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Na Mêda vai decorrer, nos dias 1 e 2 de junho, a III Feira das Atividades do Mundo Rural, organizada pelo município local em colaboração com diversas associações concelhias.
Integrado no programa deste certame terá lugar um colóquio sobre "Apicultura - Sustentabilidade Económica e Ambiental", no decorrer do qual serão abordados temas como a "A Importância das Abelhas no Ecossistema", "Práticas Sustentáveis na Apicultura" e "Desafios e Soluções para a Apicultura".
Na Guarda está a decorrer, hoje e amanhã (10 e 11 de setembro) mais uma edição da “Feira Farta”.
Esta iniciativa, a realizar no largo do Mercado Municipal, pretende mostrar o que de melhor se produz no território do concelho da Guarda; participam as 43 freguesias que vão trazer os seus produtos endógenos e o artesanato local.
Para além dos feirantes, no recinto coberto, estarão ainda alguns vendedores ambulantes como o “amola tesouras”, a vendedora de tremoços, o vendedor de gelados, o engraxador de sapatos, o ferreiro ou o barbeiro. “A ideia é reviver um pouco destas profissões que eram de presença habitual nas feiras e aldeias e que agora são cada vez mais raras”, refere a informação divulgada pela autarquia guardense.
Do cobertor de papa aos produtos hortícolas, da fruta da época ao mel e ao azeite, dos doces típicos aos licores, todos cabem nesta feira do mundo rural que a Câmara Municipal da Guarda promove desde 2015.
O certame conta ainda com um programa diversificado, com a participação das associações culturais e grupos do Projeto de Cultura em Rede do município. O programa da Feira Farta inclui ainda dois concertos: hoje dia 10, pelas 22h, os Gipsy Kings; amanhã, dia 11, às 18h00, Luís Filipe Reis.
Paralelamente à feira, está a decorrer hoje uma emissão em direto (do Largo da Capela do Senhor do Bonfim) do programa da RTP 1 Aqui Portugal (até às 19h30).
"Viagem às raízes" é designação do evento que vai ter lugar na Arrifana, concelho da Guarda, nos dias 2 e 3 de julho, organizado pela Junta de Freguesia e Grupo de Cantares, com o apoio do município guardense.
Para que a memória perdure no tempo, vão ser recordadas tradições existentes na aldeia ligadas às artes e ofícios do início do sec. XX e a representações de cenas do quotidiano rural, vividas pelas gentes dessa época na Freguesia da Arrifana.
"Um trabalho comunitário com árdua tarefa, mas que simultaneamente trazia momentos de salutar convívio entre as boas gentes da aldeia", como foi referido a propósito desta iniciativa inserida nos Festivais de Cultura Popular cuja programa decorre no concelho da Guarda até ao próximo mês de novembro.
"Paralelamente a estas recriações do quotidiano da comunidade da Arrifana, a aposta passará também por um forte programa cultural vincado na essência e na tradição. Uma homenagem aos saberes da terra e suas tradições, numa 'viagem' pelas raízes beirãs."
Valorizar as populações locais e os seus recursos endógenos no contexto territorial é o objetivo da ação comunitária que está a ser implementada, a escassos quilómetros da cidade da Guarda, através do projeto “Sabores e Tradições do Vale da Teixeira – Azeite”.
Um projeto que tem rostos e constitui um bom exemplo de como se podem articular sinergias locais e valorizar o património olivícola e agrícola das nossas terras; no caso vertente das freguesias de Benespera, João Antão e Ramela.
Julgamos ser oportuno, pela importância e alcance do referido projeto, anotar aqui os seus principais objetivos: afirmar o azeite do Vale da Teixeira como um produto de singular qualidade e importância local, regional e nacional; comprometer os agentes e atores locais no processo de valorização dos seus territórios, considerando a sua identidade cultural e fomentando a participação; valorizar o território através do olivoturismo; divulgar o património cultural existente; desenvolver rotas e itinerários de valorização do património, cultural e imaterial; reativar e dar a conhecer memórias e práticas seculares do Vale da Teixeira; capacitar as gerações mais jovens de conhecimentos que lhe permitam valorizar, respeitar e transmitir a identidade dos territórios rurais.
Enquadradas por estas ideias, as dinamizadoras do projeto – que souberam despertar sensibilidades, equacionar linhas de desenvolvimento, reunir contributos, demonstrar o alcance de uma iniciativa com uma matriz muito específica, afirmar uma inquestionável determinação e capacidade de trabalho – delinearam um conjunto de atividades (algumas já realizadas ao longo dos últimos meses e outras nas últimas semanas, como é o caso da mesa redonda sobre “A Importância do Azeite na Economia Local”) que balizaram os rumos a seguir.
Como evidenciaram, “a valorização do património, através da atividade turística, pode constituir-se como um mecanismo de afirmação e legitimação da identidade de determinados grupos e subgrupos sociais.
Existe ainda um vasto espólio patrimonial, relacionado com a cultura da terra, nomeadamente moinhos de água, que ainda são utilizados no fabrico do pão, para além de outras mais valias patrimoniais, culturais e construídas”.
Esta construção de um futuro promissor para as terras e gentes do Vale da Teixeira merece o apoio das comunidades locais e regionais, das suas instituições mais representativas, que se pode traduzir numa interação permanente com este tipo de projetos, numa objetiva atitude de defesa e salvaguarda da identidade desta zona.
Ações desta natureza incrementam a (re)descoberta de especificidades beirãs que não temem confrontos com outras realidades geográficas, antes assinalam potencialidades e alternativas conducentes a novas vivências, experiências e, como é o caso, a novas sensações e sabores.(H.S)
Fotos: Helder Sequeira
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