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Guarda assinala 823 anos

por Correio da Guarda, em 21.11.22

 

No próximo domingo, 27 de novembro, será assinalado o 823º aniversário da atribuição do foral, por D. Sancho I, à cidade da Guarda 

Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

Estátua de D. Sancho I - Guarda - hs.jpg

Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português. À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

 

 (Hélder Sequeira)

 

 

O programa comemorativo, organizado pela autarquia, integra a deposição de uma coroa de flores na estátua do rei fundador, com guarda de honra pelo  Regimento de Infantaria nº 14, seguindo-se  a cerimónia do Hastear da Bandeira, Praça do Município.

Posteriormente terá lugar uma sessão solene na Sala Antonio de Almeida Santos, nos Paços do Concelho, que nesta edição terá como convidados especiais os presidentes das cidades geminadas de Béjar (Espanha), Zefat (Israel) e Wattrelos (França) e também do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

Na sessão serão ainda atribuídas medalhas de mérito municipal – Grau prata a Guardenses e a instituições com merecido destaque A saber, a título póstumo: Laurindo Prata e Manuel Geada Pinto; à Fundação José Carlos Godinho; e a Cunha Rasteiro e Virgílio Mendes Ardérius. Após esta sessão haverá, no Jardim José de Lemos, uma demonstração de meios das forças militares e de segurança que participaram na cerimónia do Hastear da Bandeira, e também da Cruz Vermelha Portuguesa.

No período da tarde, ainda com a presença do ministro do Economia e do Mar, serão inauguradas as instalações da empresa Remarkable na Plataforma Logística da Guarda e do Centro Tecnológico do Centro Histórico, espaço do Município que acolhe várias empresas do Ramo tecnológico como a TRH e a NTT, bem como da multinacional Air Liquide Portugal, nesta fase inicial. No mesmo espaço serão também assinadas as escrituras dos lotes da Plataforma Logística com as Empresas Magnoliathunder, Lda e Glacierignition, Lda.

Segue -se o descerrar de placas de toponímia de homenagem a título póstumo a D. Martinho Pais, a Tiago Gonçalves e a Laurindo Prata. O programa do dia 27 inclui ainda um concerto de Teresa Salgueiro no Teatro Municipal da Guarda. A ex-vocalista dos Madredeus terá como músicos convidados, no palco do Grande Auditório: Tim (Xutos e Pontapés) e a cantora Maria João.

O programa das comemorações do 823 anos da Guarda engloba, no dia 24, a homenagem, a título póstumo, a João Mendes Rosa, antigo coordenador do Museu e mentor do SIAC, falecido em 2021. O Museu da Guarda passará, a partir deste dia, a designar a sua sala de exposições temporárias como Sala João Mendes Rosa. A esta homenagem seguir-se-á o lançamento do número 43 da Revista Cultural Praça Velha.  No dia 25, na BMEL, o Centro de Estudos Ibéricos promove o Seminário “Leituras de Eduardo Lourenço”, iniciativa de cariz científico que carece de inscrição prévia no CEI e que terá transmissão também online; à noite, decorrerá a Serenata Monumental “Fado ao Centro” nas escadarias da Sé da Guarda.

 

 

 

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publicado às 17:04

Feriado Municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 27.11.21

Guarda - catedral - foto Helder Sequeira - HS.jpg

Hoje, dia 27 de novembro, é assinalado o 822º aniversário da atribuição do foral, por D. Sancho I, à Guarda que, assim, comemora o feriado municipal. Uma data em que foi evidenciado, no decorrer da sessão comemorativa deste aniversário, o novo contexto em que a Guarda se encontra e outrossim as sua potencialidades para a afirmarem como cidade de referência.

Guarda - fot vista parcial - hs.jpg

Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

Estátua de D. Sancho I - Guarda - hs.jpg

Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.

Torre e Catedral  - HS.jpg

À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projeção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (Hélder Sequeira)

 

 

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publicado às 12:05

Feriado municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 18.11.21

 

No próximo dia 27 de novembro ocorre o 822º aniversário da atribuição do foral, por D. Sancho I, à Guarda.

O programa comemorativo, que pode ser consultado aqui, vai desenrolar-se de 24 a 28 de novembro.

822 aniversário da Guarda.jpg

Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.

À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projeção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (Hélder Sequeira)

 

 

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publicado às 00:05

Feriado municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 26.11.20

 

A atribuição, por D. Sancho I, da carta de foral à Guarda, em 1199, é a efeméride que será assinalada amanhã, dia do feriado municipal.

DIA DA CIDADE da GUARDA.jpg

Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado."

Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.

À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português. (H.S.)

miradouro-712x475.jpg

Foto: CMG 

 

Amanhã, 27 de novembro, a Câmara Municipal da Guarda irá inaugurar as obras de requalificação da Torre dos Ferreiros, a que corresponde a um investimento na ordem dos 570 mil euros. Assim, é agora possível subir ao alto do monumento: o  acesso poderá ser feito pelas escadas no interior da Torre (Rua da Torre) ou pelo elevador panorâmico, numa das suas laterais (Rua Tenente Valadim). A entrada será gratuita mediante reserva antecipada, online, entre 27 de novembro e 31 de dezembro. A partir de 1 de janeiro, o acesso passará a ser pago e a reserva poderá também ser feita presencialmente no Museu da Guarda e no Welcome Center.

Em qualquer um dos dois acessos ao miradouro da torre estará um leitor de QR Codes: na porta de acesso pela escadaria; e no elevador. O código estará disponível no bilhete enviado por e-mail ao destinatário, após reserva online, ou no bilhete entregue nos pontos do Museu da Guarda e Welcome Center. O espaço irá ter cobertura wifi.

A Torre dos Ferreiros é datada do século XIII e foi mandada construir pelo rei D. Dinis, estando classificada como Monumento Nacional desde 1956. Esta intervenção está inserida no projeto de “Requalificação do eixo central da Guarda”

De referir que ara celebrar a data, e face à situação pandémica que vivemos, o Município da Guarda optou este ano por transmitir via facebook as principais iniciativas do Dia de Aniversário: o hastear da Bandeira, a Sessão Solene Comemorativa com a participação de Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas, e onde serão homenageadas, com a atribuição da Medalha de Mérito, as IPSS do concelho da Guarda. Também online vai estar a transmissão da inauguração do Elevador Panorâmico e obras de requalificação da Torre dos Ferreiros e ainda a ligação da Iluminação de Natal, já ao final da tarde.

 

O programa é o seguinte

27 novembro10h30| Praça do Município
Hastear da Bandeira

10H45|
Sessão Solene Comemorativa do 821º Aniversário da Atribuição do Foral à Cidade da Guarda

Homenagem a todas as IPSS do concelho da Guarda com a atribuição da Medalha de Mérito ao Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, em representação de todas as instituições.

Intervenções:
Presidente da Assembleia Municipal, Cidália Valbom
Comissária Europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira
Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro

12h00| Torre dos Ferreiros
Inauguração do Elevador Panorâmico e Requalificação da Torre dos Ferreiros

17H30| Praça Luís de Camões
Ligação da iluminação de Natal

(fonte: CMG)

 

Recorde-se, e como já tínhamos referido em anterior publicação, que amanhã  vão ser aplicadas as medidas restritivas e as disposições legais resultantes do atual estado de emergência, mormente para os concelhos de riscos muito elevado e extremo.  Câmara Municipal da Guarda divulgou um comunicado à população onde sublinha que  "apesar de se celebrarem os 821 anos de elevação a cidade, são aplicáveis no Município da Guarda, no dia 27, Feriado Municipal, regras restritivas especificas comuns aos fins de semana".

Estas restrições passam pela proibição de circulação na via pública (no período compreendido entre as 13:00 h e as 05:00 h, os cidadãos só podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas para as situações elencadas no decreto relativo ao estado de emergência); pelo dever geral de recolhimento domiciliário);  pela  suspensão das atividades de comércio a retalho e de prestação de serviços (fora do período compreendido entre as 08:00 h e as 13:00 h, são suspensas as atividades em estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, com exceção das previstas). 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 13:00

D. Sancho I

por Correio da Guarda, em 21.07.20

Estátua de S. Sancho I  - foto Helder Sequeira.jp

Estátua do Rei D. Sancho I. Guarda (junto à Sé Catedral)

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publicado às 17:50

Feriado Municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 27.11.16

    

     A atribuição, por D. Sancho I, da carta de foral à Guarda, em 1199, é a efeméride assinalada hoje, dia do feriado municipal.

     Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de Maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de Novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

     A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de Novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

     De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de Novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de Novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

D. Sancho I -  Foto Helder Sequeira.jpg

      Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

    O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português. À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

     A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projecção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (HS)

 

 

 

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publicado às 08:15

Judeus e Cristãos em Terras de Fronteira

por Correio da Guarda, em 25.11.15

 

    “Diálogos e Conflitos: Judeus e Cristãos em Terras de Fronteira" constituem o tema central da jornada de debate e reflexão que se inicia amanhã, e prolonga até sexta-feira, na Guarda, no âmbito das comemorações 816º aniversário da atribuição do foral sanchino a esta cidade.

     No decorrer desta jornada serão abordadas algumas das múltiplas e divergentes vias em que se moveu a convivência entre a maioria cristã e a minoria judaica e a diversidade social, cultural e religiosa vivenciada nos territórios de fronteira, base da criação de uma identidade local e regional muito própria.

    Através deste debate científico pretende-se apoiar científica e tecnicamente as iniciativas de estudo, conservação e promoção turística das judiarias, ações que devem estar alicerçadas em investigação histórica rigorosa e atualizada.

    Amanhã o programa inclui, a partir das 9h30, as intervenções: “Relações entre cristãos e judeus na Idade Média peninsular”, por José Hinojosa Montalvo (Universidad de Valencia); “Judeus, cristãos e muçulmanos no Portugal Medieval”, por Filomena Barros (Universidade de Évora e CIDEHUS); “Comunidades e personalidades judaicas ao serviço e sob proteção da família real: uma relação mantida desde os primórdios da monarquia portuguesa até finais do século XV”, por Manuela Santos Silva (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Interações artísticas entre judeus e cristãos em Portugal”, por Luís Afonso (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Povoamento Judaico no território da Diocese da Guarda, durante a Idade Média”, por Maria José Ferro Tavares (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Falando de si mesmos. Duas comunidades próximas: os judeus de Guimarães e de Braga”, por José Alberto Tavim (Centro de História – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Aspetos da controvérsia antijudaica na Idade Média portuguesa”, por Saúl Gomes (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra); “Las relaciones entre judíos y cristianos en los fueros medievales de Cáceres”, por Fernando Jiménez Barrocal – (Archivo Histórico Municipal de Cáceres); “Os manuscritos hebraicos medievais portugueses (Séculos XIII e XIV), por Tiago Asseiceira Moita (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).

     O programa prossegue dia 27, a partir das 14h30, com intervenções sobre as “Relações entre judeus e cristãos na Idade Média, por Isabel Cristina Fernandes, e Judaísmo e Arquitetura, por José da Conceição Afonso. Os trabalhos vão decorrer na Câmara Municipal da Guarda, Sala “Almeida Santos”.

 

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publicado às 23:27


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