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"Até breve, tartaruga Toti" é o livro de Américo Rodrigues e Isabel Mota que será lançado em breve.
Este livro conta a história de um menino saotomense e uma tartaruga em vias de extinção e é escrito em santome (forro) e português. A publicação será entregue, gratuitamente, às escolas e jardins de infância de São Tomé e Príncipe através da Santa Casa da Misericórdia de STP.
Entretanto, para ser viabilizada a impressão deste livro os autores esperam contar com o apoio dos leitores, pelo que os donativos podem ser enviados (no prazo de quinze dias) para o mbway 910907727, indicando o nome e morada para posterior envio de um exemplar.
Os autores desejam que esta iniciativa não tenha ligações institucionais, daí que esperam reunir apoios solidários para concretizar o projeto.
No passado mês de fevereiro, Américo Rodrigues visitou São Tomé e Príncipe e foi convidado a contar uma história sua, no jardim de infância Baú dos Sonhos, na Madalena. As crianças receberam-no com alegria e ouviram com atenção e curiosidade “A bolota do Barroquinho”, o seu mais recente livro para crianças, do Américo.
No Jardim de Infância, o autor percebeu que os poucos livros infantis que havia (tal como o seu livro, que acabara de ler), não tinham nada a ver com a realidade e referências dos meninos e meninas de São Tomé.
Assim, Américo Rodrigues prometeu às crianças que iria escrever uma história para lhes oferecer, com personagens que lhes fossem familiares e cuja ação se passasse na ilha. Mais tarde, juntamente com Isabel Mota, visitou o projeto Tatô (desenvolvido por uma ONG que protege tartarugas) e acompanharam uma largada de tartarugas bebés para o mar. A partir daquela experiência surgiu a ideia para a história que o Américo tinha prometido.
Quando os dois autores chegaram a Portugal começaram a escrever a história da Tartaruga Toti. O entusiasmo e as ideias à volta do projeto foram crescendo e decidiram convidar um pintor de São Tomé, Osvaldo Reis, para ilustrar a história; Leonor Varo aceitou fazer o design do livro.
Sentindo que o livro “continuava a querer crescer” e resolveram pedir ao Professor Ayres Veríssimo Major (que dedica a vida à preservação das línguas originárias de São Tomé e que é responsável por um dicionário de santome) que traduzisse o texto.
O santome (forro), com uma gramática própria, é falada apenas na casa de algumas pessoas. As línguas autóctones foram-se perdendo, fruto da colonização que as quis apagar da memória coletiva e que fez com que as pessoas sentissem vergonha de as falar. Diante de tudo isto, os autores resolveram tornar este livro bilíngue, o que o torna uma publicação pioneira.
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