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A Associação de Jogos Tradicionais da Guarda (AJTG) celebra no próximo dia 28 de agosto o quadragésimo quinto aniversário. Criada em 1979 com o objetivo de proceder à recolha, sistematização e incentivo à prática de Jogos Tradicionais, tem desenvolvido a sua ação por todo o distrito da Guarda, pelo país e também além-fronteiras.
Desde a sua criação, e até hoje, tem vindo a realizar e participar em numerosos projetos, sempre na perspetiva da salvaguarda da cultura lúdica tradicional. “É neste ambiente de promoção cultural que decorreu nos últimos dois meses o projeto apoiado pelo IPDJ “Um Dó Li Tá – Jogo Livre “o qual consiste numa recolha testemunhal de pessoas com experiências vividas antes e depois do 25 de Abril de 1974 com memórias dos jogos, brincadeiras e práticas lúdicas em geral. A primeira fase deste projeto vai ser apresentada durante as celebrações no próximo dia 28 de agosto, às 17h30.” Refere a AJTG em nota para a imprensa.
“Fruto da dedicação e dos esforços dos seus sócios e dirigentes, a AJTG tem-se afirmado como parceiro privilegiado em inúmeras iniciativas que envolvem a temática dos jogos tradicionais – seja a nível nacional, seja a nível internacional. É de destacar a participação como membro da TAFISA - The Association For International Sport for All; da ETSGA - European Traditional Sports and Games Association; da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto; e da fundação de diversas entidades como a Federação Portuguesa de Jogos Tradicionais; a Escola de Jogo do Pau Português; a Pro-Raia-Associação Desenvolvimento Integrado Da Raia Centro Norte; a FAJDG - Federação das Associações Juvenis do Distrito da Guarda; a Federação Ibérica de Jogos Tradicionais.” Acrescenta ainda a AJTG.
Destacam-se no histórico muitos outro projetos, nomeadamente a recolha e filmagem, em conjunto com o Professor Noronha Feio, do programa televisivo exibido pela RTP: “Os homens e os Jogos – Os Jogos das Terras Frias”; Realização de centenas de Encontros de Jogos Tradicionais Distritais; Organização da 1a Exposição Distrital de Artesanato; Organização da 4a Festa Internacional dos Jogos, na Guarda e participação nas anteriores em vários países; Produção de uma peça de teatro baseada num jogo tradicional (jogo do Galo), “Nana, Ina, Não, Ficas Tu Eu Não”; Publicação de diversos estudos, artigos e opiniões ligados à temática dos jogos e do seu papel nas sociedades; a primeira ação de formação certificada de Animadores de Jogos Tradicionais; ação de formação para criação de jogos e brinquedos populares e tradicionais; seminário sobre os temas As Mulheres nos Jogos e Desportos Tradicionais; atividades de promoção da intergeracionalidade e do envelhecimento ativo; participação em diversos Workshops sobre temáticas de animação e intervenção sociocomunitária em diversos países da Europa e em Portugal; organização de inúmeras exposições sobre os jogos tradicionais como “Brinquedos dos nossos Avós”, “Eu tenho um Pião”, “O Tempo a Brincar”, “Jogar a Tradição” ; edições de diversas publicação como “A Malha, Desporto Tradicional Português”; “O Jogo do Galo por Terras da Beira”; “Os Jogos de Força do Distrito da Guarda”; “Magusto da Velha em Aldeia Viçosa”; “O Beto”; “Os Jogos de Bola do Distrito da Guarda”; “A Capeia Raiana, uma Mostra de Força Coletiva”; “A Pelota, Contributo para a sua Recuperação”; “Ritos de Morte em Casal de Cinza”; “A Aprendizagem para além da Escola: O Jogo Infantil Numa Aldeia Portuguesa”; “Catarse – Guarda, 1990”; “Brincadeiras da Minha Meninice”; coleção de postais "20 Anos, 20 Jogos de Humor"; “O Saber Sexual das Crianças, desejo-te porque te amo”; “Mulheres e Desportos Tradicionais”.
Ao longo dos anos, a AJTG “mantém-se fiel aos seus propósitos fundadores e também mantém os esforços numa intervenção comunitária sistemática e sustentável. O papel da AJTG enquanto motor de desenvolvimento é reconhecido pelo seu passado; é inquestionável no presente e é expetável para o futuro.” É referido ainda na nota informativa divulgada por aquela associação, para quem “ainda que toda a sociedade atual esteja a impor cada vez mais desafios, a AJTG continua a acreditar que os jogos populares e tradicionais são essenciais para uma qualidade de vida mais plena tanto em termos físicos, como mentais e emocionais; e também como alavanca para a cultura, para a economia, para a sustentabilidade. Mas só com o esforço coletivo é que a AJTG se concretiza e só com o esforço de todos é que a AJTG realiza a sua missão – corpos sociais; voluntários, colaboradores, parceiros, instituições, empresas, comunicação social. Neste aniversário, a AJTG só pode, por isso, deixar pedidos de ofertas que venham corresponder à sua essência: mais envolvência associativa; mais compromisso das entidades com a cultura lúdica tradicional; mais definição estratégica para a cultura tradicional e mais participação dos privados no associativismo.”
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