Na Guarda vai realizar-se no próximo dia 23 de Fevereiro o “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo”, que, à semelhança do ano anterior, será uma produção da Culturguarda.
A Câmara Municipal da Guarda encomendou à Culturguarda a criação e produção do espectáculo Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, com o objectivo de manter viva a tradição popular dos festejos carnavalescos. O espectáculo, que se desenrolará em forma de cortejo, tal como em anos anteriores, decorrerá entre o Jardim José de Lemos e a Praça Velha, na Guarda.
Como novidade para este ano, o julgamento do galináceo na Praça Velha terá formato de Ópera Bufa, e os advogados de defesa e acusação serão uma soprano e um tenor. O final já é conhecido, uma vez que a morte do galináceo é desde sempre anunciada... mas haverá muitas surpresas neste espectáculo que incluirá uma forte componente de multimédia e efeitos visuais com laser.
De referir que o Julgamento do Galo é uma tradição de diversas localidades portuguesas, especialmente do concelho da Guarda. Tratando-se de um ritual de exorcismo de todos os males existentes, o Galo é o culpado por intrigas, desavenças e todos os insucessos que tiveram lugar no ano que passou, pelo que é julgado e condenado em praça pública, num ritual expiatório e de purificação, através do qual se renova a esperança num ano melhor.
De acordo com informação divulgada pela Culturguarda, trata-se de um espectáculo comunitário que contará com a participação activa de mais de uma dezena de colectividades do concelho, a saber: Associação Cultural Copituna d’Oppidana, Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo, Associação de Jogos Tradicionais da Guarda, Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Rapoula, Centro Cultural da Guarda,Grupo “Os Beirões” de Maçainhas, Grupo de Cantares “Ontem, Hoje e Amanhã” de Maçainhas, Grupo de Cantares da Arrifana, Associação Cultural e Recreativa da Sequeira, Grupo de Cantares "A Mensagem" e Raiz de Trinta - Associação Juvenil.
A coordenação do espectáculo é de Américo Rodrigues, os textos estão a cargo de Rui Isidro e de António Godinho, enquanto a direcção musical será de César Prata e a concepção do Galo é da artista plástica Teresa Oliveira.
A Culturguarda tem sido responsável por grandes produções com a participação das colectividades e também com manifesta adesão popular. São disso exemplo os espectáculos "Guarda: paixão e utopia" (2006) e "Guarda: rádio memória" (2008), a "Evocação da visita da Rainha Dona Amélia", pela ocasião do Centenário do Sanatório Sousa Martins (2007), o "Julgamento e Morte do Galo do Entrudo" (2008) e ainda a "Feira de São João" (2008).