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Ladislau Patrício, o médico guardense que foi o terceiro diretor do Sanatório Sousa Martins, foi hoje evocado no 36º Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a decorrer desde quinta-feira em Albufeira.
No painel dedicado ao tema “A Pneumologia ao longo da História”, Hélder Sequeira apresentou uma comunicação subordinada ao tema “Ladislau Patrício: pioneiro da especialidade de pneumotisiologia em Portugal”.
Num contexto particularmente difícil, tal como o que foi registado nas primeiras décadas do século passado, o conferencista sublinhou as palavras do próprio Ladislau Patrício, quando observava que “(…) nenhuma vida se presta talvez como a de médico para revelar o valor moral do homem, porque não há outra de certo em que uma alma bem formada encontre mais ocasiões e pretextos para fazer o bem.”
Depois de aludir à sua biografia e à atividade na Guarda, em particular no Sanatório Sousa Martins – onde foi também um visionário do papel da comunicação em saúde e da importância da radiodifusão sonora, materializada nas emissões da Rádio Altitude – concluiu que Ladislau Patrício “deve ser recordado e estudado, enquanto médico, paladino da luta contra a tuberculose, pioneiro da especialidade de pneumotisiologia, como escritor e como cidadão.”
Ladislau Fernando Patrício nasceu na Guarda, a 7 de dezembro de 1883, e faleceu em Lisboa a 24 de dezembro de 1967. Com a implantação da República, este clínico teve uma fugaz passagem pela vida política; em 1910 aparece como Vice-Presidente da Comissão Executiva do Centro Republicano da Guarda e em 1911 esteve à frente dos destinos do município guardense.
Em 1922, a convite do médico Amândio Paul, passou a trabalhar (como subdiretor) no Sanatório Sousa Martins, dirigido nessa época por aquele clínico, a quem viria a suceder, em 1932; nessas funções permaneceu até 7 de dezembro de 1953.
Na sequência de uma proposta do médico guardense foi criada, no âmbito da Ordem dos Médicos, a especialidade de Tisiologia,
“Ladislau Patrício – como foi referido nessa comunicação - é um dos nomes consagrados na galeria de médicos-escritores, tendo manifestado bem cedo a sua faceta de homem de cultura. No Sanatório Sousa Martins apoiou projetos com indiscutível alcance cultural e social; veja-se o caso do jornal “Bola de Neve” e da Rádio Altitude”. O “Bacilo de Kock e o Homem” é uma das suas obras, de cariz científico mais divulgadas, sendo “Altitude: o espírito na Medicina” outro dos mais significativos trabalhos de Ladislau Patrício.
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