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O Rei e a cidade...

por Correio da Guarda, em 27.11.23

 

A história da Guarda está indissociavelmente ligada ao segundo rei de Portugal que há 824 anos atribuiu carta de foral a esta cidade. Hoje é evocada a outorga desse documento e comemorado o feriado municipal, sendo oportuno conhecermos um pouco da vida deste monarca, cuja estátua – deslocada há alguns anos para um recanto da Praça Luís de Camões – merecia um reposicionamento mais digno.

D. Sancho I, segundo rei de Portugal e cognominado como O Povoador, era filho de D. Afonso Henriques e D. Mafalda de Saboia. Nascido em Coimbra, em 11 de novembro de 1154, o herdeiro da coroa bem cedo ficou ligado à vida político-militar do reino português, com uma associação efetiva à governação a partir de 1172.

Dois anos depois, o futuro rei casou com D. Dulce de Aragão (filha da Rainha de Aragão e do Conde de Barcelona), continuando a assumir as responsabilidades decorrentes do seu estatuto real; em 1178 é D. Sancho que comanda uma expedição em território sob domínio muçulmano, incursão que chegou aos arredores de Sevilha.

Com a morte do pai, D. Sancho subiu ao trono em 6 de dezembro de 1185, sendo aclamado três dias depois na cidade de Coimbra. A reorganização do território português e a defesa das localidades junto às ainda indefinidas e instáveis fronteiras com os domínios de Leão e dos muçulmanos (a sul), foram duas das suas primeiras prioridades, que se articularam com a imperiosa necessidade de incrementar o povoamento e defesa das zonas conquistadas.

Assim, promoveu a vinda de colonos estrangeiros, doou terras e fortalezas às ordens militares, criou concelhos e mecanismos de administração pública, fomentou o surto económico e agrícola e concedeu forais a cerca de cinco dezenas de localidades, nomeadamente à Guarda, em 27 de novembro de 1199 (documento que segue o modelo do foral de Salamanca).

D.Sancho I _estátua_foto Helder Sequeira.jpg

Antes desta data (1199), a Guarda confinava-se a uma pequena comunidade “guardada por uma pequena atalaia ou torre – uma guarda – que vigiava a circulação de gentes e bens que percorriam a via colimbriana, o principal eixo de penetração no planalto beirão”, como sustentou Helena da Cruz Coelho. A Guarda assumiu, deste modo, uma posição estratégica de vital importância na defesa da linha fronteiriça da época, protagonizando a centralidade de toda a vasta região envolvente, sobre a qual afirmava a sua influência direta; a sua notoriedade como polo urbano foi reforçada com transferência (entre 1201 ou 1202) da sede do Bispado da Egitânia, cimentando assim o seu estatuto de cidade.

Esta reorganização da jurisdição religiosa apoiou os propósitos régios ao nível do fortalecimento e valorização da zona fronteiriça. Com a conquista de Silves (que viria a perder algum tempo depois) em 1196, D. Sancho passou a intitular-se Rei de Portugal e dos Algarves.

A sua permanência no trono foi atravessada por diversas contendas militares, fomes e pestes, em especial no período entre 1192 e 1210. As lutas com o vizinho reino de Leão e sobretudo os constantes prélios com os almóadas (dinastia marroquina que dominava as terras da Península Ibérica sob alçada muçulmana) ocuparam muitos anos do reinado deste monarca português, que teve ainda de se debater com alguns sérios problemas levantados pelo clero (vejam-se os conflitos com D. Martinho Rodrigues, Bispo do Porto, e também com D. Pedro Soares, Bispo de Coimbra, com os quais se reconciliou no último ano do reinado).

A célebre cantiga de amigo “Muito me tarda / o meu amigo na Guarda”, foi durante muito tempo associada a D. Sancho I que a teria, segundo alguns autores, dedicado a D. Maria Pais Ribeiro (a célebre Ribeirinha, de quem teve seis filhos); os estudos mais recentes afastam-no da sua autoria dessa poesia, embora seja verdade que não foi alheio às necessidades de incremento cultural, como o comprova o apoio dado a alguns elementos do clero que estudaram além-fronteiras. D. Sancho I faleceu em Coimbra em 26 de março de 1211, tendo sido sepultado no Mosteiro de Santa Cruz.

A história da Guarda está indissociavelmente ligada ao segundo rei de Portugal pelo que o registo do seu nome merece, sobretudo em dia de feriado municipal, ser lembrado e respeitado.

 

Hélder Sequeira

 

 

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publicado às 10:57

Sortelha: muralhas com história

por Correio da Guarda, em 23.08.22

 

Em Sortelha (Sabugal) vai decorrer de 16 a 18 de setembro o evento “Muralhas com História”.

Esta iniciativa pretende evocar o período histórico coincidente com a fundação medieval de Sortelha, com principal foco no reinado de D. Sancho II que, em 1228, lhe outorga foral (fundação da vila e construção da muralha).

Castelo SORTELHA entrada - HS.jpg

De acordo com a informação divulgada pela Câmara Municipal do Sabugal, “a viagem ao quotidiano medieval será complementada com recriação histórica, mercado medieval, acampamento militar, ofícios e vivências, cetraria e animais da quinta, ritmos medievais, artes circenses, torneios de armas a pé e a cavalo, jogos medievais, animação contínua ‘pera cá e pera lá’ e animação infantil.”

Os interessados podem obter mais informação aqui.

 

 

 

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publicado às 11:49

Feriado municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 18.11.21

 

No próximo dia 27 de novembro ocorre o 822º aniversário da atribuição do foral, por D. Sancho I, à Guarda.

O programa comemorativo, que pode ser consultado aqui, vai desenrolar-se de 24 a 28 de novembro.

822 aniversário da Guarda.jpg

Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.

À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projeção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (Hélder Sequeira)

 

 

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publicado às 00:05

Revista Sabucale

por Correio da Guarda, em 11.05.21

 

No próximo dia 18 de maio vai ser apresentado mais uma número da revista Sabucale, publicação anual do  Museu do Sabugal. A sessão terá lugar, pelas 16 horas, no salão nobre dos Paços do Concelho.

Revista SABUCALE .jpg

Esta edição integra trabalhos como A problemática em torno das estruturas em negativo descobertas no sítio da Matrema IV (Aldeia da Ponte) | Paulo Pernadas; A Vila e o castelo templário de Touro. A propósito dos 800 anos da atribuição do foral | Marcos Osório; Estelas medievais da freguesia da Ramela (Guarda) | António Sá Rodrigues; Os Expostos no concelho do Sabugal | Sara Margarida Vitória Pereira; Alminhas do concelho do Sabugal (novos dados) | Jorge Torres; As tradições da Quaresma no concelho do Sabugal | Armando Matos; A toponímia como Paisagem Linguística e Património Linguístico. Ruivós, no cruzamento de rotas para a Madeira? | Helena Rebelo; Colónia Agrícola de Martim Rei – a primeira experiência da Junta de Colonização Interna | Filipa de Castro Guerreiro e a  Geografia Física aplicada ao território do concelho do Sabugal: principais estudos e referências (ao longo de mais de um século) | Vítor Clamote.
 
A apresentação desta revista coincide com a comemoração do Dia Internacional dos Museus, assinalado a 18 de maio. 
 
 
 
Fonte: CMSabugal
 
 
 

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publicado às 18:00

Feriado municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 26.11.20

 

A atribuição, por D. Sancho I, da carta de foral à Guarda, em 1199, é a efeméride que será assinalada amanhã, dia do feriado municipal.

DIA DA CIDADE da GUARDA.jpg

Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado."

Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.

À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português. (H.S.)

miradouro-712x475.jpg

Foto: CMG 

 

Amanhã, 27 de novembro, a Câmara Municipal da Guarda irá inaugurar as obras de requalificação da Torre dos Ferreiros, a que corresponde a um investimento na ordem dos 570 mil euros. Assim, é agora possível subir ao alto do monumento: o  acesso poderá ser feito pelas escadas no interior da Torre (Rua da Torre) ou pelo elevador panorâmico, numa das suas laterais (Rua Tenente Valadim). A entrada será gratuita mediante reserva antecipada, online, entre 27 de novembro e 31 de dezembro. A partir de 1 de janeiro, o acesso passará a ser pago e a reserva poderá também ser feita presencialmente no Museu da Guarda e no Welcome Center.

Em qualquer um dos dois acessos ao miradouro da torre estará um leitor de QR Codes: na porta de acesso pela escadaria; e no elevador. O código estará disponível no bilhete enviado por e-mail ao destinatário, após reserva online, ou no bilhete entregue nos pontos do Museu da Guarda e Welcome Center. O espaço irá ter cobertura wifi.

A Torre dos Ferreiros é datada do século XIII e foi mandada construir pelo rei D. Dinis, estando classificada como Monumento Nacional desde 1956. Esta intervenção está inserida no projeto de “Requalificação do eixo central da Guarda”

De referir que ara celebrar a data, e face à situação pandémica que vivemos, o Município da Guarda optou este ano por transmitir via facebook as principais iniciativas do Dia de Aniversário: o hastear da Bandeira, a Sessão Solene Comemorativa com a participação de Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas, e onde serão homenageadas, com a atribuição da Medalha de Mérito, as IPSS do concelho da Guarda. Também online vai estar a transmissão da inauguração do Elevador Panorâmico e obras de requalificação da Torre dos Ferreiros e ainda a ligação da Iluminação de Natal, já ao final da tarde.

 

O programa é o seguinte

27 novembro10h30| Praça do Município
Hastear da Bandeira

10H45|
Sessão Solene Comemorativa do 821º Aniversário da Atribuição do Foral à Cidade da Guarda

Homenagem a todas as IPSS do concelho da Guarda com a atribuição da Medalha de Mérito ao Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, em representação de todas as instituições.

Intervenções:
Presidente da Assembleia Municipal, Cidália Valbom
Comissária Europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira
Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro

12h00| Torre dos Ferreiros
Inauguração do Elevador Panorâmico e Requalificação da Torre dos Ferreiros

17H30| Praça Luís de Camões
Ligação da iluminação de Natal

(fonte: CMG)

 

Recorde-se, e como já tínhamos referido em anterior publicação, que amanhã  vão ser aplicadas as medidas restritivas e as disposições legais resultantes do atual estado de emergência, mormente para os concelhos de riscos muito elevado e extremo.  Câmara Municipal da Guarda divulgou um comunicado à população onde sublinha que  "apesar de se celebrarem os 821 anos de elevação a cidade, são aplicáveis no Município da Guarda, no dia 27, Feriado Municipal, regras restritivas especificas comuns aos fins de semana".

Estas restrições passam pela proibição de circulação na via pública (no período compreendido entre as 13:00 h e as 05:00 h, os cidadãos só podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas para as situações elencadas no decreto relativo ao estado de emergência); pelo dever geral de recolhimento domiciliário);  pela  suspensão das atividades de comércio a retalho e de prestação de serviços (fora do período compreendido entre as 08:00 h e as 13:00 h, são suspensas as atividades em estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, com exceção das previstas). 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 13:00

Medidas restritivas no dia da Cidade da Guarda

por Correio da Guarda, em 24.11.20

 

No próximo 27 de novembro, dia do feriado municipal, vão ser aplicadas as medidas restritivas e as disposições legais resultantes do atual estado de emergência, mormente para os concelhos de riscos muito elevado e extremo.

Assim, a Câmara Municipal da Guarda divulgou um comunicado à população onde sublinha que  "apesar de se celebrarem os 821 anos de elevação a cidade, são aplicáveis no Município da Guarda, no dia 27, Feriado Municipal, regras restritivas especificas comuns aos fins de semana".

DIA DA CIDADE da GUARDA.jpg

Estas restrições passam pela proibição de circulação na via pública (no período compreendido entre as 13:00 h e as 05:00 h, os cidadãos só podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas para as situações elencadas no decreto relativo ao estado de emergência); pelo dever geral de recolhimento domiciliário);  pela  suspensão das atividades de comércio a retalho e de prestação de serviços (fora do período compreendido entre as 08:00 h e as 13:00 h, são suspensas as atividades em estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, com exceção das previstas). 

 
 
 

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publicado às 12:35

Feriado Municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 13.11.19

 

GUARDA - vista parcial.jpg

O feriado municipal da Guarda vai ser comemorado a 27 de novembro, dia em que se assinalam os 820 anos da atribuição de foral por D. Sancho I, em 1199

O programa organizado pelo município guardense vai decorrer entre os dias 23 de novembro e 1 de dezembro. O destaque vai para o dia de aniversário, 27 de novembro, com atividades na cidade e em alguns pontos do concelho da Guarda. O programa comemorativo inicia-se às 10h30, na Praça do Município, junto ao edifício dos Paços do Concelho para a cerimónia do hastear da bandeira. O momento contará com a participação das três corporações de bombeiros do concelho e da Banda Filarmónica de Famalicão da Serra.

Segue-se, na Sala António de Almeida Santos, a Sessão Solene Comemorativa do 820º aniversário da cidade que este ano, terá como tema de fundo "As empresas e o seu contributo para o desenvolvimento regional". Na sessão, serão ainda homenageadas com a medalha de mérito Municipal, várias personalidades com provas dadas pelo seu trabalho desenvolvido e nas mais diversas áreas do saber. De referir ainda que a sessão será presidida por Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial.

Para as 12h00, está prevista a assinatura do auto de consignação e lançamento da primeira pedra dos Passadiços do Mondego, a ter lugar no Paredão da Barragem do Caldeirão. As Comemorações prosseguem depois com a Inauguração do Parque de Merendas da Quinta da Taberna, em Videmonte, às 13h00.

Pelas 15h30, no Codesseiro, serão inauguradas as obras de Requalificação do Largo do Rossio naquela localidade do concelho da Guarda; pelas 16h30, no Porto da Carne são inauguradas as Obras de Requalificação do Largo da Junta de Freguesia e Zona Envolvente.

O programa comemorativo continua com a ligação da iluminação de Natal que contará com um espetáculo no Largo João de Almeida, pelas 18h30. No grande auditório do TMG terá lugar, pelas 21h30, um concerto com os The Gift.

 

Fonte: CMG

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publicado às 13:00

Feriado Municipal da Guarda

por Correio da Guarda, em 27.11.18

      A atribuição, por D. Sancho I, da carta de foral à Guarda, em 1199, é a efeméride assinalada hoje, dia do feriado municipal.

     Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de Maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de Novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

     A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de Novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

     De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de Novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de Novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

D. Sancho I -  Foto Helder Sequeira.jpg

      Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

    O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português. À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

     A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projecção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (Hélder Sequeira).

 

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publicado às 08:05

Guarda assinala 818º aniversário

por Correio da Guarda, em 16.11.17

Estátua e Catedral da Guarda - HS.JPG

    A Guarda assinala no próximo dia 27 de novembro o 818º aniversário da atribuição de foral pelo rei D. Sancho I.

   No programa comemorativo organizado pela Câmara Municipal da Guarda merece destaque dia da cidade, 27 de novembro, que começa logo pela manhã, às10h30, com o Hastear da Bandeira na Praça do Município; momento que contará com a guarda de honra das três corporações de Bombeiros do Concelho: Guarda, Famalicão da Serra e Gonçalo acompanhadas pela Banda Filarmónica de Famalicão da Serra. Segue-se, pelas 10h45, a Sessão Solene comemorativa do 818º aniversário da atribuição do foral à cidade da Guarda, nos Paços do Concelho, e às 12h00 a inauguração das Obras de Requalificação Urbana do Parque da Cidade, no âmbito da Eixo Central da Guarda.

  O Dia da Cidade termina com o concerto de Pedro Abrunhosa & Comité Caviar no Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) às 21h30. O músico português atuará ainda no dia seguinte, 28 de novembro, num segundo concerto no TMG.

    O programa das comemorações não se restringe, contudo, ao dia de aniversário, e por isso, as celebrações arrancam já no dia 24, às 18h00, no Museu da Guarda, com a palestra "O Meu Tio Fernando Pessoa" por Luiz Rosa Dias e às 21h30 no Pequeno Auditório do TMG o concerto de apresentação do novo disco do projeto "Campânula", grupo que integra músicos guardenses.

   Para o dia seguinte, 25 de novembro, está agendado o Torneio de Futebol Infantil Cidade da Guarda que decorrerá entre as 9h30 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30, nos Pavilhões Desportivos de S. Miguel, Gimnodesportivo da Guarda e do Instituto Politécnico da Guarda. Nos dias 25 e 26 de novembro decorrerá no Complexo de Piscinas Municipais o Torneio Nadador Completo. O dia 26 de novembro é inteiramente dedicado à atividade desportiva.

   O programa comemorativo do 818º aniversário termina no dia 28 de novembro com o concerto de Pedro Abrunhosa no TMG e com o lançamento do número 37 da Revista Cultural Praça Velha, às 18h00 na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.

    (fonte: CMG)

 

    A atribuição do Foral

 

    A atribuição, por D. Sancho I, da carta de foral à Guarda, em 1199, é a efeméride assinalada no feriado municipal.

    Tradicionalmente, e após o abandono da data de 3 de Maio, o feriado municipal da Guarda era comemorado a 26 de Novembro, evocando assim o nascimento, oficial, da cidade. A divergência sobre a data de atribuição da carta de foral foi expressa, pela primeira vez, num artigo publicado, em 1985, no jornal "Notícias da Guarda".

   A partir dessa altura alargou-se o interesse pelo estudo da questão e não faltaram argumentos sobre a prevalência de 26 de Novembro; por outro lado, a favor do dia 27 deste mesmo mês os argumentos manifestaram igualmente a sua solidez.

   De facto, o documento medieval da outorga da carta de foral refere que "foi feita esta carta em Coimbra no dia Quinto antes das Calendas de Dezembro de 1237, no ano do nosso reinado." Assim, e como foi sustentado pelos investigadores que defenderam a nova data, o dia V antes das Calendas de Dezembro é o dia 27 de Novembro de 1237, o que convertido à data cristã (menos 38 anos) cai sobre o ano de 1199. A data de 27 de Novembro acabou, assim, por ser institucionalizada, há alguns anos atrás, como feriado municipal.

   Se é verdade que a outorga da carta de foral constitui um marco de referência na história desta terra, a sua origem (luso-romana, visigótica ou medieval) é uma questão à qual não foi dada ainda resposta definitiva e segura; sabe-se, isso sim, que lusitanos, romanos e visigodos deixaram por aqui traços indeléveis da sua passagem, testemunhos diversificados, igualmente espalhados pelo distrito.

   O ano de 1199 marca um período novo e mais conhecido da história guardense. Através da carta de foral os habitantes recebiam diversos privilégios e o incentivo ao povoamento desta zona, desejado pelo monarca português.

   À carta de foral da Guarda, bem como a outro importante documento conhecido por "Costumes da Guarda”, dedicou Alexandre Herculano a sua atenção, sendo realçado o contributo para o conhecimento do período medieval português.

   A história da Guarda encerra muitas e diversificadas páginas, onde emergem a sua importância militar, a sua projeção religiosa, o passar dos séculos e de vultos que sobressaíram na vida eclesiástica, política, literária ou científica. (HS)

 

 

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publicado às 12:15

Judeus e Cristãos em Terras de Fronteira

por Correio da Guarda, em 25.11.15

 

    “Diálogos e Conflitos: Judeus e Cristãos em Terras de Fronteira" constituem o tema central da jornada de debate e reflexão que se inicia amanhã, e prolonga até sexta-feira, na Guarda, no âmbito das comemorações 816º aniversário da atribuição do foral sanchino a esta cidade.

     No decorrer desta jornada serão abordadas algumas das múltiplas e divergentes vias em que se moveu a convivência entre a maioria cristã e a minoria judaica e a diversidade social, cultural e religiosa vivenciada nos territórios de fronteira, base da criação de uma identidade local e regional muito própria.

    Através deste debate científico pretende-se apoiar científica e tecnicamente as iniciativas de estudo, conservação e promoção turística das judiarias, ações que devem estar alicerçadas em investigação histórica rigorosa e atualizada.

    Amanhã o programa inclui, a partir das 9h30, as intervenções: “Relações entre cristãos e judeus na Idade Média peninsular”, por José Hinojosa Montalvo (Universidad de Valencia); “Judeus, cristãos e muçulmanos no Portugal Medieval”, por Filomena Barros (Universidade de Évora e CIDEHUS); “Comunidades e personalidades judaicas ao serviço e sob proteção da família real: uma relação mantida desde os primórdios da monarquia portuguesa até finais do século XV”, por Manuela Santos Silva (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Interações artísticas entre judeus e cristãos em Portugal”, por Luís Afonso (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Povoamento Judaico no território da Diocese da Guarda, durante a Idade Média”, por Maria José Ferro Tavares (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Falando de si mesmos. Duas comunidades próximas: os judeus de Guimarães e de Braga”, por José Alberto Tavim (Centro de História – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); “Aspetos da controvérsia antijudaica na Idade Média portuguesa”, por Saúl Gomes (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra); “Las relaciones entre judíos y cristianos en los fueros medievales de Cáceres”, por Fernando Jiménez Barrocal – (Archivo Histórico Municipal de Cáceres); “Os manuscritos hebraicos medievais portugueses (Séculos XIII e XIV), por Tiago Asseiceira Moita (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).

     O programa prossegue dia 27, a partir das 14h30, com intervenções sobre as “Relações entre judeus e cristãos na Idade Média, por Isabel Cristina Fernandes, e Judaísmo e Arquitetura, por José da Conceição Afonso. Os trabalhos vão decorrer na Câmara Municipal da Guarda, Sala “Almeida Santos”.

 

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publicado às 23:27


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