A Companhia Paulo Ribeiro apresenta amanhã, 8 de Novembro, no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), o espectáculo, de dança contemporânea, “Feminine”.
Este espectáculo explora o imaginário pessoano, desta vez, a partir do olhar de cinco mulheres, quatro intérpretes de dança e uma actriz. Depois de Masculine, que estreou no ano passado, Paulo Ribeiro descobre um Pessoa no feminino, explorando mais uma vez as diferentes qualidades das intérpretes. A bola de futebol deu lugar aos saltos altos e a energia masculina ao belo estético, que emociona, que marca e não passa.
A poética do movimento feminino percorre a peça, misturada com o ardor colocado em cada gesto. Neste universo pessoano elas preocupam-se com o cabelo, usam saltos altos, desdenham do homem e dançam com os corpos que transpiram sensualidade. O movimento é contido, perfeito e desagua num prazer prolongado. E este espaço de sensações é apenas interrompido pela força maior do coreógrafo, de brincar com as suas criações, de as colocar a rir de si próprias. Feminine é um espectáculo que tem enchido salas e conquistado as melhores críticas um pouco por todo o país.
Em Feminine, a interpretação é de Leonor Keil, São Castro, Elisabeth Lambeck, Erika Guastamacchia e Margarida Gonçalves, a música é da autoria de Nuno Rebelo (com poemas de Fernando Pessoa e vozes de Richard Zinith e Cathrin Loerke) e os figurinos são de Ana Luena.
De referir que a Companhia Paulo Ribeiro foi fundada em 1995, na sequência de vários anos de trabalho deste coreógrafo junto de algumas das mais prestigiadas companhias de dança contemporânea europeias.
Nestes doze anos de actividade (1995-2007), esta companhia conquistou um importante lugar entre as mais reconhecidas companhias de dança contemporânea portuguesas, apresentando-se regularmente nas principais salas de espectáculo nacionais, bem como por toda a Europa, Brasil e Estados Unidos da América.
Com dezoito produções que despertaram sempre o interesse da crítica e do público, soma actualmente mais de três centenas de apresentações, para uma audiência global que ronda as 75.000 pessoas, tendo recebido alguns dos mais importantes prémios nacionais e estrangeiros. É, desde 1998, a companhia residente no Teatro Viriato, em Viseu.