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No Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda vai decorrer no próximo sábado, 6 de janeiro, o espetáculo "Vamos Cantar as Janeiras", iniciativa integrada no programa da " Guarda_A Cidade Natal" que conta com a colaboração das coletividades do concelho da Guarda.
De acordo com a informação divulgada pelo município guardense, em palco estarão perto de 450 os participantes de 18 coletividades sob a orientação do encenador Jorge Pedro Narciso, diretor artístico da Festa da Santa Bebiana – festival de inverno da região – e Sons da Terra – festival de sonoridades autóctones e trabalha com o Laboratório Criativo Maria Zimbro desde 2017, na implementação de projetos ligados ao património imaterial e à criação e mediação comunitária.
Nesta edição de 2024, participam no Cantar das Janeiras o Grupo de Cantares da Casa de Saúde Bento Menni; Grupo de Cantares Sete Vozes de Vila Fernando; Coral Pedras Vivas; Grupo de Cantares do Marmeleiro; Grupo de Cantares de Alfarazes; Grupo Cantares 'A Mensagem'; Grupo de Coral de Maçainhas; Grupo de Gaita de Beiços da Rapoula; Grupo de Cantares Cantarinhas de Famalicão; Grupo de Cantares da Sequeira; Grupo Cantares da Faia; Grupo de Cantares das Lameirinhas; Grupo de Cavaquinhos da Póvoa do Mileu; Grupo de Cantares da Arrifana; Rancho Folclórico do Centro Cultural da Guarda; Grupo de Concertinas Estrelas do Jarmelo; CERCIG – Guarda; Grupo Vozes da Quinta de Gonçalo Martins e Grupo de Concertinas Peramocences.
O bilhete para o espetáculo tem o custo de 1 euro e está disponível na bilheteira do Teatro Municipal da Guarda; o valor do ingresso, e da totalidade arrecadada na Bilheteira, reverterá a favor de instituições de solidariedade social do concelho da Guarda.
O Centro Cultural da Guarda comemora hoje - com uma sessão a decorrer a partir das 16 horas - o seu 61º aniversário. É uma instituição que continua a desenvolver o seu projeto, intervindo no quotidiano citadino através das suas várias valências.
Compreenderemos melhor a sua eminente função cultural e social se recuarmos à primeira metade do século XX e remetermos os leitores do CG para panorama cultural da Guarda, nesse época; período onde foram registadas distintas fases, entre as quais se evidenciaram o teatro e a música; nesta última área destacaram-se os Orfeões Egitaniense e o Egitânia, bem como a Banda do Regimento de Infantaria 12 que animava as tardes de domingo na Praça Velha e, depois, no jardim José de Lemos, conhecido por Campo.
No ano de 1956 nasceu uma delegação do Movimento Pró-Arte (organização lisboeta dedicada, essencialmente, à música) que despertou muito interesse nos meios intelectuais, propondo-se oferecer música de qualidade. O Montepio Egitaniense acolheu esta delegação, tendo sido criado um curso de música, destinado a todos os interessados.
Começou, por essa altura, a germinar a ideia de uma nova estrutura vocacionada para a cultura. Como foi realçado, “a criação do Centro Cultural da Guarda foi um sonho lindo, tornado realidade por um grupo de guardenses apaixonados pela música, presididos e orientados pelo Dr. Mendes Fernandes e galvanizados pelo entusiasmo e persistência do Dr. Virgílio de Carvalho”.
Foi este grupo que, sensibilizando a direção do Montepio Egitaniense, passou a dispor de um salão onde promoveu audições musicais, abertas ao público, empenhando-se, igualmente, no desenvolvimento de uma ação formativa. A atividade da delegação da Pró-Arte não teve a continuidade desejada e surgiram alguns interregnos.
Após um período de alguma estagnação, em termos de atividade, os dinamizadores do referido núcleo cultural concluíram, definitivamente, pela necessidade de uma instituição que funcionasse como plataforma impulsionadora de projetos e incrementasse a formação musical. O Dr. Virgílio de Carvalho presidiu à Comissão Promotora do Centro Cultural. Os estatutos do Centro Cultural da Guarda foram apresentados, para a devida aprovação ministerial, em 17 de novembro de 1962.
A história do Centro Cultural é o somatório da ação e empenho de muitas personalidades e outrossim dos contributos dos seus associados, em especial aqueles que intervieram, ativa e diretamente, nas atividades das várias secções. A identidade desta instituição guardense tem sido, ao longo destes 56 anos, preservada e suportada pelas pedras basilares do lema que o CCG adotou desde o seu nascimento.
O seu percurso assenta, assim, numa convergência de esforços mas muito deve a personalidades que, com a sua cultura, saber, entusiamo e capacidade de realização souberam manter e revitalizar um projeto de grande alcance cultural e social; tiveram uma consciência clara das dificuldades mas não desistiram nem perderam a esperança.
Parabéns por mais um aniversário e pela defesa do lema “Pela Guarda, pela Arte, pela Cultura”.
Helder Sequeira
Guarda. Rua da Torre.
Guarda. Capela de Nossa Senhora dos Remédios.
Guarda. Olhar sobre a Igreja da Misericórdia, a partir da Rua Alves Roçadas.
Guarda. Praça Luís de Camões.
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