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Guarda. Parque urbano do Rio Diz
No Instituto Politécnico da Guarda vai decorrer a partir da próxima segunda-feira, e até 12 de Julho de 2017, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS).
O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, será abordado em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais.
O Seminário é entendido como um momento de reflexão e troca de conhecimento entre investigadores de vários países, em torno de um tema de importância crescente na sociedade atual”; por outro lado é referido que a Direção Geral de Saúde criou em 2016, pela primeira vez em Portugal, um programa prioritário de promoção da atividade física que visa, além da promoção de estilos de vida saudáveis e a avaliação dos seus benefícios, formar profissionais para aconselharem e mudarem os comportamentos dos utentes.
Pedro Teixeira (Programa Nacional de Promoção da Atividade Física - DGS); Jorge Mota (Programa Acorda /FADEUP); Romeu Mendes (Programa Diabetes em Movimento - UTAD); José Antonio de Paz Fernández (Programa Esclerosa Múltipla – ULeón, Espanha); José Rodrigues (REDESPP /ESDRM), Nuno Ferro (Sociedade Portuguesa de Educação Física), César Sá (IPVC), Carlos Neto (FMH), Nuno Serra (IPG) e Rita Cordovil (FMH) são alguns dos conferencistas.
O programa pode ser consultado em www.ipg.pt/13sieflas/
No Instituto Politécnico da Guarda vai realizar-se, de 10 a 12 de Julho de 2017, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS).
O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, será abordado em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais.
De referir que este Seminário teve o seu berço no Instituto de Estudos da Criança, da Universidade do Minho, em 2005, prosseguindo, nos anos seguintes, em diversas Instituições do ensino superior em Portugal, bem como na Alemanha e Brasil.
Para a organização, deste ano, do SIEFLAS este evento “constituí um momento marcante da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG, instituição que há 30 anos proporciona uma formação na área do Desporto”.
O Turismo de Saúde e Bem-Estar tem vindo a suscitar uma nova atenção por parte de empresários investigadores que reconhecem como necessária a rentabilização das potencialidades existentes no nosso país, e mormente nesta região do interior.
Como tem sido sublinhado em encontros e debates sobre a referida temática, este é um mercado a desenvolver; aliás, em termos mundiais, estima-se que o sector atinja, no corrente ano, 100 biliões de dólares.
Valorizar o posicionamento turístico do destino Portugal – considerado um dos países da Europa mais rico em águas termais – e promover a sua internacionalização são dois dos objetivos do Cluster do Turismo de Saúde e Bem-Estar de Portugal. A sua comissão instaladora, formalizada há alguns meses atrás (composta por docentes do ensino superior, investigadores e empresários) fez notar que nos principais destinos de turismo de saúde e bem-estar se destacam os segmentos de termalismo, talassoterapia, turismo médico e turismo estético.
O documento que fundamentou a consolidação deste Cluster destaca importância do turismo da saúde e bem-estar na sociedade hodierna, bem como a diversidade das regiões turísticas de Portugal e a “saudável concorrência entre destinos turísticos às escalas regional e global”; por outro lado, alerta para a “indispensabilidade do enquadramento científico, designadamente ao nível de linhas de investigação por patologias e por terapias harmonizadas e validadas, que permitam assegurar a excelência dos tratamentos e a segurança dos utentes”.
A evolução deste setor passa, também, por ministrar preparação adequada aos profissionais de saúde e turismo que trabalham ou pretendam vir a desenvolver a sua atividade neste segmento turístico; daí que seja defendido o incremento da formação e investigação no âmbito do turismo de saúde e bem-estar.
Refira-se que em Portugal existem 36 estabelecimentos termais em atividade, 20 dos quais localizados na região centro, onde têm surgido iniciativas orientadas para a adesão de novos utentes, dentro dos vários escalões etários. Algumas estâncias termais lançaram já ações tendentes a fomentar o termalismo júnior, em especial para destinatários com problemas respiratórios, uma ação que procura preparar o futuro, com a criação de hábitos junto dos mais novos e potenciais utilizadores no futuro. As termas não proporcionam apenas tratamentos mas oferecem igualmente espaço de repouso e lazer, na generalidade dos casos rodeado de relaxante cenário natural e ambiental.
Evidenciar o tratamento termal como alternativa ao uso de anti-inflamatórios e de outros tratamentos “globalmente mais vantajosa, sem efeitos nocivos secundários no organismo e que garante uma melhor qualidade de vida” foi o objetivo de algumas iniciativas que decorreram nos últimos dois anos, nomeadamente nas Termas de São Pedro do Sul.
A diminuição do consumo de fármacos e dos dias de baixa por doença pode aplicar-se a várias patologias, como demonstram, inequivocamente, alguns estudos feitos em vários países.
A oferta das termas portuguesas é variada, sendo indicadas para diferentes tipos de doenças, como, por exemplo, do foro osteoarticular, respiratório, digestivo e dermatológico. A composição específica das águas minerais naturais e a sua temperatura, em articulação com o ambiente termal e técnicas adequadas, respondem, com eficácia comprovada, a um vasto conjunto de situações, sempre sob orientação médica.
Atendendo ao número de estâncias termais na nossa região, o turismo de saúde e bem-estar poderá assumir um eminente papel no desenvolvimento económico e social das localidades onde brotam “águas da saúde”. Esta rentabilização passa, necessariamente, e à semelhança do que se verifica noutros países, por um trabalho e cooperação interdisciplinar; por uma estratégia conjunta e pela definição, objetiva, de especificidades e complementaridades.
E este é um desafio para ser assumido, de imediato. (H.S.)
In O Interior, 20Dez2012
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