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Tempo de mudança e novos desafios

por Correio da Guarda, em 21.03.21

 

O início do desconfinamento gradual, esta semana, foi encarado com um misto de entusiamo e receio, não faltando argumentos num e noutro sentido.

É certo que a sensatez deve prevalecer e continuar a orientar os comportamentos para medidas preventivas, pois vivemos ainda num quadro de incertezas.

Máscara - Covid19 foto HS .jpg

Albert Camus, na sua conhecida obra “A Peste”, falava de cidadãos “impacientes do presente, inimigos do passado e privados do futuro”; lembrava, por outro lado que “nunca alguém será livre enquanto existirem os flagelos”. A atual pandemia tem mostrado como a liberdade é cerceada…

Para não ficarmos privados do futuro e fruirmos da liberdade teremos de, objetivamente, aprender com esta invulgar experiência do último ano, aferindo as necessárias adaptações ao nível da sociedade (globalmente entendida) e no plano individual, definindo prioridades, novas metodologias e fórmulas concretas de cooperação, acompanhadas de um constante exercício de cidadania.

Para ganharmos o futuro, mormente aqui nesta região do dito interior, é imprescindível um esforço coletivo, a modernização tecnológica, a rentabilização de recursos humanos e potencialidades endógenas, um diálogo franco entre todos os agentes de desenvolvimento económico, social, cultural e científico, um incremento da motivação e um apoio célere aos projetos inovadores.

O coletivo deve, mais do que nunca, sobrepor-se ao individual, deixando para trás protagonismos pessoais e promessas demagógicas.

Ao longo de décadas, entre o que se anuncia e concretiza vai uma enorme distância temporal, com planos definitivamente lançados para as gavetas do esquecimento onde repousam as mais ardentes afirmações mediáticas e as fotos para mais tarde recordar…

Este é um tempo de congregar esforços e incrementar a capacidade de resposta aos desafios do presente e do futuro; um tempo em que os cenários para as próximas eleições autárquicas começam a desenhar-se com maior nitidez, permitindo uma melhor perceção de anteriores movimentações e atitudes públicas de alguns.

Ciclicamente, nos meses que antecedem os atos eleitorais surgem as mais diversificadas acusações ou revelações, procurando emergir, junto do público, como a mais puras das coincidências, e sempre sob a bandeira do interesse geral e da justiça social; aparecem, também afirmações e determinações redobradas na resolução dos problemas, há muito inventariados, mas sem verem aplicada a necessária solução.

Aumenta, por outro lado, gradualmente o volume e a sonoridade das intervenções políticas, com o objetivo de marcar campos de ação e captar, em devido tempo, as atenções do eleitorado, o qual denota, ano após ano, um evidente cansaço perante estes reciclados expedientes e face ao balanço daquilo que outrora foi prometido e se encontra, realmente, executado.

As explicações, políticas, assumem as mais diversas facetas, onde cabem as discriminações do poder central, a insuficiência de verbas e, nos tempos que correm, as consequências da pandemia… Esta continua presente.

A referenciação, esta semana na França, de uma nova variante do vírus que tem transformado o mundo e as nossas vidas, deve suscitar a máxima atenção de todos nós, a envolvência na ajuda a resolução dos problemas, o exercício da nossa responsabilidade individual, o sentido crítico face às propostas políticas que nos vão ser apresentadas e às respostas necessárias no quotidiano.

Este é um tempo de mudança e de novos desafios.

 

Hélder Sequeira 

(in O Interior, 18-3-2021)

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publicado às 22:46

Defender a Saúde Pública

por Correio da Guarda, em 16.03.20

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publicado às 12:55

ULS com novas medidas de prevenção do contágio

por Correio da Guarda, em 14.03.20

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULS) decidiu, na atual fase de contenção da infeção pelo Coronavírus alargar o conjunto de medidas de prevenção.

Esta deliberação tem por objetivo garantir a segurança dos utentes, acompanhantes e profissionais de saúde e garantir a disponibilidade destes para assegurar os serviços essenciais no âmbito do Plano de Contingência.

Assim, no que concerne a consultas hospitalares foi decidido suspender a realização de primeiras consultas com prioridade normal; deverá continuar a ser assegurada a realização de primeiras consultas triadas como “Muito Prioritárias” e “Prioritárias”, sendo as restantes oportunamente reagendadas.

Hospital Sousa Martins - Guarda - Foto Helder Sequ

Vão ser também privilegiadas as consultas não presenciais, sempre que tal for clinicamente adequado; previamente à data de marcação, o médico assistente deverá contatar telefonicamente o utente, no sentido de aferir com ele a necessidade de deslocação ao Hospital, possibilitando a requisição de exames e/ou a renovação do receituário, a ser enviada por SMS, email ou por correio, de acordo com a preferência do doente. Tais consultas deverão ficar registadas informaticamente como consultas não presenciais. Foi deliberado restringir os pedidos de consulta interna situações urgentes de descompensação aguda da patologia.

Ao nível das consultas nos cuidados de saúde primários foi suspensa a realização de consultas de “Saúde Infantil” a crianças com idade superior a dois anos; “Planeamento Familiar” e “Diabetes” e “Hipertensão” a doentes controlados, salvaguardando as necessidades específicas de cada utente.

De acordo com a informação divulgada, foi decidido restringir a Cirurgia Programada (convencional e de ambulatório) à Cirurgia Oncológica, Obstétrica, Trauma Ortopédico e outras situações de urgência diferida ou muito prioritárias que não possam ser adiadas sem prejuízo grave para a situação clínica do doente.

As visitas aos doentes foram suspensas. Apenas será permitida a presença da pessoa de referência designada como “Acompanhante”, no período entre as 12h00 e as 14h00 e entre as 18h00 e as 20h00. Nos Serviços de Pediatria e Neonatologia continua a ser permitida apenas a entrada de pai e mãe, sem limitação de horário; no Serviço de Obstetrícia continua apenas a ser permitida a entrada do pai ou acompanhante designado no período entre as 12h00 e as 20h00; no Serviço de Cuidados Paliativos mantém-se a autorização de permanência do acompanhante de referência de cada doente, sem limitação de horário, podendo ser autorizadas, caso a caso, a realização de visitas.

O acompanhamento ao Serviço de Urgência foi restringido, sendo apenas permitida a presença do acompanhante dos menores e doentes com situação clínica justificativa da necessidade do mesmo, validada pelo chefe de equipa.

 

 

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publicado às 07:30


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