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A partir de amanhã vai decorrer na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG, em Seia, um “Intensive Erasmus Program “ subordinado ao tema “Turismo Sustentável de Cruzeiros”.
Neste certame internacional, que terminará a 26 de Abril, vão participar 62 estudantes e 10 docentes de 7 instituições de ensino superior europeias provenientes da Bélgica, Espanha, Finlândia, Hungria, Lituânia, República Checa e Turquia.
No programa participarão, também, docentes da ESTH/IPG e um grupo de estudantes, selecionados a partir dos cursos lecionados na Escola, bem como diplomados da Licenciatura em Turismo e Lazer, como palestrantes externos.
Os objetivos deste programa internacional de intercâmbio são melhorar e partilhar o conhecimento teórico sobre a sustentabilidade do Turismo; desenvolver competências logísticas dos estudantes no que diz respeito a turismo de cruzeiros; estudar e analisar as melhores práticas ao nível da gestão do património turístico e do uso racional dos recursos e identificar os principais produtos de turismo de cruzeiros.
Para esse efeito, serão desenvolvidas diversas ações em sala de aula, palestras, sessões de trabalho de campo, trabalhos em grupo e visitas de estudo, bem como atividades culturais e de lazer. Pretende-se, igualmente, incrementar as competências ao nível da comunicação interpessoal, trabalho de equipa, resolução de problemas e capacidade de integração em ambiente internacional e multicultural.
Segundo Anabela Sardo, Diretora da ESTH/IPG, “receber este programa intensivo na ESTH/IPG resulta de um trabalho institucional conjunto que tem como objetivo principal promover a internacionalização do IPG. Para a comunidade académica da ESTH/IPG, em especial para os seus estudantes, será uma experiência de aprendizagem intensa e especial, fomentadora de um espírito de abertura ao mundo e a diferentes maneiras de pensar a realidade e, em particular, o Turismo. Estes serão, como comprovam outros programas em que já participámos no estrangeiro, momentos de aprendizagem e aquisição de competências, em contexto específico, que se transformarão numa experiência extremamente enriquecedora e inesquecível.”
O Comando Territorial da GNR da Guarda deteve, recentemente, dois indivíduos suspeitos de furto e de obras de arte e outros bens culturais; uma imagem religiosa estava entre esse conjunto.
A segurança do património artístico, monumental e móvel, existente no nosso distrito, deve continuar a merecer cada vez mais atenção.
Já tivemos o ensejo de aqui escrever a propósito dos, frequentes, roubos de cruzeiros e de nichos colocados junto à berma de muitas estradas da nossa região (ou mesmo dentro das localidades), objeto de cobiça fácil para quem se dedica à comercialização destas peças (muitas delas destinadas ao estrangeiro) ou pretende embelezar o exterior da sua habitação, mesmo sabendo que está a cometer um atentado contra o património cultural, herança coletiva de um povo.
Ao longo dos anos têm faltado medidas eficazes e a definição de competências, quase sempre com o argumento de insuficiência de meios financeiros. Neste contexto, a degradação de muito do nosso património, como é público e notório, tem-se acentuado, facilitando assim a sua delapidação.
As deficiências ao nível da inventariação e da caracterização completa dos monumentos, a par do isolamento de alguns, ou da sua localização em zonas de reduzida circulação pedonal ou rodoviária contribuem, em larga medida, para o avolumar das dificuldades nas ações de proteção e salvaguarda desses testemunhos do passado. Acresce, noutras situações, a indiferença ou o comodismo de algumas entidades, por mais que arvorem a bandeira da defesa do património e da manutenção da nossa identidade cultural.
Já são demasiados os casos de vandalismo e de roubo dos nossos valores para se continuar numa atitude de passividade e contemplação, sem desencadear as medidas, para já, mais adequadas, com o objetivo de travar a espiral de empobrecimento do nosso património.
Numa zona tradicionalmente desfavorecida, o desaparecimento dos elos com o passado histórico e cultural contribuirá, indubitavelmente, para uma maior desertificação.
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