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Centro Interpretativo António Sá Coixão

por Correio da Guarda, em 28.08.24

 

Em Freixo de Numão, concelho de Vila Nova de Foz Côa, foi inaugurado no passado sábado, 27 de agosto, o Centro Interpretativo António Sá Coixão. O ato inaugural foi complementado com uma homenagem a António Sá Coixão – professor, historiador e arqueológo – “pela dedicação, entrega e trabalho desenvolvido ao longo de 44 anos, em prol da história, cultura e promoção do território”.

O Centro Interpretativo está localizado no Largo da Praça em Freixo de Numão.

António Sá Coixão_n.jpg 

Na foto, em primeiro plano, António Sá Coixão. Foto: C.M. Vila Nova de Foz Coa

 

António Sá Coixão é natural da freguesia de Freixo de Numão, licenciado em História, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde obteve o grau de Mestre em Arqueologia. Foi professor do ensino secundário, em Vila Nova de Foz Côa, desempenhou também o cargo de vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa e de Presidente da Junta de Freguesia de Freixo de Numão.

No ano de 1980, António Sá Coixão impulsionou a constituição da Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão, tendo fundado o jornal “Notícias de Freixo de Numão” para além de se afirmar como dinamizador de múltiplas atividades. Contudo uma das áreas onde mais sobressaiu foi no campo da investigação arqueológica no seu concelho, onde lançou os “primeiros circuitos turísticos de base cultural e patrimonial.”

A criação do Museu da Casa Grande de Freixo de Numão é outro dos projetos que concretizou, associando o seu nome a várias publicações editadas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa. A autarquia fozcoense atribuiu-lhe a Medalha do Concelho, a maior distinção municipal, da Vila Nova de Foz Côa.

A sua tese de doutoramento, em Estudos do Património – Arqueologia, subordinada ao tema “A Romanização do Baixo Côa” (defendida em 2017) é o resultado de um contínuo trabalho de investigação no concelho de Vila Nova de Foz Coa.

Pode ficar a conhecer melhor este investigador e arqueólogo, natural do distrito da Guarda, aqui.

 

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publicado às 16:27

Recordar Pinharanda Gomes

por Correio da Guarda, em 18.07.24

 

Tendo ocorrido, dia 16 de julho, a passagem do aniversário do 85º aniversário do nascimento de Jesué Pinharanda Gomes, não poderíamos deixar de evocar este ilustre ensaísta, historiador, filósofo e investigador, que faleceu a 27 de julho de 2019.

Natural de Quadrazais, concelho do Sabugal, onde nasceu em 16 de julho de 1939, Pinharanda Gomes, figura incontornável da cultura portuguesa, comentou-nos um dia que, literariamente falando, era natural da Guarda; embora realizado em Lisboa. Isto porque, como nos disse, foi na cidade mais alta de Portugal que lançou as primeiras raízes.

Pinhranda Gomes -Foto HS_  .jpg

Numa das suas muitas obras, Pinharanda Gomes escreveu que, “na esquina do tempo, e tendo saído da Guarda há muitos anos (parece que temos o destino da emigração) foi-nos concedida a graça de permanecermos fiel à mátria”.

Essa fidelidade foi constante, exemplar, de uma grandeza própria de personalidades de enorme saber e erudição, mas simultaneamente simples, humanas e profundamente solidárias com a sua terra de origem.

A sua presença, frequente, em iniciativas realizadas na Guarda ou na região, a par das muitas intervenções proferidas sobre temáticas e personalidades ligadas à nossa região comprovaram isso mesmo. Pinharanda Gomes foi exemplo “(…) de um estudioso desinteressado, sem prebendas nem honras institucionais, fazendo do estudo erudito uma vocação de vida”, como escreveu Miguel Real.

No conjunto vasto de títulos publicados por Pinharanda Gomes avultam três áreas: os contributos na História da Filosofia; as monografias da história da Igreja e os estudos regionais; afirmou-se, sempre, um defensor convicto, e incansável, do nosso património histórico-cultural e outrossim dos valores humanos, mormente desta zona raiana.

Numa entrevista que nos concedeu para a revista cultural “Praça Velha”, quando questionado sobre qual das facetas (historiador, filósofo, crítico literário, ensaísta e conferencista) melhor se enquadrava no perfil de homem de cultura, realçava que tinha alguns livros de filosofia pura, nomeadamente o seu livro de estreia, "que é o Exercício da Morte, O Pensamento e Movimento – que é uma introdução, uma ascese filosófica – e que naturalmente deveria ser por aí que eu deveria ter caminhado, e também o Dicionário de Filosofia Portuguesa, ou Entre Filosofia e Teologia. Ora o que acontece é que no mundo não estamos sós, estamos com os outros e, ou porque somos solicitados pelas pessoas, ou pelos temas, todos acabamos por nos dispersar por outras coisas; comigo aconteceu um pouco isso.

Como desde muito cedo – ainda na Guarda – tive uma vocação para a pesquisa, quando fui para Lisboa, e passei a dispor de mais fontes documentais, iniciava muitas vezes a investigação de um tema; depois, à medida que investigava esse tema surgia documentação sobre outros e custava-me abandoná-la, pelo que tomava notas e assim foram surgindo estudos diversos, em várias disciplinas. Contudo, penso que pelo número de livros e estudos publicados, cabe-me muito melhor a classificação de historiador da cultura com a tónica na história da Filosofia portuguesa e também na história da Igreja contemporânea, da época moderna”.

Pinharanda Gomes concluía, depois que era “um hermeneuta da cultura, quer dizer, procuro interpretar os seres, os factos e as coisas do âmbito cultural, sobretudo do pensamento, mas de modo a preenchê-las com o meu próprio significado. De um modo geral faz-se exegese cultural, extraindo significados dos dados. O exegeta é colocado perante um facto, ou perante um ser, uma obra, e procura tirar daí alguma coisa. Eu tenho procurado caminhar no sentido inverso; aliás, não é por acaso que em filosofia há um léxico que tem uma origem modestíssima.”

Este pensador evidenciava, ainda, a área da “historiografia filosófica” por ser neste âmbito onde produziu “maior quantidade de trabalhos de fundo. Na História da Igreja Moderna embora tenha muitos títulos publicados, a maior parte deles são opúsculos, separatas, estudos que saíram em revistas, ou conferências proferidas em congressos; claro que tenho algumas obras de fundo, como é o caso da História da Diocese da Guarda e os Congressos Católicos em Portugal, e outros; mas no conjunto, quando se olha para a minha bibliografia, o que permanece é de facto o primeiro capítulo que tenho considerado, Filosofia e História da Filosofia; é a área à qual tenho dedicado mais tempo e empenho.” Referiu-nos nessa entrevista.

Contudo, o seu labor, nesta matéria, não se circunscreveu às edições já conhecidas, pois houve muito trabalho que não veio a público, pelo menos diretamente, e que diz respeito às centenas de verbetes escritos para Dicionários e Enciclopédias, quase sempre assinados, ou com as letras P.G.

Como eminente autodidata erudito, Pinharanda Gomes deixou vastíssima bibliografia iniciada em finais da década de 50 do passado século,1960. Em 20 de março de 2018, e num justo reconhecimento à sua obra, a Universidade da Beira Interior atribuiu a Pinharanda Gomes o Doutoramento Honoris Causa

“Ao longo de décadas, Pinharanda Gomes foi (…) um dos mais prolixos hermeneutas da História e tradição do nosso pensamento filosófico. Investigador e sistematizador nato, jamais se deixou prender pelas etiquetas de historiador, ou de filósofo (…)”. Escrevia José Almeida no artigo “Para uma visão de Pinharanda Gomes sobre o Galaaz de Portugal”, que integra o conjunto de trabalhos inseridos num livro dedicado à obra e pensamento deste filósofo, ensaísta e investigador, intitulado “Pinharanda Gomes – A Obra e o pensamento, estudos e testemunhos”.

Recordemos que no Sabugal funciona o Centro de Estudos Pinharanda Gomes. Neste Centro onde está reunido todo a acervo documental particular, que o autor doou à autarquia, bem como cerca de 3 500 opúsculos e volumes sobre temáticas diversas; algumas dessas publicações integraram a exposição que esteve patente na Biblioteca Nacional, em Lisboa, em 2022. “Pinharanda Gomes, historiador do pensamento português” foi o tema dessa exposição que pretendeu homenagear “esta figura, principalmente na vertente histórico-filosófica da sua obra, sem, contudo, menosprezar o pensamento original do autor e as outras contribuições dele em vários âmbitos da cultura portuguesa.” Um intelectual que honra o concelho onde nasceu, a Guarda onde também estudou e viveu, o país e o espaço da lusofonia.

Será que a Guarda o continua a lembrar, a ter presente o legado cultural que deixou, a perceber a sua grandeza, a valorizar toda a sua investigação e ampla bibliografia? É que, como alguns dos estudiosos da sua obra têm destacado, Jesué Pinharanda Gomes foi um inquestionável “historiador do pensamento português de todos os tempos.”

 

Hélder Sequeira

 

 

 

 

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publicado às 14:35

(Re)Conhecer a Toponímia…

por Correio da Guarda, em 21.06.24

Guarda - Rua dos Clérigos - Foto Helder Sequeira.

Nestas colunas escrevemos, por várias vezes, sobre a importância da toponímia, em cujo âmbito cabem múltiplos contributos e ações que podem suscitar uma ampla diversidade de estudos.

Se a investigação que pode ser desencadeada permitirá, por um lado, um enriquecimento cultural e o reforço da identidade local, por outro, irá identificar situações que exigem uma adequada e correta intervenção.

Independentemente das conjunturas ou das agendas político-partidárias, deve mover-nos uma Guarda da memória, a preocupação por uma cidade que preserve a sua história, dignifique os seus valores, honre os seus pergaminhos, mas saiba construir pontes sólidas para o futuro, envolver colaborações qualificadas, motivar o empenho dos seus habitantes, conquistar quem nos visita. “As cidades são como os homens; têm ou não carácter – e a tê-lo importa preservá-lo”, como escreveu Eugénio de Andrade.

A Guarda é muito mais que o património edificado; é memória, é somatório de vidas, experiências, é (deve ser) um pulsar coletivo, permanente. A Guarda, ciclicamente, tem-se esquecido de si; muita gente tem esquecido a Guarda.

É imperativo de consciência e cidadania assumir-se uma consciência crítica, uma intervenção constante em prol do nosso espaço coletivo, de referência e de vivências. “O passado é, por definição, um dado que coisa alguma pode modificar. Mas o conhecimento do passado é coisa em progresso, que ininterruptamente se transforma e se aperfeiçoa” e, como acrescentava Marc Bloch, “a incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado”.

Através da toponímia – tema que dá o mote para estas anotações – podemos abrir portas para o conhecimento do passado. Assim, poderemos começar por nos interrogar acerca da atenção que damos à toponímia guardense, aos suportes físicos dos topónimos que condensam em si informação preciosa. Para além da necessidade de substituição de muitas placas, de forma a ser viabilizada uma clara identificação, importa lembrar a importância em associar anteriores denominações toponímicas. Sabemos que foram muitas as alterações toponímicas introduzidas ao longo do tempo.

Como escreveu Pinharanda Gomes, “na Guarda, e no decurso do nosso século [vinte], tem-se cometido, repetidas vezes, aleatórias modificações de toponímicos, dificultando ainda mais as tarefas dos que, por exemplo, dedicados a pesquisas arqueológicas, poderiam atacar desde logo o sítio exato, caso a memória do nome se mantivesse”.

Em vários casos, a designação atual de artérias citadinas é preterida, mercê do enraizamento de hábitos, ao antigo topónimo. Como exemplo, na Guarda, poderemos evocar a Rua Francisco de Passos que continua a ser designada, pela generalidade dos guardenses, como Rua Direita. O seu nome evoca o Governador Civil da Guarda que desempenhou funções entre 11 de junho de 1926 e 25 de agosto do ano seguinte. Esta rua, recorde-se, constituiu a principal ligação da urbe medieval, unindo a cidadela do Torreão (também conhecida por Torre Velha da fortaleza, edificada provavelmente no século XII) à Alcáçova existente junto às portas da Covilhã (na zona em frente da Escola de Santa Clara).

As alterações de nomes podem ser minimizadas, nestes como noutros casos, com a referência à anterior designação; aliás as novas placas toponímicas da Guarda, que estão a ser progressivamente introduzidas, já contemplam essa informação, quando é caso disso; essas placas, equipadas com “QRCode”, permitem aos transeuntes obter indicações sobre o nome ou facto referenciados. “Restaurar é restituir. A restituição da toponímia é um ato de honestidade cultural, de devolução do património à comunidade, de abandono de opções adventícias, por vezes decorrentes das situações políticas, e, por fim, de entrega aos arqueólogos e aos historiadores, de uma nova fonte documental para historiografia a fazer”, tal como anotou Pinharanda Gomes, num dos seus livros.

A toponímia da Guarda é um vasto campo para estudo e investigação e pode levar-nos à (re)descoberta de múltiplas facetas do seu passado, validado por mais de oito séculos de história, enquanto urbe. Neste contexto, justifica-se a edição de um trabalho atualizado, com informação documental pertinente para simples consultas ou para subsequentes investigações.

Recorde-se que a “Toponímia Histórica da Guarda”, da autoria de Vergílio Afonso, foi editada em 1984. Desde essa altura a cidade cresceu, foram criadas novas ruas e urbanizações, atribuídos muito novos topónimos. É certo que têm sido publicados alguns artigos e livros sobre toponímia, como é o caso de “A Toponímia da cidade da Guarda e a construção da memória pública no século XX”, da autoria de Maria José Neto, editado em 2013. Uma obra com o propósito de esclarecer como “as alterações de ordem política interferem na actualização e construção da memória pública”, através da qual foi feito “o levantamento dos topónimos existentes no início do século XX para (…) se identificarem, nas nomeações e renomeações das vias, os topónimos de continuidade e de ruptura com a conjuntura vigente. Caracterizado o espaço do centro histórico no início do século XX, acompanhou-se a expansão da urbe até ao ano de 1980, identificaram-se os protagonistas e os ritos usados na criação da memória pública.” Como escreveu, então, a autora.

Em 2015, o Politécnico da Guarda publicou o livro "Desafios e Constrangimentos do Estudo da Toponímia – intervenções e contributos”, na sequência de um fórum, com várias edições, sobre a mesma temática. Nos últimos anos, com maior ou menor regularidade, têm sido publicados alguns trabalhos na revista “Praça Velha”, incidindo sobre diferentes personalidades consagradas na toponímia guardense.

Ainda que as novas tecnologias e os equipamentos de comunicação hodiernos facilitem o acesso a muitos dados, isso não exclui a importância – para o presente e para o futuro – de uma publicação, abrangente e com múltiplos contributos interdisciplinares, sobre a Toponímia da Guarda; com rigor, ilustrada, de consulta fácil, acessível e útil à generalidade dos cidadãos, residentes ou visitantes.

Saibamos, pois, assumir a nossa responsabilidade coletiva, privilegiando todos os contributos idóneos em prol do conhecimento da toponímia da Guarda, de modo a incrementar a valorização desta terra, reconhecendo o seu espírito e magia.

 

Hélder Sequeira

 

 

 

 

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publicado às 12:30

Livro sobre o concelho de Almeida

por Correio da Guarda, em 10.06.24

 

"Concelho de Almeida - Património com Alma: História, Cultura e Arte" é o título do livro que será apresentado no próximo dia 2 de julho, pelas 11 horas, na Biblioteca Municipal de Almeida, sessão integrada nas comemorações do aniversário daquele concelho.

Este livro sobre as freguesias do concelho de Almeida, da autoria de Augusto Moutinho Borges e António Reinas, será também apresentado em Vilar Formoso, no dia 6 de Julho, na Casa do Adro.

«Muito poderíamos desenvolver nesta obra, mas o nosso objetivo não é o de escrever uma monografia do concelho, nunca escrita e que esperamos que seja em breve, mas o de lançar “olhares e novas visões sobre o concelho de Almeida”, realçando aspetos mais direta e indiretamente ligados ao nosso tema, “Património com Alma”» salientam os autores.

O livro vai ter um total de 208 páginas com fotografias a cores e desenhos, de diversos autores. 

Livro ALMEIDA _n.jpg 

 

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publicado às 15:26

Jornal A Guarda comemora 120º aniversário

por Correio da Guarda, em 15.05.24

 

O Secretariado Diocesano da Cultura e Comunicação (SDCC) vai assinalar hoje o 120º aniversário do jornal A Guarda.

“120 anos de homens e letras - A Guarda e os seus construtores” é a designação do seminário que sublinhará a efeméride, decorrendo a partir das 15 horas na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, Guarda.

O programa integra uma intervenção do Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício, seguindo-se a contextualização desta iniciativa por Dulce Helena Borges, coordenadora do Secretariado Diocesano da Cultura e Comunicação.

“A imprensa religiosa em Portugal” é o tema da comunicação a apresentar por Fernando Sousa e Anabela Matias irá intervir com uma apresentação intitulada “Sanches de Carvalho, um humanista para o nosso tempo".

“O papel das mulheres num jornal centenário: o caso do jornal A Guarda” é o título da intervenção de Liliana Carona que antecederá a comunicação de Henrique Santos que incidirá sobre “A revista Horizonte, fonte de cultura ao tempo de Sanches de Carvalho”.

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Para Dulce Helena Borges, “o Secretariado Diocesano da Cultura e Comunicação não poderia deixar de assinalar os 120 anos do jornal A Guarda e o pioneirismo do distrito em termos da imprensa regional e, sobretudo, da imprensa católica”.

A responsável pelo SDCC referiu ainda, a propósito deste seminário que “a importância deste semanário nunca se circunscreveu ao território da diocese, e marca a história da imprensa religiosa portuguesa”.

Este seminário é aberto a todas as pessoas interessadas, tendo entrada livre.

No Espaço ExpoEcclesia, na Guarda, será inaugurada hoje, pelas às 18 horas, uma exposição, intitulada “Jornais Centenários do Brasil e de Portugal: Um Legado Cultural”.

A exposição integra-se no programa comemorativo dos 120 anos do jornal A Guarda.

 

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publicado às 12:20

Apresentação do livro "Guarda Republicana"

por Correio da Guarda, em 30.04.24

 

"Guarda Republicana. Um Século de História e Propaganda" é o título livro que vai ser apresentado na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, Guarda, no próximo dia 6 de maio, pelas 18 horas.

Este livro, da autoria de Ana Rute Lima Garcia e José Luis Lima Garcia, "é informativo, sólido na argumentação e, como tal, de indiscutível utilidade: pela informação factual que presta ao leitor e pela leitura que os seus autores fazem dos factos que apresentam", dando a conhecer aos leitores conhecer a história de vida de políticos e intelectuais da I República originários do distrito da Guarda.

A apresentação do livro será feita por José Mota da Romana.

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publicado às 00:01

 

Isabel Soler é a vencedora da 20.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço. O anúncio foi feito hoje pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEl), na Guarda.

O Júri decidiu, por unanimidade, atribuir a esta investigadora e ensaísta da Universidade de Barcelona, reconhecendo a importância do trabalho crítico e ensaístico, especialmente em relação à pesquisa original da experiência e conhecimento do Renascimento ibérico na sua inscrição mais global na novidade de uma conceção de mundo.

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A sua obra estuda a ligação entre a arte, o humanismo renascentista, as viagens portuguesas e o navegante enquanto figura primordial do Renascimento europeu, merecendo especial referência títulos como 'El nudo y la esfera – el navegante como artífice del mundo moderno' (2003), 'Derrota de Vasco da Gama: el primer viaje marítimo a la India' (2011) e 'Magallanes & Co.' (2022).

O Júri reconheceu também a relevância do trabalho de tradução continuado de grandes autores de língua portuguesa, com destaque para Vergílio Ferreira, Jorge Amado e Manuel Rui.

Destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, o Prémio Eduardo Lourenço 2024, no montante de 7.500,00€ (sete mil e quinhentos euros), foi atribuído por um júri constituído pelos membros da Direção do Centro de Estudos Ibéricos (Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Reitor da Universidade de Coimbra e Reitor da Universidade de Salamanca), membros das Comissões Científica e Executiva do CEI (António Pedro Pita e Manuel Santos Rosa da UC e Pedro Serra e María Isabel Martín Jiménez da USAL) e pelas seguintes personalidades convidadas: Marta Anacleto e Luísa Braz de Oliveira-Lavoix , indicadas pela Universidade de Coimbra e María Ramona Domínguez Sanjurjo e F. Javier San José Lera, indicadas pela Universidade de Salamanca.

Nas anteriores esidições o galardão foi atribuído a Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática de Cultura Greco-Latina (2004), Agustín Remesal, Jornalista (2006), Maria João Pires, Pianista (2007), Ángel Campos Pámpano, Poeta (2008), Jorge Figueiredo Dias, Professor Catedrático de Direito Penal (2009), César António Molina, Escritor (2010), Mia Couto, Escritor (2011), José María Martín Patino, Teólogo (2012), Jerónimo Pizarro, Professor e Investigador (2013), Antonio Sáez Delgado, Professor e Investigador (2014), Agustina Bessa-Luís, Escritora (2015), Luis Sepúlveda, Escritor (2016), Fernando Paulouro das Neves, Escritor e Jornalista (2017), Basilio Lousada Castro, Escritor (2018), Carlos Reis, Professor e Investigador (2019), Ángel Marcos de Dios, Professor (2020), Fundação José Saramago (2021), Valentín Cabero Diéguez, Geógrafo e Professor (2022) e Lídia Jorge, Escritora (2023).

 

Fonte: CMG

 

 

 

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publicado às 22:50

Prémio Eduardo Lourenço: vencedor conhecido amanhã

por Correio da Guarda, em 17.04.24

 

 

O vencedor do Prémio Eduardo Lourenço, edição de 2024, será anunciado amanhã, na Guarda. 

O Júri da vigésima edição do Prémio Eduardo Lourenço reunirá amanhã, 18 de abril, pelas 11h00, na sede do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), na Guarda, para decidir a atribuição do galardão de 2024 à personalidade ou instituição com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.

Eduardo Lourenço e foto de Unamuno - foto Helder

    Eduardlo Lourenço a ver uma fotografia de Miguel Unamuno (foto Helder Sequeira)

 

Esste prémio, no montante de  sete mil e quinhentos euros, será atribuído por um júri constituído pelos membros da Direção do CEI (Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Reitor da Universidade de Coimbra e Reitor da Universidade de Salamanca) membros das Comissões Científica e Executiva do CEI (António Pedro Pita e Manuel Santos Rosa da UC e Pedro Serra e María Isabel Martín Jiménez da USAL) e pelas seguintes personalidades convidadas: Marta Anacleto e Luísa Braz de Oliveira-Lavoix , indicadas pela Universidade de Coimbra e María Ramona Domínguez Sanjurjo e F. Javier San José Lera, indicadas pela Universidade de Salamanca.

Em edições anteriores, foram prémio Eduardo Lourenço:: Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática de Cultura Greco-Latina (2004), Agustín Remesal, Jornalista (2006), Maria João Pires, Pianista (2007), Ángel Campos Pámpano, Poeta (2008), Jorge Figueiredo Dias, Professor Catedrático de Direito Penal (2009), César António Molina, Escritor (2010), Mia Couto, Escritor (2011), José María Martín Patino, Teólogo (2012), Jerónimo Pizarro, Professor e Investigador (2013), Antonio Sáez Delgado, Professor e Investigador (2014), Agustina Bessa-Luís, Escritora (2015), Luis Sepúlveda, Escritor (2016), Fernando Paulouro das Neves, Escritor e Jornalista (2017), Basilio Lousada Castro, Escritor (2018), Carlos Reis, Professor e Investigador (2019), Ángel Marcos de Dios, Professor (2020), Fundação José Saramago (2021), Valentín Cabero Diéguez, Geógrafo e Professor (2022) e Lídia Jorge, Escritora (2023).

 

 

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publicado às 09:00

 

O património da Igreja “é muito diferenciado porque a fé das gerações que nos antecederam, ao longo dos séculos, proporcionou que se manifestasse em materialidade das formas mais diversificadas”. Afirmou a Diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, Fátima Eusébio, no decorrer do terceiro Fórum Património, Cultura e Turismo que decorreu na passada sexta-feira, 16 de fevereiro, em Seia, organizado pelo Departamento do Património, Cultura e Turismo (DPTC) da diocese da Guarda.

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Fátima Eusébio salientou que ao nível do património religioso material “temos edifícios de grande impacto, como as catedrais, mas temos depois outros edifícios como as pequenas ermidas em locais completamente inóspitos”. A Diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja disse que “não devemos intelectualizar muito o património e esquecer a parte afetiva”, sublinhando a necessidade de ser estabelecido um equilíbrio, e alertando ainda para “tudo o que está numa Igreja tem um simbolismo”.

Na sua intervenção neste Fórum, que decorreu no Espaço Museológico da Santa Casa da Misericórdia de Seia, Fátima Eusébio defendeu que tem de ser dada maior atenção ao património imaterial da Igreja.

O Fórum Património, Cultura e Turismo – que anteriormente tinha sido já realizado na Guarda e na Covilhã – teve por objetivo a sensibilização dos párocos da diocese egitaniense e da comunidade em geral para a salvaguarda e promoção do património religioso, a da apresentação dos objetivos e linhas de atuação do DPCT, “no sentido de uma maior e eficaz colaboração”.

Como foi salientado pela Coordenadora do DPCT, Dulce Borges, as principais competências daquela estrutura diocesana são a “promoção da dimensão evangelizadora do património cultural da Diocese, cuidando a pastoral do turismo e o diálogo com iniciativas culturais da sociedade civil”.

Este departamento está integrado no Secretariado Diocesano da Cultura e Comunicação que tem como objetivos cuidar a cultura e os bens culturais, a comunicação social e as relações-públicas da Diocese.

O programa do Fórum que decorreu em Seia, integrou uma intervenção do Bispo da Diocese, D. Manuel Felício, seguindo-se a apresentação do DPCT pela sua Coordenadora, Dulce Helena Borges, com uma comunicação intitulada “Departamento de Património Cultura e Turismo da Diocese da Guarda: objetivos e desafios”. Hélder Sequeira interveio com o tema “Comunicar (n)a Diocese”, enquanto Carlos Caetano apresentou uma comunicação intitulada “Entre o passado e o futuro: o lugar do Património na Igreja de hoje”.

Aires Almeida apresentou uma comunicação intitulada “Porquê um Regulamento para a gestão e proteção do património e bens culturais da Diocese da Guarda” e Gonçalo Fernandes falou sobre “Itinerários turísticos e património religioso. Desafios de valorização territorial”. Rita Saraiva apresentou a comunicação “Arquitetura de Culto e Memória: Igreja da Misericórdia de Seia” e o programa do Fórum foi concluído com a intervenção de Fátima Eusébio subordinada ao tema “Salvaguardar e valorizar os bens culturais da Igreja; estratégias e dinâmicas na Diocese de Viseu”.

Neste Fórum Património, Cultura e Turismo Bispo da Guarda, referindo-se ao património religioso da Diocese, disse ser uma realidade que “precisa de ser conhecidas, precisa de ser cuidada, precisa de ser acompanhada, precisa de ser apresentada e também fruída nos lugares próprios de também noutros ambientes que as circunstâncias proporcionem”. Manuel Felício acrescentou que estes bens têm de ter “quem os cuide, os apoie e apresente”, os quais se podem transmitir uma mensagem, “podem também atrair pessoas às nossas terras”.

O Bispo da Guarda destacou, noutra passagem da sua intervenção, o papel do DPCT “neste trabalho de formação e informação”.

 

 

 

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publicado às 23:18

Fórum sobre Património Religioso em Seia

por Correio da Guarda, em 08.02.24

 

O Departamento do Património, Cultura e Turismo (DPTC) da diocese da Guarda vai promover, dia 16 de fevereiro, no Espaço Museológico da Santa Casa da Misericórdia de Seia o I Fórum Património, Cultura e Turismo. Esta iniciativa tem por objetivo a sensibilização dos párocos da diocese egitaniense, e a população em geral, para a salvaguarda e promoção do património religioso e a apresentação dos objetivos e linhas de atuação do DPCT, “no sentido de uma maior e eficaz colaboração”.

De referir que as principais competências do DPCT são a “promoção da dimensão evangelizadora do património cultural da Diocese, cuidando a pastoral do turismo e o diálogo com iniciativas culturais da sociedade civil”. Este departamento está integrado no Secretariado Diocesano da Cultura e Comunicação que tem como objetivos cuidar a cultura e os bens culturais, a comunicação social e as relações-públicas da Diocese.

Fórum sobre Património_ Seia.jpg

O referido Fórum decorrerá a partir das 15 horas e o programa tem agendada uma intervenção do Bispo da Diocese, D. Manuel Felício, seguindo-se a apresentação do DPCT pela sua Coordenadora, Dulce Helena Borges, de uma comunicação intitulada “Departamento de Património Cultura e Turismo da Diocese da Guarda: objetivos e desafios”. “Comunicar (n)a Diocese”, por Hélder Sequeira; “Entre o passado e o futuro: o lugar do Património na Igreja de hoje”, comunicação de Carlos Caetano; “Porquê um Regulamento para a gestão e proteção do património e bens culturais da Diocese da Guarda”, por Aires de Almeida, e “Itinerários turísticos e património religioso. Desafios de valorização territorial”, a apresentar por Gonçalo Fernandes, são outras das comunicações a apresentar. Nesta iniciativa vão ainda intervir Rita Saraiva com a comunicação “Arquitetura de Culto e Memória: Igreja da Misericórdia de Seia” e Fátima Eusébio (diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja) diretora do Secretariado Nacional dos Bens Cultura apresentará uma comunicação intitulada “Salvaguardar e valorizar os bens culturais da Igreja; estratégias e dinâmicas na Diocese de Viseu”.

O Fórum é aberto a todos os interessados na problemática do património religioso. Recorde-se que no passado mês de novembro o DPTC promoveu uma idêntica iniciativa na Guarda, tendo sido anunciada na altura esta nova atividade, face à área da Diocese e a importância em envolver o maior número de párocos e cidadãos interessados na salvaguarda, estudo e divulgação do património religioso e na implementação de roteiros turísticos.

 

 

 

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publicado às 18:30


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