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Em Famalicão da Serra (Guarda) vai decorrer nos dias 8 e 9 de novembro mais uma edição da Festa da Castanha e da Jeropiga, que pretende promover os recursos endógenos e salvaguardar saberes ancestrais.
O programa começa no sábado com a recolha da jeropiga de adega em adega, a partir das 9 horas; durante a tarde o chef Nelson Carvalho apresentará várias sugestões através da Live Cooking, onde também haverá o concurso do Bolo da Castanha.
No domingo, 9 de novembro, o enólogo Luís Ribeiro avalia as jeropigas a concurso. Os prémios serão entregues às 17h00. Uma hora antes terá lugar um magusto comunitário às 16h00.
Esta iniciativa integra o ciclo de Festivais de Cultura Popular do Município da Guarda.
Em Famalicão da Serra vai estar patente, a partir do próximo domingo, 19 de outubro, uma exposição itinerante subordinada ao tema “Viva a República Portugueza – primeiras páginas dos jornais da Guarda”. “Estes registos dão a conhecer as mudanças, tensões e o entusiasmo republicano que marcaram a época, mostrando como os jornais da Guarda ecoavam e influenciavam o cenário político nacional. Composta por 26 painéis, a mostra convida o visitante a uma viagem no tempo.” Como é referido numa nota informativa divulgada pelo Museu da Guarda que organiza esta exposição”.
O distrito da Guarda, recorde-se, foi pioneiro da imprensa, tendo aqui surgido também alguns dos mais expressivos jornais religiosos e políticos. Com postura diferenciada, os jornais desta região tiveram um importante papel na promoção das ideias políticas, mormente do ideário republicano, constituindo a sua leitura um (re)encontro com a realidade de tempos e lugares.

Como escreveu J. Pinharanda Gomes, o mundo da imprensa regional é “feito de insólitos achados, de experiências para nós, hoje, inimagináveis. Reflete ele o estado social e cultural de uma região num dado tempo. A progressão cronológica do aparecimento dos jornais, a tipologia diferenciada, as alternâncias ideológicas, são quadros vivos mesmo agora que, de muitos deles não temos senão raros exemplares (…)”. De facto, houve períodos em que não foi acautelada a preservação dos mais significativos títulos da imprensa regional e concelhia, resultando daí um hiato intransponível no acesso ao seu completo conhecimento.
A história da imprensa distrital merece um aprofundado estudo, que dê sequência a alguns valiosos e meritórios trabalhos já existentes. Estaremos, com essa atitude, a honrar os esforços, o entusiasmo, o saber e o contributo de quantos editaram e mantiveram jornais locais e regionais, colocando-os ao serviço da democracia e da liberdade.
Assim, é uma atitude de justiça e de interesse cultural olhar para a imprensa que serviu de meio de divulgação dos princípios republicanos, de forma a ficarmos elucidados sobre as conceções políticas defendidas, realidades sociais e económicas, o modo como foi recebido o novo regime, após o derrube da Monarquia; importa trazer ao conhecimento das gerações atuais os nomes de personalidades (esquecidas ou ignoradas, em tantos casos) que lutaram fervorosa e apaixonadamente pelos seus ideais políticos.
Servir “dedicadamente a causa pública” era um propósito comum manifestado pelos redatores da imprensa republicana, e reafirmado, tantas vezes, após o 5 de outubro de 1910. “Não temos hoje após a vitória (…) ambições que excedam as craveiras dos nossos apoucados méritos”, lia-se no jornal “A Fraternidade”, para cujo corpo diretivo e redatorial “a mais ardente aspiração” estava “satisfeita com a proclamação” da República”.
“A imprensa ruge e canta”, escrevia José Augusto de Castro em “O Combate”, um dos mais expressivos títulos republicanos da Guarda, jornal que se batia “Pela Justiça. Pela Verdade. Pela Equidade”, sem baixar as armas, para não haver surpresas.
Contudo, os avisos feitos a partir desta tribuna, como aliás de outras, eram dirigidos igualmente para o interior das estruturas políticas. “Passada a hora da primeira vitória, entoado o primeiro cântico de triunfo, impõe-se-nos recomeçar a nossa acção em combate ao mal, à dor, à iniquidade. Proclamar a República não quer dizer extinguir a iniquidade, mas apenas avançar um passo no caminho que conduz à sua extinção. O mal existe em todas as formas de governo conhecidas, de modo que só depois de todas as formas de governo extintas se extinguirá o mal. O alto dever cívico, intelectual e moral do homem, o mais alto, consiste em trabalhar para que as formas de governo se vão aperfeiçoando, simplificando, resumindo, extinguindo”, sustentava “O Combate”.
Nos jornais de matriz republicana, publicados antes e depois da data que marcou um novo ciclo na história política portuguesa, encontramos textos de grande lucidez e reflexões apaixonadas, a par de uma preciosa informação sobre o pulsar da vida local, sobre o papel interventivo de muitas personalidades, sobre as estratégias dos grupos que detinham ou pretendiam o poder, sobre as divergências pessoais ou de grupos.
Da leitura e do estudo, crítico, destes jornais poderemos evoluir para um conhecimento mais completo de um período em que o mapa político e institucional do distrito da Guarda era palco de grande efervescência e outrossim de mudanças. Protagonizaram a intervenção republicana, cruzando argumentos e palavras na imprensa regional, as mais diversificadas figuras, oriundas de distintos meios sociais, culturais ou profissionais. Eram atores de uma interessante polivalência, como se pode deduzir através destes jornais.
Até nomes tradicionalmente associados a áreas muito específicas foram agentes ativos na defesa da República; veja-se, a título de exemplo, Augusto Gil (que dirigiu A Actualidade), nome respeitado como poeta, mas também como republicano.
Os aguerridos e frontais “diálogos” entre títulos da imprensa regional, a criação e desaparecimento de outros, a linguagem e o desassombro de muitos dos textos publicados ou imaginação colocada para suprir lacunas editoriais ou vicissitudes relacionadas com a impressão constituem suficientes motivos para (re)lermos estes jornais, parcela ímpar do nosso património cultural e regional.
Esta exposição constitui, sem dúvida, um desafio a conhecermos melhor os jornais publicados sob a República, ultrapassando assim um mero ato de “comemorativismo ritualista”.
Helder Sequeira


Em Famalicão da Serra decorreu hoje um Encontro de Fotografia, no âmbito do programa da XIV Festa da Castanha e da Jeropiga.
O objetivo desta ação, enquadrada nalgumas das atividades que consubstanciam o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha, foi desafiar todos aqueles para quem a fotografia é “um meio de expressão artística a captar, através do seu olhar, a essência das Aldeias de Montanha.”
Em resultado destes encontros, os melhores trabalhos estarão patentes uma exposição temporária que será oportunamente apresentada, numa primeira fase no TMG - Teatro Municipal da Guarda.
Em Famalicão da Serra vai realizar-se, no próximo dia 13 de Novembro, a Festa da Castanha e da Jeropiga.
Esta festa é organizada pelo Centro Cultural de Famalicão.
O programa integra o concurso para a escolha da melhor jeropiga e um magusto comunitário.
Em Famalicão da Serra (Guarda) vai ser lançada, no próximo dia 27 de Setembro, a segunda edição do opúsculo O Convento, de Daniel Rocha.
Esta segunda edição do conto, baseado na Lenda do Senhor Bom Jesus, tem o apoio da Junta de Freguesia de Famalicão da Serra.
A capa tem design de Edgar Silva sobre o desenho “Procissão” de Jaime Alberto do Couto Ferreira (pintor, escritor e professor universitário natural de Famalicão) e Posfácio da autoria de Honorato Esteves (professor e autarca natural de Famalicão).
A associação cultural Calafrio vai organizar, no próximo dia 31 de Julho, a décima sessão do Ciclo Contradizer.
Desta vez decorrerá em Famalicão da Serra, no Convento do Bom Jesus. A concentração, no centro da aldeia, tem lugar às 21 horas, seguindo os participantes em marcha até ao Convento.
Aí, a actriz Gracinda Nave ( em cima na foto) lerá o conto "O convento" de Daniel Rocha. A seguir, César Prata e Suzete Marques apresentarão um conjunto de canções intitulado "Ai, meu rico Santo Antoninho!".
A entrada é livre. A organização é de Calafrio- Associação Cultural e tem o apoio da Junta de Freguesia de Famalicão.
O Convento é um conto escrito com a lenda primordial da construção do Convento do Bom Jesus de Famalicão (para muitos será de Valhelhas). A história é simples e baseia-se nessa lenda do aparecimento de uma misteriosa imagem que dá início a um culto que perdura nos dias de hoje (a Lenda do Bom Jesus). O que o autor fez foi criar uma história/acção que irá culminar com o levantamento das paredes deste impressionante edifício que, infelizmente, padece de abandono crítico. No entanto, o conto O Convento não segue a lenda! Ou melhor, o conto vive para além da lenda, podendo, de certa forma, criar alguma discussão sobre as diferenças que o leitor poderá por ali encontrar. Mas uma história é isso mesmo: olhar para lá das paredes da lenda e recriá-la! É, acima de tudo, uma história que possui uma linguagem simples e clara para todos, ao mesmo tempo que explora e expõe algumas das querelas típicas de um povo.
Em Setembro de 2015 será lançada uma segunda edição deste conto. Edição esta apoiada pela Junta de Freguesia de Famalicão da Serra.
Em Famalicão da Serra (Guarda) vai ser assinalado, no próximo dia 3 de Agosto, o décimo sexto aniversário da Fanfarra “NemFáNe”Fum".
Associam-se a esta efeméride mais quatro bandas de rua, a Fanfarra Lusogroove (Covilhã);Bizu Walking Band (Lisboa); El Puntillo Canalla Brass Band (Segóvia, Espanha); Farra Fanfarra (Lisboa).
“Sem sombra de fanfarronice, esperamos que esta “Fanfarronada” - Festival de Bandas de Rua seja essencialmente uma festa e venha a saldar-se como mais um dos muitos marcos que têm granjeado ao Centro Cultural de Famalicão um lugar de destaque no panorama cultural da região”. Refere a organização deste festival de bandas.
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