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Desafios das rádios locais…

por Correio da Guarda, em 22.01.24

 

Os desafios que se colocam atualmente à comunicação social, mormente às estações de rádio, são imensos. Desde logo os resultantes de drástica redução das receitas e da insuficiência financeira.

Quando centramos a nossa atenção no interior do país a realidade é ainda mais preocupante e os cenários que se desenham para o futuro não são animadores.

Uma certa euforia em torno das plataformas digitais, as crises económicas, o desinvestimento publicitário por parte das empresas bem como do pequeno e médio comércio, a necessidade de reapetrechamento técnico, a redução do número de profissionais e a aplicação de estratégias editoriais erradas conduziram a uma situação dramática.

Microfone - foto Helder Sequeira.jpg

Como tem sido sublinhado, a escassez de recursos financeiros vai agravando, progressivamente, a vida dos órgãos de informação. Aliás é significativo o número de estações emissoras que desapareceram ou foram absorvidas por grandes grupos, convertendo-as em simples retransmissores.

O que não deixa de ser trágico, contrariando o espírito que esteve subjacente à legalização das rádios locais e à preocupação em servirem as suas comunidades; incrementando a informação, o debate, a valorização do seu património e costumes, a salvaguarda do pluralismo, a defesa da democracia, o exercício responsável do jornalismo.

Foram sendo, ao longo dos últimos anos adiadas soluções como ainda na passada quinta-feira dizia o Presidente da República na sessão de abertura do V Congresso dos Jornalistas. É na perceção da realidade atual que a comunicação social, o jornalismo tem de ter o foco.

Como disse António Borga, Presidente da Casa da Imprensa, no início do V Congresso dos Jornalistas, a decorrer por estes dias, “o jornalismo não é um negócio. O jornalismo é uma atividade de utilidade social e interesse público”.

Na mesma linha, e na mensagem dirigida aos jornalistas portugueses, esteve a Vice-Presidente da Comissão Europeia ao considerar que a “informação é um bem público, cabendo às democracias proteger os jornalistas”. Por outro lado, defendeu que é necessário “encontrar soluções a nível europeu e internacional” para a crise do jornalismo, acrescentando a necessidade de serem e incentivar investimentos públicos, que “respeitem a independência e o pluralismo” da atividade.

A própria classe jornalística não rejeita a autocrítica e a análise serena da questão dos financiamentos. O que pode passar, como tem sido defendido, por um papel mais interventivo do estado no sentido da salvaguarda do jornalismo, de um jornalismo pautado pela seriedade, ética, deontologia e qualidade.

E a qualidade dos conteúdos informativos aliada à independência e isenção é fundamental para a reaproximação dos públicos que, é importante notar, não podem ter uma atitude de indiferença perante os media.

O apoio passa, desde logo, por se assumirem com leitores e ouvintes regulares, ativos e críticos, sem se acomodarem na passividade do dia a dia ou se uniformizarem no domínio do anonimato.

Será com o empenho e contributo de todos – jornalistas, instituições, estado, cidadãos, empresas – que o cenário hoje existente poderá ser alterado. Acentuando também a informação de proximidade, uma mais ampla cobertura do que mais diz e interessa às comunidades locais e regionais.

E isto não pode ser esquecido.

 

Hélder Sequeira

 

 

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publicado às 23:12

O Direito em tempo de crise

por Correio da Guarda, em 15.10.13

 

     Na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (Guarda) vai decorrer, na próxima quinta-feira, 17 de Outubro, a conferência “O Direito e a Crise Financeira”, integrada no Ciclo “O Direito em tempos de crise”.

     Este Ciclo de Conferências é coordenado cientificamente pelo Prof. José Manuel Quelhas, da Universidade de Coimbra, e pelo Prof. Ricardo Rivero, da Universidade de Salamanca, tendo a colaboração da Ordem dos Advogados.

    O tema será abordado por José Manuel Quelhas, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e por José María Lago Montero, da Faculdade de Direito da Universidade de Salamanca.

    Informações e inscrições aqui.

   

    Fonte: CEI

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publicado às 23:23

O Direito em tempos de crise

por Correio da Guarda, em 01.03.13

 

     O Centro de Estudos Ibéricos vai promover, durante o corrente ano, um ciclo de Conferências subordinado ao tema “O Direito em tempos de crise”.

     Esta iniciativa surge na sequência do ciclo “O Direito e a Cooperação Ibérica”, iniciado em 2003.

     A coordenação científica está a cargo do Prof. José Manuel Quelhas, da Universidade de Coimbra e do Prof. Ricardo Rivero, da Universidade de Salamanca e conta com a colaboração da Ordem dos Advogados.

     A primeira conferência terá lugar no dia 14 de Março, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. Mais informações aqui.

 

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publicado às 22:32

Culpado da crise é hoje julgado na Guarda

por Correio da Guarda, em 11.02.13

 

     Na Guarda vai decorrer hoje, a partir das 21h30, o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, num dia em que a cidade acordou vestida de neve, reforçando assim o ineditismo deste evento.

     Este espectáculo de Carnaval, que se tornou numa imagem de marca da região, junta todos os anos milhares de pessoas no centro da cidade mais alta de Portugal.

 

    Segundo a Culturguarda, que produz este espectáculo comunitário, esta será “uma edição cheia de música, animação, colorido e muita crítica social. Em ano de crise, o Galo volta a assumir as culpas de todos os males que nos assolaram no ano anterior e por isso ele será julgado em Praça Pública e queimado num autêntico e muito celebrado ritual expiatório”.

    Baseado em tradições populares da região com um toque de contemporaneidade à mistura, o “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo é um Carnaval 100% português”, como foi referido pela organização.

    Tal como em edições anteriores, o espectáculo inicia-se, pelas 21h30, com um desfile que começa no Jardim José de Lemos e que contará com a participação entusiástica de vários grupos de bombos, fanfarras e gigantones e colectividades da região, bem como actores, músicos e animadores que desfilarão entre o Jardim José de Lemos e a Praça Luís de Camões (Praça Velha), transformada nessa noite em sala de audiências para este Julgamento.

     Chegados ao local, o juiz irá dar início à sessão e o galo será julgado. A defesa e a acusação vão esgrimir argumentos; mas nada adiantará ao Galo que uma vez mais será condenado a arder na fogueira.

 

     Antes, porém, terá direito a um último desejo (uma surpresa para todo o público presente na Praça Velha) e a ler o seu testamento.

    No final da noite, a organização – e como vem sendo tradicional nos últimos anos – distribuirá gratuitamente a habitual canja... de galo, bem quentinha.

     De salientar que, este ano, a Culturguarda, em colaboração com o FotoClube da Guarda e com a Câmara Municioal, irá promover um concurso de fotografia no âmbito do Julgamento e Morte do Galo do Entrudo.

     O “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo” é coordenado por Américo Rodrigues; tem textos de Helder Sequeira e interpretação de Daniel Rocha (o Juiz), Valdemar Santos (Zé Povinho), Ivo Bastos (o advogado de acusação, Viriato Herminium), Antónia Terrinha (o advogado de defesa, Máximo Serviliano), José Neves (a repórter em directo); Filipa Teixeira (a voz do Galo); Antónia Morgado, Clementina Neves e José Pereira (beatas), Ana Castanheira, Florinda Elias, Ronaldo Fonseca e Gabriel Godinho (figurantes) e ainda a participação especial do jornalista e director da Sic Notícias, António José Teixeira.

    A música original é de José Tavares, o Galo é uma concepção e construção de Rui Miragaia e o videomappingestá a cargo de Hugo Moreira, Gabriel Godinho, João Pires, Mecca e Pedro Baía.

    No desfile participam também a energética Farra Fanfarra (Sintra), a afinada Banda às Riscas (Porto), o poderoso grupo de percussão e cabeçudos Tocándar (Marinha Grande) e ainda a Companhia Marimbondo (Lousã) com os seus malabaristas, cuspidores de fogo e personagens de intervenção cheias de bom humor e… música.

    De referir que participam neste espectáculo vária colectividades: Aquilo Teatro, Associação Cultural Copituna D’Oppidana, Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo, Associação Cultural e Recreativa da Sequeira, Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Rapoula, Centro Cultural da Guarda, Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela, Grupo “Ontem, Hoje e Amanhã” de Maçainhas, Grupo de Cantares da Arrifana – Associação Cultural, Grupo de Cantares S. Miguel da Guarda– A Mensagem, Grupo de Concertinas Estrelas da Serra, Raiz de Trinta– Associação Juvenil, Rancho Folclórico de Videmonte, Serrabecos –Grupo de Valhelhas, União de Jovens Arrifanenses, Clube de Montanhismo da Guarda, CSS - Associação de Desenvolvimento Carapito São Salvador, Aldeia SOS Guarda, Grupo de Alunos de Artes da Escola Secundária da Sé e Radicais Livres.

 

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publicado às 13:01

Crise até...na bandeira nacional

por Correio da Guarda, em 18.03.12

 

 

 

 

     O uso da bandeira nacional regista, com frequência, situações que a reduzem a mero elemento decorativo, denotando total inconsciência e desrespeito pela lei.

     Representando a soberania da Nação e outrossim a sua independência, unidade e integridade de Portugal, a bandeira nacional deve merecer o respeito de todos, pelo seu significado e símbolo marcante de uma identidade.

    Curiosamente, ou talvez não, a apatia de quem devia zelar pelo cumprimento da legislação (em vigor) permite situações caricatas, impossíveis de ocorrer noutros países, onde, pesem eventuais divergências, é um símbolo intocável.

    “A bandeira nacional, no seu uso, deverá ser apresentada de acordo com o padrão oficial e em bom estado de modo a ser preservada a dignidade que lhe é devida”. Mas isto é o que diz a legislação...a prática é outra, como se vê na fronteira de Vilar Formoso…no lado português porque do lado espanhol a atenção dada à nossa bandeira é bem diferente (como se pode observar numa das fotos).

    Será que não houve já tempo de reparar esta situação? E já agora, aquando da substituição, não ficaria mal colocar uma bandeira adequada à altura do mastro.

    Decalcamos, tantas vezes, os exemplos estrangeiros mas esquecemos princípios e atitudes indissociáveis da nossa matriz como povo, com um lugar de pleno direito na história universal…

 

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publicado às 01:05


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