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“AVC e Enfarte. Como distinguir e prevenir!” é o tema do webinar que terá lugar amanhã, dia 7 de abril, entre as 14h00 e as 15h00, organizado pela A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) e o Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).
A iniciativa surge no âmbito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala a 7 de abril, com o objetivo de consciencializar a população para as diferenças e semelhanças entre o AVC e o Enfarte, duas das principais doenças responsáveis pelo elevado número de mortes, no nosso país.
“Com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, o AVC é a maior causa de incapacidade no nosso país. Pode atingir qualquer pessoa, independentemente do género ou da idade, deixando múltiplas sequelas físicas e motoras, sendo estas as mais visíveis. Contudo, também perduram as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros”, acrescenta Ana Paiva Nunes, vice-presidente da Portugal AVC, coordenadora da Unidade Cerebrovascular do Hospital S. José, e coordenadora adjunta do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da SPMI.
João Brum Silveira, presidente da APIC e responsável pelo Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar Universitário do Porto, explica que “o AVC (no cérebro) e o Enfarte Agudo do Miocárdio (no coração) estão associados a episódios vasculares, o que significa que envolvem os vasos sanguíneos e as artérias, em particular. Contudo, é fundamental que as pessoas compreendam que os sintomas e os fatores de risco até podem ser semelhantes, mas são dois problemas médicos distintos. Com esta iniciativa, esperamos contribuir para a prevenção destas duas doenças, bem como para a redução das suas consequências.”
No caso do enfarte, que ocorre quando uma das artérias que transporta oxigénio e nutrientes ao coração fica obstruída, as pessoas devem estar atentas a sintomas como dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Já no caso do AVC, que ocorre quando uma das artérias que transporta oxigénio e nutrientes ao cérebro fica obstruída (AVC isquémico) ou quando uma artéria do cérebro rompe (AVC hemorrágico), a pessoa pode sentir a face ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras estarem descaídas; falta de força num braço ou numa perna subitamente; fala estranha ou incompreensível; perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, e forte dor de cabeça, sem causa aparente.
Esta iniciativa irá promover uma conversa informal entre os profissionais de saúde, os testemunhos de sobreviventes de AVC e Enfarte e os participantes. A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição aqui.
A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos vai organizar, no próximo dia 27 de março, pelas 14h30, o “Encontro Portugal AVC – Juntos Para Superar!”, com o objetivo de ajudar os sobreviventes de AVC a superar a doença no complexo e desafiante contexto de pandemia que atualmente vivemos.
“A pandemia COVID-19 veio colocar enormes desafios a toda a sociedade e afeta particularmente pessoas com outras morbilidades. Em grande número dos sobreviventes de AVC, além do desequilíbrio emocional, existem também complicações de saúde específicas a ultrapassar e esperamos que estes encontros, os temas e os testemunhos partilhados, possam ser mais uma importante ajuda”, explica António Conceição, presidente da Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos.
Além da partilha de testemunhos de sobreviventes e de cuidadores, a iniciativa vai contar também com palestras de profissionais de saúde sobre o tratamento da espasticidade durante a pandemia, a terapia respiratória pós-COVID no sobrevivente de AVC, os efeitos da pandemia ao nível emocional e ainda uma reflexão sobre os desafios que se colocam aos cidadãos, na área da saúde, em Portugal.
A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição no site www.portugalavc.pt, no qual também pode encontrar o programa completo.
O AVC ocorre como resultado de uma oclusão ou de uma rotura de um vaso sanguíneo cerebral, levando a que uma parte do cérebro deixe de funcionar por não lhe chegar o sangue com oxigénio e glicose necessários à sua sobrevivência. Dependendo da zona afetada, a pessoa poderá ficar subitamente com limitações, como por exemplo, movimentar uma parte do corpo, ter dificuldade na comunicação e compreensão de palavras, entre outras a nível cognitivo ou emocional.
A Portugal AVC - União de Sobreviventes, Familiares e Amigos tem como objetivo a promoção de iniciativas que visem, por um lado, contribuir para a prevenção do Acidente Vascular Cerebral e suas consequências, de forma a minimizar a morbilidade e mortalidade associadas a este, e por outro, contribuir para a resposta às necessidades sentidas pelos doentes sobreviventes de AVC, seus familiares e cuidadores, de âmbito nacional.
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