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A Estrela é a partir de ontem, oficialmente, Geopark Mundial da UNESCO, integrando a lista dos 162 Geoparks Mundiais distribuídos por 44 países em todo o Mundo.
A Serra da Estrela obteve assim a sua primeira classificação UNESCO e Portugal o quinto Geopark. Localizado no centro de Portugal, o geoparque adota o nome da serra da Estrela.
No Pleistoceno, um campo de gelo desenvolveu-se no topo do planalto, criando os elementos que dotaram a região das suas características geológicas distintivas: depósitos glaciares como o campo de Moreias de Lagoa Seca, bem como aterros glaciares como o vale glaciar do Zêzere.
O geoparque apresenta também uma grande variedade de formas de alteração do granito, tais como as colunas de granito do Covão do Boi, um grande conjunto de colunas de granito natural, controladas por uma densa rede de fraturas ortogonais, bem como várias formas grandes, incluindo inselbergs (colinas isoladas ou montanhas subindo abruptamente de um plano) e formações menores em forma de cogumelo.
O Conselho Executivo da UNESCO aprovou ainda a designação de mais 14 novos geoparques mundiais da UNESCO, elevando a 161 o número de sítios participantes na Rede Mundial de Geoparques, em 44 países.
Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda decorreu hoje, durante a tarde, um debate subordinado ao tema “Serra da Estrela – Uma Montanha de Conhecimento”.
Tratou-se de uma iniciativa do Instituto Politécnico da Guarda e Associação Geopark Estrela. Para a organização, “a Serra da Estrela enquanto território de conhecimento, deve ser objeto de um conjunto de iniciativas, através de uma rede de responsabilidade social ancorada no estabelecimento de estratégias e parcerias que visem o fortalecimento do conhecimento e da identidade territorial, capacitando este território de uma maior atratividade e qualidade de vida”.
Neste contexto, foi sublinhado que a criação de uma rede nacional de investigação de montanhas “contribui para a implementação das agendas mundiais de investigação para a sustentabilidade em áreas de Montanha, visando-se a inserção da Serra da Estrela nesta rede nacional e em redes europeias e mundiais”.
Estiveram presentes a Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, e a Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, entre outras entidades.
No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) realizou-se, na passada quinta-feira, uma reunião de trabalho onde foi analisada a proposta de candidatura à UNESCO do Geopark Estrela.
Para além do IPG estiveram representados municípios da Serra da Estrela (Manteigas, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Seia, Oliveira do Hospital, Covilhã e Belmonte) e a Universidade da Beira Interior.
Este encontro, na sequência de outros, contou com a participação da Coordenadora do Fórum Português de Geoparques (UNESCO), Elizabeth Silva, e do Presidente do Comité Nacional para o Programa Internacional das Geociências, Artur Sá.
De referir que foi unânime o reconhecimento da importância desta classificação como indutora do desenvolvimento da Serra da Estrela, pelo que foi sublinhada a “necessidade de iniciar o mais rapidamente possível o processo de candidatura”; isto porque, como foi salientado, “os novos Programas de Geoparques Globais da UNESCO implicam um trabalho efetivo nos territórios, mesmo antes da sua classificação, com a definição de uma estrutura”.
De destacar, ainda, a manifestação de interesse, evidenciada pela totalidade dos municípios, destacando a classificação do Geopark para a afirmação da marca Serra da Estrela.
Como foi adiantado, nas próximas semanas vão ser dados “passos importantes na definição da estrutura de gestão do futuro geoparque e nas formas de financiamento”, tendo sido solicitados aos municípios contributos até ao final do corrente mês.
Fonte: IPG
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