por Correio da Guarda, em 27.10.08
No próximo dia 06 de Novembro, pelas 18 horas, a Câmara Municipal de Aguiar da Beira vai apresentar o livro “Idalina Gomes – Confidências de uma Alma Inquieta”. Trata-se, segundo aquele município, de uma singela homenagem à missionária Idalina Gomes, assassinada, há precisamente dois anos, em Moçambique.
Idalina era natural de Fontearcadinha, Aguiar da Beira, onde nasceu em 25 de Dezembro de 1975.
Em 1994, entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura em 1999. Durante os seus estudos em Coimbra, frequentou os cursos livres de Italiano e de Russo da Faculdade de Letras; tornou-se membro delegado do “Centro Minerva” Associação de cooperação e relações internacionais com o intuito de divulgar a cultura portuguesa no estrangeiro, missão que abraçaria até ao final da sua vida; e entrega-se de corpo e alma à Comunidade Católica “Fraternidade Missionária Verbum Dei”.
Após a sua formação académica e estágio, regressou a Aguiar da Beira e exerceu advocacia na Comarca de Trancoso. Tendo tido conhecimento da organização “Leigos para o Desenvolvimento”, documentou-se e voluntariou-se. Reunindo as condições definidas pela Organização foi aceite. Durante um ano, frequentou um curso de preparação para o serviço de Missionária. Em Outubro de 2005, partiu para a Missão de Fonte Boa, situada em Angónia, na província de Tsangano, em Moçambique.
Aí, aprendeu os costumes de um povo onde a miséria está sempre presente. Distribui alimentos, sorrisos e conforto. Misturou-se com o povo, trabalhou na agricultura, na construção de um orfanato e deu catequese.
No dia 06 de Novembro de 2006, no mês em que regressaria de férias a Portugal, foi assassinada durante um violento assalto.