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Até ao próximo dia 7 de janeiro o Sabugal tem patente o seu tradicional Presépio, “que este ano se apresenta renovado e revestido de um simbolismo ímpar, enriquecido com diferentes conceitos que suscitam novas interpretações”, como sublinhou a autarquia sabugalense.
Esta nova edição do ‘Sabugal Presépio’ alia tradição e inovação num lugar que se “pretende de reflexão sobre a sociedade atual, a partir da nossa marca territorial”, em 1.500 m2 de um cenário que “balança entre realidade e utopia, envolto num ambiente natural abraçado por troncos centenários, em que linhas intemporais se cruzam e se assumem como porta de embarque para um mundo de incertezas”.
Foto: CM Sabugal
O presépio foi idealizado pelos trabalhadores da Câmara Municipal do Sabugal, em colaboração com a artista plástica Beatriz Rodrigues. A inauguração do ‘Sabugal Presépio’ ocorreu no passado sábado, abrindo um vasto programa de atividades para toda a família, iluminações e decorações alusivas à época, exposições temáticas, tradições únicas, concertos, mercadinho de Natal e outras iniciativas.
Este ano o Presépio regressou ao Largo da Fonte, na cidade do Sabugal, onde foi instalada uma pista de gelo ecológica e uma exposição de sensibilização ambiental de eco bonecos de neve criada por Instituições Particulares de Solidariedade Social, Associações e Comunidade Escolar.
De referir que neste período de atividades festivas a Câmara Municipal irá dar as boas-vindas a 2025 com espetáculos pirotécnicos nas cinco vilas medievais – Alfaiates, Sabugal, Sortelha, Vila do Touro e Vilar Maior – e festejos de passagem de ano no Sabugal.
A Cidade Natal vai abrir na Guarda no próximo domingo, dia 1 de dezembro. O percurso começa no Jardim José de Lemos pelas 17h00 com a Parada de Natal.
O referido jardim estará decorado com a criatividade da comunidade educativa do Concelho (Educação Pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico – rede pública e privada), das Instituições de Solidariedade Social do Concelho e do Conselho Municipal de Juventude da Guarda com cenografias de Natal e iluminado sob o tema Entre Luz e Magia, um Natal com Alegria! A Parada de Natal segue até à entrada da Rua do Comércio e já na Praça Luís de Camões será apresentado um Espetáculo Multimédia, num convite à população guardense para um momento de evocação das tradições da época na cidade e no concelho. Será também o momento da ligação da iluminação de Natal na cidade.
A animação de rua será garantida pelos Grupos Fanfarra NemFáNemFum, Coro Gospel Saint Dominic Gospel Choir e Projeto Soldadinhos de Natal. Na Praça Luís de Camões vai também voltar a arder o tradicional Madeiro de Natal, ponto de encontro de centenas de guardenses na tarde de consoada, 24 de dezembro. O fogo acende-se pelas 16h00. A tradição será cumprida na companhia da Fanfarra Funk You BB.
O ambiente festivo da época vai também estender-se às freguesias do concelho com os Concertos de Natal na Aldeia, de 30 de novembro a 21 e dezembro. A música vai chegar através dos projetos 'Natal Tradicional' por Sara Vidal e Rogério Pires, 'Violoncelos de Natal' com direção artística de Pedro Serra Silva, e 'O Natal da nossa terra' por Maria Mendes, Margarida Pacheco e Luís Salomé.
As igrejas da cidade (São Miguel da Estação, Capela Nossa Senhora do Mileu e Misericórdia) recebem os concertos de Natal entre os dias 1 e 22 de dezembro, com a participação dos Cavaquinhos da Póvoa do Mileu, Grupo Vox Angelis, Grupo Coral de Maçainhas e Orfeão do Centro Cultural da Guarda. Nesta quadra natalícia, a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, o Teatro Municipal e o Museu da Guarda prepararam também atividades para desafiar a criatividade dos mais novos, como teatro, oficinas e contos.
No dia 27 de dezembro, o Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda (TMG) será palco da Farwell Party 2024 - Festa de despedida do Ano Velho. Será uma noite de convívio e dança ao som de música de diferentes géneros e épocas para receber, em antecipação, o ano de 2025.
A Alta Passagem de Ano 2024/2025 acontece na Praça Luis de Camões com a Banda Eskorzo (Espanha), a Banda Prós & Contras e os DJ Two Brothers.
Depois do Natal, no dia 26 de dezembro, Aldeia Viçosa volta a cumprir a tradição secular do Magusto da Velha, com as castanhas a serem lançadas do cimo da torre da igreja em homenagem a uma benemérita da freguesia.
No Dia de Reis, a 6 de janeiro, o TMG recebe o espetáculo 'Vamos Cantar as Janeiras!', com direção artística de Tiago SAMI Pereira. As coletividades do concelho da Guarda voltam a subir ao palco do grande auditório para o tradicional Cantar das Janeiras, que este ano contará com a participação de 24 grupos. Nos dias 8 e 9 de janeiro será a vez da comunidade escolar cumprir a tradição, numa iniciativa dirigida aos alunos do 1.º ciclo e JI dos ensinos públicos e privados do concelho da Guarda. O programa pode ser consultado aqui.
O espírito de Natal está ainda em destaque com o concurso 'Montras ou Espaço Exterior de Natal 2024' promovido pelo Município em parceria com o NERGA, através do qual os estabelecimentos comerciais foram desafiados a decorar as montras e espaços exteriores com adereços, cores e brilhos caraterísticos daquela que é a considerada a época mais bonita do ano. O prémio é de 1000 euros para a montra vencedora, 500 euros para a segunda classificada e 250 euros para o terceiro lugar. A votação será feita exclusivamente online, através da plataforma da Câmara da Guarda, no sítio da internet.
Fonte: CMG
A Cidade Natal é o cartaz da Guarda até ao próximo dia 25 de dezembro com o principal cenário na Praça Luís de Camões.
A abertura oficial ocorreu ontem, pelas 17 horas, seguindo-se a ligação da iluminação natalícia naquele espaço citadino onde, pelas 18 horas, a Associação Sou Só e o Saint Dominic Gospel Choir apresentaram o espetáculo de multimédia 'aGuarda-me o Natal'.
Para além da Praça Luís de Camões, outros locais da cidade vão ter referências natalícias. Pelas freguesias do concelho da Guarda, e até 17 de dezembro, haverá "Concertos de Natal na Aldeia". "O espírito natalício vai chegar a todas as freguesias do concelho da Guarda, através das músicas de Natal com a colaboração dos grupos de cantares das Associações Culturais do Concelho da Guarda, difundindo os cantares tradicionais da quadra natalícia", refere uma nota informativa divulgada pela autarquia.
De 2 a 17 de dezembro as Igrejas da cidade (Misericórdia, S. Vicente, S. Miguel, S. Pedro, Bonfim, Mileu e Sequeira) recebem os Concertos de Natal na Cidade, com atuações de Angelicus Duo; Duo Contrasti; Diamar; Cláudia Vaz; Alma Mater; Grupo de Coral de Maçainhas; Casa do Povo do Paúl e o Orfeão do Centro Cultural da Guarda.
O tradicional Madeiro de Natal voltará a arder na Praça Luís de Camões na tarde de consoada, 24 de dezembro. No dia 26 de dezembro a povoação de Aldeia Viçosa volta a cumprir a tradição secular do Magusto da Velha, com as castanhas a serem lançadas do cimo da torre da igreja em honra de uma benemérita da freguesia.
Desde de ontem e até 31 de dezembro decorre o Concurso de Montras de Natal, organizado pela Câmara Municipal da Guarda. "O objetivo da iniciativa é contribuir para a dinamização, promoção, atratividade e divulgação do comércio de proximidade."
Nos dias 3 e 4 de janeiro, o espetáculo 'O Principezinho' sobe ao palco do Grande Auditório do TMG, especialmente dirigida ao público infantojuvenil do concelho. O programa encerra no Dia de Reis, 6 de janeiro, com o espetáculo 'Vamos Cantar as Janeiras!'
A quadra natalícia remete-nos para diversas celebrações, festividades, manifestações, reencontros e espírito familiar. Contudo suscita a lembrança do início da radiodifusão sonora.
Faz-nos recuar até 1906, à noite de 24 de dezembro, data em que foi emitido o primeiro programa de rádio do mundo. Pelo menos assim ficou registada a transmissão protagonizada por Reginald Fessenden, a partir de Brant Rock, nos Estados Unidos da América do Norte.
Previamente enviou uma mensagem, em morse, aos navios que se encontravam ao largo do oceano, alertando-os para uma mensagem importante.
Esta não teve como suporte o característico som da telegrafia sem fios, mas uma voz bem audível que lhes desejou um Natal Feliz. Nos recetores ouviram-se as notas musicais de um tema de Haendel, o trecho natalício Holly Night – tocado em violino – e a leitura de algumas passagens da Bíblia.
A emissão foi, para quem a escutou em alto mar, um imprevisto e distinto presente de Natal. A radiodifusão sonora deu, nesse momento, o seu primeiro passo através de um equipamento embrionário do sistema para emissão de voz pela telegrafia sem fios. O termo rádio, entendido como meio de comunicação, era inexistente nessa época, mas o conceito estava já subjacente nesse momento histórico e especial que desencadeou a abertura de novos horizontes.
No ano seguinte, Lee de Forest associou o telefone sem fios ao equipamento da marinha, viabilizando a escuta (em várias estações costeiras) dos sons emitidos por um fonógrafo.
Decorridos cento e dezasseis anos, a rádio continua a escutar o mundo, a esbater distâncias, a informar, a assegurar o entretenimento, a envolver pessoas independentemente do lugar onde se encontrem.
Estão já distantes os tempos dourados do da onda média que, noutros contextos económicos, sociais e tecnológicos se afirmou de forma inquestionável, assumindo-se como elo de ligação entre populações urbanas e rurais; remetendo para múltiplas realidades.
A Guarda faz parte da história da radiodifusão portuguesa, tendo escrito brilhantes páginas no capítulo das emissões em onda média, mercê do projeto radiofónico (Rádio Altitude) que nasceu no interior dos muros do Sanatório Sousa Martins e é um exemplo de longevidade.
A rádio é magia diária que importa revitalizar com ideias novas, adequação tecnológica, perceção atenta dos gostos e exigências dos ouvintes. As emissões radiofónicas passam hoje, em larga medida, pelo meio digital, num cada vez mais recorrente recurso às modernas aplicações e tecnologias. Atualmente deixa de fazer sentido o argumento de alguns que não acompanham, com regularidade, as emissões de rádio devido às más condições de receção, na tradicional sintonia.
Esquecem, ou querem esquecer, que a realidade é diferente. Evidenciam comodismo, equacionado mais como inconsistente justificação no alheamento perante a notícia, o acontecimento.
É um facto que a rádio – a sua forma de estar e responder – evoluiu e, felizmente, acaba por estar ainda mais perto e envolvendo de forma invisível o nosso quotidiano. Presença entendida como plena confirmação de que o meio rádio não pereceu perante o digital e as novas tecnologias; antes encontrou novos pilares de sustentabilidade e de maior interação com o seu público.
A generalidade dos equipamentos que usamos no dia-a-dia, como o telemóvel, o tablet ou outras expressões da materialização do progresso tecnológico, facilitam-nos e proporcionam o encontro com a rádio; para além das emissões em direto não se podem esquecer as vantagens proporcionadas pelo podcast.
Neste contexto, para além de acrescentarmos que esta é uma das novas virtualidades exploradas pela rádio, é oportuno anotar a necessidade da atempada disponibilização desses conteúdos.
É mais um fator determinante para a mudança de paradigma do perfil das estações locais, com afirmação de uma nova escala de audiências, independentemente da sua referência geográfica.
A rádio evoluirá garantidos que sejam conteúdos de interesse atual aferidos pelo profissionalismo e qualidade; conteúdos enquadrados em propostas que fidelizem e aumentem a audiência, sejam memória e atenta interpretação do presente; com rigor, objetividade.
A rádio aproxima-nos, convida – como no seu início – a partilhar o espírito do Natal, a despertar as nossas responsabilidades individuais na construção de uma sociedade mais fraterna, solidária, dinâmica.
Feliz Natal e um venturoso 2023!...
Helder Sequeira
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