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O edifício do Hotel Turismo vai ser vendido em hasta pública. O anúncio foi publicado pela Direção Geral do Tesouro e Finanças que estabelece o valor de um milhão e 700 mil euros e define o dia 30 de Abril com limite para apresentação das propostas.
O Hotel de Turismo da Guarda, um dos mais emblemáticos edifícios da cidade, encerrou a 31 de Outubro de 2010. Esta unidade hoteleira, cuja propriedade era detida pela Sociedade Hotel de Turismo – da qual a autarquia guardense era a única accionista – foi vendida, por 3,5 milhões de euros, ao Instituto de Turismo de Portugal (ITP) que ali previa instalar ali uma Escola-Hotel, de quatro estrelas.
A venda do imóvel já tinha sido aprovada, pela maioria socialista, em reunião do executivo municipal, decisão ratificada, posteriormente, na Assembleia Municipal, com os votos do PS e do único deputado da CDU; os deputados do PSD e do Bloco de Esquerda votaram contra.
Mais tarde o executivo municipal aprovou a dissolução da Sociedade Hotel de Turismo da Guarda, que em 2007 tinha adquirido esta unidade hoteleira à Câmara Municipal, após ter terminado o contrato de concessão com a empresa arrendatária.
A escolha do local para a construção deste Hotel foi feita, na década de trinta do século passado, pelo executivo municipal da Guarda, apoiado no parecer da Comissão de Iniciativa e Turismo. O projecto arquitectónico – da autoria de Vasco Regaleira – foi apresentado, publicamente, em 1933.
Dificuldades de vária ordem, nomeadamente de ordem financeira, atrasaram as obras de construção, iniciadas em Janeiro de 1934, no então denominado Campo da Boavista. A inauguração do Hotel de Turismo da Guarda – à época uma das unidades hoteleiras mais prestigiadas de Portugal – ocorreu a 6 de Julho de 1947, sendo concessionado pela entidade proprietária, a Câmara Municipal
Na década de 60 foram realizadas obras de ampliação do edifício, as quais seriam concluídas em 1971. Anos mais tarde o hotel viria a alvo de algumas melhorias e de transformações internas, de forma a adaptar-se às novas solicitações e necessidades de uma estrutura deste género, um dos alojamentos preferidos (e seleccionado), durante décadas, nesta região do interior.(HS)
“E se as portas do Hotel Turismo da Guarda, abrissem por duas noites?
Abre-se o baú das memorias e eis que filamentos do imaginário borbulham num coletivo de jovens criadores, que correspondem de imediato ao desafio lançado pela Autarquia. Afinal o Hotel Turismo da Guarda, por mais jovens que sejam, faz parte das suas memórias, das estórias contadas envoltas de glamour até ao que efetivamente é hoje. Mas acima de tudo pelo que representa para todos os guardenses.Aquilo Teatro, atelier trinta e três, Cineclube da Guarda, Fustido Electrico e Ovelha Electrica- Produções Audiovisuais de Cinema, juntam-se para dar vida a quartos devolutos do 1.º andar, apresentando uma recriação puramente ficcional: "Não há Aqui Quem Viva" tem ponto de partida na correlação de diversas expressões artísticas (teatro, música, cinema, fotografia e poesia), com o objectivo de recriar o ambiente de um hotel em funcionamento, entre representações cómicas, poéticas e dramáticas, as exposições e instalações surgem como cenário a actores e à intervenção dos visitantes.
"Não há aqui quem viva" nao tem o propósito de documentar a história do Hotel Turismo da Guarda, mas sim proporcionar aos visitantes uma experiencia única e envolvente da intervenção artística, no momento e local onde ocorre.
"Não há aqui quem viva" foi…
Pensar no escuro. Uma espécie de pré-sono. Como um cochilar durante um filme já visto dezenas de vezes, e muda-se o enredo no sonho….e faz-se isso naturalmente: pensar para dormir e dormir a pensar.
E criam-se novos personagens para a trama, gostando-se geralmente mais do filme que se sonha, tanto quanto induzir o sonho com o pensamento….
O certo é que misturar tudo foi quase um delírio, talvez poesia….”
Fonte: CMG
Recorde-se que o Hotel de Turismo que está fechado desde outubro de 2010. Este imóvel foi vendido pelo anterior executivo municipal ao Instituto de Turismo para ser recuperado e transformado em hotel de charme com escola profissional de hotelaria de nível quatro, mas o projeto ainda não foi concretizado.
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