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O espetáculo coletivo do "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo" ,que há alguns anos se tem vindo a realizar na Guarda, foi cancelado.
A autarquia guardende, refere a propósito que o "carnaval da Guarda tem assumido, nos últimos anos, com o Julgamento e Morte do Galo, uma dimensão popular, cujo sucesso determina enormes aglomerações de pessoas que, apesar do frio da época, saem à rua como participantes, mais de 1200 pessoas de todas as freguesias da Guarda, atores e músicos, dando corpo ao “desfile e julgamento do Galo".
Contudo, esclarece a Câmara Municipal da Guarda, "dada a evolução contínua de subida da pandemia no Concelho da Guarda, que ao dia de hoje, 4 de fevereiro, ascende a 1524 casos ativos na Guarda" foi decidido adiar por mais um ano, "com tristeza, mas com sentido de responsabilidade" esta "icónica tradição, salvaguardando a saúde dos guardenses e daqueles que nos visitam."
A queima do tradicional madeiro de Natal, na Guarda foi cancelada, tendo em conta que é “extremamente elevado” o risco de transmissão do Covid 19.
O Presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, determinou que não sejam emitidas licenças quer para a queima do madeiro de Natal, quer para o Magusto da Velha, em Aldeia Viçosa, “devendo ser tomadas as diligências tidas por convenientes para que, caso os madeiros estejam preparados, não sejam acesos ilegalmente por terceiros”.
O lançamento do fogo de artifício, na passagem de ano, será a única atividade que se vai realizar porque, como disse Sérgio Costa, “será visível por todas as pessoas a partir de sua casa”, sendo assinalada a entrada em 2022.
Recorde-se que Na Guarda tinha sido já declarado estado de alerta municipal e ativado o Plano Municipal de Emergência.
Em Almeida vai decorrer, a partir da próxima sexta-feira (27 de agosto) e até domingo, a décima sétima recriação histórica do cerco daquela vila, durante a terceira invasão francesa em 1810.
Vão participar cerca de 100 figurantes portuguese e espanhóis, numa iniciativa que é ainda condicionada, em termos da sua habitual dimensão, pela pandemia.
O programa está disponível aqui.
Recorde-se que no dia 24 de julho passou mais um aniversário da trágica batalha do Côa, ocorrida no decurso da progressão dos militares franceses. As tropas anglo-lusas lutaram contra as forças do exército francês do Marechal Ney, no local do Cabeço Negro, junto às margens do rio. Esta batalha antecedeu a queda da fortaleza de Almeida e a sua ocupação pelas tropas que entraram em Portugal, sob o comando de Massena.
Este rio, recorde-se, foi até 1297 foi o limite da fronteira entre os territórios dos reinos de Portugal e Castela; atravessa o concelho de Almeida e é um dos poucos a correr de sul para norte.
Com a assinatura do Tratado de Alcanices, por D. Fernando de Castela e D. Dinis de Portugal, o castelo de Almeida – entre outras fortalezas – passou para o domínio da coroa portuguesa.
Esta zona teve uma grande importância estratégica, do ponto de vista militar; aqui se travaram, ao longo dos séculos, várias batalhas.
A importância da fortaleza de Almeida cedo foi acentuada; após o primeiro de dezembro de 1640, o rei D. João IV ordenou a sua reparação, face aos momentos e às difíceis contendas que se avizinhavam.
Desde logo ficou percetível o papel preponderante que Almeida ia ter no processo bélico de manutenção da independência. A vila foi transformada em sede do quartel-general do Governador de Armas da Beira, constituindo-se na mais importante praça do reino português.
Álvaro de Abranches, um dos conjurados da Revolução de 1640 e membro do Conselho de Guerra de D. João IV, foi o primeiro Governador de Armas de Almeida, empenhando-se, de imediato no seu eficaz guarnecimento, rentabilizado o sistema de fortificações de que estava dotada.
Mais tarde a história de Almeida cruza-se com as célebres, quanto dramáticas, invasões francesas.
Destas, a terceira incursão conduzida por André Massena foi a que deixou marcas mais profundas na denominada “Estrela de Pedra”.
Após a conquista de Ciudad Rodrigo (Espanha), em 10 de Junho de 1810, pelas tropas francesas o objetivo do exército invasor era o domínio da praça portuguesa, que teria cerca de 2000 habitantes e estava guarnecida com 5 000 soldados e 115 peças de artilharia. Com a aproximação das forças francesas, o comando do exército anglo-luso apelou aos habitantes para abandonarem as suas casas e levarem os seus haveres.
Nos primeiros dias de agosto de 1810 o Marechal Massena mandou avançar o Oitavo Corpo do exército francês, sob o comando de Junot, dando início ao cerco de Almeida, a 10 de agosto, cuja guarnição militar era chefiada pelo coronel inglês Guilherme Cox, sendo Tenente-Rei o almeidense Francisco Bernardo da Costa.
O cerco decorria há 17 dias quando, ao cair da noite, uma granada francesa provocou uma explosão em cadeia que destruiu o paiol principal, onde estavam armazenadas 75 toneladas de pólvora; centenas de mortos e enormes danos no interior da fortaleza foi o balanço imediato da tragédia. Na manhã seguinte, 27 de agosto de 1810, Massena exigiu do comandante inglês a rendição imediata da praça, o que acabou por suceder nessa noite.
A fortaleza de Almeida, em estilo Vauban, tem uma planta em forma de estrela irregular, integrando seis baluartes: o de S. Francisco, São João de Deus, Santa Bárbara (designado também de Praça Alta), do Trem (ou de Nossa Senhora das Brotas), Santo António e São Pedro, articulados com idêntico número de revelins. O conjunto monumental deste baluarte beirão encontra-se rodeada por largos e profundos fossos.
Para além das majestosas Portas de Santo António e São Francisco destacam-se no complexo desta fortaleza abaluartada as casamatas, espaços subterrâneos cuja estrutura e solidez os tornava imunes às bombas da época.
No interior do perímetro amuralhado encontra-se o Quartel das Esquadras que ficou a dever-se ao Conde de Lippe (Frederico Guilherme de Schaumburg-Lippe), edifício onde estiveram instaladas forças de infantaria; a antiga Casa dos Governadores da Praça de Almeida; o edifício do Corpo da Guarda Principal (onde funciona a Câmara Municipal), a Igreja da Misericórdia, a Casa dos Vedores Gerais, a Casa da Câmara e o Antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto (atual Igreja Matriz) são outros edifícios emblemáticos desta vila do distrito da Guarda, onde vai, uma vez mais, decorrer uma recriação histórica.
(Helder Sequeira)
Os Portugueses estão mais recetivos à realização de consultas médicas online do que qualquer um dos outros países na Europa. Contudo, são também os que revelam uma maior necessidade de apoio para gerir sentimentos de ansiedade durante a pandemia, e muitos estão preocupados com as suas profissões e prosperidade futura, de acordo com os resultados do STADA Health Report 2021 – um inquérito, que incluiu 30.000 Europeus presentes em 15 países, sobre um vasto leque de questões relacionadas com a saúde.
De acordo com a pesquisa promovida pela STADA, aproximadamente 4 em cada 5 pessoas em Portugal (79%) conseguem imaginar-se a serem tratadas por um médico através de teleconsulta, em caso de determinadas doenças menores ou secundárias; mais nenhum país se aproximou deste nível de aceitação. A média europeia foi apenas de 57%.
Cerca de metade dos inquiridos em Portugal referiram a vantagem da redução do tempo de viagem e espera, aproximando-se do dobro do valor médio do inquérito (25%). Outro terço dos Portugueses revelou-se preparado para dar uma oportunidade a esta dinâmica, dependendo da sua condição de saúde, número este um pouco acima da média (32%) dos outros países. Menos de 1 em cada 10 pessoas em Portugal rejeitaria uma consulta online, pois consideram a interação pessoal com o médico muito importante – este é um resultado muito mais baixo que o encontrado em qualquer outro país.
De facto, nas atuais desafiantes circunstâncias, os Portugueses revelam-se atentos e disponíveis às novas possibilidades tecnológicas.
Mais de um quinto (21%) dos Portugueses afirma ter participado nos últimos meses em algumas consultas médicas, não pessoalmente, mas sim via telefone ou virtualmente. Esta percentagem revelou-se entre as mais altas dos 15 países participantes no STADA Health Report 2021, no qual a média foi 14%; apenas em Espanha e na Polónia se revelou mais prevalente o recurso à teleconsulta.
Simultaneamente, perto de um quarto dos Portugueses (23%) revelou ter cancelado ou adiado nos últimos meses check-ups médicos devido a restrições de contacto ou medo de infeção. A média global do report foi mais baixa apresentando um valor de 18%. Além disso, 1 em cada 10 (10%) em Portugal revelou ter faltado a consultas de rotina para controlo de doenças crónicas.
“Apesar de ser notável o facto dos Portugueses estarem predispostos a experimentar novas abordagens de serviços de saúde, como consultas online, o aconselhamento pessoal por parte de profissionais de saúde, nomeadamente médicos e farmacêuticos, prevalece como essencial para enfrentar as limitações de diagnósticos e tratamentos que se evidenciam no período pós pandemia” comentou Tiago Baleizão, o Diretor Geral da STADA em Portugal. “Através do seu vasto portfolio de produtos farmacêuticos, onde se incluem genéricos, terapias inovadoras e marcas que detêm a confiança dos utentes, a STADA está totalmente empenhada em trabalhar com os seus parceiros para elevar a capacidade de resposta às necessidades atuais e futuras dos doentes portugueses, promovendo o acesso a terapêuticas de qualidade e contribuindo para a sustentabilidade do Sistema de Saúde em Portugal”, reforça Tiago Baleizão.
No que diz respeito ao Sistema Nacional de Saúde, a população Portuguesa assume-se moderadamente satisfeita. Cerca de três quartos dos cidadãos Portugueses (74%) declarou estar muito satisfeito ou satisfeito com o sistema de saúde do país, colocando Portugal no 10º lugar do ranking dos 15 países que fizeram parte do STADA Health Report 2021, no que se refere a esta temática.
Contudo, os Portugueses estão convictos da resiliência do Sistema Nacional de Saúde. Mais de três quartos da população Portuguesa (76%) acredita que o Sistema de Saúde estaria melhor preparado para uma pandemia semelhante à atual, no futuro. Este foi o resultado mais destacado de confiança entre os 15 países, para os quais a média foi 59%. Apenas 9% dos Portugueses não acredita que seja possível o país preparar-se para uma nova pandemia. Outros 12% dos Portugueses acredita que o Sistema Nacional de Saúde falharia face a uma nova pandemia.
Quando questionados sobre a contribuição dos diversos profissionais de saúde na luta contra a pandemia da Covid-19, 9 em cada 10 pessoas em Portugal (90%) elogiou os médicos, enfermeiros e pessoal hospitalar; esta foi a proporção mais elevada do inquérito. Numa escala de 1 a 5, três quintos da população Portuguesa (59%) atribuiu a segunda melhor pontuação à Indústria Farmacêutica, tendo apenas os cidadãos do Reino Unido com uma apreciação mais positiva. Mais de metade da população Portuguesa (52%) destacou a importância dos farmacêuticos, resultado acima da média do inquérito que foi cerca de 49%.
Em termos dos efeitos da pandemia na saúde e bem-estar da população, os Portugueses estão entre as nacionalidades que se sentiram mais afetadas.
Em Portugal, aproximadamente metade dos Portugueses (45%) confessou que a pandemia os tornou mais ansiosos do que antes, muito superior à média do inquérito que foi cerca de 29%. Este nível de ansiedade foi apenas coincidente com o da Ucrânia (também de 45%). Além disso, 21% dos adultos Portugueses inquiridos revelaram problemas de sono, resultado também superior à média do inquérito de 15%.
A pandemia causou, claramente, mais preocupações aos Portugueses do que aos outros países da Europa. Quando questionados sobre o que mais os preocupou durante a pandemia, cerca de 3 em cada 5 Portugueses (59%) referiu sentir falta de estar com os familiares e amigos. A média do inquérito para esta questão foi 52%.
Mais de metade da população Portuguesa (53%) mencionou ter medo da doença da Covid-19, bem acima da média do inquérito que foi de 42%. Apenas a Espanha (54%) revelou um valor superior. Além disso, os Portugueses estiveram entre os mais preocupados com o futuro mais concretamente no que se relaciona com o desemprego; mais de 2 em cada 5 (43%) referiu este receio, sendo esta proporção mais elevada do que em todos os outros países, à exceção de Espanha (44%).
Este medo de infeção parece estar refletido naquele que é o plano da população Portuguesa de continuar com as medidas de higienização pós-pandemia.
Mais de um quarto dos Portugueses (27%) planeiam continuar a usar máscara em locais públicos e movimentados após o fim da pandemia – um pouco acima da média do inquérito (22%), embora atrás do Reino Unido, Espanha e Itália. Perto de 2 em cada 5 Portugueses (38%) pretendem manter o distanciamento social, resultado este acima da média de 33%.
“O Grupo de Emergência da Guarda (GEG) é um exemplo de que na Internet é possível ter grandes comunidades onde as pessoas se respeitam”. É o que afirma Pedro Pinto, impulsionador do GEG que conta hoje com perto de 38 mil seguidores.
Licenciado em engenharia informática e mestre em computação móvel, Pedro Pinto é administrador de sistemas no Centro de Informática do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), onde leciona várias unidades curriculares na área da tecnologia; especialista em Ciências Informáticas é administrador e autor do Pplware.com (site sobre tecnologia).
Defendendo uma cidadania ativa, Pedro Pinto afirma ao CORREIO DA GUARDA que “o voluntariado é a primeira linha de defesa contra a fragmentação social. Falar de voluntariado, é o mesmo que falar em exercício de cidadania, de solidariedade e em realização pessoal”.
Como surgiu o Grupo de Emergência da Guarda (GEG) e quais foram os principais objetivos?
O Grupo de Emergência da Guarda surgiu num cenário de Emergência Mundial aquando da declaração de Estado de Pandemia por COVID-19.
O objetivo, numa fase inicial, e sendo da área da tecnologia, passava por ajudar com o desenvolvimento de soluções digitais de apoio à população, às rádios, aos jornais e, em especial, à ULS da Guarda que é Hospital de segunda linha.
Face à quantidade de informação falsa (fake news) que circulava, o grupo serviria também com um canal de comunicação fidedigna e de comunicação em massa.
O interesse das pessoas foi imediato? Acha que as pessoas estavam ávidas de informação?
Nas primeiras 24h o grupo “ganhou” 5 mil seguidores e de imediato se percebeu que havia uma enorme e responsável missão pela frente!
Tal como a COVID-19, nos primeiros dias o grupo teve um crescimento/adesão exponencial. Como analogia, o “passa a palavra” funcionou quase como o contágio do vírus. Em menos de uma semana o grupo já tinha ultrapassado os 17 mil seguidores e tinha mais de 8 mil comentários.
Atualmente o grupo tem mais de 37 mil seguidores, sendo seguido por pessoas de mais de 70 países.
Talvez esta enorme adesão e procura por informação fidedigna se devesse ao medo e obviamente à necessidade de estar bem informado para serem tomadas as decisões mais acertadas.
No início foi difícil gerir os comentários e a opinião de informações contraditórias, nomeadamente ao nível das regras e cuidados de segurança ou prevenção?
O meu grande desafio no início foi conseguir a confiança dos seguidores. Algumas pessoas já me conheciam de outros projetos e pessoalmente, mas outras certamente não.
Penso que todos perceberam de imediato que teríamos de estar unidos e que o grupo serviria como canal de comunicação para a união, para se obter informação importante da região, do país e do mundo e para se esclarecerem dúvidas.
Na verdade, era (e continuo a ser) apenas mais um no grupo, com uma responsabilidade acrescida. A título de curiosidade, o Grupo de Emergência tem mais de 180 mil comentários, cerca de 3100 publicações, já foram realizados perto de 100 diretos, mais de um milhões de reações.
Houve algum caso especial, por parte dos seguidores, que mais o tivesse sensibilizado?
O Grupo de Emergência da Guarda é um exemplo de que na Internet é possível ter grandes comunidades onde as pessoas se respeitam.
No geral é um grupo onde o debate é saudável e para os qual os seguidores têm contribuído imenso. A eles o meu enorme obrigado por estarem sempre presentes neste projeto.
Como foi a reação das entidades a este projeto? Perceberam o interesse e o impacto informativo que estava a assumir?
Mesmo sendo um projeto com o objetivo claro de ajudar e de unir as pessoas nesta pandemia (e não só), há sempre quem estranhe e duvide das intenções…mas o Grupo de Emergência da Guarda, que é um grupo de solidariedade digital é apenas e só isso.
A isto chama-se Cidadania Ativa e pode ser feito por qualquer pessoa. O voluntariado é a primeira linha de defesa contra a fragmentação social. Falar de voluntariado, é o mesmo que falar em exercício de cidadania, de solidariedade e em realização pessoal (Dohme, 1998).
Eu tinha a vantagem de ter a experiência do projeto Pplware.com, que me ajudou desde o início na definição deste projeto.
Como referi, o grupo nasceu para ser uma ajuda nesta pandemia e tem tido desde o início uma enorme aceitação por parte de todos.
Qual o número horas, em média, por dia que dedica à manutenção dos conteúdos do GEG?
No início foi complicado. Muitas horas a “estudar” sobre a pandemia, muitas horas a preparar informação, muitas horas a analisar e a preparar elementos gráficos, etc.
Reduzi nas horas de sono e no convívio com amigos e com família (a quem eu peço sempre desculpa).
Atualmente a gestão é diferente apesar de tudo ser igualmente feito com o mesmo empenho, dedicação e muita responsabilidade. Pesquiso, continuo a “estudar” a pandemia, faço contactos para diretos, valido sempre toda a informação, atualizo tabelas e gráficos, etc. Acompanho a par e passo o evoluir da situação pandémica na região, no país e no mundo e estou sempre disponível para ajudar quem precisar.
O atual número de seguidores ultrapassou as suas expetativas?
O número de seguidores ultrapassou as expetativas logo no primeiro dia. Atualmente, com mais de 37 mil seguidores, acho que todos nos devemos sentir orgulhosos com o alcançado. O grupo pode crescer muito mais… e irá crescer.
Independentemente do número de seguidores, o grupo mantém a mesma filosofia desde o primeiro dia. Cada palavra que escrevo é pensada e repensada. As mensagens são claras, concisas e esclarecedoras. Não podem existir frases ou ideias que deixem margem para dúvidas. É verdade que as mensagens nem sempre são positivas, mas acredito que já estivemos bem mais longe do fim desta pandemia. Temos de acreditar e continuar a ter em conta todas as medidas de proteção da DGS.
Qual a origem geográfica do maior número de seguidores?
O Grupo de Emergência da Guarda tem seguidores de quase todo o mundo. O maior número de seguidores pertence ao distrito da Guarda, mas também muita gente do distrito de Viseu, em especial de Castro Daire, ou não fosse eu um castrense.
No TOP 5 das cidades está (por ordem decrescente): Guarda, Lisboa, Seia, Gouveia e Trancoso. Ao nível dos países encontramos além de Portugal, a França, Suíça, Brasil e Espanha. Mas há seguidores da Índia, do Congo, da Ucrânia, Mali, Qatar, etc.
Permanece ainda a equipa inicial do GEG?
A equipa do Grupo de Emergência da Guarda são todos aqueles que ajudam e inspiram o projeto. Um agradecimento especial à Carla Fantasia pela enorme e importante ajuda e, também, ao Rui Badana e ao Micael Pires pela produção de todos os elementos gráficos.
Houve também a preocupação, que foi visível, de centrar a atenção das pessoas sobre a sua realidade circundante, valorizando locais, paisagens e monumentos. A fotografia do país real ajudou a consolidar o GEG?
Sem dúvida. Tem sido um desafio mostrar às pessoas que à sua volta (tão perto) há lugares espetaculares, seguros e muito lindos. A nossa região é uma das mais belas do país onde temos de tudo. Há tanto para ver, usufruir e fotografar, podendo e devendo cada um ser embaixador destes territórios inspiradores.
Com as redes sociais, a fotografia ganhou ainda mais destaque. Rapidamente podemos mostrar ao mundo a beleza que estamos a ver, o nosso enquadramento na paisagem e os detalhes que queremos destacar.
Os diretos feitos, e a diversidade de intervenientes, contribuíram para projetar este projeto? Quais as personalidades que gostaria de destacar e porquê?
Todos os intervenientes contribuíram para alavancar este projeto. A todos os que já passaram pelo Grupo de Emergência o meu muito obrigado pela disponibilidade e por todo o conhecimento trazido ao grupo.
Penso que todos foram importantes e todos merecem esse destaque.
Este projeto é para continuar ou vai ser reajustado? Em que moldes?
O Grupo de Emergência da Guarda irá continuar, não se esgotará com a pandemia.
Aliás, a pandemia não irá certamente acabar quando se controlar o vírus à escala mundial. Haverá muitos desafios sociais, muitas mudanças… e será necessário reerguer e ajustar tudo o que o vírus derrubou.
Do grupo podem contar sempre com a mesma responsabilidade, com informação fidedigna e a disponibilidade para ajudar todo o distrito e quem mais precise.
Beatriz Silva é uma jovem açoriana, recém-licenciada em Comunicação e Relações Públicas, que veio estudar para a Guarda em 2017.
Dirigente associativa, na Associação Académica da Guarda, Beatriz Silva elogia a hospitalidade guardense e sustenta que esta cidade é particularmente atrativa para os jovens mercê do “espírito académico que se vive na cidade”.
Rendida à cidade mais alta de Portugal, trocou, para já, “a Serra pelo Mar”.
Qual a sua opinião sobre a cidade da Guarda?
A cidade da Guarda, para mim, é uma cidade bastante acolhedora mesmo tendo um aspeto frio e uma arquitetura gótica.
Esta cidade tem grande potencial de crescimento e está na população potencializar esse crescimento.
Recorda as primeiras impressões que teve ao chegar a esta cidade? Do que gostou mais e menos?
Eu cheguei à cidade da Guarda na segunda semana de setembro de 2017 e na altura estranhei imenso o frio que se sentia à noite, sendo que ainda estávamos no verão e eu vinha de um clima tropical ameno (Açores).
No entanto fui muito bem acolhida, tanto pelas pessoas da cidade que foram muito acessíveis, sempre que eu e o meu pai tínhamos alguma questão, como no IPG aquando de efetuar a matrícula.
Achei uma cidade muito pacata e um pouco triste porque estava habituada a ter sempre animação nas ruas nas noites de verão, porém essa animação iniciou-se com o ano letivo e com os jovens estudantes a ocupar todas as ruas da cidade.
Em termos sociais e culturais que diferenças ou semelhanças encontrou comparativamente com Ponta Delgada / São Miguel?
A maior semelhança de Ponta Delgada e da Guarda é a afabilidade da população, contudo sendo ambas regiões relativamente de menor densidade populacional sinto que em termos culturais Ponta Delgada está um passo mais à frente que a Guarda.
Os açorianos em geral são festivos e como tal os municípios adaptam esse espírito e organizam variados eventos durante o ano, de forma a dinamizar a cidade.
Como surgiu a sua ligação ao associativismo e que balanço faz do caminho até agora percorrido?
A vida associativa é parte de mim desde os meus 9 anos quando entrei na Associação de Escuteiros de Portugal, desde então e até vir para a cidade da Guarda fiz sempre parte de várias associações juvenis algumas mais viradas para programas de intercâmbio até.
Assim, no meu primeiro ano de estudos superiores essa vertente associativa estava-me em falta e fazia-me falta estar ativa. Quando surgiu a oportunidade e o convite para a Associação Académica da Guarda nem pensei duas vezes em aceitar. Contudo não é sempre um percurso fácil; é preciso ter “amor à camisola” para realizar o melhor trabalho que se consegue.
É um percurso em que se ganham vários ensinamentos, em variadas áreas, mas que nem sempre se satisfaz toda a gente porque as pessoas às vezes não têm a noção que isto é algo que fazemos de forma voluntária, que fazemos porque gostamos mas temos a mesma carga ocupacional de estudos como todos os restantes alunos e por vezes temos que deixar a nossa vida pessoal para trás para trabalhar para o bem dos alunos.
A Guarda é atrativa para os jovens? O que pode ainda ser feito?
A Guarda torna-se atrativa para os jovens pelo espírito académico que se vive na cidade, caso contrário acho que a cidade não se torna assim tão atrativa e que tem muito que crescer.
Há que investir na cultura, na diversão noturna, no comércio que ainda está virado para um lado da população menos ativa.
Se tivesse que acompanhar familiares ou amigos numa visita à Guarda que locais lhes indicaria?
Eu ainda tenho muito por “desbravar” na Guarda como tal não seria a melhor guia, mas do que é do meu conhecimento e o que gostaria de lhes mostrar em primeira instância, sem dúvida que, seria a Sé Catedral.
É um edifício histórico e lindíssimo de se ver, posteriormente levaria à Torre de Menagem, ao jardim da cidade, às eólicas, à alameda de Santo André, ao parque da Saúde, ou seja, locais que facilmente se visita a pé e são diferentes dos Açores.
E na região?
Na região levá-los-ia a lugares como a Serra da Estrela, Sortelha; se fosse na altura do verão a Valhelhas, aos passadiços do Mondego, lugares sempre diferentes da realidade das ilhas.
Acha que os jovens oriundos de outras regiões, e que para aqui vêm estudar, ficariam aqui se houvesse possibilidades de emprego?
Tenho a certeza de que se houvesse mais oportunidades de emprego haveria mais jovens estudantes a ficarem pela Guarda porque muitos afeiçoam-se à cidade e aos seus costumes; no entanto, não há muitas oportunidades para ficar.
E no seu caso, pensa trocar a Guarda pelos Açores?
No meu caso tive a sorte de surgirem oportunidades para me manter pela Guarda e estou a tirar o Mestrado em Marketing e Comunicação; por isso já estou a trocar o mar pela serra.
O que acha do conhecimento dos seus colegas, dos habitantes da Guarda que tem contactado, acerca dos Açores?
Por norma deparo-me com muita ignorância por parte da população, em termos geográficos.
Sinto-me por vezes uma professora da primária a fazer distinção entre a Madeira e os Açores e tenho que explicar que o arquipélago é constituído por 9 ilhas, é algo que por vezes torna-se muito aborrecido… (risos).
Considera que a pandemia pode ter contribuído, face às limitações ao nível das deslocações para o estrangeiro, a um melhor conhecimento das terras e gentes do nosso país?
Acredito que no passado ano de 2020 muitos portugueses decidiram passar as suas férias “cá dentro” e ainda bem que assim o foi.
A economia local precisava dos portugueses mais do que nunca e se não fosse a pandemia nem a economia iria precisar tanto dos portugueses nem os portugueses iriam sentir necessidade de conhecer melhor o seu próprio país e sair da sua zona de residência.
A quarta edição dos Encontros “Imagem e Território: Fotografia sem Fronteiras”, promovida pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), vai decorrer de 29 de abril e 1 de maio, em formato online e semi-presencial.
Integrados no projeto “Transversalidades” estes encontros resultam do envolvimento ativo do CEI na cooperação territorial e no seu comprometimento com os territórios de baixa densidade, visando, através da Imagem, dinamizar a cooperação e a inclusão dos territórios, rompendo com a exclusão e invisibilidade a que estão votadas vastas regiões do país e do mundo.
Os Encontros conjugam diversas atividades em torno da temática da Fotografia e do Território, nomeadamente Exposições, Debates, Mostras e Publicações, estruturadas de acordo com os temas:
Território, Arte e Fotografia, Sociedade, Tempos de pandemia, Transversalidades (Mostra de Autores Premiados), Viagem e Cidade.
Os interessados podem obter mais informações aqui.
O Centro de Testes COVID-19 (Drive Thru) da Guarda passou a funcionar, desde ontem, junto à entrada do estacionamento subterrâneo do Hospital Sousa Martins.
Este Centro que tem funcionado, nos últimos meses num dos pavilhões do NERGA, passou agora para instalações pré-fabricadas no Parque da Saúde, com o objetivo de proporcionar maior comodidade aos utentes e dos profissionais de saúde.
Apenas têm acesso a este Centro de Testes COVID-19 pessoas sinalizadas através do SNS24 ou com contacto prévio expresso da Unidade de Saúde Pública da ULS da Guarda/ DGS. O teste não é efetuado a quem não preencher este requisito. Recorde-se que são regras fundamentais de segurança para acesso a este Centro: o acesso através da entrada devidamente sinalizada; não sair do veículo, uma vez que, o teste é efetuado com as pessoas no interior dos veículos; não se deslocar para fora da zona limitada ao Centro de Testes, por questões de segurança.
A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos vai organizar, no próximo dia 27 de março, pelas 14h30, o “Encontro Portugal AVC – Juntos Para Superar!”, com o objetivo de ajudar os sobreviventes de AVC a superar a doença no complexo e desafiante contexto de pandemia que atualmente vivemos.
“A pandemia COVID-19 veio colocar enormes desafios a toda a sociedade e afeta particularmente pessoas com outras morbilidades. Em grande número dos sobreviventes de AVC, além do desequilíbrio emocional, existem também complicações de saúde específicas a ultrapassar e esperamos que estes encontros, os temas e os testemunhos partilhados, possam ser mais uma importante ajuda”, explica António Conceição, presidente da Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos.
Além da partilha de testemunhos de sobreviventes e de cuidadores, a iniciativa vai contar também com palestras de profissionais de saúde sobre o tratamento da espasticidade durante a pandemia, a terapia respiratória pós-COVID no sobrevivente de AVC, os efeitos da pandemia ao nível emocional e ainda uma reflexão sobre os desafios que se colocam aos cidadãos, na área da saúde, em Portugal.
A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição no site www.portugalavc.pt, no qual também pode encontrar o programa completo.
O AVC ocorre como resultado de uma oclusão ou de uma rotura de um vaso sanguíneo cerebral, levando a que uma parte do cérebro deixe de funcionar por não lhe chegar o sangue com oxigénio e glicose necessários à sua sobrevivência. Dependendo da zona afetada, a pessoa poderá ficar subitamente com limitações, como por exemplo, movimentar uma parte do corpo, ter dificuldade na comunicação e compreensão de palavras, entre outras a nível cognitivo ou emocional.
A Portugal AVC - União de Sobreviventes, Familiares e Amigos tem como objetivo a promoção de iniciativas que visem, por um lado, contribuir para a prevenção do Acidente Vascular Cerebral e suas consequências, de forma a minimizar a morbilidade e mortalidade associadas a este, e por outro, contribuir para a resposta às necessidades sentidas pelos doentes sobreviventes de AVC, seus familiares e cuidadores, de âmbito nacional.
O Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens da ULS Guarda vai promover no próximo dia 7 de abril de 2021 (14h30 /16h00) um webinar subordinado ao tema “O impacto da pandemia nas crianças e adolescentes: Sinais e sintomas de alarme”.
Esta iniciativa ocorre no mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, um problema que une várias instituições na campanha de alerta para a prevenção dos maus-tratos a que muitas crianças e jovens ainda são sujeitos.
Pretende-se, assim, sensibilizar os profissionais de saúde e a comunidade em geral para esta problemática. As Inscrições gratuitas, mas obrigatórias, devem ser feitas até ao próximo dia 1 de abril, aqui.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.