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Parque da Saúde. Guarda.
O Dia Mundial da Fotografia é hoje assinalado.
Esta evocação assenta na invenção do daguerreótipo, um processo fotográfico que foi desenvolvido, em 1837, por Louis Daguerre.
Em janeiro de 1839, a Academia Francesa de Ciências anunciou a invenção do daguerreótipo e a 19 de agosto, desse mesmo ano, o Governo francês considerou a invenção de Loius Daguerre como um presente "grátis para o mundo".
Recorde-se que outro processo fotográfico –o calótipo, inventado também em 1839 por William Fox Talbot – contribuiu para que o ano de 1839 fosse considerado o ano da invenção da fotografia.
Como afirmou Henri Cartier-Bressom "fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração".
Por outro lado, e citando Sebastião Salgado, a fotografia “é uma escrita tão forte porque pode ser lida em todo o mundo sem tradução”.
Pedro Carvalho é um apaixonado pela fotografia e igualmente pela Guarda, onde nasceu.
Como nos referiu, o pai fez despertar nele o gosto por esta cidade e em contribuir para a sua valorização. A fotografia a preto e branco aparece na sua vida em 1990 na Associação Distrital de Jogos Tradicionais da Guarda (ADJTG), no decorrer da IV Festa Internacional dos Jogos, altura em que teve a “oportunidade de aprender a fotografar e a revelar”.
Ao CORREIO DA GUARDA disse que “só mais tarde, com aparecimento das tecnologias digitais” retomou a fotografia “pela necessidade de compartilhar com as pessoas os magníficos espaços” existentes na cidade mais alta de Portugal. E ao longo dos anos, Pedro Carvalho tem feito belíssimos e artísticos registos fotográficos que têm despertado inequívoco apreço.
“Como fotógrafo amador, a fotografia tornou-se uma paixão que me move a continuar a aprender, a evoluir todos os dias.” Afirmou-nos Pedro Carvalho.
Quando surgiu o interesse pela fotografia?
Durante a 4ª Festa Internacional dos Jogos na Guarda, atividade desenvolvida pela A.J.T.G. em 1990, realizava a reportagem fotográfica durante as atividades e à noite, na “camara escura” (uma sala para o efeito), revelava a preto e branco as fotos dos acontecimentos do dia.
Que géneros de fotos prefere?
Gosto de vários, fotografia de paisagem é a minha preferida, mas gosto de fotografia noturna, de desporto, urbana, etc.
Fotografia de rua, paisagem, retrato…?
Paisagem
Fotografia a cores ou a preto e branco?
Ambas, acho que se pode transmitir diferentes sentimentos tirando proveito da cor ou da ausência dela
Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias?
Sim. No entanto tento cada vez mais trabalhar a imagem na câmara.
É um trabalho moroso?
Tudo depende do empenho que pomos no momento da captura, quanto mais trabalharmos os elementos no momento da captura, menos tempo necessitamos da edição.
A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos?
Sim, a zona da Guarda é-me particularmente querida. O meu pai ensinou-me a gostar da nossa terra.
Que outras zonas em especial?
Todas. Em qualquer sítio podemos encontrar imagens que nos transmitem sentimentos.
O que gosta mais de fotografar na Guarda?
Símbolos da cidade e o amanhecer.
Como têm reagido as pessoas à suas fotos?
Das mais variadas maneiras sendo que a maioria das pessoas costuma gostar.
Se a foto for sobre a cidade as pessoas identificam-se de uma maneira mais expressiva.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
Diria que sim, hoje fazem-se muitos clicks, tudo é motivo para tirar uma foto; no entanto a “fotografia” deve ser um pouco mais que um click.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Depende, esta é uma questão antiga. Não precisamos de equipamentos topo de gama para fazer boas fotografias. Existe um infindável leque de conhecimentos que junto com o equipamento fazem uma boa foto.
Costumo fazer esta comparação: um grande piloto corre melhor com um grande carro?...
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Sim, hoje existem equipamentos para todos os preços, mas a diferença está no custo para visualizar a fotografia. Antes o preço do rolo e da revelação era bastante caro.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Exposições, workshops e uma maior dinamização dos grupos locais de fotografia.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Vários, mas sem dúvida o conhecer pessoas.
Tenho criado boas amizades através da fotografia.
E episódio menos agradável?
Também, principalmente quando uso o drone. Há pessoas que por desconhecimento podem ser deselegantes.
Que projetos tem no campo da fotografia?
Estudar sobre pintura dos mestres e suas técnicas, os conceitos por trás da Arte. Se conseguir aprender estes conceitos, tenho a certeza que eles podem melhorar a minha fotografia.
Vasco Pires nasceu em Marialva (Meda) tendo passado a infância e juventude em Coimbra, onde os pais fixaram residência. Na Guarda reside há vários anos e nesta cidade desenvolve a sua atividade profissional como Técnico de Prótese Dentária.
O gosto pela fotografia surgiu em Coimbra durante o ensino secundário, altura em que desenvolveu destacada atividade no Núcleo de Fotografia e Cinema da Escola Secundária Avelar Brotero.
Não sendo o seu “modo de vida”, a fotografia, a par de outras atividades ao ar livre, assume particular importância na ocupação dos seus tempos livres. É nos temas Natureza e Paisagem que se sente mais à vontade, não deixando ainda assim de explorar outras vertentes da fotografia.
Membro fundador do “Fotoclube da Guarda”, espaço de partilha de experiências, conhecimento e divulgação, bem como de convívio entre os seus pares, Vasco Pires conversa hoje com o “Correio da Guarda”.
Como nos referiu, no seu horizonte está o projeto de desenvolver “um trabalho fotográfico que tenha em atenção as fortalezas amuralhadas da Beira Interior, sobretudo na zona raiana”.
Quando surgiu interesse pela fotografia?
O interesse pela fotografia resulta do desenvolvimento de atividades extra -curriculares durante o período escolar, concretamente no decorrer do ensino secundário; tem por base a curiosidade sobre todo o processo de criação de uma imagem, desde a câmara até à sua impressão.
Que géneros de fotos prefere? Fotografia de rua, paisagem, retrato…?
A fotografia no seu todo não deixa de me despertar interesse, no entanto a “viagem”, a “natureza” e a “paisagem” são áreas de tendência natural.
Fotografia a cores ou a preto e branco?
Não tenho uma preferência especial pela cor ou preto e branco, mas procuro adequar questão estética no ato de fazer a fotografia.
Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias? É um trabalho moroso?
Embora procure não perder muito tempo com a edição, quer seja no processo analógico ou digital, a pós-produção é fundamental no trabalho fotográfico.
Ainda assim entendo que a fotografia deve refletir verdade.
A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos? Que outras zonas em especial?
Sendo o local onde resido, de forma natural a Guarda é o meu "quintal". Sempre que possível a câmara fotográfica é companhia nas minhas deslocações.
O que gosta mais de fotografar na Guarda?
A região da Guarda tem um vasto património natural, histórico e arquitetónico.
São motivos mais do que suficientes para o olhar da lente.
Como têm reagido as pessoas à suas fotos?
Quando mostro uma fotografia, faço-o por entender que esta reflete a minha abordagem perante um determinado motivo.
De uma forma geral as pessoas reagem de forma simpática.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
O digital massificou o ato de tirar fotografias de uma forma diretamente proporcional à quantidade de dispositivos que levamos nos bolsos. Também por maioria de razão, e pela simplicidade que o digital permite, o gosto pela fotografia tenha assim um estímulo maior.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Não vale a pena bater na tecla de que o "antes é que era bom", pois se efetivamente é possível fazer boas fotografias com equipamentos antigos, a evolução do material fotográfico permite-nos uma utilização cada vez mais otimizada desses mesmos equipamentos.
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Sem dúvida. Hoje em dia há equipamentos com uma relação preço-qualidade bem mais interessante do que há uns anos atrás; no entanto o preço a pagar por eles depende da nossa disponibilidade financeira.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público, em geral, dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
A divulgação das iniciativas e a sua credibilidade através de conteúdos de qualidade reconhecida são condição para a adesão do público.
Depois não desistir dessas mesmas iniciativas e sempre que possível inovar e acrescentar valor, para que os eventos passem a fazer parte de uma agenda local.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Durante mais uma jornada de fotografias à “passarada”, com o Eduardo Flor, a Ria de Aveiro tinha-se mostrado pouco generosa quanto ao número aves avistadas naquela tarde.
Algum tempo de espera num abrigo de observação, não tinha resultado numa única fotografia. Já de carro no regresso, e quando discutíamos sobre a identificação de uma "Rapina" que afinal seria um "Cuco", o Eduardo de sobressalto grita baixinho: - “Pára, para, para”... e eu parei... “Não desligues o carro” ... e eu não desliguei... “Estão duas águias no telhado daquela casa, deixa-te ficar que vou tentar fotografá-las ”...
E eu ajeitei os óculos, olhei para o telhado e fiquei ... Lá vai o Eduardo, carregado com a câmara e correspondente super teleobjectiva. Pé ante pé, qual predador no ataque à sua presa, atravessa o caminho de terra-batida e numa posição quase de cócoras percorre todo o muro que circunda a casa. Já junto ao portão ergueu-se, aponta a câmara para o telhado, foca, aproxima o zoom e alguns segundos depois, baixa a câmara e abre os braços em sinal de total desalento ...
Eu até já tinha visto duas estatuetas em forma de aguia, que serviam de adorno ao telhado da casa (risos…).
E episódio menos agradável?
Não tenciono guardar más recordações no que à fotografia diz respeito.
Que projetos tem no campo da fotografia?
Sendo um mero entusiasta da fotografia não me movo por projetos muito elaborados; no entanto está no meu horizonte desenvolver um trabalho fotográfico que tenha em atenção as fortalezas amuralhadas da Beira Interior, sobretudo na zona raiana.
Natural da Guarda, Eduardo Flor é Técnico de Prótese Dentária há 43 anos. Contudo, desde sempre que procurou atividades para os seus tempos de lazer de forma a tornar a sua vida “menos monótona”, como disse ao CORREIO DA GUARDA.
“Pratiquei caça, pesca, tiro de competição, danças de Salão e neste momento a fotografia ocupa-me todo o tempo disponível”. Para onde quer que vá, Eduardo Flor vai sempre acompanhado de máquina fotográfica. “E na ausência dela, uso o telemóvel”, acrescenta no seu peculiar tom jovial.
Dos seus projetos não exclui fazer um catálogo com as espécies de aves existentes no distrito da Guarda.
Quando surgiu o interesse pela fotografia?
Digamos que o interesse pela fotografia surgiu logo a seguir a ter deixado a caça, sentia falta de andar pelo monte à procura de algo.
Depressa me apercebi que o podia fazer com uma máquina fotográfica. Passei então, a ter muito mais prazer em andar pela natureza a “caçar” fotograficamente sem interferir com os animais e seu ecossistema.
A emoção é a mesma, rastejo, escondo-me e espero muitas vezes horas para conseguir o meu objetivo, trazer as melhores imagens que posso ou por vezes nada...
Que géneros de fotos prefere? Fotografia de rua, paisagem, retrato…?
Durante muitos anos pratiquei apenas fotografia de natureza, porém, comecei a reparar que, por vezes, observava paisagens espetaculares e únicas, monumentos, pessoas dignas de um registo fotográfico.
A atividade em ambiente agrícola entre outras, que poderiam enriquecer o meu portfólio. Neste momento, se bem que o foco principal é a natureza, não deixo de aproveitar uma boa fotografia, quer seja paisagem ou retrato, não esquecendo a fotografia urbana que gosto de fazer nas grandes cidades.
Fotografia a cores ou a preto e branco?
Como o meu foco principal é a fotografia da Natureza, as minhas fotos são na maioria a cores, pois as aves têm cores lindíssimas que se perderiam se fosse a preto e branco; pessoas, aldeias ambiente rural e urbano prefiro o registo a preto e branco.
Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias? É um trabalho moroso?
Como faço fotos em ficheiros Raw, todas elas passam por programas de edição, primeiro, porque tenho que as passar para jpeg, que é um ficheiro em que a foto fica com menos resolução, ficando assim preparada para ser postada numa qualquer rede social ou outro, e também para dar um toque nas sombras, quando é preciso, ou para dar um jeito nos enquadramentos.
Como tenho o cuidado de ajustar as funções da câmara às condições do local onde vou permanecer para fotografar, permite-me perder pouco tempo depois na edição.
A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos? Que outras zonas em especial?
A zona da Guarda é a zona onde fotografo mais frequentemente, não por ser a preferida, mas por ser a zona onde habito; para o tipo de fotografia que mais faço (aves) a minha zona preferida é Aveiro, onde a biodiversidade é muito rica, a espécies de aves é muito superior devido à morfologia dos terrenos e zonas marítimas.
Também gosto de ir até Espanha para fotografar Aves Rapinas e algumas vezes vou para as Lagoas de Sesimbra, aquando das migrações das aves para essa zona.
O que gosta mais de fotografar na Guarda?
A riqueza dos nossos monumentos, que fazem já parte do meu portfólio, mas que não me canso de procurar outras perspetivas, a realização de eventos que tragam muita gente à rua, para aí sim me deliciar a fotografar expressões.
No Inverno, quando as neblinas estão localizadas na parte mais alta da cidade, também é um prazer fotografar e quando neva na mais alta.
Como têm reagido as pessoas à suas fotos?
A reação no geral é muito positiva; em primeiro lugar porque muitas das aves que publico nas redes sociais não são fáceis de registar e não são vulgares, de cores lindíssimas, de uma beleza invulgar.
Sendo habitual deslocar-me a muitos locais, fora do nosso distrito, tenho uma variedade enorme de espécies. Como publico fotos em várias páginas do facebook é frequente ter fotos reconhecidas e em destaque por esses grupos, daí que o feedback me parece positivo.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
A facilidade com que agora se pode ter a experiência de fotografar, não é a mesma de há vinte anos atrás; neste momento com um simples telemóvel se pode tirar uma fotografia e publicar nas redes sociais sem nenhum custo, tornando assim mais fácil a experiência de fotografar, porém terá de se diferenciar a arte de fotografar e a simples captura de imagem.
Também o facto de podermos visualizar a imagem no imediato, assim como a facilidade de obter a foto, vem incentivar mais pessoas a fotografar.
Penso que não havendo a necessidade de criar condições especiais para a revelação, assim como a ausência dos custos associados, são também fatores facilitadores.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Penso que no momento de comprar o equipamento deve-se pensar o que se pretende fotografar, pois teremos de comprar uma máquina, lente ou lentes, para vários tipos de fotografia.
O meu conselho é comprar uma camara média que, no momento da compra, pode ser um pouco mais cara, mas será uma máquina que durante uns anos servirá perfeitamente para o nosso objetivo sem precisarmos de atualizar o equipamento.
Conselho, perguntar sempre opinião a alguém que fotografe, um fotógrafo experiente dará sempre bons conselhos...
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Bastantes mais acessíveis e não só; as máquinas fotográficas, neste momento são dotadas de configurações que há meia dúzia de anos atrás ninguém sonharia, filtros interiores, edição de imagem, GPS, Bluetooth, permitem isos altíssimos sem ruído nas fotos e, muito importante, bastante mais leves.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Passeios fotográficos, como fazíamos antes da pandemia. Exposições de fotografia, debates com o tema “Fotografia”, realizar oficinas com abordagem a este tema.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Tenho feito bastantes amigos fora do distrito da Guarda, com episódios circunstanciais engraçados.
Recordo um episódio, antes da pandemia. Fui com um colega também fotógrafo de natureza dar uma volta pela zona de Figueira Castelo Rodrigo; andámos toda a manhã a fotografar, por volta das 13 horas fomos procurar um sítio para comer qualquer coisa.
Chegamos a uma aldeia e fomos a dois cafés para ver se nos podiam fazer uma sandes, mas nem pão nem nada para comer, mais à frente perguntámos a um habitante se haveria alguma aldeia perto daquela onde conseguíssemos comer algo. Disse logo que não, por ali não havia nada, mas para irmos à Casa do Povo onde estariam a preparar uns frangos para os caçadores de uma batida aos javalis, podia ser que dispensassem algum.
Lá fomos nós e realmente lá tinham as grelhas com frangos, dirigimo-nos ao senhor que estava a tomar conta da grelha e perguntamos se nos dispensava um frango, o senhor respondeu logo que sim e passados dois minutos já tínhamos uma mesa com pão caseiro um frango e umas cervejas, conversa mais conversa, o que fazíamos, o que fotografámos,
de onde eramos, se queríamos mais carne, que conheciam uma pessoa na Guarda com o meu apelido…bem, comemos até estarmos satisfeitos e ainda me ofereceram um garrafão de azeite!...
E episódio menos agradável?
Dois episódios menos agradáveis: o primeiro foi no verão passado, estava num local já há umas horas à espera que aparecesse algo para fotografar; de repente vem um bando de abelharucos beber água, quando aparecem, são cinco minutos de dezenas
de mergulhos, uma coisa brutal de se ver e fotografar, azar...ficaram tão perto de mim que a minha lente não os conseguia fotografar, foi mesmo uma grande frustração.
O segundo foi há três semanas atrás, descobri uma colónia também de abelharucos, uma das espécies de pássaros mais bonitos que vêm, nesta altura para acasalamento e fazer os ninhos em buracos profundos na terra onde criarão os filhos. Estavam muito juntos e em voos rasantes junto aos ninhos; coloquei a máquina no tripé e vai de disparar dezenas de fotos. Todo contente vim para casa rever as fotos que tinha feito...uma desgraça!... a maior parte todas desfocadas pois tinha alterado os modos da máquina para outro tipo de fotos e não fiz a respetiva correção. Importante, antes de sair de casa reparar nos valores da máquina, para não acontecerem erros destes.
Que projetos tem no campo da fotografia?
Fazer umas quantas exposições com a fauna que temos por aqui… E quem sabe, fazer um catálogo com as espécies de aves do nosso Distrito.
De raízes nas profundezas da Serra da Estrela, Manuel Ferreira alia o gosto pelas paisagens da montanha aos registos fotográficos que vai realizando aquando das suas incursões, tendo como aliados a sua proximidade ao meio e o seu conhecimento científico, proveniente da licenciatura em geografia.
É na alma e no silêncio da serra, onde a natureza impera que Manuel Ferreira – com quem o CORREIO DA GUARDA conversou – encontra a sua inspiração, construindo dessa forma o portfólio exposto.
É um observador assumido, de olhar atento ao meio envolvente, que faz da fotografia a sua melhor forma de se expressar, refletindo um trabalho de paixão e evolução contínua, onde as redes sociais são o principal canal de divulgação e projeção.
A consagração surge através dos resultados alcançados nos diversos concursos fotográficos nacionais e internacionais, confirmando assim a qualidade dos registos efetuados. Embora não sendo a sua principal atividade, na Escola Profissional da Serra da Estrela Manuel Ferreira desempenha o papel de formador do módulo de fotografia e orienta diversos workshops no âmbito desta temática.
Fotógrafo oficial do Geopark Estrela, durante o primeiro ano da candidatura, publica em vários sites de referência na especialidade.
Como e quando surgiu o interesse pela fotografia?
O interesse pela fotografia surge durante a formação académica, da necessidade de registar conteúdos programáticos em diversas cadeiras da Licenciatura de Geografia (2001-2005).
Entretanto, por motivos pessoais e profissionais, a fotografia passa para um segundo plano e só mais tarde no ano de 2013 volta a despertar esse meu interesse, quando numa noite por coincidência tive que ser “fotógrafo de serviço” na cobertura de um evento.
Que géneros de fotos prefere? Paisagem, retrato?...
Sem qualquer dúvida, paisagem e natureza com um gosto especial pela astrofotografia.
A fotografia social, tem surgido por vezes como um desafio e aprecio a oportunidade de captar as emoções e sentimentos que se fazem sentir durante os eventos.
A Serra da Estrela continua a ser cenário de inspiração?
A Serra da Estrela, com ou sem máquina é sempre inspiradora, pela ligação umbilical, pelas paisagens únicas, mas principalmente pela luz e a dinâmica que tem no relevo montanhoso. E claro, não esquecendo a serenidade que me transmite.
O que gosta mais de fotografar na Serra?
Prefiro a questão ao contrário: Só não gosto de fotografar na Serra se estiver céu totalmente azul, a luz muito intensa não permite mostrar certos detalhes.
No entanto, há duas épocas que me fascinam, o Outono pelos tons que as encostas da montanha ganham nessa altura do ano e o Inverno na expetativa que alguns dias de meteorologia mais agreste crie cenários únicos que permitam fazer trabalhos distintos de qualquer outro lugar de Portugal.
Qual tem sido a reação das pessoas às suas fotos?
Provavelmente as opiniões dividem-se, mas o que faço e como o mostro, é como eu o vi ou imaginei, no entanto as opiniões que me chegam são positivas e de agrado pela forma como retrato e divulgo a Serra.
Os prémios que tem recebido constituem um incentivo para novos trabalhos?
Os prémios acima de tudo geram uma maior responsabilidade, estimulam a vontade de fazer ainda mais e melhor e se forem monetários ajudam nas despesas.
Qual foi a distinção que mais gostou de receber?
Há sempre um sentimento especial e de gratidão em cada uma, não conseguindo distinguir, apenas diferenciar quando analiso os restantes trabalhos de outros fotógrafos que se propõem a essa distinção.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
Considero que há uma diferença entre imagens e fotografia, sendo que o digital facilitou o acesso à imagem, em relação à fotografia, o assunto é diferente, mas com certeza que estimulou um maior número de pessoas que o analógico, por ser muito mais económico e instantâneo. Mas não confundamos imagem com fotografia.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Na minha opinião, não, metaforicamente falando, consoante o poder económico de cada indivíduo, é importante saber escolher a gama do veículo, para o género e tamanho da viagem que necessitamos de realizar.
As marcas e o mercado “criam-nos necessidades” que por vezes não temos assim tanta necessidade, é importante saber filtrar.
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Da experiência que tenho em aquisições, os preços mantêm-se quando nos estamos a referir a equipamentos com o mesmo patamar de qualidade, ou seja os topos de gama entram no mercado com preços muito semelhantes aos lançados já anteriormente.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Sem dúvida que é um grande desafio, mas passa pela sensibilização e motivação cultural das camadas mais jovens, porque na diversidade e qualidade de eventos que se realizam, não vejo motivos para existir esse afastamento.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Diversos, dos quais os que mais me entusiasmam são a convivência com os pastores que vou encontrando pela Serra, são pessoas cheias de histórias que me transportam para o Mundo deles, momentos esses em que troco a máquina pela conversa e me deixo levar pelas infindáveis histórias e sabedoria que me transmitem.
E episódio menos agradável?
Sentir que uma entidade relacionada com a Serra da Estrela com a qual colaborei na cedência de fotografias para a sua divulgação durante algum tempo, de forma gratuita, após ter conseguido financiamento, dispensaram a minha colaboração por discórdia em relação aos direitos autorais, mas que posteriormente não os verifiquei nos restantes trabalhos que divulgam.
Que projetos tem, no campo da fotografia?
Tenho dois a decorrer há já algum tempo, são projetos de longo prazo onde o mote principal é a componente humana relacionada com as “lides serranas”, mas que por enquanto não vou revelar.
O Centro de Estudos Ibéricos vai levar a efeito, a partir de amanhã, 29 de abril, e até 1 de maio a quarta edição dos Encontros “Imagem e Território: Fotografia sem Fronteiras”, em formato online e semi-presencial.
Integrados no projeto “Transversalidades” estes encontros resultam do envolvimento ativo do CEI na cooperação territorial e no seu comprometimento com os territórios de baixa densidade, visando, através da Imagem, dinamizar a cooperação e a inclusão dos territórios, rompendo com a exclusão e invisibilidade a que estão votadas vastas regiões do país e do mundo.
Os Encontros conjugam diversas atividades em torno da temática da Fotografia e do Território, nomeadamente Exposições, Debates, Mostras e Publicações, estruturadas de acordo com os temas: Território, Arte e Fotografia, Sociedade, Tempos de pandemia, Transversalidades (Mostra de Autores Premiados), Viagem e Cidade.
O programa completo pode ser consultado aqui.
Norberto Rodrigues encontrou na fotografia o caminho para novos desafios e projetos. Natural da Guarda, este sociólogo considera que a fotografia é “hoje, talvez, a maior forma de intervenção social”.
Ao CORREIO DA GUARDA, Norberto Rodrigues afirma que o seu maior desafio, é “estruturar novos projetos e encontrar novas formas de comunicar com os amantes da fotografia, nomeadamente da chamada fotografia de rua”.
António Norberto Perestrello Rodrigues nasceu no Barracão, Guarda em 1953, onde viveu até aos vinte anos. Sociólogo, desempenhou vários cargos dirigentes na Administração Pública. Professor Universitário nas áreas da Sociologia, Recursos Humanos e Comportamento Organizacional.
Foi Presidente da Associação de Profissionais em Sociologia Industrial das Organizações e do Trabalho APSIOT). Autor do livro de fotografia Trajectos, Blurb, 2014, do livro de contos E dos fracos rezam as histórias, 2014, do romance de ficção À Procura do Homem Prefeito, 2018 e, em memória de Patxi Andion, Gorka Rúbio, o Louco que queria agarrar a morte, caderno, edição Calafrio, 2020. Várias exposições fotográficas, nomeadamente na Colorfoto, Lisboa e no Calafrio, Guarda.
Quando começou o gosto pela fotografia?
Sempre gostei de fotografia, mas só consegui condições, nomeadamente de tempo, há cerca de 11 anos, quando comprei a minha primeira máquina, que ainda tenho, com modo manual, uma Sony a230
O que é para si a fotografia?
A fotografia é uma arte que nos dá várias representações da realidade. Como digo sempre, a realidade não existe, existe só o nosso olhar.
A fotografia regista esses olhares, diversos e complementares. Constrói memórias que ajudam a construir identidades e culturas. É, também, hoje, talvez, a maior forma de intervenção social. Há fotografias de situações e de fenómenos sociais que muito têm ajudado a perceber “realidades” e a mudar valores e comportamentos.
Porquê a preferência pelo “preto e branco”?
O preto e branco dá-nos a essência da fotografia. Ilumina os contrastes, tornando nítida a mensagem da composição.
O nosso olhar tende a valorizar o conjunto e não o pormenor mais vistoso da imagem. Evidentemente que há excelentes fotografias a cores e áreas da fotografia onde a cor é mais apelativa, como nas fotografias de paisagens. É uma opção do fotógrafo. No tipo de fotografia que faço – Street Photography – o preto e branco é, para mim, mais forte, mais dramático, mais profundo.
Quais os temas que mais gosta de fotografar?
Os temas vão mudando, acompanhando o nosso crescimento e os contextos que nos rodeiam. Na fotografia de rua, o fotógrafo reage ao momento, à situação que está à sua frente, seja ela enquadrável no tema x ou y, é a rua que comanda a máquina. Isto não quer dizer que o fotógrafo de rua não tenha um rumo, um objetivo.
Quando sai de casa para fotografar, ele sabe para onde vai e o que pode encontrar. É nessa escolha que ele se aproxima dos temas que o preocupam.
No meu caso, regularmente, eu caminho para os meus santuários – a sede da CGD, o Museu de Arquitectura, a Fundação Champalimaud e as Estações de Metro de Lisboa. As estruturas são as mesmas, mas as fotografias são sempre diferentes, porque eu não fotografo as estruturas enquanto tal mas a interação entre elas e as pessoas que as utilizam. Todas as minhas fotos têm pessoas!
Face ao exposto, tenho dois temas estruturais que vão dando sentido às minhas fotografias – A Humanização da Arquitectura e a Iluminação da Escuridão
Quantas horas dedica, por dia, à fotografia?
Antes da pandemia fotografava, em média, duas vezes por semana, durante quatro ou cinco horas. Depois é preciso editar as fotografias e fazer as nossas escolhas.
A minha edição limita-se ao básico, não gosto de alterar as fotografias. Com recurso ao Photo Gallery faço pequenos acertos – mais escuras, ou mais claras e aqui ali uma pequena alteração do contraste ou endireitar a fotografia. Não gosto de alterações estruturais da fotografia porque o resultado não é fotografia mas outra arte qualquer. Não critico quem o faz e, às vezes, até gosto do resultado final, mas não é a minha opção.
Se juntarmos a estas ações o tempo da gestão do meu grupo e o resultante das partilhas das minhas fotos em vários grupos ou comunidades, diria, respondendo à pergunta, que gasto cerca de 2/3 horas por dia nas tarefas da fotografia.
Qual foi o objetivo da criação da página “Norberto Rodrigues – fotografia”? A resposta a essa página foi a esperada?
Quando partilhava alguma fotografia no facebook constatava que muitos dos meus amigos reagiam gostando ou comentando a mesma.
Percebi que havia um público interessado na arte da fotografia. Decidi oferecer um espaço de apresentação regular de fotografias. Decidi, também, que o grupo não deveria ser apenas uma montra de fotografias, mas também um espaço onde todos, cumprindo regras mínimas, podiam partilhar as suas fotos. Não havia barreiras e receios de críticas negativas vindas de “sábios” do assunto. Por outro lado, a criação do grupo era uma forma de disciplinar a gestão das minhas fotos e, até, uma ajuda à escolha das melhores fotos.
Até à pandemia, sem promoções e sem convites personalizados, o grupo estava a crescer e o número de partilhas a aumentar de uma forma consistente, depois, com a escassez de fotos, o grupo continua a crescer, mas muito lentamente. Esperemos melhores dias para a fotografia poder sair à rua.
As suas fotos têm sido destacadas em vários “sites” e merecido elogios. Isto implica novas responsabilidades no seu trabalho ao nível da fotografia?
É verdade. Até há pouco tempo partilhava esporadicamente uma ou outra foto em um ou dois grupos de fotografia.
Há dois ou três meses decidi publicar em várias comunidades fotográficas ligadas a fotógrafos reconhecidos ou mais diversas e abertas. O resultado ultrapassou em muito as minhas melhores expectativas. Um conjunto significativo das fotos que partilhei foram reconhecidas e destacadas na grande maioria dos grupos, comunidades com origens muito diversas, Portugal, Brasil, Itália, Turquia, Japão, Espanha, Peru, Inglaterra, etc e com membros de vários pontos do mundo – uma enorme diversidade cultural e social, com valores estéticos muito diferentes e centrados em diferentes áreas da fotografia
Relevante, também, a seleção de algumas das minhas fotos para publicação em revistas da especialidade. A capa do número 1 da Revista Photographers Magazine é uma fotografia minha, curiosamente, tirada na Guarda, na Torre dos Ferreiros. Nesse número estão mais três fotos da minha autoria. Na mesma Revista, no número 2, sou o autor do mês, com 23 fotografias. No número 4, a sair brevemente, está, também, uma outra foto minha. A revista EYE Photo Magazine publicou, também, em março de 2021, uma foto da minha autoria.
Estas boas avaliações das minhas fotografias são, em primeiro lugar, um incentivo ao meu trabalho, empurrando-me para o desenvolvimento de projetos mais dirigidos e mais específicos, em algumas temáticas onde tenho trabalhado.
É o meu desafio agora, estruturar novos projetos e encontrar novas formas de comunicar com os amantes da fotografia, nomeadamente da chamada fotografia de rua.
O digital veio dar novo impulso à fotografia?
Claro. O digital veio democratizar a fotografia, tornando-a acessível a todos. O aparente excesso de fotografias é responsável pelo desenvolvimento técnico da indústria da fotografia e pelo crescimento da arte de tirar fotos. Boas máquinas, excelentes formações técnicas e experiência têm criado diferentes níveis de qualidade na fotografia.
Evidentemente que nem tudo é bom com este desenvolvimento da fotografia. As imagens são hoje centrais na nossa sociedade, cada vez se lê e se escreve menos, com as consequências sociais, culturais e políticas inerentes. Muitos falam – esta fotografia diz tudo! Mas a fotografia não diz nada, diz, apenas, o que o nosso olhar quer que ela diga.
Que fotógrafos destaca em Portugal?
Aqueles que mais me sensibilizaram para a fotografia, a preto e branco, foram Cresson e Sebastião Salgado, dois mestres reconhecidos por todos os fotógrafos.
Atualmente, há muitas áreas da fotografia e em cada uma delas muito bons fotógrafos. Seria difícil estar aqui a escolher.
Na minha área, Street Photography, para mim o melhor é, sem dúvida, o meu amigo Rui Palha. O seu olhar é geométrico e surpreendente. Vale a pena percorrer as suas fotografias.
Para quando um trabalho de apresentação (livro, exposição, catálogo) das suas fotografias ao grande público, na Guarda?
Já fiz vários trabalhos, nomeadamente duas exposições, uma na Colorfoto, em Lisboa e outra aí, na sede do Calafrio.
Este ano gostava de mostrar o meu trabalho, vamos ver se as condições se reúnem para que tal seja possível.
Fotos: Norberto Rodrigues | +info aqui.
As IV Jornadas de Fotografia da Guarda, previstas para o próximo dia 17 de outubro, nesta cidade, foram adiadas para 16 de outubro de 2021.
De acordo com informação divulgada pelo Fotoclube da Guarda, “considerando o atual quadro da pandemia relacionada com a Covid -19, bem como as diretrizes da Direção Geral de Saúde e os condicionalismos resultantes do estado de contingência, o FCG não irá promover as IV Jornadas de Fotografia no dia 17 de outubro, data prevista.”
Segundo o Fotoclube da Guarda, “ainda que tivessem sido equacionadas as alternativas para a sua realização, através de plataformas digitais, estas não permitiriam uma série de atividades complementares (exposição de fotografia, mostra de equipamentos fotográficos, apresentação de livro, etc), as quais julgamos de relevo para fortalecer a qualidade do programa atempadamente delineado.”
Como se referiu, as IV Jornadas de Fotografia da Guarda ficam agendadas para 16 de outubro de 2021.
“Lugares: distâncias e proximidades” é o tema da exposição que, no âmbito do III Transversalidades, vai estar patente a partir de hoje, 6 de dezembro, no antigo edifício da Câmara Municipal da Guarda, Praça Luís de Camões.
Esta exposição, composta por trabalhos da responsabilidade do Fotoclube da Guarda, resultou de um desafio envolto na paixão pela fotografia e “orientado para a (re)descoberta de realidades tão próximas e tão longínquas; territórios de solidão, de ausência que foram berço de múltiplos percursos individuais, de sonhos e de aventura…”.
Como é referido a propósito deste certame, “a grandeza pluridimensional das paisagens naturais e humanas foram registadas com diferentes sensibilidades, emoções e olhares que convergem numa leitura coletiva apostada em resgatar tais territórios ao esquecimento e afirmá-los na sua essência profunda visando rasgar novas vias de futuro.
Rostos, arquitetura, artefactos, caminhos, solidão, religiosidade, tradições, paisagens, flora, patrimónios, afetos, ausências, sulcos do tempo, ou caprichos da natureza são alguns dos motivos fixados pelas objetivas dos participantes num roteiro que a cada olhar se renova.”
O Fotoclube da Guarda é um grupo discreto, sem formalismos, que em muito tem contribuído para a promoção desta cidade, incrementando, igualmente, o gosto pela fotografia.
Tem olhado a cidade, a região, o país através de diversas objetivas e sensibilidades, proporcionando exemplos qualitativos, trabalhos de cativante beleza e técnica cuidada.
A exposição pode ser visitada até ao próximo mês de janeiro.
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