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No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foi criada, recentemente, uma empresa spin-off, originada a partir do projeto Magic Key.
Recorde-se que o desenvolvimento deste projeto começou em 2005 na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG, como resposta a um desafio concreto de encontrar uma forma eficiente de interação com o computador para pessoas que não poderiam utilizar os membros superiores. Nesse mesmo ano foi produzida a primeira aplicação, designada por MagicKey, a qual deu nome a todo o Projeto.
Esta aplicação foi galardoada com o Prémio Eng. Jaime Filipe 2006, instituído pelo Instituto de Segurança Social, o que veio contribuir para o reconhecimento do trabalho desenvolvido bem como facilitar a sua divulgação, aumentando assim a responsabilidade do trabalho que se estava a iniciar; nos anos seguintes muitas outras aplicações foram desenvolvidas, nomeadamente a MagicEye, distinguida, também, com o prémio Eng. Jaime Filipe em 2008.
O projeto Magickey tem por base o lema "Estudamos problemas, produzimos soluções". Com base nas necessidades concretas das pessoas com diversas limitações físicas a equipa procura encontrar soluções que melhorem a sua qualidade de vida. Atualmente estão disponíveis as aplicações MagicEye, MagicKeyBoard, MagicKey, MagicSwitch, MagicWatch, MagicWheelChair, MagicJoystick, MagicPhone.
A empresa spin-off agora constituída tem como sócios o responsável pelo projeto e o IPG, estando vocacionada para a conceção e desenvolvimentos de programas informáticos, planeamento e conceção de sistemas que integram equipamento, programas informáticos e tecnologias de comunicação para satisfação de necessidades de clientes específicos.
Considerando que constitui missão e objetivo do Instituto Politécnico da Guarda a valorização das atividades de investigação e desenvolvimento, que se podem alcançar através do impulso e apoio a empresas que visem valorizar os resultados da investigação, o Presidente do IPG comentou que a constituição desta empresa “permite dar mais visibilidade ao projeto”, com reconhecido potencial gerador de desenvolvimento económico e social. A criação desta empresa “é uma decisão inédita na vida deste Instituto. Trata-se de concretizar orientações estratégicas que hoje se consideram fundamentais para o crescimento económico, criando empresas e emprego de base tecnológica.”
Refira-se que o termo inglês spin-off é utilizado para descrever uma nova empresa criada com o objetivo, normalmente, de explorar novos produtos ou serviços de bases tecnológica ou inovadora, surgida a partir de ideias ou processos gerados numa outra organização já existente; esta pode ser uma outra empresa, um centro de investigação (público ou privado) uma instituição de ensino superior, que acolhe a apoia a nova empresa no seu desenvolvimento.
A “Magic Wheelchair”, cadeira de rodas elétrica controlada pelo olhar, utiliza 10 sonares para aumentar as condições de segurança do seu utilizador e constitui uma inovadora solução para pessoas que não têm a possibilidade de usar o tradicional “joystick” de controlo, nomeadamente as pessoas tetraplégicas com boa capacidade de dicção.
Nesta aplicação as palavras de comando podem ser transmitidas em português ou inglês; assim, após o utilizador desencadear o comando inicial “liga cadeira”, pode controlá-la pronunciando as palavras “anda”, “para”, “recua”, “acelera”, “desacelera”, “esquerda” e “direita”.
No caso de utilizador ordenar “desliga cadeira” esta, de imediato, deixará de aceitar as palavras de comando anteriormente indicadas e só ativará essas instruções quando for dada a ordem “liga cadeira”; isto permite que o utente possa desenvolver uma conversação normal com outras pessoas sem ter qualquer preocupação em dizer as palavras de controlo deste equipamento.
“Para quem não tem qualquer tipo de mobilidade isto é extremamente importante”, comentou Luis Figueiredo que admite a introdução de alguns aperfeiçoamentos. “Contudo a cadeira está pronta para ser utilizada por qualquer pessoa”.
De salientar que a tecnologia desenvolvida na “Magic Wheelchair” permite a sua adaptação a qualquer tipo de cadeira elétrica já existente no mercado, inclusive os modelos que não têm uma interface digital para ligação ao computador.
A mesma interface de voz pode ser usada para interagir com outros sistemas: controlo de luzes, abertura de portas e janelas ou ativação/desativação de qualquer dispositivo que funcione com infravermelhos.
As solicitações têm crescido e hoje os utilizadores, das soluções concebidas no âmbito do Projeto Magic Key, estão distribuídos por todo o território nacional.
As outras duas mais recentes aplicações inscrevem-se na linha de apoio às pessoas portadoras de deficiências, área em que este projeto tem inovado.
Muito mais que um teclado virtual, o Magickeyboard viabiliza uma escrita inteligente com recurso a um dicionário, em português, de cerca de 700.000 palavras, assim como a sua respetiva probabilidade de ocorrência. Esta aplicação, desenvolvida na ESTG/IPG, assegura mais de 3 milhões de ligações entre as diferentes palavras e permite uma aprendizagem em tempo real com a inserção de novos termos.
Através do Magickeyboard, o utilizador tem a possibilidade de fazer a síntese de voz, em português, a partir de qualquer texto, seja qual for a aplicação do computador (PC); por outro lado, o reconhecimento permite ativar qualquer função utilizando palavras ou expressões português.
Este novo módulo do Projeto Magic Key garante o controlo completo de dispositivo que funcionem com infravermelhos, sem qualquer limitação do seu número, ou mesmo dispositivos elétricos simples que podem ser controlados até uma distância de 150m por um sistema de rádio frequência. Os menus podem ser configurados em função da necessidade do utilizador.
A Magic Home, outra das últimas aplicações apresentadas, permite o controlo de dispositivos por infravermelho ou por rádio frequência; fácil de instalar, configurar e usar “vai mais além que os conceitos da domótica”.
Com a utilização de um simples computador, pode ser feito o controlo de toda casa, desde o ligar de luzes, aparelhagem de som, estores, ar condicionado, regulação/elevação de camas elétricas e todo um conjunto de outros equipamentos usados no quotidiano, assumindo-se como um precioso auxílio, sobretudo às pessoas com deficiências (funciona quer com o “clique” no computador, quer com reconhecimento da voz do utilizador).
Uma cadeira de rodas eléctrica que pode ser conduzida apenas com o olhar é a mais recente novidade no âmbito do Projecto Magic Key, desenvolvido na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.
Este trabalho, que constitui uma inovação a nível mundial, como diz o Prof. Luis Figueiredo – mentor deste projecto – surge na sequência de outras aplicações anteriores “já amplamente utilizados por pessoas com graves limitações físicas”.
“Mais do que uma ideia ou um mero protótipo, esta cadeira já foi testada recentemente, com sucesso, no Pólo Tecnológico de Lisboa, por um utilizador real”, adiantou o investigador, e docente, responsável pela “Magic Wheelchair”, assim de denomina a nova aplicação apresentada na Guarda.
Em Lisboa, o teste efectuado foi protagonizado pelo Dr. Pedro Monteiro, Presidente da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, “cuja doença o impede de utilizar qualquer movimento voluntário do seu corpo sendo a única excepção a capacidade de movimentar os seus olhos”.
Um olhar que nos guia
A “Magic Wheelchair”, cadeira de rodas eléctrica controlada pelo olhar, utiliza 10 sonares para aumentar as condições de segurança do seu utilizador e constitui uma inovadora solução para pessoas que não têm a possibilidade de usar o tradicional “joystick” de controlo, nomeadamente as pessoas tetraplégicas com boa capacidade de dicção.
Nesta aplicação as palavras de comando podem ser transmitidas em português ou inglês; assim, após o utilizador desencadear o comando inicial “liga cadeira”, pode controlá-la pronunciando as palavras “anda”, “pára”, “recua”, “acelera”, “desacelera”, “esquerda” e “direita”.
No caso de utilizador ordenar “desliga cadeira” esta, de imediato, deixará de aceitar as palavras de comando anteriormente indicadas e só activará essas instruções quando for dada a ordem “liga cadeira”; isto permite que o utente possa desenvolver uma conversação normal com outras pessoas sem ter qualquer preocupação em dizer as palavras de controlo deste equipamento.
“Para quem não tem qualquer tipo de mobilidade isto é extremamente importante”, comentou-nos Luis Figueiredo que admite a introdução de alguns aperfeiçoamentos. “Contudo a cadeira está pronta para ser utilizada por qualquer pessoa”.
De salientar, e como nos foi referido, que a tecnologia desenvolvida na “Magic Wheelchair” permite a sua adaptação a qualquer tipo de cadeira eléctrica já existente no mercado, inclusive os modelos que não têm uma interface digital para ligação ao computador.
A mesma interface de voz pode ser usada para interagir com outros sistemas: controlo de luzes, abertura de portas e janelas ou activação/desactivação de qualquer dispositivo que funcione com infravermelhos.
O Magic key é uma aplicação nacional que começou a ser desenvolvida, há cinco anos atrás, pelo Prof. Luís Figueiredo, docente da da Escola Superior de Gestão e Tecnologia/IPG; actualmente engloba os módulos Magickey, Magicjoystick, Magiceye, MagicPhone, Magickeyboard, Magichome, Magickeyboard e Magicwheelchair. (...)"
in Diário As BEIRAS - 1.4.2010
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