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No próximo dia 24 de junho vão ser inauguradas em Sortelha (Sabugal) 17 unidades de alojamento turístico eco-friendly, com capacidade para 56 hóspedes.
Trata-se de um projeto da Story Studio materializado na remodelação dos studios (com tipologias T0, T1 e T2) através da fusão da traça original com novos conceitos arquitetónicos, mantendo-se a sua identidade distintiva, num investimento total que ultrapassou os 2 milhões de euros.
Assinada pelo Arquiteto Gonçalo Louro, com decoração da Arquiteta de Interiores Teresa Pinto Ribeiro, esta reabilitação assegura diferentes soluções de arquitetura, ecoeficiência e ecodesign, valorizando recursos e materiais endógenos e as atividades económicas locais.
“Assim, reforça-se o compromisso da Story Studio com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, em linha com os requisitos da ‘Biosphere’ e com o reconhecimento enquanto marca ‘Sustainable Engaged’”, como é referido numa nota informativa enviada para o Correio da Guarda.
O conceito de arquitetura adotado estabelece “o compromisso entre o respeito integral da identidade arquitetónica dos imóveis no espaço em que se inserem e a sua adaptação à finalidade turística”. Por outro lado, o processo de reabilitação das casas assegurou a preservação das características arquitetónicas e ambientais, para salvaguarda do património cultural e histórico coletivo desta vila medieval.
Os Story Studio Sortelha são o terceiro ‘capítulo’ desta marca de turismo eco-friendly, depois de Coimbra (centro histórico) e Piódão. Márcia Vilar, promotora do projeto, afirmou que “esta abertura em Sortelha é mais um passo firme da empresa no sentido de concretizar a estratégia de expansão da marca.”
Esta nova rede de alojamento turístico, através de uma identidade própria e de um perfil exclusivo, é também o reflexo da evolução do turismo em Portugal e das, cada vez mais frequentes, preocupações ambientais deste setor, procurando manter e reabilitar o património histórico-cultural milenar português.
Os Passadiços do Mondego foram distinguidos com o Prémio Europe's Leading Tourism Development Project 2024 (Projeto Líder de Desenvolvimento do Turismo 2024), no decorrer da Gala dos World Travel Awards que decorreu esta noite (6 de março) em Berlim, Alemanha.
Os World Travel Awards são considerados os "Óscares" do Turismo, sendo dos prémios mais prestigiados deste setor.
O ano que agora termina fica associado a um período temporal em que o mundo parou após a propagação de um vírus relativamente ao qual se espera um conhecimento mais profundo.
Talvez nunca se tenham levantado, como agora, tantas incertezas e expetativas na transição para um novo ano. Apesar da esperança acalentada pelo início da vacinação não nos iludamos quanto às dificuldades no futuro, onde se torna imprescindível a determinação e uma eficaz convergência de esforços, estratégias e decisões políticas em várias vertentes.
O físico Carlos Fiolhais dizia, recentemente, que “com a pandemia os egoístas vão ficar sozinhos”, mas infelizmente a percentagem destes continua a ter um valor elevado: são pessoas a quem este abanão global parece não ter perturbado, persistindo numa atitude de insensibilidade à dor, à tragédia, ao próximo. O seu guião de vida é ditado pelos objetivos pessoais ou pelos interesses/desejos do seu restrito círculo de familiares ou amigos, nada os perturbando enquanto não forem afetados na sua saúde…
A necessidade de uma mudança radical de mentalidades é um dos ensinamentos desta emergência sanitária, de forma a que sejam alcançadas promissoras realidades, novos horizontes de bem-estar, desenvolvimento (em todas as áreas), segurança e felicidade. Esta, como lembrava Vergílio Ferreira, “não se mede pela quantidade do que nos aconteceu, mas pela quantidade de nós que responde ao que acontece”; sem filtros que iludam o presente e o futuro, antes atuando com verdade, frontalidade, transparência, reais preocupações com a sociedade, globalmente entendida.
A pandemia sublinhou a importância e interdependência de setores profissionais a quem é devido, para além das palmas, o justo reconhecimento, respeito e valorização do seu trabalho. Os profissionais de saúde, os elementos das forças de segurança, os bombeiros, os elementos ligados à área de transporte e logística, entre outros, não devem ser esquecidos; assim como tantos que – ligados a setores como a produção, a indústria, a restauração, a hotelaria, a cultura, comércio e serviços – tiveram de agilizar impensáveis alterações e iniciar uma adaptação que deixará, certamente, linhas de orientação para os anos mais próximos.
Aliás, dados recentemente divulgados indicam que 70% das empresas estão inclinadas para adotarem um sistema misto entre teletrabalho e presencial, após o desaparecimento da pandemia. Se esta mudança tem virtualidades também associa várias questões (já levantadas por investigadores e especialistas), mormente as relacionadas com à separação entre vida profissional e privada, acentuada pela óbvia alteração de horários face às condições de comunicação oferecidas pelas novas tecnologias e plataformas digitais.
Há, pois, muitas expetativas para 2021, desde logo na implementação das vacinas na população residente neste distrito e igualmente quanto à capacidade dos responsáveis políticos e institucionais em articularem e operacionalizarem planos/apoios com incidência e resultados positivos nesta região do interior, que não continue a ser terra de passagem, mas de fixação, de desenvolvimento económico, social, cultural e turístico, num quadro de salvaguarda dos seus valores identitários.
Bom Ano para todos!
Hélder Sequeira
in Terras da Beira, 31|12|2020
O Centro de Estudos Ibéricos (CEI) vai promover nos dias 1 e 2 de julho de 2020 um curso de verão subordinado ao tema "Novas fronteiras, outros diálogos: Cooperação e Desenvolvimento.
Os interessados podem efetuar a inscrição, consultar o programa e aceder a mais informações aqui.
Ao longo do ano são múltiplos, e diversificados no perfil, os eventos que ocorrem nesta região do interior; iniciativas que incrementam, sem dúvida, fluxos de visitantes e contribuem para animação e desenvolvimento da economia regional.
Contudo, e tendo em conta, os indicadores das últimas décadas, a marca deixada por estas realizações poderia ser mais ampla se tivessem referenciada uma estratégia global, pensada a partir de um entendimento sério das organizações com vista a um trabalho em rede, objetiva e empenhadamente delineado.
A conjugação de esforços e de sinergias, as cedências necessárias para um planeamento consensual, a rentabilização de recursos humanos e financeiros, a rotatividade de algumas iniciativas, a promoção conjunta do território, a afirmação da matriz regional, a predisposição em pensar a construção do futuro, entre outras atitudes, permitiria um cenário substancialmente diferente; ao nível da procura da região, cativando novos visitantes, incentivando a sua permanência nas nossas terras por um período mais longo; assegurando argumentos sólidos e persuasivos…
Por várias vezes, e também aqui neste jornal, sublinhámos que continua a subsistir a tendência para pensar no imediato, circunscrevendo-o a áreas limitadas e numa lógica centrípeta de interesses pessoais, locais ou concelhios, teimosamente enfeudada no desconhecimento do que se passa nos territórios circunvizinhos; é certo que há alguns exemplos de boas práticas de cooperação mas, infelizmente, são raros e por vezes a sua desejada continuidade é interrompida.
Sem colocar em causa a prevalência de eventos que constituem cartazes dos centros urbanos onde são realizados, os quais têm demonstrado um contínuo crescimento e inequívoca adesão dos públicos a quem se destinam, será de equacionar um entendimento ao nível da calendarização, de forma a permitir uma maior abrangência dos projetos e realizações.
Todos os anos, e nomeadamente em épocas perfeitamente identificadas (o ciclo das feiras do queijo da serra pode ser um exemplo), se verifica uma pulverização de iniciativas, coincidindo com frequência nas mesmas datas e muito próximas geograficamente.
A implementação de uma agenda regional bilingue – alcançado que fosse o entendimento imprescindível para um equilibrado e eficaz planeamento – reunindo o máximo de contributos institucionais, associativos, pessoais resultaria num eficaz contributo para uma publicação onde estivesse, em cada ano, uma informação o mais completa possível dos eventos culturais, desportivos, económicos, sociais, científicos; a par de uma indicação clara de roteiros turísticos, locais a visitar, sabores a apreciar, unidades hoteleiras ao dispor, livros sobre a região/escritores ligados a esta zona, órgãos de comunicação existentes, museus, artesanato local, praias fluviais, tradições, coletividades, etc…
Embora o suporte tradicional – agenda impressa – seja adequado à distribuição em pontos estratégicos, nos eixos de circulação de visitantes nacionais ou estrangeiros, postos de turismo, unidades hoteleiras, feiras de promoção turística, o atual contexto tecnológico permite outras formas de consulta e disponibilização, mormente através de uma aplicação pensada para o telemóvel. A reunião e simplificação da informação facilitará a procura por parte dos vários escalões etários.
Nos tempos de hoje, a velha máxima de que “a união faz a força” tem mais sentido e o interior deve, urgentemente, acentuar a coesão se quiser superar os desafios do presente, reivindicar medidas de apoio, combater a ausências e o abandono de terras e lugares, onde prevalecem memórias, uma vasta riqueza patrimonial, cultural e paisagística.
É preciso passar, sem delongas, dos discursos retóricos sobre a importância da cooperação para compromissos sólidos e medidas práticas; visíveis e consequentes.
Naturalmente que neste processo de valorização do nosso território deverá estar, sempre, presente, a participação do cidadão, numa demonstração clara do seu empenho em intervir na promoção e desenvolvimento; não adianta ter manifestações enérgicas e palavras críticas nas redes sociais (como se elas fossem a solução…) e quando desafiado a colaborar remete-se à indiferença, ao afastamento, ao derrotismo…
Desejamos que 2020 seja um período de novos e profícuos entendimentos, da abertura de novos caminhos para a cooperação, para o desenvolvimento global e sustentado de uma região com muitas potencialidades por explorar. (Hélder Sequeira)
In "O Interior", 16/1/2020
Ao longo dos anos a sobreposição, nas mesmas datas, de eventos culturais, desportivos ou musicais tem sido evidente, com reflexos negativos ao nível de potenciais participações ou da fixação de visitantes, durante mais dias.
Reeditamos, uma vez mais, esta questão por considerarmos ser importante o desenvolvimento de um trabalho, planificado com antecedência e num verdadeiro espírito de cooperação e diálogo, por parte das autarquias, agentes culturais ou desportivos, instituições e coletividades.
O conhecimento prévio da calendarização de eventos na nossa zona incrementará um maior envolvimento dos residentes e dos forasteiros, pela possibilidade de equacionarem a sua participação e de elaborarem o roteiro mais adequado com os seus gostos.
Salvaguardando as datas âncora tradicionalmente reservadas para certames que estão consolidados no distrito, o cuidado dos organizadores deve passar pela recíproca troca de informações passíveis de permitirem o desejado alargamento temporal de eventos, distribuídos por dias diferentes; desta forma, as pessoas terão a possibilidade de participar em diferentes iniciativas, programadas para locais distintos.
Um visitante que venha à Guarda numa determinada data para assistir a um espetáculo não terá, certamente, a possibilidade de participar noutro evento (até com perfil diferente) que decorra, no mesmo dia, em Seia, Trancoso, Pinhel ou no Sabugal, por exemplo; oferecer, com a refletida e acordada distribuição, vários eventos no período de visita dessas pessoas terá toda a vantagem em termos de rentabilização da viagem, do conhecimento da região, das receitas da restauração e hotelaria, da dinamização social e melhor conhecimento das localidade.
Esta planificação, pelo que se tem verificado em termos de estratégias concelhias, não será fácil mas é fundamental abrir caminho a uma agenda comum enquadrada num objetivo e empenhado trabalho em rede; capaz de contemplar o máximo de propostas, muito para além de eventos, alargando a novos roteiros motivadores da heterogeneidade de públicos alvo. De recordar que, há algumas décadas atrás, e já no período pós-25 de abril, as reuniões periódicas de presidentes das câmaras municipais do distrito fomentavam um interessante diálogo que permitia o entendimento em várias matérias e eficazes fórmulas de cooperação, benéficas para a evolução dos territórios.
Os castelos, as praias fluviais, a cultura, os solares, as igrejas, a gastronomia, os trilhos, as atividades de montanha, a Serra da Estrela, a flora, os museus, os monumentos e sítios arqueológicos, as tradições, os festivais, o artesanato, as aldeias da meseta ou da Serra, as recriações históricas, as feiras, a observação das aves, os vinhos, os roteiros sobre escritores, o teatro religioso, as águas cristalinas e as múltiplas e encantadoras paisagens que temos para (re)descobrir e oferecer, a quantos nos queiram visitar, é um vasto conjunto de áreas potenciadoras de novas vias de desenvolvimento.
Atualmente, com o a disponibilização de novas tecnologias – o que não afasta uma edição impressa da agenda distrital – não é difícil a organização e sistematização de uma informação (regular e eficazmente atualizada) sobre a oferta distrital ao nível de eventos, locais a visitar, hotelaria, restauração, imprensa local, transportes, roteiros turísticos, locais de lazer, formação, bibliotecas e arquivos, unidades de saúde e contactos úteis.
A criação (envolvendo contributos multidisciplinares) de uma aplicação para equipamentos móveis, usados por todos no dia a dia, uma via desejável, conciliando-a com outros suportes informativos que não olvidem, igualmente, a síntese e qualidade dos textos, o cuidado na apresentação, a qualidade fotográfica e a facilidade de consulta.
Existem, na nossa zona, conhecimentos, recursos e meios; falta a decisão, o entendimento e o empenho em se pensar numa estratégia global para esta região do interior, divulgando a sua realidade, promovendo as suas potencialidades, captando novos visitantes e investimentos.
Hélder Sequeira (in O Interior, 15|8|2019)
O Centro de Estudos Ibéricos (CEI) vai promover, de 1 a 6 de julho, a XIX Edição do Curso de Verão que será subordinada ao título genérico “Novas fronteiras, outros diálogos: cooperação e desenvolvimento”.
Este curso tem por objetivos incentivar o diálogo entre saberes, investigadores e parceiros do espaço ibérico, europeu, africano e latino-americano, afirmando como centro de transferência de conhecimento designadamente entre os países de língua portuguesa; identificar e valorizar os recursos do território, naturais e humanos, materiais e intangíveis, enquanto fatores críticos e estratégicos do desenvolvimento (património cultural, paisagem, cultura, etc.); analisar comparativamente dinâmicas económicas e sociais em diferentes contextos espaciais, estimulando a apresentação e o debate de programas, iniciativas e boas práticas que concorram para a coesão económica, social e territorial; valorizar o trabalho de campo como estratégia pedagógica e de promoção do património natural e cultural, sobretudo o localizado em geografias e contextos regionais mais remotos como são os do interior raiano.
Os interessados podem obter mais informações aqui.
Promovido pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI) vai decorrer de 3 a 6 de Julho o XIX Curso de Verão subordinado ao tema “Novas fronteiras, outros diálogos: cooperação e desenvolvimento”.
Este curso será precedido, se o número de participantes o justificar, por um trabalho de Campo em Coimbra (1 de julho) e uma viagem de estudo entre Coimbra e Guarda (no dia 2 de julho). Os interessados podem obter mais informações aqui.
No Instituto Politécnico da Guarda está já a funcionar um pólo de desenvolvimento da empresa GoContact que desenvolve software inovador de IPBX e de Contact Center, ambos na cloud.
Esta empresa, para além do investimento que realiza ao nível da Internacionalização, aposta igualmente no alargamento dos seus polos de desenvolvimento em Portugal, tendo assim surgido a sua implantação na Guarda, nas instalações do IPG.
A aproximação com esta instituição de ensino superior politécnico e a descentralização estratégica do interior do país são, na perspetiva da GoContact, “fatores importantes e que ajudaram na decisão de abertura deste novo espaço”, traduzindo a sua estratégia no contexto nacional. Atualmente, a GoContact está presente em Aveiro, Porto, Lisboa e agora na Guarda.
O pólo de desenvolvimento da GoContact, sediado no Instituto Politécnico da Guarda, pretende aproveitar a experiência e o conhecimento existentes nesta instituição, em termos de desenvolvimento da plataforma de contact center.
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