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Para além do calendário...

por Correio da Guarda, em 25.04.21

 

O dia 25 de Abril está indelevelmente ligado à Liberdade e à Democracia. Entre estes marcos estão enquadradas importantes conquistas, valores e direitos que, durante décadas, estiveram submersos na prepotência de um regime totalitário.

Eleições livres, liberdade de expressão, poder local, liberdade de imprensa: toda uma terminologia que floresceu numa manhã de Abril, em 1974. Esta data representa um importante facto na História portuguesa contemporânea; a sua dimensão, contudo, não foi apreendida, por muitos, em toda a sua globalidade; noutros casos, as políticas e estratégias seguidas, os oportunismos registados contribuíram para um progressivo esmorecimento dos ideais proclamados, acentuarm um distanciamento de camadas sociais, traídas nas suas convicções e esquecidas nas suas realidades e anseios.

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Consequentemente, o significado desta data foi-se afastando do pensamento e da prática quotidiana, pautada por outros padrões, comportamentos e atitudes; um quadro que não é original na história da nação...

Um facto histórico, complexo por natureza, desdobra-se em várias facetas, onde se entrelaçam aspetos políticos, económicos e sociais, refletindo a sua análise um cunho tanto mais acentuado quanto o seu enquadramento seja feito em termos de conjuntura ou estrutura.

Quarenta e sete anos após Abril de 1974, importa reter os ideais que animaram um movimento depressa convertido à escala nacional e abraçado por um sentir bem português, numa doação a que só a gente lusa se sabe entregar; sem se cristalizarem ideologias, dogmas ou extremismos. É fundamental que se apreenda o verdadeiro significado desta data, de forma a refleti-lo, a projetá-lo no presente, com o pensamento no futuro.

Abril foi o abrir de uma porta para o presente e para um Portugal europeu; interrogar o passado permitirá uma melhor compreensão do presente e permitirá aferir o rumo certo, as estratégias necessárias, as melhores soluções.  .

Evocarmos a data de 25 de Abril de 1974 é assumirmos, individual e coletivamente, os deveres que nos inspiram a democracia e a liberdade, sem nos circunscrevermos apenas a dias assinalados no calendário...

H.S.

 

 

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publicado às 12:25

Abril, para além do calendário

por Correio da Guarda, em 25.04.13

     O dia 25 de Abril está indelevelmente ligado à Liberdade e à Democracia. Entre estes marcos estão enquadradas importantes conquistas, valores e direitos que, durante décadas, estiveram submersos na prepotência de um regime totalitário.

    Eleições livres, liberdade de expressão, poder local, liberdade de imprensa: toda uma terminologia que floresceu numa manhã de Abril, em 1974.

    Esta data representa um importante facto na História portuguesa contemporânea; a sua dimensão, contudo, não foi apreendida, por muitos, em toda a sua globalidade; noutros casos as políticas e estratégias seguidas, os oportunismos registados contribuíram para um progressivo esmorecimento dos ideais proclamados, para um distanciamento de camadas sociais, traídas nas suas convicções e esquecidas nas suas realidades e anseios.

    Consequentemente, o significado desta data foi-se afastando do pensamento e da prática quotidiana, pautada por outros padrões, comportamentos e atitudes; um quadro que não é original na história da nação...

    Um facto histórico, complexo por natureza, desdobra-se em várias facetas, onde se entrelaçam aspetos políticos, económicos e sociais, refletindo a sua análise um cunho tanto mais acentuado quanto o seu enquadramento seja feito em termos de conjuntura ou estrutura.

    Trinta e nove anos após Abril de 1974, importa reter os ideais que animaram um movimento depressa convertido à escala nacional e abraçado por um sentir bem português, numa doação a que só a gente lusa se sabe entregar; sem se cristalizarem ideologias, dogmas ou extremismos. É fundamental que se apreenda o verdadeiro significado desta data, de forma a refleti-lo, a projetá-lo no presente, com o pensamento no futuro.

    É que Abril foi o abrir de uma porta para o presente e para um Portugal europeu; interrogar o passado permitirá uma melhor compreensão do presente e permitirá aferir o rumo certo, as estratégias necessárias, as melhores soluções.

    Daí que, neste contexto, seja crucial o papel do ensino e dos media pois, como há alguns anos escrevia Mário Mesquita, não há cerimónia pública que substitua o seu papel no conhecimento da História imediata, na transmissão e na reflexão crítica acerca do passado recente.

    Neste contexto há um importante trabalho que pode e dever ser feito, pois será de grande relevo para a preparação do futuro; informando, motivando, refletindo, aproximando...

    Evocarmos a data de 25 de Abril de 1974 é assumirmos, individual e coletivamente, os deveres que nos inspiram a democracia e a liberdade, sem nos circunscrevermos apenas a dias assinalados no calendário...

 

   In, "O Interior", 18-Abr -2013

 

 

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publicado às 00:56

Rádios: uma importante função social

por Correio da Guarda, em 16.09.08

 

 

O panorama actual das rádios portuguesas é, substancialmente, diferente daquele quer era vivido há cerca de uma década atrás.
Houve uma selecção natural das estações nascidas sob o alvor da regulamentação do espectro radioeléctrico face a condicionalismos de vária ordem, mormente da necessidade de serem afirmados projectos aferidos pelo profissionalismo e por um esclarecido entendimento da função social da rádio.
O suporte económico-financeiro não deixou de ser um dado importante, sobretudo em zonas onde o tecido comercial é tradicionalmente fraco, com reflexos na pobreza do mercado publicitário.
Por mais boa vontade com que seja apregoada a denominada publicidade institucional, os projectos ao nível radiofónico não evoluem se não for garantida outra sustentabilidade e criadas dinâmicas capazes de ampliarem audiências, reforçarem a qualidade dos conteúdos programáticos, aproximarem o meio rádio dos seus destinatários e interlocutores mais válidos.
Muitas estações (diga-se responsáveis) esquecem que nos fins genéricos da actividade de radiodifusão, “no quadro dos princípios constitucionais vigentes” se inscreve a obrigação de contribuir para a informação do público, garantindo aos cidadãos o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações.
Por outro lado, a lei estabelece que às rádios compete contribuir para a valorização cultural da população, assegurando a possibilidade de expressão e o confronto das diversas correntes de opinião, através do estímulo à criação e à livre expressão do pensamento e dos valores culturais que traduzem a identidade nacional; tudo isto para além da sua obrigação emdefenderem e promoverem a língua portuguesa.
Sublinhe-se que outra das finalidades, inscritas na Lei da Rádio, aponta para a necessidade de favorecer o conhecimento mútuo, o intercâmbio de ideias e o exercício da liberdade crítica entre os Portugueses e, igualmente, a criação de hábitos de convivência cívica própria de um Estado democrático…o que nem sempre acontece, pois muitas rádios demitem-se dessa função.
 

 

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publicado às 23:04


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