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O Núcleo Regional da Guarda da Quercus manifestou, numa nota distribuída à comunicação social, “uma profunda preocupação sobre o incêndio” que continua a deflagrar na Serra da Estrela.
O incêndio, é referido, “já destruiu mais de 3 mil hectares de áreas florestais e habitats do Parque Natural da Serra da Estrela, também na Zona Especial de Conservação da Rede Natura e do Estrela Geopark da UNESCO.
Parte da área tinha ardido no ano de 2005 e estava a evoluir a sucessão da vegetação que agora foi afetada. Para além dos pinhais, urzais e piornais, também foram afetados teixos, árvore ameaçada que tinha sido alvo de projetos de conservação.”
Neste comunicado, o Núcleo Regional da Guarda da Quercus sublinha que “a realidade do mundo rural tem vindo a ser alterada, com o abandono das áreas agrícolas e florestais, que acarretam riscos sobre o território e sociedade e provocam enormes prejuízos económicos e de depreciação natural e paisagística”.
Acrescenta que “uma vez mais a Serra de Estrela é primeira vítima, agravado por ser Parque Natural, mas com ela também somos nós todos, com a perda de biodiversidade, a redução dos serviçosecossistémicos, menor capacidade de retenção de carbono, com afetação nos produtos endógenos e na pequena economia local, que deixam profundas chagas acelerando um maior abandono das atividades tradicionais e o consequente despovoamento já se si tão significativo.”
O Núcleo Regional da Guarda da Quercus defende que é preciso “ganhar massa crítica que estimule novas formas de ação coletiva, recriar novos modelos comunitários de gestão de recursos naturais, de modo empenhado e participativo”.
O Núcleo Regional da Guarda da Quercus – A.N.C.N. vai promover no próximo dia 23 de novembro – dia da floresta autóctone – uma ação de reflorestação de mostajeiro na localidade de Rebelhos, concelho do Sabugal.
O mostajeiro, de nome científico Sorbus latifolia é uma espécie autóctone, que se encontra localizada principalmente na região da Beira Interior; trata-se de um árvore caduca de tamanho médio que pode crescer entre 10 a 20 metros de altura, mas ulgarmente tem um porte de 4 a 10 metros de altura. Em casos excecionais o seu tronco pode atingir os 60 centímetros de diâmetro.
Esta árvore é cada vez mais rara e sobrevivem apenas poucos exemplares espalhados pela região.
Os frutos do mostajeiro podem ser comestíveis, tanto crus como cozinhados. Devem ser deixados num local seco e fresco até passarem o ponto de maduros mas sem deixar putrificar. A apanha, preparação e consumo do mostajeiro foi uma prática cultural da Beira Alta – principalmente nas regiões de Trancoso, Guarda e Sabugal – no entanto, tal como a planta, está em vias de se perder para sempre.
Esta espécie é encontrada normalmente em bosques caducifólios, principalmente em carvalhais e perto de linhas-de-água. Tem a capacidade de tolerar quase todo o pH dos solos, tendendo para os mais húmidos e bem drenados. Propaga-se por sementes e precisa de bastante luz. Estas plantas crescem vagarosamente no primeiro ano mas as suas raízes proliferam rapidamente.
A Quercus pretende com a ação de reflorestação do próximo dia 23 de novembro iniciar um pomar de mostajeiros. Em simultâneo será feito um trabalho de Sistema de Informação Geográfico no terreno para marcar as plantas.
Os cidadãos poderão contribuir com informação para este SIG fornecendo localização de exemplares de mostajeiros que conheçam e que posteriormente serão confirmados pela equipa Quercus.
No futuro será feita a apanha dos frutos para extração das sementes e sua posterior propagação em viveiro. As plantas produzidas serão depois plantadas juntas em pomar de modo a conseguir a miscigenação genética, que já não é possível de acontecer de modo natural, e deste modo travar a erosão genética e aumentar a biodiversidade da espécie.
Fonte: QUERCUS
Na Guarda vai decorrer no próximo dia 21 de Janeiro uma sessão de sensibilização e esclarecimento sobre o radão, promovida pelo Núcleo Regional da Guarda da Quercus A.N.C.N. e pelo Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Esta ação tem como objetivo promover um debate aberto sobre o tema a todos os níveis contribuindo para a desmistificação de um tema que para muitos ainda é pouco conhecido.
A iniciativa – que terá lugar no Centro Cultural, Social e Recreativo do Bairro da Luz, Guarda, a partir das 21 horas – contará com a presença de especialistas em matéria de saúde, medição e mitigação.
Vão intervir nesta iniciativa Filomena Botelho (Instituto de Biofísica/Biomatemática da Faculdade de Medicina de Coimbra), Ana Antão do (Instituto Politécnico da Guarda) e Bruno Nogueira (Lusoradon).
Alertar as entidades oficiais, e a população em geral, para a necessidade de ser salvaguardado o célebre castanheiro de Guilhafonso é o objetivo da caminhada a realizar no próximo dia 24 de março.
Esta iniciativa é dinamizada pela Árvores de Portugal, Associação Transumância e Natureza e a Quercus, através do seu núcleo regional da Guarda.
O castanheiro de Guilhafonso – o maior da Europa – como é usualmente conhecido, é considerado um importante património florestal da região, classificado com “interesse público”.
Localizado a escassas centenas de metros da estrada nacional que liga a Guarda a Pinhel, este exemplar, de uma espécie que se distribui por esta zona beirã, deverá ter mais de 400 anos. O secular castanheiro continua a ser o principal cartaz da povoação perto da qual está também a conhecida anta de Pera do Moço.
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