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A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P. (CCDR-NORTE, I.P.) propôs ao Património Cultural, I.P. a classificação do Sítio Arqueológico do Prazo, localizada em Freixo de Numão, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda.
“Esta medida visa proteger um notável património da região do Douro Superior, testemunho de uma villa romana e de uma basílica cristã medieval, entre outros valores, e criar as condições para a sua conservação e valorização”, explica o Vice-Presidente da CCDR NORTE para a Cultura e o Património, Jorge Sobrado.
Descoberta em meados do século XX durante o plantio de amendoeiras, a estação arqueológica foi alvo de intensa investigação durante os anos 80 e 90 do século passado e início do século XXI, impulsionada pelos trabalhos do arqueólogo António Sá Coixão.
O Prazo é um complexo arqueológico composto de materialidades notáveis, testemunho da forma como diferentes grupos humanos se apropriaram e construíram esta paisagem, desde a época pré-histórica até à história recente. De entre os vestígios conhecidos destacam-se, pela sua monumentalidade, os vestígios da villa romana (séculos I-IV d.C.) a par da Basílica e cemitério medievais (séculos IV-XIII). Parte dos materiais arqueológicos recuperados durante as diversas campanhas de escavação podem também ser visitados no Museu da Casa Grande, em Freixo de Numão.
A classificação do Prazo tem como objetivo garantir a preservação do sítio, assegurando que intervenções futuras e atividades na área respeitem o valor histórico e cultural do local, assim como as condições da sua justa valorização cultural, comunitária e turística. A proposta tem por base os estudos arqueológicos produzidos, dos quais resulta a inequívoca importância desta estação no contexto da Arqueologia no Norte de Portugal.
Para a CCDR NORTE, a salvaguarda e valorização deste sítio é um contributo relevante para a promoção patrimonial e cultural do Douro e de toda a Região Norte.
Fonte: CCDR NORTE
Os trabalhos arqueológicos que têm estado a decorrer junto à chamada Casa do Sineiro, nas imediações da Capela dedicada a Nossa Senhora do Mileu, na Guarda, “estão a resultar na descoberta de importantes artefactos romanos”, segundo informação divulgada pelo Museu da Guarda.
Esta fase das escavações, promovidas pela Câmara Municipal da Guarda através do Museu, integram-se no projeto de investigação do sítio romano do Mileu, um dos sítios arqueológicos mais emblemáticos do concelho e do distrito da Guarda.
No sítio do Mileu foram já identificadas importantes estruturas arqueológicas de distintas cronologias, não só do século I e II d.C., mas também do Baixo Império (séculos III e IV d.C.) e da Idade Média.
Com as escavações em curso pretende-se confirmar a ocupação histórica desta parte do adro da Igreja, nomeadamente na Época Romana.
Foto: Museu da Guarda
A Capela do Mileu, um dos mais conhecidos monumentos religiosos da Guarda, está fechada ao culto por motivos de obras de conservação.
Os problemas resultantes da infiltração de água estavam a acentuar-se nos últimos tempos, sendo também visíveis algumas fissuras nas paredes, resultado da pressão que a anterior estrutura do telhado estava a exercer.
As obras são promovidas pela Paróquia de S. Vicente, com acompanhamento do IGESPAR- Instituto de Gestão do Património Arquitectónico Arqueológico.
Datado do século XIII, este templo românico – classificado imóvel de interesse público desde 1950 – encontra-se junto à estação arqueológica do Mileu, na área urbana da Guarda.
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