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O município de Manteigas concluiu, recentemente, dois projetos com obtenção de financiamento, WI-FI@Manteigas, autorizado pelo Turismo de Portugal e WIFI4EU aprovado pela Comunidade Europeia, através da Agência de Execução para a Inovação e as Redes (INEA). Estes projetos têm como objetivo proporcionar o acesso gratuito à Internet.
De acordo com a informação divulgada pela Câmara Municipal de Manteigas, estas ações têm como objetivo promover o acesso sem fios e gratuito à Internet em espaços e edifícios públicos, melhorando desta maneira o acesso aos conteúdos informativos.
Os locais foram selecionados tendo em conta o fluxo de pessoas nestas áreas, sendo que em projetos futuros outros pontos serão incluídos, de forma a alargar o perímetro de alcance da rede WI-FI.
“O Grupo de Emergência da Guarda (GEG) é um exemplo de que na Internet é possível ter grandes comunidades onde as pessoas se respeitam”. É o que afirma Pedro Pinto, impulsionador do GEG que conta hoje com perto de 38 mil seguidores.
Licenciado em engenharia informática e mestre em computação móvel, Pedro Pinto é administrador de sistemas no Centro de Informática do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), onde leciona várias unidades curriculares na área da tecnologia; especialista em Ciências Informáticas é administrador e autor do Pplware.com (site sobre tecnologia).
Defendendo uma cidadania ativa, Pedro Pinto afirma ao CORREIO DA GUARDA que “o voluntariado é a primeira linha de defesa contra a fragmentação social. Falar de voluntariado, é o mesmo que falar em exercício de cidadania, de solidariedade e em realização pessoal”.
Como surgiu o Grupo de Emergência da Guarda (GEG) e quais foram os principais objetivos?
O Grupo de Emergência da Guarda surgiu num cenário de Emergência Mundial aquando da declaração de Estado de Pandemia por COVID-19.
O objetivo, numa fase inicial, e sendo da área da tecnologia, passava por ajudar com o desenvolvimento de soluções digitais de apoio à população, às rádios, aos jornais e, em especial, à ULS da Guarda que é Hospital de segunda linha.
Face à quantidade de informação falsa (fake news) que circulava, o grupo serviria também com um canal de comunicação fidedigna e de comunicação em massa.
O interesse das pessoas foi imediato? Acha que as pessoas estavam ávidas de informação?
Nas primeiras 24h o grupo “ganhou” 5 mil seguidores e de imediato se percebeu que havia uma enorme e responsável missão pela frente!
Tal como a COVID-19, nos primeiros dias o grupo teve um crescimento/adesão exponencial. Como analogia, o “passa a palavra” funcionou quase como o contágio do vírus. Em menos de uma semana o grupo já tinha ultrapassado os 17 mil seguidores e tinha mais de 8 mil comentários.
Atualmente o grupo tem mais de 37 mil seguidores, sendo seguido por pessoas de mais de 70 países.
Talvez esta enorme adesão e procura por informação fidedigna se devesse ao medo e obviamente à necessidade de estar bem informado para serem tomadas as decisões mais acertadas.
No início foi difícil gerir os comentários e a opinião de informações contraditórias, nomeadamente ao nível das regras e cuidados de segurança ou prevenção?
O meu grande desafio no início foi conseguir a confiança dos seguidores. Algumas pessoas já me conheciam de outros projetos e pessoalmente, mas outras certamente não.
Penso que todos perceberam de imediato que teríamos de estar unidos e que o grupo serviria como canal de comunicação para a união, para se obter informação importante da região, do país e do mundo e para se esclarecerem dúvidas.
Na verdade, era (e continuo a ser) apenas mais um no grupo, com uma responsabilidade acrescida. A título de curiosidade, o Grupo de Emergência tem mais de 180 mil comentários, cerca de 3100 publicações, já foram realizados perto de 100 diretos, mais de um milhões de reações.
Houve algum caso especial, por parte dos seguidores, que mais o tivesse sensibilizado?
O Grupo de Emergência da Guarda é um exemplo de que na Internet é possível ter grandes comunidades onde as pessoas se respeitam.
No geral é um grupo onde o debate é saudável e para os qual os seguidores têm contribuído imenso. A eles o meu enorme obrigado por estarem sempre presentes neste projeto.
Como foi a reação das entidades a este projeto? Perceberam o interesse e o impacto informativo que estava a assumir?
Mesmo sendo um projeto com o objetivo claro de ajudar e de unir as pessoas nesta pandemia (e não só), há sempre quem estranhe e duvide das intenções…mas o Grupo de Emergência da Guarda, que é um grupo de solidariedade digital é apenas e só isso.
A isto chama-se Cidadania Ativa e pode ser feito por qualquer pessoa. O voluntariado é a primeira linha de defesa contra a fragmentação social. Falar de voluntariado, é o mesmo que falar em exercício de cidadania, de solidariedade e em realização pessoal (Dohme, 1998).
Eu tinha a vantagem de ter a experiência do projeto Pplware.com, que me ajudou desde o início na definição deste projeto.
Como referi, o grupo nasceu para ser uma ajuda nesta pandemia e tem tido desde o início uma enorme aceitação por parte de todos.
Qual o número horas, em média, por dia que dedica à manutenção dos conteúdos do GEG?
No início foi complicado. Muitas horas a “estudar” sobre a pandemia, muitas horas a preparar informação, muitas horas a analisar e a preparar elementos gráficos, etc.
Reduzi nas horas de sono e no convívio com amigos e com família (a quem eu peço sempre desculpa).
Atualmente a gestão é diferente apesar de tudo ser igualmente feito com o mesmo empenho, dedicação e muita responsabilidade. Pesquiso, continuo a “estudar” a pandemia, faço contactos para diretos, valido sempre toda a informação, atualizo tabelas e gráficos, etc. Acompanho a par e passo o evoluir da situação pandémica na região, no país e no mundo e estou sempre disponível para ajudar quem precisar.
O atual número de seguidores ultrapassou as suas expetativas?
O número de seguidores ultrapassou as expetativas logo no primeiro dia. Atualmente, com mais de 37 mil seguidores, acho que todos nos devemos sentir orgulhosos com o alcançado. O grupo pode crescer muito mais… e irá crescer.
Independentemente do número de seguidores, o grupo mantém a mesma filosofia desde o primeiro dia. Cada palavra que escrevo é pensada e repensada. As mensagens são claras, concisas e esclarecedoras. Não podem existir frases ou ideias que deixem margem para dúvidas. É verdade que as mensagens nem sempre são positivas, mas acredito que já estivemos bem mais longe do fim desta pandemia. Temos de acreditar e continuar a ter em conta todas as medidas de proteção da DGS.
Qual a origem geográfica do maior número de seguidores?
O Grupo de Emergência da Guarda tem seguidores de quase todo o mundo. O maior número de seguidores pertence ao distrito da Guarda, mas também muita gente do distrito de Viseu, em especial de Castro Daire, ou não fosse eu um castrense.
No TOP 5 das cidades está (por ordem decrescente): Guarda, Lisboa, Seia, Gouveia e Trancoso. Ao nível dos países encontramos além de Portugal, a França, Suíça, Brasil e Espanha. Mas há seguidores da Índia, do Congo, da Ucrânia, Mali, Qatar, etc.
Permanece ainda a equipa inicial do GEG?
A equipa do Grupo de Emergência da Guarda são todos aqueles que ajudam e inspiram o projeto. Um agradecimento especial à Carla Fantasia pela enorme e importante ajuda e, também, ao Rui Badana e ao Micael Pires pela produção de todos os elementos gráficos.
Houve também a preocupação, que foi visível, de centrar a atenção das pessoas sobre a sua realidade circundante, valorizando locais, paisagens e monumentos. A fotografia do país real ajudou a consolidar o GEG?
Sem dúvida. Tem sido um desafio mostrar às pessoas que à sua volta (tão perto) há lugares espetaculares, seguros e muito lindos. A nossa região é uma das mais belas do país onde temos de tudo. Há tanto para ver, usufruir e fotografar, podendo e devendo cada um ser embaixador destes territórios inspiradores.
Com as redes sociais, a fotografia ganhou ainda mais destaque. Rapidamente podemos mostrar ao mundo a beleza que estamos a ver, o nosso enquadramento na paisagem e os detalhes que queremos destacar.
Os diretos feitos, e a diversidade de intervenientes, contribuíram para projetar este projeto? Quais as personalidades que gostaria de destacar e porquê?
Todos os intervenientes contribuíram para alavancar este projeto. A todos os que já passaram pelo Grupo de Emergência o meu muito obrigado pela disponibilidade e por todo o conhecimento trazido ao grupo.
Penso que todos foram importantes e todos merecem esse destaque.
Este projeto é para continuar ou vai ser reajustado? Em que moldes?
O Grupo de Emergência da Guarda irá continuar, não se esgotará com a pandemia.
Aliás, a pandemia não irá certamente acabar quando se controlar o vírus à escala mundial. Haverá muitos desafios sociais, muitas mudanças… e será necessário reerguer e ajustar tudo o que o vírus derrubou.
Do grupo podem contar sempre com a mesma responsabilidade, com informação fidedigna e a disponibilidade para ajudar todo o distrito e quem mais precise.
No Centro de Estudos Ibéricos (CEI), na Guarda, vai decorrer de 10 a 21 de Julho uma Oficina de História da Guarda.
Trata-se de uma iniciativa que pretende reunir todos os interessados em colaborar na pesquisa e produção de conteúdos sobre a ciadade e a região através do tempo, que serão postos à disposição do público através da internet.
A iniciativa será dirigida por Rita Costa Gomes (Professora de História na Universidade de Towson, USA.
Os interessados podem obter mais informações aqui.
No próximo dia 10 de fevereiro, a partir das 9h30, vai realizar-se na Biblioteca Municipal do Sabugal uma ação de sensibilização com o tema “Internet Segura”, promovida pela Câmara Municipal e Guarda Nacional Republicana (GNR).
Esta sessão tem como principal objetivo sensibilizar a população para a necessidade de adotar comportamentos seguros online, utilizando a internet de uma forma mais responsável.
“The Internet of Things” é o tema do concurso de ideias tecnológicas (na área das tecnologias Wireless) que vai ser apresentado amanhã, 18 de Junho, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, a partir das 15 horas.
O concurso é patrocinado pela Wavecom que apoiará, e financiará, a ideia da equipa de alunos vencedora com um programa de aceleração em Silicon Valey e possibilidade de financiamento até 1 milhão de euros.
Os alunos de fim de curso e recém-licenciados constituem os principais destinatários deste concurso.
No Instituto Politécnico da Guarda vai decorrer amanhã, dia 29 de Novembro, e sábado o CREATE TECH 2013, iniciativa conjunta do IPG e do Pplware.
Trata-se um fórum no âmbito das tecnologias que incidirá sobre a temática “A internet espia-nos”.
Fernando Baldini Simões (Kaspersky) e Rui Duro (Check Point), Rui Marques (Wavecom), Daniel Catalão (RTP), Alexandre Branco, Rita Capelo (Polícia Judiciária), Lino Santos (Cert.pt), Rui Fernandes (Cisco Portugal), Paulo Cardoso (Ciberconceito), André Pinheiro (Dognaedis), Hugo Tavares (Lunacloud), Paulo Calçada (Eurocloud), João Lobato Oliveira (LAPA) e Miguel Mota Veiga (Dognaedis) são alguns dos conferencistas que vão falar sobre as mais diversas questões relacionadas com a segurança e perigos na web.
“É uma iniciativa que vai trazer à Guarda aquilo que de mais importante, recente e inovador se está a fazer no âmbito das tecnologias e em particular ao nível da segurança na Internet”, considera Vice-Presidente do IPG, Gonçalo Fernandes.
O tema a abordar é, na sua opinião, “de relevo naquilo que são as nossas práticas quotidianas com as tecnologias, quer pela utilização cada vez mais alargada de equipamentos informáticos e da Internet, quer também pela nossa presença mais assídua nas redes sociais e contacto com dispositivos que têm como suporte a web”.
Pedro Pinto, da comissão organizadora do CREATE TECH, salienta que o tema central é a segurança informática, e a escolha não é estranha ao atual contexto mundial.
Na sua perspetiva, a “segurança informática perfeita é um mito. Atravessamos neste momento um período – de que os utilizadores normais nem se apercebem – em que as tecnologias consideradas seguras, ou que davam mais garantias de o serem, também não o são”.
Daí, como acrescentou o Vice-Presidente do IPG, em se procurar, com o Create Tech “esclarecer todos os públicos, cada vez mais utilizadores que, em diferentes formatos ou com diferentes interesses, estão na rede, na Internet muitas vezes sem saberem os perigos ou os riscos que correm.”
João Paulo Valbom, outro dos elementos da organização do Create Tech, refere que “as pessoas do interior acedem à informação, facilmente; contudo não é fácil reunir um conjunto de profissionais nesta área e trazer esta informação até elas. E este é um evento que vai trazer à nossa região um encontro e um debate sobre um tema que interessa, hoje, a todos”.
O Create Tech pretende, deste modo, sensibilizar também os mais jovens para esta problemática, “estão integrados na era digital”, e proporcionar-lhe o contacto com um conjunto de “especialistas e profissionais que os podem esclarecer e orientar”; isto, disse ainda João Paulo Valbom, através de sessões “muito práticas”, numa realização que pretende afirmar-se como marca de divulgação e debate – na Guarda - das tecnologias e da segurança na web. “É um evento novo, nosso, que esperamos tenha continuidade no tempo”, acrescentou.
Está prevista a participação de alguns expositores, ligados à área subjacente a esta problemática.
Esta iniciativa junta o Politécnico da Guarda e o Pplware, uma referência na produção de conteúdos tecnológicos, em português, e um forte suporte no segmento universitário, assim como ao nível das PME’s, na área das tecnologias da informação.
Mais informações em http://createtech.pplware.com/
Nos próximos dias 29 e 30 de Novembro vai decorrer, na Guarda, o CREATE TECH 2013, iniciativa conjunta do Instituto Politécnico da Guarda e do Pplware.
Trata-se um fórum no âmbito das tecnologias que incidirá sobre a temática “A internet espia-nos”. Rui Marques (Wavecom), Daniel Catalão (RTP), Lino Santos (Cert.pt), Rui Fernandes (Cisco Portugal), Hugo Tavares (Lunacloud), Paulo Calçada (Eurocloud) e Miguel Mota Veiga (Dognaeedis) são alguns dos conferencistas que vão falar sobre as mais diversas questões relativas à segurança na web.
Este evento é aberto a todos os interessados, mediante inscrição (gratuita) até 25 de Novembro, aqui.
CREATE TECH 2013 é a designação da iniciativa que o Instituto Politécnico da Guarda e o Pplware vão promover, nesta cidade, nos dias 29 e 30 de Novembro.
Trata-se um fórum no âmbito das tecnologias que incidirá sobre a temática “A internet espia-nos”.
O programa do CREATE TECH 2013 contará com a intervenção de conferencistas pertencentes a conhecidas empresas nacionais e internacionais, os quais vão debater as mais diversas questões sobre a segurança na web.
De referir que este evento é aberto a todos os interessados, mediante inscrição (gratuita) até 25 de Novembro, no sítio do CREATE TECH 2013, na internet.
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