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A Câmara Municipal da Guarda (CMG) está a reativar o serviço de entrega de medicamentos e alimentos a cidadãos pertencentes a grupos vulneráveis e sem apoio familiar.
Esta iniciativa conta com a colaboração da Escola Superior de Saúde/IPG e, enquadrada no esforço para minorar os efeitos da atual situação pandémica, destina-se a doentes crónicos, pessoas isoladas ou com problemas de saúde e/ou de mobilidade.
As pessoas que necessitem deste apoio devem contactar a CMG através do telefone 271 220 737.
A jovem guardense Ana Chegão foi premiada com uma bolsa da EMBO para o desenvolvimento do projeto "Potencial de medicamentos anti-diabetes em amelioração da patologia aSyn".
Devido à falta de tratamentos preventivos, restauradores ou modificadores de doenças, este projeto visa exibir diferentes compostos farmacológicos num modelo de drosophila da doença de Parkinson, com o objetivo de avaliar o seu potencial terapêutico para melhorar esta doença.
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) obteve, recentemente, a aprovação e financiamento dos seis projetos submetidos ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT) dos quais é líder. O IPG obteve o pleno de candidaturas que a instituição se podia submeter e assegurou a participação em mais nove projetos com instituições de Ensino Politécnico congéneres.
Uma das candidaturas aprovadas relaciona-se com o Projeto MediElderly-Polimedicação do idoso, intervenção educativa para melhorar o uso de medicamento pelos idosos e a disponibilização de informação adequada, incidindo nos Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM), quer devido ao uso elevado de medicamento quer devido ao declínio das funções cognitiva e física.
A elevada prevalência de doenças crónicas na população idosa predispõe esta população a um elevado consumo de medicamentos. Em média, os doentes idosos tomam diariamente cerca de 2 a 5 medicamentos prescritos, sendo que, cerca de 20 a 40% dos idosos tomam mais de 5 medicamentos. O elevado consumo de medicamentos está também associado à utilização de medicamentos sem prescrição, frequência de utilização e consumo por períodos superiores à indicação clínica.
O referido Projeto visa o desenvolvimento de uma intervenção educativa focada nos principais problemas relacionados com medicamentos identificados na população alvo constituída pelos idosos da região. Inicialmente será desenvolvido um estudo qualitativo com o objetivo de explorar o conhecimento, experiências e atitudes dos doentes idosos em relação aos seus medicamentos. Será também explorada a perceção dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de farmácia) sobre problemas relacionados com medicamento nos doentes idosos. A segunda fase do projeto consistirá na revisão da terapêutica e num estudo quantitativo para identificação dos principais determinantes de uso inadequado de medicamentos pela população idosa. A informação recolhida durante estas fases será essencial para desenhar uma intervenção educativa junto da população focando soluções para resolver os problemas identificados, e, cujo objetivo final é melhorar o uso de medicamentos pela população idosa com impacto positivo na sua saúde e qualidade de vida.
Com a intervenção educativa, pretende-se melhorar a literacia em saúde dos idosos e seus cuidadores promovendo o seu empoderamento na gestão da sua saúde; de salientar que empoderamento dos doentes é considerado, pela ONU, como um dos pontos-chave para o desenvolvimento sustentável dos sistemas nacionais de saúde.
Fátima Roque (ESS/IPG), investigadora responsável pelo projeto entende que “este estudo responde a um importante desafio societal da região, promovendo a saúde e consequentemente a qualidade de vida da população idosa, contribuindo, também, para uma diminuição de custos em saúde e para uma melhor sustentabilidade dos recursos em saúde através de uma gestão eficaz e racional do uso de medicamentos”.
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