendedor de gelados, o engraxador de sapatos, o ferreiro ou o barbeiro. “A ideia é reviver um pouco destas profissões que eram de presença habitual nas feiras e aldeias e que agora são cada vez mais raras”, refere a informação divulgada pela autarquia guardense.
Do cobertor de papa aos produtos hortícolas, da fruta da época ao mel e ao azeite, dos doces típicos aos licores, todos cabem nesta feira do mundo rural que a Câmara Municipal da Guarda promove desde 2015.
O certame conta ainda com um programa diversificado, com a participação das associações culturais e grupos do Projeto de Cultura em Rede do município. O programa da Feira Farta inclui ainda dois concertos: hoje dia 10, pelas 22h, os Gipsy Kings; amanhã, dia 11, às 18h00, Luís Filipe Reis.
Paralelamente à feira, está a decorrer hoje uma emissão em direto (do Largo da Capela do Senhor do Bonfim) do programa da RTP 1 Aqui Portugal (até às 19h30).
“Apesar de estar apenas no início, a força humana que aqui senti faz-me acreditar que esta pequena aldeia [Ima, Guarda]no interior de Portugal será um verdadeiro exemplo de acolhimento, de inclusão, de diversidade tão necessários nos dias de hoje.” Comentou Catarina Furtado no final do programa televisivo “Príncipes do Nada”, emitido esta noite na RTP 1.
O programa foi dedicado integralmente ao projeto LAR que é “resposta para um dos grandes desafios de ser refugiado ou migrante num novo país: encará-lo como uma nova casa”.
Na aldeia da Ima (a 14 quilómetros da cidade da Guarda), onde está a ser desenvolvido este projeto, foram reabilitadas quatro casas, outrora devolutas e inabitadas e oferecido às famílias ali acolhidas um “lar e trabalho num projeto agrícola regenerativo”.
Ao longo do programa e através das intervenções de Bárbara Moreira, Vanessa Rei, elementos das famílias acolhidas e outros parceiros e colaboradores, ficou patente o alcance desta iniciativa que destaca a Ima (Guarda) no mapa nacional, no plano da solidariedade e no apoio aos refugiados.
Daí que a apresentadora do programa, Catarina Furtado, tenha referido que “o projeto LAR é a prova de quando se unem esforços, e se trabalha em rede e equipa é possível mudar vidas”; lembrou, no final, que “Portugal tem sido um dos países europeus na linha da frente no acolhimento de refugiados. Nos últimos anos foram mais de mil os pedidos de asilo, ainda que muitos não se fixem no nosso país por diversas razões que têm sobretudo a ver por falta de projetos de integração efetiva”.
O Projeto LAR, que está a ser desenvolvido na aldeia de Ima (Guarda) vai estar hoje em destaque na RTP 1, no programa “Príncipes do Nada”.
O programa será emitido às 22h45.
De referir que o LAR é “resposta para um dos grandes desafios de ser refugiado ou migrante num novo país: encará-lo como uma nova casa”.
Na aldeia da Ima, a 14 quilómetros da cidade da Guarda, foram reabilitadas quatro casas, outrora devolutas e inabitadas.
O projeto está a acolher quatro famílias de migrantes e refugiados, a quem foi disponibilizada uma, de forma a tornar-se o “seu lar e trabalho num projeto agrícola regenerativo”.
Recorde-se que o LAR tem como objetivo combater o despovoamento do interior, integrando famílias de migrantes e refugiados.
Ismael Marcos desenvolveu ao logo de algumas décadas a sua atividade profissional na Guarda, na área da comunicação. Inicialmente na rádio e depois na televisão, acompanhou o pulsar da região beirã, através de múltiplos trabalhos.
Hoje a sua atenção centra-se noutros territórios do país; mas nas suas memórias está a sempre a Guarda, como aliás expressou ao CORREIO DA GUARDA.
Onde está a desenvolver, atualmente, o seu trabalho?
Neste momento estou na delegação da RTP em Évora numa área de cobertura que vai de Portalegre a Ourique e Mértola
Porquê a opção por Évora?
Na altura era uma região que me fascinava e foi também juntar o útil ao agradável, pois o meu filho mais velho entrou esse ano2015 na universidade de Évora
Que comparação ou diferenças acentua entre a Guarda e a cidade onde vive atualmente?
São cidades completamente diferentes, em todos os aspetos, desde a própria geografia delas à construção, à preservação, etc. ..
Guarda boas memórias da sua passagem pela Rádio? O que gostou mais de fazer?
Claro que guardo excelentes memórias da minha passagem pela Rádio Altitude, desde a aprendizagem à própria camaradagem e penso que também deixei algum contributo com os conhecimentos que trazia de outra grande casa que é a Rádio Renascença.
Tenho boas memórias dos diretos que fazia com o Emílio Aragonês, aos fim-de-semana, das diversas câmaras municipais.
O trabalho na televisão marcou um novo ciclo na sua vida?
Sim o trabalho em televisão é um trabalho mais desafiante muito diferente da rádio, na televisão temos que estar lá, não podemos fazer à distância, temos que tratar não só do som mas também da imagem, preparados para qualquer situação e qualquer tema, desde a sociedade à política, passando pelo desporto etc.
Como estou numa delegação tenho a vantagem da polivalência, ou seja desde a captação da imagem à edição da peça e depois ao envio prontinha para emissão tudo é feito por mim.
Que episódios positivos ou negativos regista do seu trabalho, em televisão?
São muitos os episódios positivos, que passam desde o conhecimento de pessoas novas e diferentes diariamente, assim como locais, às várias deslocações ao estrangeiro, cobertura de eleições em todo o território nacional, voltas a Portugal em bicicleta e muito mais…
Notas negativas, aquelas que inerentes à concorrência, as nossas chefias se vêm obrigadas a nos pedirem coisas que por vezes não tem qualquer interesse (basicamente as secas que muitas vezes apanhámos quer seja por exemplo à porta de um tribunal ou à porta de uma prisão, muitas vezes à chuva e ao frio ou ao calor tórrido do Alentejo)
Qual o evento que mais gostou de acompanhar?
Sem dúvida a cobertura dos jogos paraolímpicos em Pequim 2008
O seu futuro vai cruzar-se ainda com a Guarda?
Nunca podemos dizer desta água não beberei, mas não me importava, são as minhas raízes.
A Guarda tem potencialidades para um maior desenvolvimento? Qual a sua maior riqueza?
A Guarda tem todas as potencialidades, desde as pessoas que são trabalhadoras e empreendedoras, à própria localização geográfica da cidade, as vias de acesso e comunicação; tem todas as potencialidades para ser uma grande cidade e uma grande região, assim haja sinergias e vontade política!...
Tem pensado algum projeto pessoal que queira implementar?
Para já projetos...e com a pandemia à nossa volta, é viver o dia a dia!...
Na cidade da Guarda vão decorrer, durante as próximas semanas, as filmagens do telefilme “Quando o Diabo Reza”, da realizadora Fabiana Tavares.
Este projeto tem o apoio logístico da Câmara da Guarda e engloba uma série de telefilmes, 10 no total, que a produtora Ukbar Filmes está a realizar para a RTP em 2021.
De acordo com a informação divulgada pela autarquia guardense, no caso do filme que é gravado na Guarda a rodagem vai durar 3 semanas, entre final de março e início de abril.
Estes filmes vão ser posteriormente exibidos na RTP e em plataformas de streaming por toda a Europa, com um potencial de 80 milhões de espectadores.
A Associação “O Genuíno Cobertor de Papa”, de Maçainhas (Guarda), recebeu hoje o selo de Finalistas Regionais do distrito da Guarda do concurso 7 Maravilhas da Cultura Popular!
“Pelo que nos toca, tudo faremos por sermos dignos representantes da região e cultura guardense e serrana, através do cobertor de papa que, em nossa opinião, é uma relíquia que culmina todas as atividades baseadas na pastorícia.” Referiu aquela associação a propósito da participação neste concurso.
De referir que no próximo dia 21 de junho, num programa da RTP1, vão ser indicados os contactos de cada património, com vista às votações.
A localidade de Sortelha, concelho do Sabugal, e a vila de Almeida vão hoje a votos no concurso “7 Maravilhas de Portugal – Aldeias”, na categoria dedicada às “Aldeias Monumento”.
Refira-se que votação é realizada através de chamada telefónica e o número é divulgado pelas 9 horas de hoje, domingo, pela RTP. Devido a uma alteração na programação, as linhas telefónicas para votação vão estar abertas a partir das 9 horas e não das 11h30 como anteriormente tinha sido divulgado; a votação pode ser feita também na página de facebook “7 Maravilhas de Portugal – Aldeias” (ver página), terminando o período de votação na reta final da respetiva gala a transmitir em direto pela RTP, a seguir ao Telejornal.
Recorde-se que Almeida é um perfeito exemplar da arquitetura militar barroca, uma fortaleza abaluartada com traçado hexagonal em estrela.
Das sete aldeias a concurso nesta gala, passam à fase final as duas aldeias com mais votos. Os interessados podem obter mais informações aqui.
No Teatro Municipal da Guarda vai ser apresentada, no próximo dia 20 de Abril, a comédia “Simplesmente Maria” que revisita o folhetim de rádio e a época em que ele fez furor.
Trata-se de uma encenação e texto original de Mirró Pereira, criada a partir do universo radiofónico dos anos 70 e inspirado nos folhetins de rádio-teatro.
“Simplesmente Maria” cruza a trama de um folhetim escrito ao género dos sucessos radiofónicos com o quotidiano da década de 70 em Portugal, através de estórias ficcionadas de actores que o interpretam. São, por isso, frequentes as referências a este género teatral e suas técnicas e ao período que antecedeu a revolução de Abril», refere o texto que divulga o espectáculo. O resultado é um espectáculo repleto de música, notícias, jingles, revolução, amor, drama e comédia.
“Simplesmente Maria” devolve à memória colectiva um momento que promete transportar o espectador para um Portugal não muito distante.
Licenciada em jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo (Porto), Mirró Pereira foi jornalista na RTP, Diário Económico, Jornal de Letras, Notícias Magazine, O Comércio do Porto/A Capital. Aluna de Teatro da ESMAE, estudou também com João Mota, Denis Bernard, João Henriques, Claire Binyon, Miguel Seabra, Valdemar Santos, Alexandre Lyra Leite. Fundadora da Onda Poética e do Festival de Teatro SETE/ESMAE. Estreou-se profissionalmente em 2001 no TEP. Trabalhou com Norberto Barroca, Valdemar Santos, Paulo Calatré, John Gardyne, Daniel Gorjão, Filipe La Féria, Alexandre Lyra Leite, Figueira Cid, Jorge Silva Melo. Faz direcção de actores e dobragens de animação e locução.
“ Simplesmente Maria” tem no elenco Ana Lopes Gomes, Bernardo Gavina, Carolina Parreira, Daniel Moutinho, Joana Barros, João Duarte Costa e Sofia Santos Silva e conta ainda com as vozes dos actores Anabela, Bernardo Gavina e José Neves.
Esta comédia sobe ao palco do Pequeno Auditório do TMG a partir das 21h30.
Fonte: TMG
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