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Foto: Museu do Côa
O Centro de Estudos Ibéricos (CEI) vai promover nos dias 1 e 2 de julho de 2020 um curso de verão subordinado ao tema "Novas fronteiras, outros diálogos: Cooperação e Desenvolvimento.
Os interessados podem efetuar a inscrição, consultar o programa e aceder a mais informações aqui.
Como já escrevemos anteriormente, estamos a viver um tempo de incerteza, angústia e de novas experiências, mas também de afirmação de valores solidários face a uma ameaça real, inquietante, mortífera.
Ao longo dos últimos dias têm surgido exemplos objetivos de cooperação e intervenção cívica, demonstrando capacidade de iniciativa e conhecimentos.
Assim, em várias plataformas digitais (e para além dos tradicionais meios de comunicação, obviamente) surgiram interessantes e úteis “pontos de informação”; a título de exemplo mencionaremos o site Covid19Guarda que, como é referido no mesmo, “tem como função ajudar os cidadãos da Guarda, informando-os para desta forma tentar minimizar o impacto que esta nova realidade tenha na vida de cada um. Porque temos de ser uns pelos outros, estamos abertos a sugestões e dicas para que se torne ainda melhor”.
Neste conjunto de contributos individuais referiremos também, pela sua rápida projeção, o Grupo de Emergência- Guarda, que tem proporcionado diversificada informação, esclarecimentos e contactos de utilidade para o cidadão comum (supermercados, farmácias, take away, talhos, etc.). Isto para além da indicação de plataformas tecnológicas e de serviços, designadamente "Não Paramos! Estamos ON", dashboard com informação apenas de Portugal, CovidApp (plataforma para registo de sintomas do vírus), site do SNS24 permite fazer auto diagnóstico; evolução da COVID-19 em Portugal – ashboard Interativo, Quero Ajudar (plataforma que permite ajudar quem está de quarentena), SOS COVID-19 (plataforma diz o que está em falta nos supermercados) e
Covidvisualizer (COVID-19 no mundo).
Nunca serão demais os contributos individuais nesta emergência sanitária.
Ao longo do ano são múltiplos, e diversificados no perfil, os eventos que ocorrem nesta região do interior; iniciativas que incrementam, sem dúvida, fluxos de visitantes e contribuem para animação e desenvolvimento da economia regional.
Contudo, e tendo em conta, os indicadores das últimas décadas, a marca deixada por estas realizações poderia ser mais ampla se tivessem referenciada uma estratégia global, pensada a partir de um entendimento sério das organizações com vista a um trabalho em rede, objetiva e empenhadamente delineado.
A conjugação de esforços e de sinergias, as cedências necessárias para um planeamento consensual, a rentabilização de recursos humanos e financeiros, a rotatividade de algumas iniciativas, a promoção conjunta do território, a afirmação da matriz regional, a predisposição em pensar a construção do futuro, entre outras atitudes, permitiria um cenário substancialmente diferente; ao nível da procura da região, cativando novos visitantes, incentivando a sua permanência nas nossas terras por um período mais longo; assegurando argumentos sólidos e persuasivos…
Por várias vezes, e também aqui neste jornal, sublinhámos que continua a subsistir a tendência para pensar no imediato, circunscrevendo-o a áreas limitadas e numa lógica centrípeta de interesses pessoais, locais ou concelhios, teimosamente enfeudada no desconhecimento do que se passa nos territórios circunvizinhos; é certo que há alguns exemplos de boas práticas de cooperação mas, infelizmente, são raros e por vezes a sua desejada continuidade é interrompida.
Sem colocar em causa a prevalência de eventos que constituem cartazes dos centros urbanos onde são realizados, os quais têm demonstrado um contínuo crescimento e inequívoca adesão dos públicos a quem se destinam, será de equacionar um entendimento ao nível da calendarização, de forma a permitir uma maior abrangência dos projetos e realizações.
Todos os anos, e nomeadamente em épocas perfeitamente identificadas (o ciclo das feiras do queijo da serra pode ser um exemplo), se verifica uma pulverização de iniciativas, coincidindo com frequência nas mesmas datas e muito próximas geograficamente.
A implementação de uma agenda regional bilingue – alcançado que fosse o entendimento imprescindível para um equilibrado e eficaz planeamento – reunindo o máximo de contributos institucionais, associativos, pessoais resultaria num eficaz contributo para uma publicação onde estivesse, em cada ano, uma informação o mais completa possível dos eventos culturais, desportivos, económicos, sociais, científicos; a par de uma indicação clara de roteiros turísticos, locais a visitar, sabores a apreciar, unidades hoteleiras ao dispor, livros sobre a região/escritores ligados a esta zona, órgãos de comunicação existentes, museus, artesanato local, praias fluviais, tradições, coletividades, etc…
Embora o suporte tradicional – agenda impressa – seja adequado à distribuição em pontos estratégicos, nos eixos de circulação de visitantes nacionais ou estrangeiros, postos de turismo, unidades hoteleiras, feiras de promoção turística, o atual contexto tecnológico permite outras formas de consulta e disponibilização, mormente através de uma aplicação pensada para o telemóvel. A reunião e simplificação da informação facilitará a procura por parte dos vários escalões etários.
Nos tempos de hoje, a velha máxima de que “a união faz a força” tem mais sentido e o interior deve, urgentemente, acentuar a coesão se quiser superar os desafios do presente, reivindicar medidas de apoio, combater a ausências e o abandono de terras e lugares, onde prevalecem memórias, uma vasta riqueza patrimonial, cultural e paisagística.
É preciso passar, sem delongas, dos discursos retóricos sobre a importância da cooperação para compromissos sólidos e medidas práticas; visíveis e consequentes.
Naturalmente que neste processo de valorização do nosso território deverá estar, sempre, presente, a participação do cidadão, numa demonstração clara do seu empenho em intervir na promoção e desenvolvimento; não adianta ter manifestações enérgicas e palavras críticas nas redes sociais (como se elas fossem a solução…) e quando desafiado a colaborar remete-se à indiferença, ao afastamento, ao derrotismo…
Desejamos que 2020 seja um período de novos e profícuos entendimentos, da abertura de novos caminhos para a cooperação, para o desenvolvimento global e sustentado de uma região com muitas potencialidades por explorar. (Hélder Sequeira)
In "O Interior", 16/1/2020
Ao longo dos anos a sobreposição, nas mesmas datas, de eventos culturais, desportivos ou musicais tem sido evidente, com reflexos negativos ao nível de potenciais participações ou da fixação de visitantes, durante mais dias.
Reeditamos, uma vez mais, esta questão por considerarmos ser importante o desenvolvimento de um trabalho, planificado com antecedência e num verdadeiro espírito de cooperação e diálogo, por parte das autarquias, agentes culturais ou desportivos, instituições e coletividades.
O conhecimento prévio da calendarização de eventos na nossa zona incrementará um maior envolvimento dos residentes e dos forasteiros, pela possibilidade de equacionarem a sua participação e de elaborarem o roteiro mais adequado com os seus gostos.
Salvaguardando as datas âncora tradicionalmente reservadas para certames que estão consolidados no distrito, o cuidado dos organizadores deve passar pela recíproca troca de informações passíveis de permitirem o desejado alargamento temporal de eventos, distribuídos por dias diferentes; desta forma, as pessoas terão a possibilidade de participar em diferentes iniciativas, programadas para locais distintos.
Um visitante que venha à Guarda numa determinada data para assistir a um espetáculo não terá, certamente, a possibilidade de participar noutro evento (até com perfil diferente) que decorra, no mesmo dia, em Seia, Trancoso, Pinhel ou no Sabugal, por exemplo; oferecer, com a refletida e acordada distribuição, vários eventos no período de visita dessas pessoas terá toda a vantagem em termos de rentabilização da viagem, do conhecimento da região, das receitas da restauração e hotelaria, da dinamização social e melhor conhecimento das localidade.
Esta planificação, pelo que se tem verificado em termos de estratégias concelhias, não será fácil mas é fundamental abrir caminho a uma agenda comum enquadrada num objetivo e empenhado trabalho em rede; capaz de contemplar o máximo de propostas, muito para além de eventos, alargando a novos roteiros motivadores da heterogeneidade de públicos alvo. De recordar que, há algumas décadas atrás, e já no período pós-25 de abril, as reuniões periódicas de presidentes das câmaras municipais do distrito fomentavam um interessante diálogo que permitia o entendimento em várias matérias e eficazes fórmulas de cooperação, benéficas para a evolução dos territórios.
Os castelos, as praias fluviais, a cultura, os solares, as igrejas, a gastronomia, os trilhos, as atividades de montanha, a Serra da Estrela, a flora, os museus, os monumentos e sítios arqueológicos, as tradições, os festivais, o artesanato, as aldeias da meseta ou da Serra, as recriações históricas, as feiras, a observação das aves, os vinhos, os roteiros sobre escritores, o teatro religioso, as águas cristalinas e as múltiplas e encantadoras paisagens que temos para (re)descobrir e oferecer, a quantos nos queiram visitar, é um vasto conjunto de áreas potenciadoras de novas vias de desenvolvimento.
Atualmente, com o a disponibilização de novas tecnologias – o que não afasta uma edição impressa da agenda distrital – não é difícil a organização e sistematização de uma informação (regular e eficazmente atualizada) sobre a oferta distrital ao nível de eventos, locais a visitar, hotelaria, restauração, imprensa local, transportes, roteiros turísticos, locais de lazer, formação, bibliotecas e arquivos, unidades de saúde e contactos úteis.
A criação (envolvendo contributos multidisciplinares) de uma aplicação para equipamentos móveis, usados por todos no dia a dia, uma via desejável, conciliando-a com outros suportes informativos que não olvidem, igualmente, a síntese e qualidade dos textos, o cuidado na apresentação, a qualidade fotográfica e a facilidade de consulta.
Existem, na nossa zona, conhecimentos, recursos e meios; falta a decisão, o entendimento e o empenho em se pensar numa estratégia global para esta região do interior, divulgando a sua realidade, promovendo as suas potencialidades, captando novos visitantes e investimentos.
Hélder Sequeira (in O Interior, 15|8|2019)
O Centro de Estudos Ibéricos (CEI) vai promover, de 1 a 6 de julho, a XIX Edição do Curso de Verão que será subordinada ao título genérico “Novas fronteiras, outros diálogos: cooperação e desenvolvimento”.
Este curso tem por objetivos incentivar o diálogo entre saberes, investigadores e parceiros do espaço ibérico, europeu, africano e latino-americano, afirmando como centro de transferência de conhecimento designadamente entre os países de língua portuguesa; identificar e valorizar os recursos do território, naturais e humanos, materiais e intangíveis, enquanto fatores críticos e estratégicos do desenvolvimento (património cultural, paisagem, cultura, etc.); analisar comparativamente dinâmicas económicas e sociais em diferentes contextos espaciais, estimulando a apresentação e o debate de programas, iniciativas e boas práticas que concorram para a coesão económica, social e territorial; valorizar o trabalho de campo como estratégia pedagógica e de promoção do património natural e cultural, sobretudo o localizado em geografias e contextos regionais mais remotos como são os do interior raiano.
Os interessados podem obter mais informações aqui.
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e o Ministério da Educação, Ensino Superior, Juventude e Desporto da República da Guiné Bissau assinaram um protocolo de cooperação.
O Ministério da Educação da Guiné foi representado pelo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau em Portugal, Hélder Jorge Lopes.
O presente protocolo de cooperação tem como objetivo ajudar a promover a formação e qualificação superior dos jovens da República da Guiné-Bissau, abrindo oportunidades de formação de ensino superior e profissional em Cursos Técnicos Superiores Profissionais, Licenciaturas e Mestrados.
O Ministério da Educação, Ensino Superior, Juventude, Cultura e Desporto da República da Guine Bissau responsabilizar-se-á pela recolha documental e encaminhamento, através da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, dos processos de candidatura dos estudantes ao IPG para o ingresso nos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) e nos ciclos de estudos de Licenciatura e de Mestrado.
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, no dia 17 de Abril de 2015, nesta cidade, as VIII Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde. Este ano as jornadas são subordinadas ao tema “Saúde Pública, Cooperação e Inovação”, englobando o programa vários eixos temáticos.
“Tecnologias de acesso a Smartphones”, “Novas Tecnologias em Educação para a Saúde”, “nurSUsTOOLKIT: A Teaching and Learning Resource for Sustainability in Nursing”, “Técnicas de inteligência computacional na previsão de crises epilépticas”, “Eficácia de um programa sensorial em ambiente Snoezelen com idosos” e “WCARE - Sistema de teleassistência e monitorização” e “Plataformas de interações medicamentosas online ao serviço dos profissionais dos Cuidados de Saúde” são algumas das comunicações a apresentar.
Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição em http://www.ipg.pt/tecnologia-saude2015
Até ao próximo mês de Abril decorre o prazo de candidaturas à 9ª edição do Prémio Eduardo Lourenço, galardão instituído pelo Centro de Estudos Ibéricos destinado a premiar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas
O Prémio, no montante de 10.000,00€ (dez mil euros), será atribuído por um júri constituído pelos membros da Direcção do Centro de Estudos Ibéricos (Reitor da Universidade de Coimbra, Reitor da Universidade de Salamanca e Presidente da Câmara Municipal da Guarda) e por mais oito personalidades sendo, no presente ano, presidido pelo Reitor da Universidade de Coimbra.
Personalidades de relevo de Portugal e Espanha já foram galardoadas nas anteriores edições: Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática de Cultura Greco-Latina (2004), Agustín Remesal, Jornalista (2006), Maria João Pires, Pianista (2007), Ángel Campos Pámpano, Poeta (2008), Jorge Figueiredo Dias, Professor Catedrático de Direito Penal (2009) e César António Molina, Escritor (2010), Mia Couto, Escritor (2011) e José María Martín Patino, Teólogo (2012).
Qualquer instituição ou pessoa pode enviar propostas de candidatura até 12 de abril de 2013 para o Centro de Estudos Ibéricos, podendo o Regulamento ser consultado em www.cei.pt
Fonte: CEI
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