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O Centro de Estudos Ibéricos (CEI) e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) vão lançar junto dos alunos das escolas da CIMBSE o Concurso “Fronteiras da Esperança: Minha Terra, Meu Futuro”.
Esta iniciativa visa estimular a reflexão dos jovens estudantes sobre os recursos e as dinâmicas territoriais, levando-os a refletir sobre as perspetivas que se abrem para o futuro coletivo da região.
Ao explorar a relação dos jovens com o território, a iniciativa visa suscitar a investigação e a reinterpretação das potencialidades e dos recursos do território para estimular o debate donde possam emergir novas propostas e perspetivas de desenvolvimento em torno de leituras e (re)interpretações do território: diagnósticos prospetivos; escrita, literatura e território: trabalhos de expressão literária e arte e território: trabalhos de expressão artística.
Destinado a estudantes dos estabelecimentos de ensino básico e secundário, de escolas do ensino público, privado ou cooperativo da CIM Beiras e Serra da Estrela, o concurso contempla vários apoios à participação e prémios, tendo em vista a concretização de uma Exposição Coletiva e uma Edição com os trabalhos vencedores. Esta iniciativa insere-se no Programa de Combate ao Abandono Escolar Beiras e Serra da Estrela e é financiada pelo Centro 2020.
Os interessados podem obter mais informações aqui.
“Os homens só valem pelo que de bondade e verdade tragam aos outros homens, porque, uma ou a outra, não caíram nunca em terra estéril, nem mesmo quando tombam na indiferença de rochedos”.
Assim escreveu, em 1911, Augusto Gil, nas páginas do semanário guardense que então dirigia. Estas palavras, e apesar de decorrido este tempo todo, continuam atuais…
O autor da “Balada da Neve”, num texto que assinalava uma efeméride particularmente grata para ele, do ponto de vista ideológico, pretendia transmitir um sentido global a essa afirmação, sustentada na sua cultura e experiência.
A verdade e bondade, as ideias abrangentes dos interesses gerais, os projetos credíveis, as regras moralizadoras e justas, a exigência e responsabilização, o reconhecimento da capacidade e profissionalismo, a atitude dialogante e compreensiva, o incremento dos contributos individuais em prol da eficácia dos serviços, a rentabilização cabal das potencialidades humanas e técnicas continuam a esbarrar em várias trincheiras: do individualismo, da mediocridade, das conveniências (sejam de que natureza forem), dos interesses político-partidários, do laxismo instalado (pese a conjuntura que atravessamos) em tantos sectores.
A frontalidade é inversamente proporcional à cobardia e, para muitos, a estagnação continua a ser preferível à mudança, pois importa garantir o equilíbrio mais conveniente, consoante o tempo e o lugar; por norma, a ostracização é a resposta para quem não acompanha a orientação das ondas ou manifeste, inequívoca e claramente, uma diferente forma de estar e pensar, competência, humanidade, novas alternativas, propostas diferenciadoras e credíveis.
Tudo isto se pode verificar no dia-a-dia. O esquecimento da ética, a falta de integridade, a irresponsabilidade, a ignorância ou desrespeito pela lei, a falta de formação cívica e moral, a avidez pelo poder, o clientelismo ou as prepotências da mediocridade provocam um contínuo constrangimento na evolução da sociedade portuguesa; impedem a capitalização dos valores e das capacidades existentes ou convidam a “emigrar”...
O passado e o presente têm inúmeras lições de determinação e de triunfo, sem ser preciso lançar o olhar para além-fronteiras com o objetivo de formular diagnósticos e aplicar terapêuticas.
Há, desde logo, uma imperiosa necessidade de alterar mentalidades, atitudes e comportamentos, banir a intriga e a maledicência; fazer valer os direitos mas cumprir os deveres; aceitar e refletir sobre as ideias diferentes; saber dialogar; protagonizar, sempre, a verdade e a bondade, mesmo que, perante a força das marés, seja tarefa penosa e incompreendida.
E no atual contexto económico e social é importante que não abdiquemos de plataformas onde se pode ancorar o futuro!..
“Os homens só valem pelo que de bondade e verdade tragam aos outros homens, porque, uma ou a outra, não caíram nunca em terra estéril, nem mesmo quando tombam na indiferença de rochedos”. Assim escreveu, em 1911, Augusto Gil, nas páginas do semanário guardense que então dirigia.
Estas palavras, e apesar de decorrido todo este tempo, continuam atuais. O autor da “Balada da Neve”, num texto que assinalava uma efeméride particularmente grata para ele, do ponto de vista ideológico, pretendia transmitir um sentido global a essa afirmação, sustentada na sua cultura e experiência.
A verdade e bondade, as ideias abrangentes dos interesses gerais, os projetos credíveis, as regras moralizadoras e justas, a exigência e responsabilização, o reconhecimento da capacidade e profissionalismo, a atitude dialogante e compreensiva, o incremento dos contributos individuais em prol da eficácia dos serviços, a rentabilização cabal das potencialidades humanas e técnicas continuam a esbarrar em várias trincheiras: do individualismo, da mediocridade, das conveniências (sejam de que natureza forem), dos interesses político-partidários, do laxismo instalado (pese a difícil conjuntura que atravessamos) em tantos sectores.
A frontalidade é inversamente proporcional à cobardia e, para muitos, a estagnação continua a ser preferível à mudança, pois importa garantir o equilíbrio mais conveniente, consoante o tempo e o lugar; por norma, a ostracização é a resposta para quem não acompanha a orientação das ondas ou manifeste, inequívoca e claramente, uma diferente forma de estar e pensar, competência, humanidade, novas alternativas, propostas diferenciadoras e credíveis.
Tudo isto se pode verificar no dia-a-dia, na região, no país. O esquecimento da ética, a falta de integridade, a irresponsabilidade, a ignorância ou desrespeito pela lei, a falta de formação cívica e moral, a avidez pelo poder, o clientelismo ou as prepotências da mediocridade provocam um contínuo constrangimento na evolução da sociedade portuguesa; impedem a capitalização dos valores e das capacidades existentes ou convidam a “emigrar”...
O passado e o presente têm inúmeras lições de determinação e de triunfo, sem ser preciso lançar o olhar para além-fronteiras com o objetivo de formular diagnósticos e aplicar terapêuticas.
Há, desde logo, uma imperiosa necessidade de alterar mentalidades, atitudes e comportamentos, banir a intriga e a maledicência; fazer valer os direitos mas cumprir os deveres; aceitar e refletir sobre as ideias diferentes; saber dialogar; protagonizar, sempre, a verdade e a bondade, mesmo que, perante a força das marés, seja tarefa penosa e incompreendida.
À semelhança do que ocorreu no país, a manifestação do passado sábado, na Guarda, foi uma demonstração de consciência cívica e democrática; contudo a intervenção cívica não pode ficar só por este tipo de ações mas deve servir para pressionar a resolução de problemas, exigir responsabilidades, reclamar melhorias, atuações com verdadeiro sentido profissional, decisões que permitam melhor fruição das nossas vidas, com qualidade, respeito, apoio e segurança.
A Guarda encontra-se numa encruzilhada de incertezas e de esperanças; incertezas pelos projetos adiados, ou irremediavelmente perdidos; pelas promessas desfeitas, indecisões na defesa empenhada das questões fulcrais para a eficaz afirmação da cidade e suas instituições/serviços; pela subtil marginalização transmitida através do distanciamento, no calendário das opções, em relação à concretização dos justos anseios; pelas endémicas reticências à inovação, criatividade, rentabilização dos recursos e potencialidades.
E neste contexto económico e social é importante que não abdiquemos de plataformas onde se pode ancorar o futuro, desde logo o turismo, o ensino, a cultura.
Esta última área, por exemplo, alcançou meritória e inquestionavelmente, distinta projeção, que importa não interromper; um registo feito por insuspeitas personalidades, face à diversidade de propostas e iniciativas que, ao longo dos últimos anos, têm sido apresentadas, em vários domínios, na cidade da Guarda; uma realidade em relação à qual há ainda muita gente a passar ao largo, como se estivéssemos a confrontar-nos com desconhecidos eremitas ou doentias lucubrações, provocadas pela pureza do ar desta terra de altitude.
Como escreveu Ladislau Patrício, “altitude não significa apenas uma certa posição física – situação dum ponto acima do nível do mar; traduz também uma posição moral – elevação da alma acima do comum, acima do charco lodoso da planície rasa, onde pululam a grosseria e a mediocridade”… A pujança cultural é, sem sombra de dúvidas, um eminente contributo para fortalecer a imagem da cidade que – por incúria de alguns – deixou amarelecer o epíteto de “terra da saúde” e esqueceu os seus mais expressivos símbolos.
É urgente que se definam e materializem as melhores estratégias globais – tendo em mente o presente e o futuro - , se fomente a cooperação (a todos os níveis), se procure a resposta possível para os principais problemas, se fomente o empenho individual e coletivo, se baixem as bandeiras partidárias ou dos interesses de grupos, se assuma o espírito da Guarda.
Caso contrário até o Anjo deixa de ser nosso...
In "O Interior", 20/9/2012
O Prémio Nobel da Química 2011, cientista de nacionalidade israelita, esteve, há alguns anos atrás no distrito da Guarda.
DANIEL SHECHTMAN, participou, em 26 de Outubro de 2006, em Trancoso, num encontro subordinado ao tema “As Origens do Futuro”, iniciativa que juntou pessoas das mais diferentes disciplinas e culturas.
O Encontro "As Origens do Futuro", do Tribunal Europeu do Ambiente, foi organizado pela Câmara Municipal de Trancoso e pela Fundação para as Artes, Ciências e Tecnologias. Dan Shechtman apresentou então uma intervenção sobre “Nano Mundo”.
O evento central teve a presença de diversas personalidades de relevo mundial.
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