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O grupo Ai!, formado por César Prata e Suzete Marques, vai actuar em Loulé na próxima quinta-feira, 26 de Junho.
No Palco do Castelo, a partir das 21h30, o Ai! participa no Festival MED, um dos principais festivais de World Music de Portugal.
Ai! é um grupo cuja sonoridade se move em torno da música portuguesa de tradição oral e da música medieval. Ai! é também o nome do primeiro registo discográfico deste duo da Guarda, que foi escolhido pela Antena 1 como um dos álbuns de 2013
César Prata fundou e dirigiu diversas associações culturais e trabalhou com inúmeras colectividades no âmbito da recolha do património imaterial.
Criou e dirigiu diversos espetáculos. O seu nome encontra-se ligado a inúmeros discos, quer como compositor, arranjador, criador, intérprete ou técnico dos quais se destacam Chuchurumel, Assobio e Chukas (encomendado IGESPAR para o Parque Arqueológico do Vale do Côa). Publicou alguns cadernos sobre tradição oral. Criou e assegurou a direção musical de espetáculos. Compôs para teatro.
Integrou o GEFAC. Fundou os projetos Chuchurumel e Assobio. Participou em festivais internacionais, dos quais se destacam “Canti di Passione” (Salento,Itália, Abril de 2007), “Ahoje é ahoje!” (Maputo, Moçambique, Agosto de 2008). Integrado na coleção “a IELTsar se vai ao longe” do IELT (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) editou, em Dezembro de 2010, Canções de Cordel.
Suzete Marques cresceu na cidade de Pinhel, passando algum tempo da sua infância no mundo rural com seus avós agricultores, nas pequenas aldeias de Carvalhal da Atalaia e Manigoto.
Muito ligada às raízes, rumou para Lisboa, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Clássicas e, mais tarde, sensibilizada com a necessidade de preservar a memória do passado e dá-la a conhecer no presente e ao futuro, especializou-se na área de Arquivo.
A ligação à música existiu desde sempre: um avô materno tocador de bandolim; a memória de um avô paterno tocador de harmónio; e a avó paterna sempre com as suas lenga-lengas, quadras e cantigas... Por isso, desde cedo foi dedicando algum do seu tempo à música, tendo frequentado aulas de viola dedilhada no Conservatório de Música de S. José da Guarda.
De 2007 a 2011, com o irmão e alguns amigos, fez parte de um grupo de música de raiz tradicional, os Sex ianuae (6 portas, em latim), onde dava vida à porta de Marialva, uma das portas da muralha medieval de Pinhel. Durante esse tempo, teve aulas de técnica vocal na Escola de Música Luís António Maldonado Rodrigues em Torres Vedras e na Oficina de Música de Aveiro.
Chegou ainda a frequentar aulas de gaita de foles, na Banda de Gaitas de S. Bernardo e aulas de concertina na Casa do Povo de Pinhel.
Trabalhou, pela primeira vez, com César Prata na peça de teatro “Entre o céu e a terra”, dos Gambozinos e Peobardos, onde se vestiu de Ribeirinha, uma das figuras emblemáticas da história da Guarda, cantando “Ai eu coitada”. E a partir daí, decidiram continuar a trabalhar juntos, criando o Ai!
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