Alojamento: SAPO Blogs
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Notícias da Guarda e região | Reportagem | Crónicas | Entrevistas | Apontamentos | Registos
Na Guarda inicia-se hoje a primeira edição do Salão do Livro, com uma programação diversificada e multidisciplinar, que vai decorrer, até 9 de julho, na Alameda de Santo André. O programa deste Salão, designado Guarda-livros, inclui debates, apresentações de obras, entrevistas de vida, visitas encenadas, sessões infantis, conversas-concerto e espetáculos.
Cabo Verde é o país convidado neste ano de estreia, num programa que conta com mais de 20 figuras do panorama cultural nacional e internacional, entre eles Mia Couto, Dulce Maria Cardoso e João Tordo.
Promovida pela Câmara Municipal da Guarda, e com curadoria de Jorge Maximino, a primeira edição do Guarda-livros “convida-nos a embarcar numa viagem pela literatura de língua portuguesa, com espaço para outras artes do espetáculo como a música e o teatro, e piscando também o olho à ciência e à atualidade social”, foi referido a propósito desta iniciativa.
A abertura está agenda para hoje, pelas 17h30 do dia 30 de junho. Mia Couto, João Tordo, Rita Ferro, Joana Barrios ou Maria João Lopo de Carvalho alguns dos autores e escritores que vão apresentar os seus últimos títulos literários, disponibilizando-se, no final para conversar com o público e autografar livros.
Destaque também para a homenagem a Eduardo Lourenço, que celebrado através da leitura de textos da sua autoria pelos estudantes do concelho, ao qual se segue a mesa de debate 'A cultura portuguesa e a Europa no pensamento de Eduardo Lourenço'. Todas as sessões têm entrada livre e decorrem em simultâneo com o espaço de exposição e venda de livros.
Fonte: CMG
A Câmara Municipal da Guarda apresentou na passada quinta-feira, 16 de dezembro, um novo número da revista cultural Praça Velha. Trata-se da 41º edição desta publicação cultural editada semestralmente pela autarquia da Guarda, desde 1997.
Com este número a Revista criou uma nova organização e distribuição de conteúdos por dois volumes, a editar semestralmente.
Este quadragésimo primeiro volume da Revista Praça Velha desdobra-se em quatro áreas distintas: Património e História, Grande Entrevista, Portfólio e Súmula de Atividades.
Na secção de “Património e História” podemos ler um artigo de Fernando Carvalho Rodrigues, que nos fala da medida de coesão para o nosso país e das questões da desertificação.
Como refere, “é tratando muito mais das autarquias de altíssima densidade e cuidando da baixa densidade que o todo se pode curar”.
Elsa Salzedas, apresenta um interessante e elucidativo artigo sobre a geologia guardense; destaca que é importante “valorizar a pedra a partir do conhecimento científico e destacar a sua enorme importância para a natureza e para a humanidade, porque a rocha local é um bem extremamente valioso, não só do ponto de vista científico, mas ainda arquitetónico, económico e histórico”.
A concluir, faz um apelo para que todos contribuam no sentido de se “proteger mais esta região, das mais exclusivas do país” e se sintam orgulhosos com o seu território.
“A Cabeça em Pedra de Vale da Ribeira” é o título do artigo de António Marques e João Carlos Lobão.
Como referem, a identificação e estudo da cabeça em pedra encontrada em Vale da Ribeira “pretende contribuir, de algum modo, para um melhor conhecimento do que terá sido a ocupação humana no período proto-histórico do concelho de Celorico da Beira”
Vítor Pereira, Alcina Camejo, Ana Leonor Pereira da Silva, e Tiago Ramos escreveram sobre a “Intervenção Arqueológica na Casa do Sineiro (Mileu/Guarda)”.
Refira-se que este local integra o espaço onde em 1951 foi feita a descoberta “de um dos sítios arqueológicos mais importantes e enigmáticos da Beira Interior: o sítio romano da Póvoa do Mileu”.
Face aos resultados dessa intervenção, e perante os dados conhecidos até hoje, os articulistas apontam que o contexto “funerário do Mileu se enquadra no século II depois de Cristo”. Concluem afirmando que é desejável a continuidade da intervenção arqueológica neste sítio, trabalho que poderá dar resposta a novas questões.
António Salvado Morgado, num excelente texto e documentalmente bem suportado, leva-nos a conhecer o guardense Francisco de Pina; personalidade central “de um notável encontro de línguas e de culturas no distante Oriente, no longínquo século XVII.”
Como sublinha, Francisco de Pina, “jesuíta, português, missionário e linguista” contribuiu para que a Guarda faça parte da história do atual Vietname.
Francisco de Pina que terá nascido entre março e setembro de 1586, faleceu em 15 de dezembro de 1625. Ou seja, passaram nesta semana 396 anos, após a sua morte.
“Esquecido pela História, ele tem andado desaparecido por detrás da obra iniciada por ele há mais de quatro séculos e que culminou há mais de um século na língua oficial do Vietname (…) escrita e falada por milhões de pessoas”. Escreveu, neste artigo, o Dr. António Salvado Morgado.
Manuel Luís dos Santos fala-nos, neste último número da Praça Velha, do Terreiro da Loiça, melhor dizendo do Largo do Governo Civil; ou, permitam-me a correção, do Largo Serpa Pinto, mais precisamente do Largo Frei Pedro da Guarda.
Com a clareza e factualidade histórica a que há muito nos habituou, o autor intitula o seu artigo “Da Toponímia da Guarda sobre o Largo Frei Pedro da Guarda”, onde não esquece a memória do Dr. Francisco dos Prazeres perpetuada naquele espaço central da cidade, aqui bem ao lado deste edifício onde nos encontramos.
“Para se colocar o painel de Frei Pedro, foi necessário tirar a pedra com as armas da cidade, do século XVII, que foi recolhida no Museu da Guarda”; diz Manuel Luís dos Santos, para quem “a escolha do Largo Serpa Pinto para homenagear Frei Pedro da Guarda talvez não tenha sido a mais feliz, o virtuoso filho da Guarda poderia ter sido homenageado na zona de São Vicente, onde nasceu e onde viveu uma boa parte da sua vida”.
“Ladislau Patrício: quando os médicos são também escritores” é o título do artigo escrito por Anabela Matias e Dulce Helena Borges.
Para além do inquestionável interesse da abordagem que fazem das facetas do terceiro diretor do Sanatório Sousa Martins, mormente no plano da escrita, o artigo é muito oportuno; a sua publicação ocorre no mês em que se celebra o aniversário do nascimento e da morte deste ilustre clínico guardense. Nasceu a 7 de dezembro de 1883 e faleceu na noite de natal de 1967.
Como escrevem as autoras deste artigo, “Ladislau Patrício foi um médico que modernizou áreas emergentes da ciência, exerceu a sua atividade médica com grande rigor e competência.
Desenvolveu técnicas clínicas e profiláticas inovadoras que foram uma referência durante muito tempo na medicina. Além desta vertente, prestigiou o mundo da literatura, cultivando vários estilos de escrita tão distantes ontologicamente, mas que encontram um ponto de fusão”.
Francisco Manso e Ana Manso escrevem, neste último volume da Praça Velha, sobre aspetos da história local de uma aldeia do nosso concelho. Especificamente “Videmonte: Lei da Separação e a Propriedade dos Bens da Igreja Católica no século XX”.
Após o devido enquadramento e contextualização, concluem que “o processo de aplicação da Lei da Separação numa aldeia praticamente isolada e longe da sede do concelho decorreu de uma forma quase pacífica. Não se cumpriu a lei, não se constituíram cultuais, nenhuma igreja foi fechada, não houve sanções. O povo reclamou, mas acatou, e os tempos que se seguiram vieram repor quase tudo como estava antes.”
Uma nota para a foto da “Encomendação da Almas a São Francisco de Assis”, relativa à pintura mural de grandes dimensões existente na igreja matriz de Videmonte. Foi descoberto após a remoção de um altar, para restauro.
António Manuel Prata Coelho apresenta-nos o “Roteiro de Arte Déco na Guarda”.
Depois de lembrar que esta cidade, nos finais do século XIX e princípios do século XX, conheceu “uma substancial modernização urbanística” propõe “um percurso valorativo da arquitetura contemporânea, no que concerne ao gosto Arte Decó, patente nestas principais artérias urbanas (…)”.
Como acentua, a finalizar o seu artigo, “o percurso proposto pelas ruas onde permanecem esses edifícios, corresponde ao propósito de se inventariar um conjunto de estruturas próprias da Arte Déco que urge valorizar, promovendo a Guarda e o seu centro histórico”.
Aires Antunes Diniz escreve sobre as “Deficiências no fornecimento de energia elétrica à Guarda e seu concelho”, conduzindo-nos até à década de 30, do passado século. Reporta o descontentamento do comércio e indústria da cidade que “estavam a sofrer graves prejuízos por o fornecimento de eletricidade ser cada vez pior, provocando indignação geral”.
Apresenta, no decorrer do texto uma reclamação do Diretor do Sanatório (Ladislau Patrício) que se insurge contra o facto de “a Empresa de Luz Elétrica estar a “abusar constantemente da paciência inverosímil de uma cidade inteira”; acrescenta que privou de luz, com absoluta indiferença, uma casa de saúde onde se encontram dezenas de doentes em tratamento (…)”.
A Empresa de Luz Elétrica da Guarda acabaria por ser “incorporada na Companhia Elétrica das Beiras em 20 de abril de 1951.” Aliás, e como é dito neste artigo, a Empresa de Luz Elétrica da Guarda já em julho de 1938 tinha começado a utilizar a energia fornecida pela Empresa Hidroelétrica da Serra da Estrela.
José Quelhas Gaspar, publica neste volume, o texto “O património-histórico-arqueológico um recurso endógeno com valor económico e social”.
Alerta, no seu trabalho, para a identificação de “situações contraditórias e quase opostas relacionadas com o património arqueológico, ao mesmo tempo que verificamos a resistência que a administração pública continua a fazer à proteção efetiva do património histórico-arqueológico”.
Evidencia, depois, que não tem havido “capacidade para perceber a emergência de um novo olhar sobre a realidade e a necessidade do seu ajustamento a novas e variáveis funcionais, que sirvam as populações, enquanto promovem a continuidade e a salvaguarda de bens”.
“A Coleção de Armas do Museu da Guarda – Conservação, Restauro e Musealização” é o tema do artigo de Inês Costa que começa por falar da génese dessa coleção.
Como escreveu, o “estudo desta coleção permite conhecer os principais centros de produção de armas da Europa entre o século XVI e XX (…)”.
A sua variedade e qualidade permite conhecer várias tipologias de armas utilizadas nos séculos referidos, assim como “algumas raridades e particularidades”.
Aludindo às limitações do espaço museológico, que não permitem expor um grande número de exemplares desta importantíssima coleção, está pensada, diz, “uma rotatividade desses exemplares para os dar a conhecer ao público”.
Antes da Grande entrevista temos ainda a possibilidade de ler um artigo subordinado ao tema “Retábulo-Mor da Sé da Guarda – intervenção de conservação e Restauro”, da autoria de Olga Santa Bárbara.
Com oportunas e exemplificativas ilustrações, o texto elucida que a intervenção realizada permitiu “restabelecer a unidade estética e de leitura do retábulo, respeitando a integridade física e valorizando a vertente conservativa”.
Por outro lado, chama a atenção para o facto de as condições ambientais no interior do edifício não serem propícias “a uma boa conservação, a médio prazo, pelo que deverá ser expectável o ressurgimento das patologias assinaladas, ou mesmo a formação de novas.”
Entre as páginas 267 e 274 está a grande entrevista conduzida por Thierry Santos; tem como convidado o antropólogo Paulo Lima, enquanto responsável pela elaboração da Carta de Paisagem do concelho da Guarda.
Recorde-se, e como se pode ler, que “com vista a valorizar o património identitário” deste concelho, a Câmara da Guarda lançou, no passado ano, “o projeto de um registo dos bens culturais imateriais presentes no território, que vai desde o cobertor de papa à cestaria de Gonçalo, passando pelas tradições e vivências locais das 43 freguesias do concelho”.
No decorrer da entrevista, António Lima afirma que o “inverno” demográfico é a maior das ameaças que impendem sobre o nosso território; acrescenta, depois, o envelhecimento da população. Ainda segundo ele, “o património e a paisagem resultam da presença de pessoas. Sem elas nada existe”.
Antes de concluirmos, façamos agora uma referência ao “Portfólio” que tem por tema “A Guarda pelos Olhos de pintores do século XIX ao século XXI: proposta de um itinerário pelos lugares mais representados da cidade altaneira – uma amostra da coleção do Museu da Guarda”, constituída por desenhos, aguarelas, óleos, acrílicos e uma serigrafia digital”.
Dos 24 trabalhos de iconografia guardense reproduzidos, dois são da autoria de Luís Rebello, a quem a presente edição prestou homenagem.
Nas últimas páginas da edição da Praça Velha, está a habitual Súmula de Atividades Culturais que decorreram no Concelho da Guarda em 2021 e 2022.
Hélder Sequeira
Na Guarda vai decorrer no próximo dia 16 de outubro, a partir das 9h30, mais uma atividade do ciclo de eventos “Abeirar” que, desde a Primavera, está a percorrer os 15 concelhos da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE). Esta iniciativa é desenvolvida está a ser desenvolvida numa sequência de três temporadas, cada uma dedicada a um tema central para este território: água, céu e rocha.
À Guarda, através da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), foi atribuído o tema “A Rocha”, desenvolvendo-se o projeto da BMEL ao longo de um percurso que se iniciará na Torre de Menagem a partir da qual será percorrida, em observação, a sua envolvente “e entender que fenómenos naturais estiveram na origem da ocupação humana através dos diferentes aspetos geológicos e geomorfológicos, históricos e literários.
“Este Roteiro – como foi referido pela Organização – pretende introduzir pela primeira vez, de forma simples e acessível a todos, uma primeira abordagem da Grande História da Guarda, contando acontecimentos importantes, muito antes da existência da Humanidade e até dos Dinossauros no Planeta que explicam a razão da Guarda estar onde está e ser como é. O percurso culminará no cemitério local, onde se irão identificar e compreender as diferentes rochas utilizadas na construção dos jazigos. Serão também homenageados poetas e escritores e abordada a história recente da cidade. Durante a caminhada seremos sempre inspirados por excertos literários de autores locais, pela observação e explicação da envolvente geológica do percurso e pela interpretação histórica dos espaços a percorrer.”
O roteiro será orientado por Anabela Matias, Dulce Helena Borges e Elsa Salzedas, tendo um número limitado de inscrições.
De referir que o ciclo “Abeirar” é um “convite à curiosidade, à exploração e à descoberta dos recursos do território das Beiras e Serra da Estrela. É um trilhar pelo território, no cruzamento entre a literatura e a ciência. É um apelo à participação conjunta de cidadãos/ãs, artistas e cientistas, pela construção de conhecimento e pela preservação e valorização do território com o objetivo de transformar cada cidadão em embaixador e promotor de um bem comum, que é o território.”
Fonte: CMG
A CIMfonia será o primeiro grande evento de 2021 integrado nos projetos "Festival Cultural da Serra da Estrela, das Beiras e da Raia Histórica", que visam promover a itinerância cultural no território, dando assim continuidade à iniciativa “Cultura em Rede das Beiras e Serra da Estrela”, criada entre 15 municípios e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE).
Ao todo serão 17 concertos itinerantes dirigidos por orquestras nacionais e que irão percorrer todo o território das Beiras e Serra da Estrela e ainda nos municípios de Aguiar da Beira e Vila Nova de Foz Côa. Paralelemente irão decorrer masterclasses de artes performativas, como a fotografia, a literatura ou a arquitetura.
A CIMfonia é o culminar de todo um trabalho de cooperação e de construção de sinergias entre 15 Municípios e a CIM-BSE numa estratégia clara de afirmação cultural, de visibilidade e notoriedade externa do território e de divulgação de todo o seu potencial turístico e económico constante do projeto geral "Festival Cultural da Serra da Estrela, das Beiras e da Raia Histórica".
No âmbito da CIMfonia vão estrear 17 concertos dirigidos por orquestras nacionais que poderão ser vistos, em itinerância, nos 15 municípios da CIM-BSE e nos Municípios de Aguiar da Beira e Vila Nova de Foz Côa entre os meses de maio e novembro de 2021.
A Orquestra Filarmónica Portuguesa e Raquel Camarinha estreia na Guarda, a 9 de maio, o palco da CIMfonia. No dia 28 de maio será a vez do Toy Ensemble visitar Trancoso; a 10 de junho, em Gouveia, atuam João Barradas e o Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfónica de Gouveia; 20 de junho Belmonte recebe Drumming Grupo de Percussão; 26 de junho, Pinhel conta com a prestação de Júlio Resende, Valéria Carvalho e a Banda Filarmónica de Pinhel; 6 de julho em Figueira de Castelo Rodrigo e dia 30 de julho, em Celorico da Beira, será a vez do concerto da Toy Ensemble; 31 de julho no Fundão atuam Les Secrets des Roys.
No mês de agosto a IAN e a Filarmónica de Manteigas marca presença dia 13 em Manteigas; dia 27 em Fornos de Algodres sobem ao palco da CIMfonia Filipe Raposo e Rita Maria e dia 28 Aguiar da Beira recebe Valéria com “Fado Português”.
O mês de setembro terá os seguintes concertos: Covilhã recebe dia 4 o maestro Rui Massena; Mêda a 9, Sabugal a 10, Seia a 11 e Vila Nova de Foz Côa a 12 do mesmo mês terão em palco a Orquestra Académica Filarmónica Portuguesa. O último concerto desta iniciativa acontecerá no dia 21 de novembro em Almeida com a atuação da Rare Folk.
A CIMfonia está diretamente associada à candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027 e ao compromisso conjunto assumido por 18 parceiros, a CIM-BSE, os 15 Municípios da região das Beiras e Serra da Estrela e ainda os Municípios de Vila Nova de Foz Côa e de Aguiar da Beira na implementação de uma estratégia e plano de ação que contribua para fortalecer o posicionamento da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura.
Pretende-se com esta ação projetar a nível nacional e internacional o Território, valorizar a identidade, a memória, a tradição e a história da região e projetá-la para uma dimensão europeia e mundial. Esta programação cultural visa a dinamização de parcerias com agentes e instituições culturais nacionais e internacionais, tendo na base a articulação de uma estratégia cultural que incentive o empreendedorismo, a inclusão social, o património histórico, o turismo, a educação na Região das Beiras e Serra da Estrela.
Paralelamente aos concertos serão dinamizadas masterclasses que irão privilegiar a interligação com outras artes performativas, como a literatura, o paisagismo, a arquitetura, a fotografia, numa vertente elucidativa e pedagógica na preservação do património cultural e histórico.
Bolsa artística para artistas e grupos locais
A “Bolsa Artística para a Itinerância Cultural” assenta num conceito de colaboração e cooperação entre os Municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela que se unem com o desígnio de afirmar a cultura identitária das Beiras e Serra da Estrela. Pretende-se assim projetar os artistas e a cultura local de cada território a uma escala intermunicipal, fomentar a retoma da fruição cultural e turística garantindo o cumprimento das normas emanadas pela DGS, estimular a dinamização da economia e da retoma turística das Beiras e Serra da Estrela.
Estas bolsas artísticas não só visam incrementar a economia local e dar um novo alento aos agentes culturais locais, mas também promover uma maior participação da comunidade na vida cultural, na formação de novos públicos e na itinerância de espectadores que fortalecem os laços comunitários a nível intermunicipal.
Abrange três fases: a primeira de promoção e lançamento de um concurso de ideias que decorre entre 17 de maio e 31 de outubro em simultâneo nos 15 Municípios com seleção dos 15 melhores programas/projetos artísticos; a segunda fase para ensaios e preparação dos espetáculos; a última fase de apresentação dos 75 espetáculos, 5 espetáculos por município.
Até ao próximo dia 10 de dezembro de 2020 estão abertas as candidaturas ao “Prémio Literário Vergílio Ferreira 2021”, atribuído desde 1997 pela Universidade de Évora como forma de homenagear o escritor que lhe dá o nome e que se destina a galardoar o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.
As propostas de candidatura devem ser oriundas de universidades em que se desenvolvam estudos de literaturas e/ou de culturas lusófonas ou de instituições culturais relevantes nesses âmbitos.
O júri presidido pelo professor António Sáez Delgado integra também os docentes universitários Ana Paula Arnaut (Faculdade de letras da Universidade de Coimbra), Pedro Serra (Faculdade de Filosofia da Universidad de Salamanca), Cláudia Teixeira (Universidade de Évora), assim como a crítica literária Anabela Mata Ribeiro.
Vergílio Ferreira nasceu em Melo (Gouveia) em 28 de janeiro de 1916, tendo falecido em Lisboa a 1 de março de 1996; foi sepultado no cemitério da sua terra natal.
"Manhã Submersa", "Estrela Polar, "Alegria Breve", "O Caminho Fica Longe" , "A Face Sangrenta", Mudança" e "Cântico Final" são algumas das suas publicações.
“Sobre outra coisa ainda – 13 short stories” é o título do livro de Fernando Carmino Marques (docente do Politécnico da Guarda) que vai ser apresentado na Guarda, no próximo dia 26 de fevereiro.
A apresentação desta publicação será feita por Rosa Branca Figueiredo no café do Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda, pelas 18 horas. O livro, com a chancela da Edições Esgotadas, é composto por “treze shorts stories que se podem definir como de Realismo Mágico. O mistério envolvendo o quotidiano de personagens e preocupações contemporâneas.”
Fernando Carmino Marques é Doutor em Letras pela Universidade de Paris IV – Sorbonne (1997), onde lecionou, de 1993 a 2002, língua, cultura e literaturas de expressão portuguesa. Colaborou no Instituto Camões em Paris e foi docente responsável pelo ensino do português nas universidades de Versailles – St. Quentin e Marne-la-Vallée. Publicou vários estudos sobre temas e autores portugueses e brasileiros, dos séculos XVI, XIX e XX. Mais recentemente traduziu e editou o estudo inédito de Pierre Hourcade sobre a poesia de Fernando Pessoa: A Mais Incerta das Certezas, Itinerário Poético de Fernando Pessoa (Coleção “Ensaios” sobre Fernando Pessoa, Tinta-da-china, Lisboa, 2016). É professor de língua e cultura portuguesa no Instituto Politécnico da Guarda.
A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL) vai encerrar a programação dedicada à comemoração do centenário de nascimento de Vergílio Ferreira, com um encontro e percurso literário pela Guarda, no dia 30 de janeiro, às 11h00.
Com estes roteiros literários pretende-se levar os leitores aos espaços concretos referidos nas obras, envolvê-los na diegese vergiliana e contextualizá-los com a ação e personagens.
A obra de Vergílio Ferreira, grande e diversa pela dimensão e génio, contribuiu para o estudo, mais aprofundado, que se centrou na construção da personagem, tendo como espaço a cidade da Guarda.
A eleição das obras “Manhã Submersa” e “Estrela Polar” deveu-se ao facto de a ação, em ambas, decorrer em espaços beirões, nomeadamente, na cidade altaneira.
A nomeação e referência espacial à Guarda, sob o nome de Penalva e a predileção por espaços, muitos deles reais e concretos, existentes ainda hoje na malha urbana, levam à apropriação destas obras, como obras que cantam a cidade e a eternalizam.
Fonte: BMEL
A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (Guarda) vai promover no dia 10 de dezembro, pelas 18h00, a conferência "O imaginário tradicional na poesia e na narrativa de José Régio".
Esta conferência será proferida por Maria da Natividade Pires, no âmbito do destaque que a BMEL está a dar este mês à vida e obra de José Régio.
Maria da Natividade Pires é professora coordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Doutorada em Literatura Portuguesa, tem publicações em livros e revistas sobre Literatura Infantil, Literatura Tradicional e abordagens interdisciplinares, na perspectiva da educação intercultural.
No âmbito do "destaque do mês" dedicado a Agustina Bessa-Luís, a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda terá patente, a partir de 3 de julho, uma exposição bibliográfica sobre aquela escritora.
A iniciativa, que visa dar a conhecer esta figura referencial da literatura portuguesa, é uma coorganização da BMEL e do Centro de Estudos Ibéricos, em articulação com o Instituto Camões, a propósito da entrega do Prémio Eduardo Lourenço 2015, no próximo dia 3 às 15h00, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.
"O Mito do Orpheu" é o tema da conferência que será proferida por Arnaldo Saraiva na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), na Guarda, no próximo dia 11 de junho, pelas 21h30.
Esta conferência insere-se num conjunto de iniciativas que a BMEL promove, ao longo do corrente mês de Junho, dedicadas à “Orpheu", nomeadamente, exposições, um colóquio e a projeção de um filme.
Arnaldo Saraiva nasceu em 1939. É professor universitário (aposentado), investigador científico e literário, ensaísta, cronista e poeta. Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, doutorou-se na Faculdade de Letras do Porto, onde exerceu a função de docente de Estudos Brasileiros e Africanos. Foi leitor de Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira na Universidade da Califórnia e professor convidado da Universidade de Paris III. Fez estudos superiores no Rio de Janeiro, em Paris e em Urbino.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.