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O primeiro Dia Mundial do Cão raça Serra da Estrela é celebrado hoje. A iniciativa partiu da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela que pretende “divulgar, promover e preservar uma das grandes raças autóctones portuguesas”.
Aquela associação lançou o desafio aos donos destes animais para se reunirem em passeios ou parques e confraternizarem como forma de sublinharem este dia.
O cão Serra da Estrela – que pode assumir a variedade de pelo comprido ou pelo curto – é uma raça milenar muito utilizada na proteção de rebanhos e das propriedades, sendo um animal “muito cuidadoso em família e com um temperamento fantástico”, como referir o presidente da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela que, criada em 1986, tem aproximadamente 600 associados.
Em Fernão Joanes, concelho da Guarda, iniciou-se hoje a Festa da Transumância, iniciativa integrada no ciclo de Festivais de Cultura Popular do município da Guarda. Articular o Património Pastoril, ao Pedestrianismo, ao Turismo de Natureza e ao Cultural é o principal objetivo deste evento.
Hoje decorreu um passeio pelo Património Pastorial, pelas 8h30 e um passeio com Rebanho, que teve lugar a partir das 15h, terminando o programa com um "sunset" e a exibição do documentário “Enfeites das ovelhas e o enramar dos cajados, de Fernão Joanes”.
Amanhã. domigo, terá lugar pelas 11h a missa de homenagem aos pastores, seguindo-se a abertura do mercadinho; pelas 13h00 tem início o almoço com os Pastores da Encosta da Serra da Estrela. Durante o período da tarde ocorrerá a atuação do Rancho Folclórico do Centro Cultural da Guarda, do Grupo Coral de Cante Alentejano do Alvito, dos Pauliteiros de Miranda e Taconeos da Raia. A partir das 19h30 haverá um baile à moda antiga.
O ciclo festivo do queijo da Serra da Estrela e dos pastores será iniciado na próxima semana, com diferenciadas propostas e programas.
De 10 a 13 de fevereiro, Seia é ponto de encontro entre sabores e saberes, na 47.ª edição da Feira do Queijo Serra da Estrela. Em Celorico da Beira decorrerá idêntico certame entre 16 e 18 de fevereiro.
No dia 3 de março o concelho de Aguiar da Beira recebe a 10.ª edição da Festa do Pastor e do Queijo em Mosteiro, na localidade de Penaverde, enquanto em Fornos de Algodres a Feira do Queijo está agendada para os dias 22, 23 e 24 de março.
Nos dias 29 e 30 de março será a vez de o município de Gouveia realizar o tradicional Mercado do Queijo.
Nos próximos dias 10 e 11 de Junho vão decorrer na União de Freguesias de Corujeira e Trinta as Jornadas da Lã. O programa integra, ao longo dos dois dias, várias atividades como sejam as demonstrações de produção de queijo e tosquia, às 9h30 no dia 10. A este encontro de rebanhos e pastores estão associadas as merendas tradicionais, no dia 11 de junho (pelas 18h) e o jantar dos pastores, no dia 10 às 19h30.
As jornadas contam ainda com uma Missa Campal, uma feira de artesanato e gastronomia e uma caminhada com os pastores e rebanhos. A iniciativa integra o ciclo de Festivais de Cultura Popular do Município da Guarda e visa relembrar antigas práticas que antecediam a partida das ovelhas do flanco serrano.
fonte: CMG
As principais feiras do Queijo Serra da Estrela e nos moldes habituais, dois anos depois de um interregno forçado devido à situação pandémica. A partir de 6 de março e até abril, o Queijo Serra da Estrela DOP é rei e os artífices do queijo os porta-vozes por excelência.
É das mãos sábias e experimentadas das queijeiras que é dada a forma à coalhada (composta de leite, sal e flor do cardo) técnicas milenares que, alinhadas à arte de bem-fazer e à astúcia e perseverança dos nossos pastores e produtores de leite, surge uma obra-prima inconfundível da gastronomia nacional – o Queijo Serra da Estrela DOP (Denominação de Origem Protegida).
A Estrelacoop estará presente nos seis principais certames com o intuito de dinamizar ações de sensibilização sobre a importância da qualificação deste produto identitário do território das Beiras e Serra da Estrela
Num contexto particularmente desafiante para o setor da produção de Queijo e de toda a sua cadeia de valor, a Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela (ESTRELACOOP) assume uma presença proativa e dinâmica nas seis emblemáticas feiras do Queijo, vitais para a dinamização das economias locais e perpetuação deste alimento de memória e ancestralidade.
O primeiro certame – a Feira do Pastor e do Queijo - realiza-se a 6 de março em Penalva do Castelo, seguindo-se a Festa do Queijo de Oliveira do Hospital, dias 12 e 13 tida como “a maior feira do queijo em Portugal” e uma das imagens de marca deste concelho. A conhecida capital do Queijo Serra da Estrela, Celorico da Beira, realiza o seu 43º certame entre 18 e 20 de março, terra conhecida pelos seus pastos férteis onde pastoreiam os maiores rebanhos de ovelhas das raças Serra da Estrela e Churra Mondegueira. A última Feira do Queijo Serra da Estrela de março acontece dias 25, 26 e 27 em Fornos de Algodres, um certame dedicado à promoção da sétima maravilha gastronómica nacional, à genuína identidade e autenticidade, aos pastores, queijarias tradicionais e produtores DOP. Em abril será a vez de Gouveia abrir as portas à Exposerra 2022, entre os dias 2 e 3; já entre 23 e 25 de abril, Seia acolhe a Feira do Queijo Serra da Estrela, três dias dedicados a saborear os produtos regionais, onde o Queijo assume maior protagonismo.
“Esta é a primeira vez que a Estrelacoop assume uma presença ativa nestes certames de divulgação de Queijo Serra da Estrela DOP, certificado. Sabemos que vai ser um enorme desafio. Este regresso às feiras em formato presencial é vital pela proximidade com o público, aos produtores, as entidades públicas presentes, aos municípios. A Estrelacoop está determinada em ser uma força ativa nestas feiras e queremos ouvir os nossos produtores, associados e não associados” sustenta Joaquim Matos, presidente da Estrelacoop.
Fonte e foto: Estrelacoop
Foto: ASC
A aldeia de Cadafaz, no concelho de Celorico da Beira, recebe nos próximos dias 5 e 6 de junho, a prova de Enduro BTT - Aldeias de Montanha, um evento desafiante com uma forte componente solidária e ambiental. Por cada participante, há uma árvore autóctone que vai nascer.
Este evento materializa o espírito solidário e comunitário dos habitantes de Cadafaz e Rapa que, através da Associação de Solidariedade do Cadafaz, promovem ações de limpeza nos trilhos e caminhos percorridos pela prova, atuando assim enquanto agentes de mitigação do risco de incêndio florestal e contribuindo para uma melhor mobilidade nos caminhos que servem os agricultores e pastores locais.
Para as entidades envolvidas, Associação de Solidariedade de Cadafaz, o Município de Celorico da Beira, União das Freguesia de Rapa e Cadafaz e Rede de Aldeias de Montanha, esta prova de Enduro BTT - Aldeias de Montanha deve ser mais de que um mero acontecimento desportivo, apenas se concretiza na sua plenitude se estiver verdadeiramente conectada com os valores ambientais presentes, respeitando a identidade da aldeia e a biodiversidade local.
Por esse motivo, a Rede de Aldeias de Montanha, numa iniciativa aberta à comunidade e aos participantes da prova, oriundos das diversas geografias nacionais, compromete-se a plantar nos baldios da freguesia, uma árvore da flora autóctone por cada participante.
Esta é uma iniciativa que visa envolver diretamente os participantes, uma vez que na próxima primavera, todos serão convidados a participar numa ação de reflorestação, que proporcionará um dia memorável numa Aldeia de Montanha em contacto com a natureza e as suas gentes.
Foto: ASC
A prova de Enduro BTT - Aldeias de Montanha, que integra o programa oficial da modalidade da Federação Portuguesa de Ciclismo, acontece no BIKEPARK Cadafaz -Rapa. Este compreende vários traçados off-road que, pela sua diversidade de trilhos, morfologia do terreno e altimetria, proporcionam uma experiência disruptiva e desafiante aos participantes. O traçado realça não só as qualidades técnicas e físicas do BTT / All-Mountain, mas também as arrebatadoras paisagens da Serra da Estrela.
Apostar num turismo regenerativo, capaz de transformar por via da interação do visitante no local, com impacto no território, é o propósito da Rede de Aldeias de Montanha e das entidades que, de forma integrada, definiram este verdadeiro Plano de Ação que tem como principal objetivo acrescentar valor ao território.
Esta ação integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha, no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE iNATURE, cofinanciado pelo Centro 2020.
De raízes nas profundezas da Serra da Estrela, Manuel Ferreira alia o gosto pelas paisagens da montanha aos registos fotográficos que vai realizando aquando das suas incursões, tendo como aliados a sua proximidade ao meio e o seu conhecimento científico, proveniente da licenciatura em geografia.
É na alma e no silêncio da serra, onde a natureza impera que Manuel Ferreira – com quem o CORREIO DA GUARDA conversou – encontra a sua inspiração, construindo dessa forma o portfólio exposto.
É um observador assumido, de olhar atento ao meio envolvente, que faz da fotografia a sua melhor forma de se expressar, refletindo um trabalho de paixão e evolução contínua, onde as redes sociais são o principal canal de divulgação e projeção.
A consagração surge através dos resultados alcançados nos diversos concursos fotográficos nacionais e internacionais, confirmando assim a qualidade dos registos efetuados. Embora não sendo a sua principal atividade, na Escola Profissional da Serra da Estrela Manuel Ferreira desempenha o papel de formador do módulo de fotografia e orienta diversos workshops no âmbito desta temática.
Fotógrafo oficial do Geopark Estrela, durante o primeiro ano da candidatura, publica em vários sites de referência na especialidade.
Como e quando surgiu o interesse pela fotografia?
O interesse pela fotografia surge durante a formação académica, da necessidade de registar conteúdos programáticos em diversas cadeiras da Licenciatura de Geografia (2001-2005).
Entretanto, por motivos pessoais e profissionais, a fotografia passa para um segundo plano e só mais tarde no ano de 2013 volta a despertar esse meu interesse, quando numa noite por coincidência tive que ser “fotógrafo de serviço” na cobertura de um evento.
Que géneros de fotos prefere? Paisagem, retrato?...
Sem qualquer dúvida, paisagem e natureza com um gosto especial pela astrofotografia.
A fotografia social, tem surgido por vezes como um desafio e aprecio a oportunidade de captar as emoções e sentimentos que se fazem sentir durante os eventos.
A Serra da Estrela continua a ser cenário de inspiração?
A Serra da Estrela, com ou sem máquina é sempre inspiradora, pela ligação umbilical, pelas paisagens únicas, mas principalmente pela luz e a dinâmica que tem no relevo montanhoso. E claro, não esquecendo a serenidade que me transmite.
O que gosta mais de fotografar na Serra?
Prefiro a questão ao contrário: Só não gosto de fotografar na Serra se estiver céu totalmente azul, a luz muito intensa não permite mostrar certos detalhes.
No entanto, há duas épocas que me fascinam, o Outono pelos tons que as encostas da montanha ganham nessa altura do ano e o Inverno na expetativa que alguns dias de meteorologia mais agreste crie cenários únicos que permitam fazer trabalhos distintos de qualquer outro lugar de Portugal.
Qual tem sido a reação das pessoas às suas fotos?
Provavelmente as opiniões dividem-se, mas o que faço e como o mostro, é como eu o vi ou imaginei, no entanto as opiniões que me chegam são positivas e de agrado pela forma como retrato e divulgo a Serra.
Os prémios que tem recebido constituem um incentivo para novos trabalhos?
Os prémios acima de tudo geram uma maior responsabilidade, estimulam a vontade de fazer ainda mais e melhor e se forem monetários ajudam nas despesas.
Qual foi a distinção que mais gostou de receber?
Há sempre um sentimento especial e de gratidão em cada uma, não conseguindo distinguir, apenas diferenciar quando analiso os restantes trabalhos de outros fotógrafos que se propõem a essa distinção.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
Considero que há uma diferença entre imagens e fotografia, sendo que o digital facilitou o acesso à imagem, em relação à fotografia, o assunto é diferente, mas com certeza que estimulou um maior número de pessoas que o analógico, por ser muito mais económico e instantâneo. Mas não confundamos imagem com fotografia.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Na minha opinião, não, metaforicamente falando, consoante o poder económico de cada indivíduo, é importante saber escolher a gama do veículo, para o género e tamanho da viagem que necessitamos de realizar.
As marcas e o mercado “criam-nos necessidades” que por vezes não temos assim tanta necessidade, é importante saber filtrar.
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Da experiência que tenho em aquisições, os preços mantêm-se quando nos estamos a referir a equipamentos com o mesmo patamar de qualidade, ou seja os topos de gama entram no mercado com preços muito semelhantes aos lançados já anteriormente.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Sem dúvida que é um grande desafio, mas passa pela sensibilização e motivação cultural das camadas mais jovens, porque na diversidade e qualidade de eventos que se realizam, não vejo motivos para existir esse afastamento.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Diversos, dos quais os que mais me entusiasmam são a convivência com os pastores que vou encontrando pela Serra, são pessoas cheias de histórias que me transportam para o Mundo deles, momentos esses em que troco a máquina pela conversa e me deixo levar pelas infindáveis histórias e sabedoria que me transmitem.
E episódio menos agradável?
Sentir que uma entidade relacionada com a Serra da Estrela com a qual colaborei na cedência de fotografias para a sua divulgação durante algum tempo, de forma gratuita, após ter conseguido financiamento, dispensaram a minha colaboração por discórdia em relação aos direitos autorais, mas que posteriormente não os verifiquei nos restantes trabalhos que divulgam.
Que projetos tem, no campo da fotografia?
Tenho dois a decorrer há já algum tempo, são projetos de longo prazo onde o mote principal é a componente humana relacionada com as “lides serranas”, mas que por enquanto não vou revelar.
A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, em colaboração com a Associação Transumância e Natureza, vai realizar, nos próximos dias 7 e 8 de Setembro, a V Festa da Transumância.
Este evento pretende valorizar e homenagear a transumância, bem como o sector da agricultura e da pecuária, dos mais importantes da comunidade rural da região, assim como, assinalar também a importância da criação de gado na economia local.
Durante dois dias, a aldeia histórica de Castelo Rodrigo vai vestir-se de sons, saberes e sabores da transumância, com uma feira de produtores, workshops, música, dança, jogos tradicionais e muita diversão.
A já habitual Rota da Transumância será dia 8 de Setembro, onde ovelhas, burros e cavalos, ao som de gaiteiros, partem numa caminhada da Freixeda do Torrão até Castelo Rodrigo.
O primeiro dia do evento é dedicado às Memórias e o segundo dedicado aos Saberes das Transumância. O fim-de-semana começa com uma caminhada à Reserva da Faia Brava, com ponto de encontro às 9.00h em Algodres, onde os participantes deverão levar almoço, pois haverá um momento de piquenique na natureza.
Entretanto, às 15.00h, no largo de São João em Castelo Rodrigo, dá-se início à Feira da Transumância, onde irão existir produtos em burel, artesanato tradicional e produtos agrícolas locais. A feira mantém-se até domingo ao final do dia.
Às 16.00h será aberto o espaço de memórias, com diversas apresentações ao longo da tarde, como é o caso do projeto “Arquivo de Memória do Vale do Côa” que fará uma apresentação de um diaporama com os pastores locais.
Rosa Pomar vai apresentar a sua recolha feita ao longo de todo o país, de tradições e ofícios da lã e Tiago Pereira vai apresentar o projeto nacional “Música portuguesa a gostar dela própria”.
O domingo, dia 8, começará com um ponto de encontro no campo das eiras na Freixeda do Torrão, às 9.00h; dali partirá o pastor, com as suas ovelhas, que vai guiar a Rota da Transumância até Castelo Rodrigo, ao som das famosas gaitas mirandesas.
A partir das 15h dá-se início às oficinas da transumância, onde o desafio será aprender a fazer queijo, a fiar a lã e a tecer, criando produtos tradicionais.
Em Loriga, na noite de 10 para 11 de novembro, cumpre-se mais uma vez a tradição, os pastores tiram os chocalhos ao gado e colocam-nos nos braços e nas pernas, partindo em marcha acelerada, pelas ruas naquela que é a mais impressionante chocalhada de São Martinho.
De tradição secular, a Chocalhada de São Martinho, encontra-se intimamente associada aos costumes e vivências dos pastores, e diz a lenda que a sua finalidade era a de afastar os males dos seus rebanhos.
A antecipar a noite e a chocalhada, que decorre a partir das 20.30h, estão agendadas para a tarde um conjunto de jogos tradicionais, o magusto e a proposta para saborear nos restaurantes da Vila, e junto das tasquinhas improvisadas, algumas das melhores iguarias feitas com castanha.
Os festejos continuam com a atuação de tocadores de concertinas.
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