Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Carlos Brito: paladino na luta contra o alcoolismo

por Correio da Guarda, em 21.06.25

 

Na Guarda (Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda) vai ser apresentado hoje, pelas 16 horas, o livro "Carlos Brito - Vidas sem Álcool". Recordamos, a propósito, a entrevista com Carlos Brito, que publicámos aqui no Correio da Guarda, em 7 de janeiro de 2022.

 

Carlos Brito é, inquestionavelmente, o rosto mais conhecido do Centro de Alcoólicos Recuperados do Distrito da Guarda e um empenhado protagonista da solidariedade.

Com toda a frontalidade, diz-nos que “é um alcoólico tratado há 41 anos que após a sua recuperação, em 1980, tomando consciência das inúmeras mudanças positivas que daí advieram, cedo começou a difícil tarefa de sensibilizar e motivar ao tratamento amigos, conhecidos e desconhecidos”.

O guardense Carlos Brito converteu a sua vida numa missão e tem lutado “em prol de pessoas com problemas ligados ao abuso e dependência de álcool e das suas famílias”.

Tendo sempre presente o lema “Em ajuda aos alcoólicos do distrito”, o nosso entrevistado de hoje é uma pessoa incansável na resposta às solicitações de intervenção e de ajuda; ao CORREIO DA GUARDA referiu que à sua missão foi somando "a preocupação com a população em geral e em particular com as camadas jovens, assumindo um papel interventivo na área da prevenção primária através da realização e dinamização de sessões de esclarecimento, em diversos estabelecimentos de ensino”. Intervenção que alargou ao Estabelecimento Prisional da Guarda e à comunidades em geral. “Um árduo e longo percurso de intervenção na sociedade na luta contra o alcoolismo, a nível nacional”. A partir da Guarda, a sua cidade, que não deve esquecer o seu exemplo e trabalho.

Carlos Brito - D .jpg

 

Quando surgiu, e como, o Centro de Alcoólicos Recuperados?

Após o meu tratamento, as pessoas (sobretudo familiares) batiam à minha porta para pedir ajuda para uma situação de alcoolismo de um marido, de um familiar, de um amigo!

Entre 1980 e 1983, ajudei e sensibilizei 78 pessoas que encaminhei para o Centro de Recuperação de Alcoólicos de Coimbra (hoje Unidade de Alcoologia Maria Lucília Mercês de Mello de Coimbra – UAC).

Era difícil conciliar a minha atividade profissional e a minha vida pessoal com esta tarefa, quase sempre muito árdua.

Senti que precisava de uma estrutura sólida para poder continuar. Juntei algumas pessoas, quase todos alcoólicos tratados e ajudados por mim, que quiseram assumir o risco e a 7 de dezembro de 1983 nascia o Centro de Alcoólicos Recuperados do Distrito da Guarda (CARG), um projeto pioneiro a nível nacional.

Socios fundadores.jpg

           Sócios fundadores

 

Quais foram as principais dificuldades para a sua concretização? E quais foram os apoios mais significativos?

Foram muitas as dificuldades! No momento da fundação da instituição possuía apenas 40.000$00, que serviriam para pagar 2 meses de renda!

Um grande risco…Muitas vezes se pediram livranças ao banco (que tinham de ser assinadas por mim e pela minha esposa, bem como pelo tesoureiro e pela sua esposa) para o CARG poder continuar. “Hipotequei” muitas vezes a minha vida para que a “minha” obra não morresse!

Hoje, felizmente, a situação é diferente porque gradualmente o nosso trabalho foi sendo reconhecido, enquanto IPSS, que presta um serviço gratuito.

Assim, contamos com alguns apoios. Em 1987 foi assinado um Protocolo Atípico com a Segurança Social. Este tem sido felizmente renovado anualmente, e hoje constitui o nosso principal apoio financeiro.

Em janeiro de 1982, foi assinado um Acordo de Cooperação Atípico com a Administração Regional de Saúde da Guarda, que ainda se mantém.

De louvar o grande apoio, ao longo dos anos, da Câmara Municipal da Guarda que nos atribuiu o primeirito subsídio, aquando da fundação do CARG.

Foi também a Câmara Municipal da Guarda que nos cedeu as instalações da atual sede, em 2006, e que sempre nos contemplou, ao longo dos anos, com a atribuição de um subsídio.

Novembro 1985.jpg

Entrega da medalha de reconhecimento à atividade do CARG, pela autarquia guardense.

 

De realçar, ainda, o grande apoio da Junta de Freguesia da Guarda e de algumas Câmaras Municipais do Distrito que, pontualmente, nos atribuem subsídios.

Uma palavra de gratidão à Unidade de Alcoologia Maria Lucília Mercês de Mello (de Coimbra), que sempre acreditou no nosso trabalho e nos apoiou desde a primeira hora ao nível internamentos e consultas, e ainda a Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E./Hospital Distrital Sousa Martins da Guarda que, através do seu serviço de psiquiatria, nos ajuda ao nível de internamentos pontuais.

 

Das atividades realizadas, qual a que lhe deixou memórias particulares, e porquê?

 A que mais me marcou, para além da recuperação de todos os doentes que ajudei, foi a comemoração dos 25 anos de CARG, realizado na Câmara Municipal da Guarda.

Comemoração que contou com a participação de cerca de 500 pessoas (alcoólicos tratados, suas famílias e pessoas da comunidade), onde me foi atribuída a medalha de prata do município.

Foi para mim um momento gratificante. O reconhecimento de uma obra em que muito poucas acreditaram no início. 25 anos é muito tempo na vida de uma instituição. Fiquei muito feliz e orgulhoso por ter atingido esse patamar.

 

Carlos Brito - A.jpg

A realidade de ontem e de hoje, ao nível dos casos de alcoolismo, é diferente?

 Sem dúvida! Ontem, o alcoolismo era tabu, para além de não ser reconhecido como uma doença pela maior parte das pessoas. O bêbado era o agricultor, o trolha, o coitadinho…que bebia porque queria.

Era uma vergonha social! Hoje, o alcoolismo é considerado uma doença que atinge também o advogado, o professor… que atinge todos da mesma forma, que destrói vidas!

Sem falsa modéstia, penso que o CARG contribuiu muito para esta desmistificação do alcoolismo, para as pessoas perceberem que o alcoolismo é uma doença crónica, uma reconhecida pela OMS.

Uma doença para toda a vida, que só pode ser “controlada” com a abstinência do doente, para sempre.

 

Há concelhos com maior incidência de taxas de alcoolismo? Quais?

 Não há dados estatísticos recentes. Melhor nem há dados estatísticos! Beber é um ato socialmente aceite, como medir a incidência das taxas de alcoolismo?...

O que podemos medir é o número de doentes que conseguimos sensibilizar e levar a tratamento na UAC (embora muitos se percam pelo caminho!)

Com base nesse número, referente apenas ao distrito da Guarda, podemos dizer que a maior incidência é no concelho da Guarda (também por ser o maior), com 905 internamentos, seguido do concelho de Celorico da Beira com 114, e do concelho do Sabugal com 113 doentes internados. Embora estes números estejam longe de quantificar o nosso trabalho.

Um internamento pode significar dezenas de quilómetros percorridos, inúmeras intervenções, incontáveis telefonemas! Cada caso é um caso, uma história de vida, atrás da qual há muitas outras vidas, uma família que sofre!

 

Carlos Brito - C.jpg

Preocupa-o a incidência do alcoolismo na Juventude?

É um problema que me preocupa muito, sem dúvida!

Os jovens consomem cada vez mais! Já não é o vinho o mau da fita, mas o shot, que se tornou o rei da festa! São as bebidas brancas. Isso explica a alcoolização mais rápida.

Antes, um processo de alcoolização, de alguém que consumisse sobretudo vinho, demorava cerca de 20 anos. Hoje, a alcoolização é muito mais rápida, em 5, 10 anos “criamos um alcoólico!

É importante realçar que a alcoolização é mais rápida na mulher do que no homem devido às suas características corporais diferentes.

É preocupante, a prevenção é fundamental. É importante que os pais se deixem de se preocupar apenas com a droga, e se preocupem também (arrisco-me a dizer sobretudo) como o álcool.

Temos de consciencializar! Fazer perceber que dar um copo a um miúdo antes dos 18 anos, não é torná-lo um homem (como muitas vezes ouvi da boca de pais) é torná-lo um potencial alcoólico, no futuro.

 

Tem sido muito solicitado para ações de sensibilização? Que impacto têm tido essas ações?

A prevenção primária sempre foi uma prioridade na vida da instituição. Somos cada vez mais solicitados para fazer sessões de esclarecimento. Isso mostra-nos que as pessoas estão mais alertas para o problema, sobretudo ao nível dos jovens.

A partir do ano 2000, as solicitações aumentaram substancialmente! São as instituições de ensino que mais nos solicitam.

Realço aqui a Escola Afonso de Albuquerque (Guarda) onde todos os anos, realizamos várias sessões, a convite do Dr. Madeira, um professor muito atento para o problema. Muitas vezes, há miúdos que nos procuram na sequência de uma sessão, reconheceram nas nossas palavras o problema vivido em casa. Pedem ajuda!  Muitos choram.

Já me aconteceu muitas vezes, vários anos depois, alguém me reconhecer e dizer que se lembra da sessão que fiz na sua escola, dizer que se lembra de cada palavra, dizer que o meu testemunho o marcou profundamente. Fico feliz!

Sinto que pelo menos para aquelas pessoas fiz a diferença!

Também fazemos muitas sessões para a comunidade e, regularmente, somos solicitados pelo estabelecimento prisional da Guarda, onde fazemos sessões de esclarecimento para os presos.

Muitos chegaram ali por causa do álcool e muitas vezes percebem-no depois de me ouvirem! Contamos com cerca de 450 sessões realizadas em vários pontos do país e ilhas.

 

O Centro é uma referência em termos nacionais?

 Foi longo o percurso, foi sinuoso, mas podemos dizer que somos uma referência nacional!

Somos falados e procurados por que fazemos diferente. Não somos Alcoólicos Anónimos (não tenho nada contra o AA), somos alcoólicos recuperados, pessoas que dão a cara, que assumem o seu alcoolismo e isso faz toda a diferença.

Digo sempre que um alcoólico que não assume a sua doença é um alcoólico recaído… raramente me engano, infelizmente.

Entrevistas na imprensa, testemunhos em diversos programas de televisão. Já não é só a minha história de vida que conta, é o trabalho que fazemos, os resultados que temos, com uma taxa de sucesso de cerca de 80%. Somos falados em congressos, em encontros académicos, pelo trabalho que realizamos. E isso é muito gratificante.

 

Como se sente, face ao trabalho que tem realizado após estes anos?

Sinto que criei um filho. O meu quinto filho, como costumo dizer. Tenho um sentimento de missão cumprida!

Quando morrer, sei que deixarei um legado, uma herança, que desejo que continue para além de mim! Continuarei esta missão enquanto puder, um pai não deixa morrer um filho, certo?

Desejo que alguém a continue depois de mim, se possível com a mesma entrega, a mesma resiliência com que eu o faço! Desejo que este “filho” continue o seu caminho…

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:44

A Rádio é fascinante...

por Correio da Guarda, em 19.06.25

 

“A rádio terá sempre o seu lugar e o seu papel”. Esta a convicção de João Paulo Diniz, um consagrado nome da rádio portuguesa que hoje sublinhamos neste apontamento.

Lembramos “um homem de liberdade” que “num conluio tão sigiloso como arriscado, lançou a deixa musical na rádio para o arranque do dia mais claro e luminoso da geração sofrida e silenciada a que pertencemos”, como escreveu Júlio Isidro no prefácio à publicação “Cuidado com os Cabelos Brancos”.

João Paulo Diniz, autor desse livro e um “brilhante profissional”, é uma voz da liberdade, tendo com algumas breves palavras evidenciado o papel da rádio num importante momento da história portuguesa; na noite de 24 de abril de 1974 colocou no ar – através dos Emissores Associados de Lisboa – a primeira senha do movimento dos capitães, ao anunciar “faltam 5 minutos para as 23 horas”, seguindo-se a apresentação da música de Paulo de Carvalho, “E depois do adeus”.

“A música foi escolhida inicialmente quando fui abordado pelo capitão Costa Martins, da Força Aérea, e pelo Otelo Saraiva de Carvalho, com quem eu tinha estado na Guiné.” Recordou-nos João Paulo Diniz.

Quando o questionámos se as pessoas têm consciência da importância da rádio e do seu contributo para a revolução e subsequente afirmação da democracia, respondeu-nos: “não sei se têm. Há uma coisa que me custa um pouco. É que tenho a sensação que, de hoje em dia, os jovens sabem muito pouco sobre o que foi o 25 de Abril.”

João Paulo Diniz_foto Bernardo Gomes 

Daí acrescentar-nos ser “extremamente importante sensibilizar toda a população, mas em especial os mais jovens, para a importância” dessa data e de “todas as liberdades que nos permitiu. Liberdade sempre, obviamente, com a máxima responsabilidade. Uma e outra não se separam. É um casamento.”

João Paulo Diniz protagonizou diversos projetos radiofónicos e desenvolveu uma intensa e distinta atividade jornalística, em vários órgãos de informação, mormente na rádio; atividade que evoca e descreve no livro a que aludimos anteriormente.

A sua passagem pela BBC contribuiu, como nos disse recentemente, para reaprender algumas “lições, sobretudo em termos do rigor, da informação, de ter a certeza que a notícia só é dada quando estiver a cem por cento tudo confirmado.”

Hoje, diz João Paulo Diniz, “fazem falta na rádio profissionais de cabelos brancos”, pretendendo dizer com isso que é importante haver neste meio pessoas com “uma experiência mais ampla, maiores conhecimentos”, capazes de transmitir memória; sem esquecer que é fundamental “ensinar aos mais novos como se faz a Rádio e, sobretudo, como não se faz…”.

Na necessária reinvenção da rádio, na sua desejada aproximação com o seu público, na reafirmação do seu perfil identitário e no amplo aproveitamento das suas características e capacidades esses contributos idóneos – pautados por um inquestionável profissionalismo e saber fazer – são relevantes e oportunos.

Aliás, há décadas atrás, o jornalista que hoje evocamos, descentralizava as emissões do programa que conduzia – na emissora pública portuguesa – pelo território nacional; como já destacava também a função social da sonora radiodifusão no interior do país, partindo do exemplo da Rádio Altitude, no decorrer de um colóquio realizado na Guarda em 1990, no âmbito da comemoração do aniversário desta rádio, que a 29 de julho completará 77 anos de emissões oficiais regulares; uma marca informativa e cultural da nossa região e da cidade, que não deve ser esquecida.

João M Almeida, Helder Sequeira  e João Paulo Diniz (RA_1990) 

Na Guarda, em 1990. No colóquio intregrado na comemoração do aniversário da Rádio Altitude. Na foto (esq. para a dir ) João Marques de Almeida, Hélder Sequeira e João Paulo Diniz.

 

A proximidade e a humanização do meio rádio continuam a ser necessárias, pertinentes e fundamentais, pois as pessoas (e tendo em conta os cenários criados pela inteligência artificial e pelos desenvolvimentos ao nível de equipamentos técnicos) não podem ser afastadas do seu processo evolutivo; a Rádio a continua a ter futuro, apesar dos múltiplos condicionalismos e desafios.

Concluindo estas Anotações com palavras de João Paulo Diniz, “a rádio tem realmente uma dimensão extraordinária. É portátil, é leve, é gratuita e é fascinante.” Saibamos perceber, valorizar e apreciar esse fascínio!...

 

Hélder Sequeira

 

in O INTERIOR, 18 junho 2025

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:16

Beat na Montanha 3.0 no Teatro Municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 13.06.25

 

No Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) vai ser apresentado amanhã, 14 de junho, pelas 21h30, o espetáculo relativo à terceira edição do projeto “Beat na Montanha”.

Beat na Montanha_III

Este espetáculo – com entrada gratuita, mediante o levantamento prévio do bilhete – é “o culminar de uma residência artística focada no desenvolvimento de competências criativas ligadas à música, à imagem, ao palco e à expressão individual. Um momento de partilha onde os participantes revelam o resultado do seu trabalho colaborativo, através de atuações que refletem identidade, liberdade criativa e inovação.” Refere a informação divulgada pelo TMG. Na terceira edição do Beat na Montanha (projeto idealizado por B.Riddim/Luís Sequeira) os protagonistas são os alunos do Agrupamento de Escolas da Sé, Guarda.  “Durante vários meses, crianças e jovens mergulharam num processo criativo intenso, sob orientação artística de Luís Sequeira, Maze e Miguel Silva — figuras destacadas das áreas da música urbana e da produção audiovisual”.

Criação, ritmo e imagem no topo da montanha é a proposta para este espetáculo multidisciplinar (música e imagem) que será apresentado amanhã no TMG. “É uma forma de prescrição social, onde a criatividade se torna uma ferramenta de bem-estar. A arte tem um impacto direto na nossa saúde mental”. Comentou a psicóloga Vanessa Rei a propósito do Beat na Montanha 3.0. “A música, o movimento, a palavra criativa ativam partes do cérebro ligados à emoção, à empatia e à nossa autorregulação, porque nem todos nós conseguimos expressar através das palavras; a imagem acaba por se tonar uma ponte entre o nosso mundo interno e externo”.

LUIS SEQUEIRA _beat na montanha

Recorde-se que em novembro de 2024, decorreu uma Showcase dirigida aos alunos das Escolas da Sé e Carolina Beatriz Ângelo, onde Luís Sequeira apresentou o projeto Beat na Montanha 3, que foi desenvolvido com os alunos do 3º ciclo e secundário do Agrupamento de Escolas da Sé; projeto inseriu-se no Plano Nacional das Artes e enquadrou-se no Plano Cultural de Escola, numa parceria entre o Câmara Municipal/Teatro Municipal da Guarda e o Agrupamento de Escolas da Sé. Os alunos tiveram a possibilidade de desenvolver a sua vertente criativa no âmbito da música hip hop, fotografia analógica e digital bem como a escrita criativa.

No passado ano, no âmbito da segunda edição do Beat na Montanha, a música e a escrita serviram também de estímulo à criatividade de 20 mulheres e homens reclusos num projeto de inclusão que os levou ao palco do Teatro Municipal da Guarda.

Foi “um projeto de inclusão social, com incidência na cultura cigana” que permitiu “levar as pessoas da etnia cigana ao TMG”, afirmou, então, Luís Sequeira, para quem esse trabalho representou “uma capacidade de mudança, não só de mentalidades, mas também do paradigma sobre as pessoas que estão privadas de liberdade".

O Beat na Montanha começou em 2023. A inclusão social aliada ao estímulo criativo na área da música e da escrita foi a ideia chave do projeto concebido por B.Riddim, dirigido a crianças e jovens entre os 6 e os 16 anos. Nessa primeira edição, o projeto implementou uma fusão sonora de vários instrumentos clássicos com eletrónica, gerando texturas que possam ser usadas para uma ligação com textos em prosa e verso; não esquecerá, também, a exploração de capacidades vocais. O primeiro “Beat na Montanha” foi, nesse ano, desenvolvido com o envolvimento de crianças e jovens do Centro Escolar de Gonçalo e Aldeia S.O.S. da Guarda.

Amanhã, no Grande Auditório do TMG, será apresentado o resultado do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses, no âmbito do projeto “Beat na Montanha 3.0”.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:45

Rede de Embaixadores da QUERCUS

por Correio da Guarda, em 10.06.25

 

A delegação distrital da Guarda da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza vai criar uma Rede de Embaixadores.

Segundo ai informação divulgada pela QUERCUS, esta iniciativa pretende “apoiar cidadãos e cidadãs que queiram desenvolver projetos ambientais com impacto positivo no território.”

Embaixadores QUERCUS

Esta rede tem como objetivo criar um espaço de colaboração, capacitação e apoio direto a quem deseje contribuir para a proteção, regeneração e valorização das paisagens naturais da região. As candidaturas estão abertas até 5 de setembro de 2025.

Pode aderir todas as pessoas “com vontade de contribuir para um território mais resiliente e biodiverso, independentemente da sua área de atuação”, nomeadamente professores, empresários, técnicos municipais, agricultores, membros de juntas de freguesia e jovens ou reformados.

A QUERCUS Guarda compromete-se a apoiar os Embaixadores com acompanhamento e mentoria ao longo do desenvolvimento do projeto; apoio na identificação de parcerias locais e regionais; divulgação das iniciativas através dos canais da associação; acesso a apoios adaptados às necessidades de cada projeto, que podem incluir recursos, contactos, visibilidade ou outras formas de colaboração.

Esta iniciativa enquadra-se na missão da QUERCUS de promover a conservação da natureza e o envolvimento das comunidades locais na gestão sustentável do território. Os interessados podem obter mais informações e o formulário de candidatura através do email guarda@quercus.pt.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:45

Guarda: misterioso letreiro foi desvendo

por Correio da Guarda, em 03.06.25

 

Sobre porta emparedada do conjunto arquitetónico que envolve o edifício do antigo Convento de S. Francisco (onde esteve instalado o Regimento de Infantaria 12 e agora funciona o Arquivo Distrital) existe um letreiro, enigmático e pouco conhecido até agora. Um recente trabalho de Dulce Helena Borges e José d'Encarnação veio revelar os “segredos” dessa inscrição e, ao mesmo tempo, alertar para a atenção que devemos ter com a nossa História e o nosso património.

O CORREIO DA GUARDA, deixa aqui, este interessante e oportuno estudo (já divulgado no site informativo Duas Linhas), felicitando os autores por mais um valioso contributo para o conhecimento do nosso passado.

 

Na cidade fundada por D. Sancho, após a atribuição de foral em 27 de novembro de 1199, existiram, ao longo dos tempos, vários edifícios de matriz religiosa que, por diversas razões, foram erguidos fora do perímetro amuralhado. Além do Convento de S. Francisco, encontramos, por exemplo, referência à existência de mais cinco igrejas medievais.

Foi esse convento fundado em 1236, no governo do segundo (?) bispo da Guarda, D. Vicente I. Construiu-se, por ser de ordem mendicante e tal como ao tempo era costume, fora da malha urbana, que começava então a ser delimitada pela continuada construção das muralhas, neste caso, no arrabalde sul da cidade medieval.

Há notícia de que as obras de edificação do convento franciscano, feitas a expensas dos moradores da cidade, em 1246 já estavam concluídas. Tinha capacidade para albergar 28 frades e parece ter sido, ao longo de séculos, essa a sua principal ocupação: acolher a comunidade monástica.

Já no que se refere à igreja conventual, sabemos que teve a proteção da fidalguia da Guarda, tendo ali sido sepultada D. Isabel de Pina, filha do cronista-mor do reino, Rui de Pina, e seus descendentes e, ainda, entre outras personalidades, ali repousaram os restos mortais da condessa de Linhares, D. Lopa de Sequeira. Embora D. Isabel de Pina tenha concorrido com verbas para dotar a igreja de melhores condições, tal não invalidou que, alguns anos depois, Filipe II, o Pio, tivesse lançado uma finta de 100$000 réis aos habitantes da cidade e seu termo «para restauro da igreja do Convento de S. Francisco», como se lê no respetivo documento.

Convento de S. Francisco - foto HS _

Aqui se formaram muitos frades ilustres, figuras de grandes virtudes e santidade, de que importa dar destaque àquele que maior fama de santidade adquiriu, o beato Frei Pedro da Guarda, que faleceu no Funchal em 1505, tendo ficado conhecido como “Santo Servo de Jesus”. Sobre este frade, por ter fama de santidade, chegou a ser constituído um tribunal com vista a promover a sua beatificação.

Conta Carlos de Oliveira (Apontamentos para a Monografia da Guarda, Câmara Municipal da Guarda 1940, p. 254) que, em 1568, este convento mendicante foi objeto de reformas e sabe-se também – segundo Carlos Manuel Ferreira Caetano (p. 673 da História da Guarda, publicada o ano passado pela Câmara Municipal) – que, por volta dessa data, foi alvo de uma reconstrução, se não integral, muito próxima disso. José Osório de Castro, por seu turno, escreve – na p. 86 da sua preciosa obra, Diocese e Districto da Guarda: série de apontamentos históricos e tradicionaes sobre as suas antiguidades, algumas observações respeitantes à actualidade e notas referentes à cathedral egitaniense e respectivos prelados, publicada, em 1902, pela Typographia Universal, no Porto – que, em1600, «o convento teve notáveis restaurações, sobretudo na igreja que se fez de novo», segundo os cânones da arquitetura chã.

Depois da extinção das Ordens Religiosas, o Convento de S. Francisco passou a servir de instalação aos aquartelamentos militares da cidade, tendo tido obras de ampliação, entre outras alterações, com a construção, em 1868 e 1869, de uma casa anexa de grandes dimensões. Desde então, outras dependências foram construídas no recinto que outrora terá sido a enorme cerca dos frades.

Assim, no edifício que hoje nos é dado observar estão alojados, desde a década de 80 do século passado (1984), o Arquivo Distrital da Guarda, uma dependência do Ministério das Finanças, a GNR e a Liga dos Combatentes e é, sobretudo, o resultado das múltiplas intervenções arquitetónicas que, ao longo dos séculos, ali foram realizadas.

Uma característica arquitetónica dos conventos é a indispensável presença do claustro. Também aqui ele é observável e, pese embora o mesmo, segundo Carlos Caetano, não ser já o original, mas muito próximo do projeto inicial, apresenta planta retangular com arcadas de arco abatido e dois andares. Ao centro, o tanque com uma fonte de água, cuja estrutura é encimada por esfera armilar. No andar superior da face norte do claustro, identificamos uma cartela em forma de concha, onde está inscrita a data 1734. O edifício conventual desenvolve-se em torno deste claustro e apresenta, no lado norte, a igreja (há décadas sem restauro nem uso), de planta longitudinal, sendo observáveis, no seu interior, estruturas da primitiva igreja medieval.

A fachada principal do edifício do convento está organizada em dois andares. O corpo superior possui um janelão com uma composição visual bem conseguida, com os ornatos talhados em granito pouco exuberantes, que nos remetem para as características da arquitetura chã.

No piso térreo, uma ampla porta com arco abatido introduz-nos na galilé, por onde se acede à igreja e ao interior do convento. Esta fachada principal tem no topo norte um acrescento, muito tardio, ao qual se acede por uma varanda alpendrada, típica de arquitetura residencial vernácula. Ao nível desse piso térreo, e na parede que suporta as escadas desta varanda alpendrada, existe uma porta cega em cujo lintel mal se descortina uma inscrição.

Foto Edifício_  

foto de Dulce Borges

 

Que estará por ali escrito?

À semelhança do que por muitos sítios desse Portugal além acontece, tais inscrições antigas vão-se gastando, mercê da erosão das intempéries, ninguém se preocupou em delas dar conta quando ainda se liam bem e, hoje, quando não sucumbem sob as inclementes pancadas dum qualquer camartelo, ninguém lhes liga importância nem curiosidade tem em saber o que lá está escrito. De facto, nem observando-a de perto desta aqui algo se consegue decifrar!…

Contou-se atrás a história do convento, das suas vicissitudes ao longo dos séculos. E aqui o que se conta? Novidade haverá alguma para acrescentar?

Foto Inscrição_geral 

Foto 4

Fotos: Dulce Borges. A epígrafe está por baixo da sede da Liga dos Combatentes.

 

Para nos ajudarem estão hoje ao nosso dispor, pela perícia de Alexandre Canha, técnicas fotográficas específicas que, sem necessidade de inoportunas e eventualmente deletérias escovas de limpeza que as letras poderiam estragar, trazem à luz do dia o que há longas décadas se não lia e de cuja mensagem não havia memória. Aí está, pois, o que ora se vê (bem hajas, Alexandre!):

CAZA DA ORDEM 3A q FES PARA SI ANO 1734

Ou seja: «Casa da Ordem 3ª, que fez para si. Ano de 1734».

Duas novidades, portanto, que, do anterior relato não constavam: a Ordem Terceira de S. Francisco ali construiu para si esta casa. E a segunda novidade: a coincidência da data com a que se lê na cartela do claustro. Uma história a refazer, quem sabe!?

E a conclusão necessária: o cuidado a ter com inscrições antigas. Importa não as estragar e, caso estejam bastante deterioradas já, o recurso a quem ainda as saiba ler revela-se fundamental. Quantas lápides sepulcrais das nossas igrejas sujeitas ao contínuo pisoteio dos fiéis não correm mui sério risco de serem, também elas, memórias a morrer?!…

 

Dulce Helena Borges

José d'Encarnação

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 23:36

Missa de finalistas na Guarda

por Correio da Guarda, em 01.06.25

Finalistas 2025_HS__4426 

Na Guarda decorreu hoje, no campus do Politécnico da Guarda, a Missa de Finalistas e a tradicional Benção das Pastas. Mais fotos aqui.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:47

Urgência Pediátrica em novas instalações

por Correio da Guarda, em 31.05.25

Foto Hospital e Capela HS__

A Urgência Pediátrica e o Internamento da Pediatria do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher passam a funcionar, a partir de amanhã, nas instalações do Hospital Sousa Martins, na Guarda, recentemente reabilitadas.

Esta mudança – segundo a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda – visa “proporcionar melhores condições de conforto, segurança e qualidade na prestação de cuidados de saúde às crianças e suas famílias, inserindo-se no plano de melhoria contínua” das suas das infraestruturas.

As instalações requalificadas foram preparadas para responder “às necessidades clínicas e humanas das equipas e utentes, refletindo o compromisso da instituição com a modernização dos serviços de saúde na região.”

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:14

Sanatório da Guarda: património desprezado...

por Correio da Guarda, em 18.05.25

Pavilhão António Lencastre_Sanatório_foto HS_

Hoje, 18 de maio, ocorre a passagem do centésimo décimo oitavo aniversário da inauguração do Sanatório Sousa Martins que, durante décadas, desenvolveu uma eminente ação assistencial na cidade mais alta de Portugal.

A inauguração (inicialmente prevista para 28 de abril e depois para 11 de maio) dos três pavilhões que integravam o Sanatório teve lugar a 18 de maio de 1907, com a presença do rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia.

Aos dezoito dias do mês de Maio de mil novecentos e sete, num dos edifícios recentemente construídos no reduto da antiga Quinta do Chafariz, situada à beira da estrada número cinquenta e cinco, nos subúrbios da cidade da Guarda, estando presentes Sua Majestade a Rainha Senhora Dona Amélia (...), procedeu-se à solenidade da abertura da primeira parte dos edifícios do Sanatório Sousa Martins e da inauguração deste estabelecimento da Assistência Nacional aos Tuberculosos, fundada e presidida pela mesma Augusta Senhora (...)”.

Assim ficou escrito no auto que certificou a cerimónia inaugural da referida estância de saúde. O Sanatório Sousa Martins foi uma das principais instituições de combate e tratamento da tuberculose em Portugal. A designação de “Cidade da Saúde” atribuída à Guarda em muito se fica a dever à instituição que a marcou, indelevelmente, no século passado.

A Guarda foi, nessa época, uma das cidades mais procuradas do nosso país, tendo a elevada afluência de pessoas deixado inúmeros reflexos na sua vida económica, social e cultural. A apologia desta cidade como centro urbano “eficaz no tratamento da doença” foi feita por distintas figuras, pois era “a montanha mágica” junto à Serra. Muitas pessoas (provenientes de todo o país e mesmo do estrangeiro) rumaram à cidade mais alta de Portugal com o objetivo de usufruírem do seu clima, praticando, assim, uma cura livre; não sendo seguidas ou apoiadas em cuidados médicos.

As deslocações para zonas propícias à terapêutica “de ares”, e a consequente permanência, contribuíram para o aparecimento de hotéis e pensões; isto porque não havia, no início, as indispensáveis e adequadas unidades de tratamento; situação que originou fortes preocupações sanitárias às entidades oficiais.

No primeiro Congresso Português sobre Tuberculose, o médico Lopo de Carvalho destacou os processos profiláticos usados na Guarda; este clínico foi um dos mais empenhados defensores da criação do Sanatório guardense, do qual viria a ser o primeiro diretor. O fluxo de tuberculosos que vieram para o Sanatório guardense superou, largamente, as previsões, fazendo com que os pavilhões construídos se tornassem insuficientes perante a enorme procura. O Pavilhão 1 (onde funciona atualmente a sede da Unidade Local de Saúde da Guarda) teve de ser aumentado um ano depois, duplicando a sua capacidade.

Em 31 de maio 1953 um novo pavilhão (que ladeia hoje a atual Avenida Rainha D. Amélia) foi acrescentado aos três já existentes. Com a construção deste novo pavilhão, o Sanatório Sousa Martins procurou aumentar a capacidade de resposta às crescentes solicitações das pessoas afetadas pela tuberculose, ampliando assim o seu papel na luta contra essa doença. O elevado número de doentes com fracos recursos há muito fazia sentir a necessidade de dotar esta conhecida unidade de saúde com novas instalações; pretensão que os responsáveis pelo Sanatório Sousa Martins tinham já manifestado ao Ministro das Obras Públicas, aquando da sua visita, à Guarda, em 1947. O Sanatório Sousa Martins ganhou, consequentemente, maior dimensão e capacidade de tratamento de tuberculosos.

Hoje, anotar a decrepitude dos antigos pavilhões, o perigo iminente de derrocada (ou outras eventuais ocorrências) e a passagem dos 118 anos após a inauguração deste Sanatório, não é um mero exercício de memória ritualista. É evidenciar o estado lastimoso em que se encontra o património físico de uma instituição com merecido relevo na história da saúde e da medicina em Portugal; um Sanatório ligado também à solidariedade, à cultura e à história da radiodifusão sonora portuguesa, mercê da emissora (Rádio Altitude) aqui criada em finais da década de quarenta do passado século.

“A ausência de interesse tem sido gritante, imperdoável e inaceitável. Os edifícios em completa ruína, além de constituírem um perigo permanente, são um verdadeiro atentado à história local. Creio que é mesmo um dos maiores, se não o maior atentado patrimonial, cometido na Guarda, no último século.” Como sublinhou, ao Correio da Guarda, Dulce Borges (com meritório trabalho de investigação, estudo e divulgação sobre o Sanatório) ao Correio da Guarda. Uma entrevista que pode reler aqui.

Os históricos pavilhões Rainha D. Amélia e D. António de Lencastre continuam, apesar de sucessivos alertas e artigos publicados, a ser desprezados, esquecidos.

A sua recuperação permitiria que fossem utilizados para fins assistenciais ou outros; houve já projetos para a criação de um espaço museológico no Pavilhão Rainha D. Amélia, para a valorização do património florestal da antiga cerca do Sanatório; em 2001/2002 foi elaborado “um projeto para o Hospital da Guarda, que englobava o Pavilhão D. Amélia para as Consultas Externas, acoplado com outro pavilhão moderno. O pavilhão D. António de Lencastre estava destinado à parte administrativa, fazia parte de um complexo para a parte administrativa, acoplado a outros espaços”, como nos disse o Dr. José Guilherme (que dirigiu o Hospital da Guarda), em entrevista publicada na Revista Praça Velha. Nas últimas décadas outras ideias foram surgindo, para utilização desses edifícios, sem que tivessem qualquer concretização até à presente data.

Ruínas do Sanatório da Guarda

O abandono e degradação dos antigos pavilhões do Sanatório Sousa Martins não dignifica uma cidade que se quer afirmar pela história, pela cultura, pelo ensino, pelo turismo, pela qualidade do seu ar, pela sua localização…

A bandeira da cidade deve ser arvorada diariamente, por todos quantos sentem e vivem a Guarda, pensando globalmente e não se circunscrever a intervenções articuladas com calendários políticos ou pessoais; não devemos ser “socialmente, uma coletividade pacífica de revoltados”, na expressão de Miguel Torga.

É importante que contrariemos este estado de coisas, reivindicando soluções, apelando à união de esforço e à procura dos melhores planos/estratégias no sentido de serem recuperados, salvaguardados e utilizados esses edifícios seculares, elementos integrantes do ex-libris da Cidade da Saúde. Tudo é ousado para quem a nada se atreve”, escrevia Pessoa. Haja firmeza na ousadia e salvaguardemos um património ímpar da cidade e do país. E nada como uma visita ao local para nos apercebermos da vergonhosa realidade daqueles pavilhões do antigo Sanatório Sousa Martins, 118 anos depois da sua inauguração festiva a 18 de maio.

Amanhã pode ser tarde demais…

 

Hélder Sequeira

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 01:57

Ribeirinha: Festival de Tunas Femininas na Guarda.

por Correio da Guarda, em 15.05.25

 

Egitúnica _Correio da Guarda _n

No Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda vai decorrer no próximo sábado, 17 de maio, o XV Ribeirinha – Festival de Tunas Femininas da Guarda.

Este festival, a iniciar pelas 21h30, é organizado pela Egitúnica (Tuna Feminina do Politécnico da Guarda) que celebra este ano o seu 29º aniversário.

“Celebramos mais do que uma data — celebramos 29 anos de música, amizade e paixão pela vida académica” como referia a Egitúnica num texto publicado numa rede social. “Somos a voz da tradição, o riso partilhado nos ensaios, o frio das viagens e o calor dos palcos. Levamos o nome do Politécnico da Guarda com orgulho e espalhamos, de norte a sul (e, também, além-fronteiras), o encanto da nossa tuna feminina. 29 anos a cantar, a encantar e a transformar memórias em melodias. Somos passado, presente e futuro.” Acrescentava depois.

De referir que no dia16 de maio, no contexto deste festival, vão ter lugar as tradicionais Serenatas, no Paço da Cultura, “numa noite mágica, cheia de sentimento e tradição, que marca o início de um fim de semana muito especial”, sublinha uma nota informativa da Egitúnica.

Mais informação aqui.

RIBEIRINHA

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:53

Desfile...

por Correio da Guarda, em 11.05.25

Cortejo IPG_2025_ HS_ (2)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:35


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.




Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Contacto:

correio.da.guarda@gmail.com