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Pedro Carvalho é um apaixonado pela fotografia e igualmente pela Guarda, onde nasceu.
Como nos referiu, o pai fez despertar nele o gosto por esta cidade e em contribuir para a sua valorização. A fotografia a preto e branco aparece na sua vida em 1990 na Associação Distrital de Jogos Tradicionais da Guarda (ADJTG), no decorrer da IV Festa Internacional dos Jogos, altura em que teve a “oportunidade de aprender a fotografar e a revelar”.
Ao CORREIO DA GUARDA disse que “só mais tarde, com aparecimento das tecnologias digitais” retomou a fotografia “pela necessidade de compartilhar com as pessoas os magníficos espaços” existentes na cidade mais alta de Portugal. E ao longo dos anos, Pedro Carvalho tem feito belíssimos e artísticos registos fotográficos que têm despertado inequívoco apreço.
“Como fotógrafo amador, a fotografia tornou-se uma paixão que me move a continuar a aprender, a evoluir todos os dias.” Afirmou-nos Pedro Carvalho.
Quando surgiu o interesse pela fotografia?
Durante a 4ª Festa Internacional dos Jogos na Guarda, atividade desenvolvida pela A.J.T.G. em 1990, realizava a reportagem fotográfica durante as atividades e à noite, na “camara escura” (uma sala para o efeito), revelava a preto e branco as fotos dos acontecimentos do dia.
Que géneros de fotos prefere?
Gosto de vários, fotografia de paisagem é a minha preferida, mas gosto de fotografia noturna, de desporto, urbana, etc.
Fotografia de rua, paisagem, retrato…?
Paisagem
Fotografia a cores ou a preto e branco?
Ambas, acho que se pode transmitir diferentes sentimentos tirando proveito da cor ou da ausência dela
Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias?
Sim. No entanto tento cada vez mais trabalhar a imagem na câmara.
É um trabalho moroso?
Tudo depende do empenho que pomos no momento da captura, quanto mais trabalharmos os elementos no momento da captura, menos tempo necessitamos da edição.
A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos?
Sim, a zona da Guarda é-me particularmente querida. O meu pai ensinou-me a gostar da nossa terra.
Que outras zonas em especial?
Todas. Em qualquer sítio podemos encontrar imagens que nos transmitem sentimentos.
O que gosta mais de fotografar na Guarda?
Símbolos da cidade e o amanhecer.
Como têm reagido as pessoas à suas fotos?
Das mais variadas maneiras sendo que a maioria das pessoas costuma gostar.
Se a foto for sobre a cidade as pessoas identificam-se de uma maneira mais expressiva.
O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?
Diria que sim, hoje fazem-se muitos clicks, tudo é motivo para tirar uma foto; no entanto a “fotografia” deve ser um pouco mais que um click.
Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?
Depende, esta é uma questão antiga. Não precisamos de equipamentos topo de gama para fazer boas fotografias. Existe um infindável leque de conhecimentos que junto com o equipamento fazem uma boa foto.
Costumo fazer esta comparação: um grande piloto corre melhor com um grande carro?...
Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?
Sim, hoje existem equipamentos para todos os preços, mas a diferença está no custo para visualizar a fotografia. Antes o preço do rolo e da revelação era bastante caro.
Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?
Exposições, workshops e uma maior dinamização dos grupos locais de fotografia.
Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?
Vários, mas sem dúvida o conhecer pessoas.
Tenho criado boas amizades através da fotografia.
E episódio menos agradável?
Também, principalmente quando uso o drone. Há pessoas que por desconhecimento podem ser deselegantes.
Que projetos tem no campo da fotografia?
Estudar sobre pintura dos mestres e suas técnicas, os conceitos por trás da Arte. Se conseguir aprender estes conceitos, tenho a certeza que eles podem melhorar a minha fotografia.
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