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“Na atualidade, a Escola é vista em termos sociais como um prolongamento da creche e por isso alguns encaram-na como “depósito dos filhos”. A preocupação com a aprendizagem mantém-se, mas com outra perspetiva”. Afirmou José Manuel Monteiro ao Correio da Guarda.
Este docente, que deixou recentemente as atividades letivas, cuja envolvência com as atividades cultuais tem sido notória ao longo dos anos, não deixa de notar que “os agentes educativos vivem um pouco alheados da cultura.”.
José Manuel Gonçalves Monteiro (1957) nasceu em Quinta dos Prados, Panóias e estudou nos Seminários da Guarda. Licenciado em Estudos Clássicos e Portugueses pela Universidade Clássica de Lisboa, foi professor nas Escolas Preparatória Gaspar Correia, Preparatória Vasco da Gama, Secundária nº1 da Venteira – todas na área metropolitana de Lisboa – secundária da Sé e Afonso de Albuquerque, na Guarda. Escreveu textos para jornais e revistas da cidade e publicou um livro de poesia em 2015, “A (im)perfeição dos dias” na editora Lua de Marfim; fez ainda a biografia de “Nuno de Montemor (Alma Brava, Meiga)”, para a Câmara Municipal da Guarda. Enquanto professor lecionou essencialmente turmas de português, mas também de Literatura Portuguesa, Latim e Clássicos da Literatura.
Como foi o seu percurso profissional?
Comecei a dar aulas, no dia 16 de março de 1981, na Escola Preparatória Gaspar Correia, na Portela de Sacavém, em Moscavide, arredores de Lisboa. Passei depois pela Escola Preparatória Vasco da Gama, também na Portela, e depois fui para a Escola Secundária nº 1 da Venteira, na Amadora. Em 1985, concorri a estágio para a Escola Secundária da Sé, na Guarda onde fiz estágio profissional e tive como orientador esse grande homem das letras guardenses, Prof. José Carreira Amarelo, e onde fiquei até ao ano letivo de 1998/99.
No ano letivo seguinte, transitei para a Escola Secundária Afonso de Albuquerque onde terminei o meu percurso profissional. Gostei de trabalhar em todas elas e aí convivi com bons profissionais da educação que me ajudaram a aperfeiçoar a “arte de ensinar”.
Como surgiu a sua vocação pelo ensino?
Tendo frequentado os seminários diocesanos, enquanto estudante, tive a sorte de ter bons professores, por isso, foi uma decisão natural.
Além disso, sempre tive uma empatia com os jovens e gostava do modo como eles procuravam aprender sempre mais. Enveredar pelo ensino foi, portanto, uma decisão que surgiu naturalmente e, quando me foi proposto começar a lidar com crianças, na Escola pública, aceitei imediatamente o desafio.
Fui trabalhador-estudante nos quatro primeiros anos de lecionação sendo difícil conciliar os estudos com as aulas, mas acabei por tomar o gosto pelo ensino e fiquei durante 43 anos seis meses e quinze dias.
E como foi a adaptação/integração nas atividades letivas?
Como acabei de referir os primeiros anos foram muito difíceis, mas a vontade de superar as dificuldades venceu tudo. Recordo que no primeiro ano tinha aulas alguns dias às 8.30 e tinha de sair de casa às 6.00 da manhã. Depois das aulas na escola, havia ainda a Universidade e, às vezes, chegava a casa após as 22.00 horas.
A integração decorreu relativamente bem já que tive bons colegas e nunca houve problemas com ninguém nas várias escolas por onde passei. A ajuda dos colegas, nos primeiros anos, foi muito importante. A formação que ia realizando também ajudou a adquirir conhecimentos no processo de ensino aprendizagem.
Relativamente aos alunos, com que idades gostou mais de trabalhar/lecionar?
Ao princípio, comecei com o 5º e 6º anos e a inocência deles e a avidez de aprender eram motivos para trabalhar com mais entusiasmo. Mais tarde, lecionei o 3º ciclo e secundário e também nessas idades via vontade de aprender.
Confesso que, nos últimos anos, só lecionei secundário e, por isso, sentia maior realização na transmissão de conhecimentos. Embora os programas fossem um pouco redutores, quer em relação ao português, quer na disciplina de Literatura, o interesse por outros autores era uma curiosidade que os levava a quererem alargar os seus conhecimentos.
Notou, ao longo dos anos, diferenças no comportamento dos alunos na aula e no interesse pelas matérias lecionadas?
Obviamente que, ao longo de 43 anos, muitas coisas mudaram em termos de ensino e de sociedade. Como referi, comecei em 1981, poucos anos após abril, e, apesar da revolução ainda estar fresca, os alunos iam para a escola motivados e gostavam de aprender.
A liberdade conquistada não impedia os alunos de respeitarem o professor dentro da sala de aula. Nesses primeiros anos tive alunos do Prior Velho, em Sacavém, e da Venteira, na Amadora, que eram zonas bastante problemáticas, mas nunca tive qualquer falta de respeito. Após a primeira década do século XXI, a desmotivação tornou-se maior entre os alunos já que os meios digitais foram paulatinamente tomando conte das mentes e a atenção em sala de aula diminuiu consideravelmente.
A seguir à pandemia esta situação tornou-se banal em sala de aula e, se não existisse uma imposição quase autoritária para deixar o telemóvel de lado, haveria sempre alguns alunos online durante todo o dia. Claro que, paralelamente ao comportamento, o desinteresse aumentou e, mesmo recorrendo a material da net ou utilizando outros meios digitais de informação, a atenção perdeu-se numa percentagem elevada.
Os professores viram aumentada a sobrecarga de trabalho ao longos dos anos e das várias reformas/alterações introduzidas? Quais as principais dificuldades?
Para ser sincero, acho que o trabalho de Professor sempre foi bastante “duro” porque, além das aulas, há sempre as atividades burocráticas que também é necessário realizar, mas que nunca me seduziram tanto como o estar na sala de aula frente aos jovens.
Essas atividades é que foram criando um esforço suplementar nos docentes pois, especialmente nestes últimos anos, lidar com Pais e Encarregados de Educação tornou-se uma tarefa difícil.
Quanto às atividades letivas, se a formação exigida foi realizada com empenho e honestidade, as dificuldades não eram tão prementes.
Pessoalmente, fui acompanhando a evolução do mundo digital quer por autoaprendizagem, quer por ações de formação realizadas e isso permitiu-me acompanhar sempre os alunos recorrendo a materiais novos que a cada ano iam surgindo.
Como viu a relação professor/aluno, ao longo dos anos?
Se a relação em sala de aula for complementada com uma relação de proximidade fora da mesma sala, acho que os problemas serão sanados com certa facilidade. Quando os pontos de vista se extremam, é que surgem os problemas. Nos meus anos de serviço, recorri à “expulsão” da sala de aula três ou quatro vezes e posso afirmar que esses alunos/as são hoje meus amigos pois perceberam que a minha atuação tinha sido justificada e educativa, não penalizadora.
Logicamente, e acho que já referi isso em questões anteriores, durante as quatro décadas a sociedade mudou e os valores que eram referenciados pela Escola mudaram muito.
Nos anos oitenta, havia um respeito temeroso na Escola e aluno e professor pertenciam a realidades diferentes. Hoje, há que criar um respeito baseado na confiança mútua e é bom que os alunos sintam que o Professor está lá como um orientador e como alguém cuja experiência lhe permite lidar com a situação de aprendizagem de maneira diferente já que tem uma cultura que o adolescente não tem. Se essa confiança se estabelecer, haverá menos problemas em contexto de sala de aula.
Que projetos ou atividades mais gostou de desenvolver?
Sempre me senti bem dentro da Escola e participei pouco em atividades extraescola, como visitas de estudo de um dia ou dois, como se faziam antigamente.
De qualquer modo sempre que havia a possibilidade de os alunos participarem quer em palestras, quer em representações teatrais ou de outra índole na cidade, fazia questão de os meus alunos estarem presentes.
Como nos últimos anos lecionei as disciplinas de Literatura Portuguesa e Clássicos da Literatura promovi conversas com escritores não só por convite pessoal, mas também em colaboração com o TMG, BMEL e Museu. Privilegiei escritores e autores da cidade ou distrito, pois normalmente são pouco conhecidos dos jovens. Lembro que as publicações de autores da Guarda, até há pouco tempo, eram quase inexistentes e não tinham visibilidade.
Quais os momentos ou acontecimentos ocorridos na sua vida profissional que lhe trazem melhores recordações? E os piores?
Foram anos de realização profissional bastante gratos. As melhores recordações que me ficaram no coração foi o reconhecimento que, em cada ano, os alunos me foram fazendo e os agradecimentos recebidos deles.
As lágrimas nos olhos, os abraços recebidos no final de cada ano letivo foram a “medalha” mais genuína que como professor pude receber.
Há uma recordação que ficará sempre na memória que foi a publicação do livrinho “Para sempre … talvez não”, realizado na disciplina de Área Escola e publicado pelo TMG, no ano letivo de 2007/2008. Foi escrito, nas aulas, por um grupo de 5 alunas, mas só foi possível a sua execução pelo apoio que a turma toda deu. O 12º C era uma turma incrível! Ia dizer que não houve momentos maus, mas já que falei na turma, na riqueza dos trabalhos realizados e na rebeldia dos jovens que não quis prejudicar cortando-lhe as asas, houve uma entidade da cidade que achou exagerada a liberdade dada aos alunos nos seus trabalhos de investigação. Assim, data desse ano a única mancha no meu currículo profissional: uma repreensão escrita que me foi dada pela Direção da Escola. Aliás essa mancha para mim foi mais um louvor, mas que custa, custa!
Acha que o trabalho e o papel dos professores têm sido desvalorizados?
Sim. A partir do “consulado” de Maria de Lurdes Rodrigues, a profissão foi bastante desvalorizada especialmente porque em vez de professores passámos a ser técnicos burocráticos. E de exercer a profissão com liberdade pedagógica, como muito bem expressou Sebastião da Gama na sua poesia, passámos a ser funcionários cansados, como se diz no poema de António Ramos Rosa. E a base dessa desvalorização é económica e política e não pedagógica. Infelizmente!
Como vê, atualmente, a relação dos professores com os pais? É diferente daquela que se verificava há décadas atrás?
Hoje, o relacionamento entre a Escola e os Pais/EE é diferente da que se verificava há anos. A preocupação maior dos Pais era que os filhos aprendessem e conseguissem superar as dificuldades.
Na atualidade, a Escola é vista em termos sociais como um prolongamento da creche e por isso alguns encaram-na como “depósito dos filhos”. A preocupação com a aprendizagem mantém-se, mas com outra perspetiva. Assim, a relação Pais / Professores tornou-se um pouco mais conflituosa já que a perspetiva como a Escola é encarada por ambas as partes é mais divergente.
As novas tecnologias trouxeram muitas transformações no processo ensino/aprendizagem?
Acho que deviam ter sido em maior número do que aquelas que se produziram. Nós, professores, não fomos capazes de acompanhar as novas tendências do processo e, por isso, ficámos algumas vezes parados no tempo (estou a generalizar obviamente).
A evolução foi muito rápida e nem sempre os Centros de Formação e as Escolas/Ministério ofereceram aos agentes educativos meios e instrumentos pedagógicos virados para as novas tecnologias. Especialmente o Ministério achou que os professores tinham obrigação de aprender sozinhos, como se isso não fosse um dever do próprio Ministério. Desta maneira, quando se deu o desenvolvimento rápido das novas tecnologias, ninguém estava preparado suficientemente para as aplicar nas escolas. Ainda hoje se nota esse desfasamento.
Como pessoa de cultura e atenta à cultura procurou sensibilizar e envolver os alunos em atividades externas desta área?
Uma das minhas preocupações, em termos de ensino, sempre foi que os alunos tivessem horizontes abertos mais além do que aquilo que a escola/programas lhes dava.
Daí que a abertura à cultura fosse um dos motivos impulsionadores da aprendizagem. Já referi atrás que procurei levar os alunos a participarem nas atividades desenvolvidas na cidade. Sempre que era possível lá estávamos ou como ouvintes, ou como intervenientes. Assim, foram várias as atividades em que participei com os meus alunos quer na BMEL, quer no TMG, quer no Museu. O livrinho, que referi acima, foi publicado pelo TMG, pois o Diretor daquela altura, Américo Rodrigues, fez todos os possíveis para que aquela atividade não ficasse apenas na escola, mas fosse divulgada à comunidade.
Lembro também, a título de exemplo, a participação dos alunos numa atividade do Museu em que foram “atores” ativos e uma outra mais recente, na BMEL, onde leram poemas na apresentação de uma poeta de Lisboa, Lília Tavares. Fica a noção de que poderia ter sido feito muito mais, mas muitas vezes os horários rígidos da Escola não permitiram uma maior presença.
Os professores são participativos nas atividades culturais, dentro e fora da escola?
Dentro da Escola tirando raras exceções os docentes participam de boa vontade nos acontecimentos programados. Nos últimos anos, o Ministério tenta implementar nos alunos o gosto pela leitura recorrendo aos Professores bibliotecários e a diversas atividades que foram bem recebidas pelo corpo docente. [No Agrupamento a que pertenço, o papel do Professor bibliotecário foi muito bem dinamizado pelos Professores Joaquim Igreja e Adelaide Mariano que desenvolveram imensas atividades procurando incentivar os alunos à leitura.]
Fora da escola, infelizmente a presença dos professores nas atividades culturais é muito escassa. Parece que os agentes educativos vivem um pouco alheados da cultura. Há, no entanto, em quase todas as atividades desenvolvidas um grupo que marca presença assídua.
Houve alunos/alunas que ficaram para sempre na sua memória? Acompanha ou procura acompanhar os seus percursos profissionais?
Sim, felizmente! Há um grupo bastante numeroso com que fui mantendo contacto. Essa relação pós-escola, traduz-se por exemplo na apresentação de livros entretanto publicados por eles.
Hoje, as redes sociais facilitam esse contacto e entre os amigos que tenho no facebook ou no instagram há um grupo muito grande de antigos alunos. Fora das redes sociais, há outros contactos que se estabelecem e que me permitem acompanhar o seu percurso profissional.
É um orgulho ver o êxito que têm nas várias áreas em que se integraram no mundo do trabalho. Claro que o contacto mais frequente é com aqueles que se tornaram professores e que sentem o que eu sentia, daí a troca de mensagens sobre o processo de aprendizagem.
A sua ligação à poesia é conhecida. Como surgiu esse gosto? Autores preferidos?
A poesia surgiu naturalmente ao longo dos anos de estudos. Um dos responsáveis por esse gosto foi o meu Professor de Português dos 10º e 11º anos, Padre António Crespo, que, nas aulas, lia poesia de maneira emotiva e expressiva. A partir daí, o gosto foi crescendo.
A princípio, li o nosso Augusto Gil todo e outros autores da época como Afonso Lopes Vieira. Depois nasceu o gosto pelos grandes poetas portugueses do século XX: Fernando Pessoa, Miguel Torga, Sophia e Eugénio. Estes são os meus poetas de referência.
Dos atuais, gosto de ler poesia de Nuno Júdice, João Barreto Guimarães, Jorge Sousa Braga, Ana Luísa Amaral, Filipa Leal, Lília Tavares e Maria Afonso. Não tanto na poesia, mas como autores de referência literária atual, leio Valter Hugo Mãe, João Tordo, José Luís Peixoto, Afonso Cruz entre outros.
E quanto à sua produção poética? O que tem feito e que projetos estão em perspetiva?
Na apresentação do meu livro de poesia, em 2015, referi que seria uma publicação única pois quis fazer com ela uma homenagem aos meus pais cujo centenário de nascimento celebrávamos. Por isso, não tenho planos de publicação em breve. Não quer dizer que não venha a acontecer daqui a uns anos.
Continuo a escrever poesia e prosa, mas para a gaveta. A escrita é uma libertação da rotina diária, mas intimista. A exposição ao público não é necessária para o ato criativo. Se vier a existir tudo bem. Assim, perspetivas de publicação nos próximos anos, não há.
Como vê a atividade cultural realizada na Guarda?
Face às verbas destinadas à cultura(s) pelo município(s), muito se consegue fazer na cidade. As prioridades vão para espetáculos de carácter populista – a cultura popular também é importante e merece ser divulgada – com música de fácil memorização. Quanto à cultura séria e que leva a pensar, os responsáveis pela programação fazem o possível por concretizar uma oferta diversificada que vai da música ao teatro e a conferências sobre assuntos importantes.
No entanto acho que se deveria fazer uma pouco mais. O referente da nossa cidade e patrono da Biblioteca, Eduardo Lourenço, pediria um pouco mais e melhor. A cidade, em tempos não muito distantes, foi uma referência cultural a nível nacional, hoje não o é. Os tempos são outros é verdade e, repito, os diretores do TMG, BMEL e MUSEU tentam trazer à cidade algum dinamismo, mas sem ovos….
Um aspeto relevante, e que me apraz destacar, tem sido a realização de atividades que impliquem as escolas e com horários em tempos de aulas. Haver atividades só ao fim de tarde e noite não atrai os jovens a participar pois têm outros interesses para esses horários. A cultura e a Escola deviam caminhar juntas de mãos dadas.
Que iniciativas, já realizadas, gostaria de sublinhar? E o que gostaria de propor?
As representações teatrais de qualidade, os espetáculos com cantores e grupos musicais de relevo, as exposições importantes que tem havido na Galeria de Arte, na BMEL e no Museu são iniciativas que merecem mais relevo citadino. No entanto, destaco as publicações de livros que têm sido feitas com autores da cidade. Muitos deles passam ao lado do grande público e seria uma pena pois temos na cidade bons escritores.
A minha proposta, para além das atividades que vão sendo feitas, era levar esses autores (escritores e artistas plásticos) às escolas para que os alunos pudessem ter um contacto mais forte com aquilo que se faz na cidade. E isso é possível sem grandes custos para a autarquia.
Quais os seus projetos, a curto prazo?
Não tenho grandes projetos delineados. Para já, viver cada dia usufruindo das coisas boas da vida. O contacto com a natureza é um dos legados dos meus pais e agora vai ser possível realizá-lo mais e melhor.
Além disso, aproveitar as oportunidades de aprender quer lendo mais, quer fazendo mais visitas a sítios ainda não visitados. Alargar e aprofundar conhecimentos e transmiti-los através da escrita. O projeto horaciano do carpe diem! continua a ser o melhor, na minha perspetiva."Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais." (Rubem Alves).
HS/Correio da Guarda
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