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Novo livro de Pinharanda Gomes

por Correio da Guarda, em 21.06.19

 

LIVRO.jpg

     “Leonardina – Estudos acerca de Leonardo Coimbra” é o título do novo livro de Jesué Pinharanda Gomes.

   Este novo trabalho será apresentado no próximo dia 25 de junho, pelas 17h30, no auditório da Fundação Engº António de Almeida, Porto. A apresentação do livro estará a cargo de José Esteves Pereira e antecederá uma “Tertúlia Leonardina” com a participação de estudiosos de Leonardo Coimbra, nomeadamente Susana Rocha Relvas, Nuno Ornelas Martins, Carlos Moreira e Francisco de Oliveira. Vai estar patente uma mostra bibliográfica de Pinharanda Gomes, natural de Quadrazais (Sabugal) e figura incontornável da cultura portuguesa.

   No conjunto vasto de títulos publicados por Pinharanda Gomes avultam três áreas: os contributos na História da Filosofia; as monografias da história da Igreja e os estudos regionais; tem-se afirmado um defensor convicto, e incansável, do nosso património histórico-cultural e outrossim dos valores humanos, mormente desta zona raiana. “Sentimos quanto é longo o dever de um homem dar contas públicas do muito ou do pouco que lhe foi possível realizar pela valorização do seu património, isto é, das coisas da sua terra natal”.  No Sabugal funciona o Centro de Estudos Pinharanda Gomes onde está reunido todo a acervo documental particular que o autor doou à Câmara Municipal do Sabugal, bem como cerca de 3 500 opúsculos e volumes sobre temáticas diversas.

  Pinharanda Gomes, é sócio fundador do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e membro correspondente eleito da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e da Academia Portuguesa de História; em março de 2018 recebeu o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade da Beira Interior. (H.S.)

 

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publicado às 08:11

Grau de Doutor Honoris Causa para Pinharanda Gomes

por Correio da Guarda, em 19.01.18

 

Pinharanda Gomes - fot Helder Sequeira.jpg

 

     Jesué Pinharanda Gomes vai ser distinguido, no próximo dia 20 de Março, pela Universidade da Beira Interior (UBI) com o grau de Doutor Honoris Causa. A UBI esclarece que a concessão do grau de Doutor Honoris Causa se destina “a homenagear personalidades eminentes, nacionais ou estrangeiras, de reconhecido mérito nos domínios do ensino, da ciência, da cultura, da arte e das atividades sociais, que tenham contribuído para o engrandecimento de Portugal ou da Universidade”.

     “Ao longo de décadas, Pinharanda Gomes foi e, felizmente, continua a ser, um dos mais prolixos hermeneutas da História e tradição do nosso pensamento filosófico. Investigador e sistematizador nato, jamais se deixou prender pelas etiquetas de historiador, ou de filósofo que também o é. Com a Universidade tantas vezes de costas voltadas para ele, jamais negou auxiliá-la, colaborando junto desta, sempre que solicitado, revelando continuadamente os mais nobres valores associados a uma integridade ética e humana, definidora apenas dos grandes Mestres”.  Palavras de José Almeida extraídas do texto “Para uma visão de Pinharanda Gomes sobre o Galaaz de Portugal”, que integra o conjunto de trabalhos inseridos no livro dedicado à obra e pensamento deste filósofo, ensaísta e investigador.

    “Pinharanda Gomes – A Obra e o pensamento, estudos e testemunhos” é a publicação que reúne as intervenções e testemunhos apresentados num colóquio promovido, há alguns anos atrás, pelo Grupo de Investigação “Raízes e Horizontes da Filosofia em Portugal”, do Gabinete de Filosofia Moderna e Contemporânea do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

   Natural de Quadrazais, concelho do Sabugal, onde nasceu em 1939, Pinharanda Gomes, figura incontornável da cultura portuguesa, comentava-nos há alguns anos atrás que, literariamente falando, é natural da Guarda; embora realizado em Lisboa, como nos dizia, foi na cidade mais alta de Portugal que lançou as primeiras raízes.

    Numa das suas muitas obras, Pinharanda Gomes escreveu que, “na esquina do tempo, e tendo saído da Guarda há muitos anos (parece que temos o destino da emigração) foi-nos concedida a graça de permanecermos fiel à mátria”.

   Essa fidelidade tem sido constante, exemplar, de uma grandeza própria de personalidades de enorme saber e erudição mas simultaneamente simples, humanas e profundamente solidárias com a sua terra de origem.

    A sua presença, frequente, em iniciativas aqui realizadas ou as intervenções proferidas sobre temáticas e personalidades ligadas à nossa região comprovam isso mesmo. Pinharanda Gomes “constitui, hoje, um exemplo vivo de um estudioso desinteressado, sem prebendas nem honras institucionais, fazendo do estudo erudito uma vocação de vida”, como escreve Miguel Real num dos textos publicados na obra atrás referenciada.

    “Na Guarda – sublinha José Domingues, outro dos articulistas – se desenvolveu uma fase crucial da ascese do adolescente, despertado para a vida espiritual por um conjunto de mestres, que por mais de uma vez recordarão ao longo da vida (…)”.

    No conjunto vasto de títulos publicados por Pinharanda Gomes avultam três áreas: os contributos na História da Filosofia; as monografias da história da Igreja e os estudos regionais; ele tem-se afirmado um defensor convicto, e incansável, do nosso património histórico-cultural e outrossim dos valores humanos, mormente desta zona raiana.

  Em entrevista que nos concedeu, há alguns anos atrás, e que foi publicada na Revista Praça Velha, Jesué Pinharanda Gomes questionado sobre qual  das facetas (historiador, filósofo, crítico literário, ensaísta e conferencista) melhor se enquadrava no perfil de homem de cultura, realçava que tinha alguns livros de filosofia pura, nomeadamente o meu livro de estreia, que é o Exercício da Morte, O Pensamento e Movimento – que é uma introdução, uma ascese filosófica – e que naturalmente deveria ser por aí que eu deveria ter caminhado, e também o Dicionário de Filosofia Portuguesa, ou Entre Filosofia e Teologia. Ora o que acontece é que no mundo não estamos sós, estamos com os outros e, ou porque somos solicitados pelas pessoas, ou pelos temas, todos acabamos por nos dispersar por outras coisas; comigo aconteceu um pouco isso.

    Como desde muito cedo – ainda na Guarda – tive uma vocação para a pesquisa, quando fui para Lisboa, e passei a dispor de mais fontes documentais, iniciava muitas vezes a investigação de um tema; depois, à medida que investigava esse tema surgia documentação sobre outros e custava-me abandoná-la, pelo que tomava notas e assim foram surgindo estudos diversos, em várias disciplinas.

    Contudo, penso que pelo número de livros e estudos publicados, cabe-me muito melhor a classificação de historiador da cultura com a tónica na história da Filosofia portuguesa e também na história da Igreja contemporânea, da época moderna”. Pinharanda Gomes concluía, depois que é “um hermeneuta da cultura, quer dizer, procuro interpretar os seres, os factos e as coisas do âmbito cultural, sobretudo do pensamento, mas de modo a preenchê-las com o meu próprio significado. De um modo geral faz-se exegese cultural, extraindo significados dos dados. O exegeta é colocado perante um facto, ou perante um ser, uma obra, e procura tirar daí alguma coisa. Eu tenho procurado caminhar no sentido inverso; aliás, não é por acaso que em filosofia há um léxico que tem uma origem modestíssima.”

    Este pensador evidenciava, ainda, a área da “historiografia filosófica” por ser neste âmbito onde tem “produzido maior quantidade de trabalhos de fundo.  Na História da Igreja Moderna embora tenha muitos títulos publicados, a maior parte deles são opúsculos, separatas, estudos que saíram em revistas, ou conferências proferidas em congressos; claro que tenho algumas obras de fundo, como é o caso da História da Diocese da Guarda e os Congressos Católicos em Portugal, e outros; mas no conjunto, quando se olha para a minha bibliografia, o que permanece é de facto o primeiro capítulo que tenho considerado, Filosofia e História da Filosofia; é a área à qual tenho dedicado mais tempo e empenho.”

    Contudo, o seu labor, nesta matéria, não se tem circunscrito às edições já conhecidas: “há uma atividade que não vem muito a público e que diz respeito às centenas de verbetes que tenho escrito para Dicionários e Enciclopédias, quase sempre assinados, ou com as letras P.G.”.

   A atribuição do grau de Doutor Honoris Causa a Pinharanda Gomes é um justo reconhecimento pela sua atividade em prol da cultura portuguesa. 

 

    Helder Sequeira

 

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publicado às 23:43


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