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Notícias da Guarda e região | Reportagem | Crónicas | Entrevistas | Apontamentos | Registos
Jornalista, advogado e jurista, Ernesto Pereira nasceu na Guarda a 9 de fevereiro de 1903.
Para a posteridade deixou múltiplos, quanto dispersos, testemunhos das suas observações, análises; sustentadas numa inteligência lúcida e brilhante, num trabalho determinado em prol do desenvolvimento da sua cidade.
Embora o seu espólio não seja muito vasto, legou-nos textos de excelente recorte literário, a par de outros onde emergem as suas convicções, a postura moral, uma personalidade forte, uma cultura vasta.
Licenciado em Direito, a paixão pelo jornalismo cresceu progressivamente, e em paralelo, com a sua dedicação à causa da Guarda; no início de 1926, fundou o jornal a Actualidade, projeto que prosseguiu um ano depois em Pinhel, onde se radicou por motivos de ordem profissional.
Naquela cidade integrou a Comissão Orientadora da Frente Única Republicana, empenhando-se, por outro lado, na revitalização da corporação dos Bombeiros Voluntários. Fundou, na cidade falcão, o Colégio, do qual não pôde ser diretor porque o Ministério da tutela o considerava da oposição ao sistema político vigente.
Como por várias vezes deixou claro, o causídico guardense não era pessoa para desistir perante as contrariedades. “Por mil vezes que a pedra se despenhe, voltarei, com muitos esforços, canseiras e sacrifícios, a empurrá-la. E nunca desistirei – porque nunca desiste o homem verdadeiramente digno desse nome”; uma predisposição que demonstrava também na barra do Tribunal, independentemente da complexidade dos processos, servindo-se das suas qualidades oratórias, em tantas ocasiões postas ao serviço de casos que sabia, à partida, dificilmente seriam remunerados.
Num processo julgado no Tribunal da Guarda, em que eram acusados alguns estudantes por desrespeito a um agente da autoridade, Ernesto Pereira assumiu a defesa dos jovens, sem indagar ou avaliar as possibilidades económicas dos mesmos; dirigindo-se ao Juiz, sustentou que “tão digna é a toga que V. Exª usa como a capa negra de um estudante”.
Depois de uma passagem, profissional, pelo Porto voltou à Guarda onde, a partir de 1942, foi editor da Revista Altitude. Lutou pela criação do Museu da Guarda onde viria a assumir funções diretivas.
Empossado no cargo de Presidente da Câmara Municipal da Guarda em 1946, empenhou-se, desde logo, na construção do Hotel de Turismo, na linha dos argumentos que há muito vinha divulgando acerca da urgência de a cidade se desenvolver do ponto de vista turístico.
Por certo seria a pensar nos potenciais visitantes que, junto da Direção Geral da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, defendeu a “justa regalia de que a Guarda sempre gozou por poder dispor de uma carruagem direta Guarda/Lisboa – regalia que certamente não lhe será negada”.
Os problemas urbanísticos estiveram, igualmente, no rol das preocupações do edil guardense. A localização do Colégio Feminino, o novo Cine Teatro, a regularização do Bairro do Bonfim (e da entrada da cidade por esse lado), a abertura dos arruamentos de acesso à Sé, bem como a urbanização da Guarda-Gare foram assuntos devidamente equacionados junto das entidades por quem passava a sua resolução.
No ano seguinte foi nomeado Governador Civil da Guarda, cargo no decorrer do qual procurou afirmar o distrito e incrementar o seu desenvolvimento através de eixos rodoviários e ferroviários; neste último plano, para além das atenções que dedicou às linhas da Beira Alta e Beira Baixa, defendeu a “necessidade urgente de prolongar até Barca de Alva a marcha do comboio diário que sai do Porto, cerca das 15.55 até ao Tua (...). Levar tal comboio até Barca de Alva representa um valioso benefício para as populações do Douro, tanto do lado da Beira e distrito da Guarda, como do lado de Trás-os-Montes e distrito de Bragança”.
Ao longo do período em que desempenhou as funções de Governador Civil, o relacionamento com as autoridades espanholas da província de Salamanca inscreveu-se nas suas prioridades de atuação, procurando incrementar contactos oficiais e pessoais, certo de que seria uma excelente fórmula para resolver muitas questões resultantes da convivência fronteiriça.
Na cidade, o seu círculo íntimo de amigos integrava o Dr. João de Almeida e o Dr. João Gomes (advogado, democrata convicto, opositor ao regime e que foi, como é do domínio público, uma das mais prestigiadas e consideradas personalidades políticas no pós-25 de Abril).
Em 1952, Ernesto Pereira deixou a Guarda para tomar posse como Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas, passando a residir em Lisboa, onde, com frequência, recebia os amigos mais chegados, como António Andrade, Ladislau Patrício, e José Domingues Paulo (uma das grandes amizades dos seus últimos anos).
O seu irmão Abel Pereira (conhecido jornalista do Diário Popular) era outra das presenças, frequentes, na sua casa, onde viria a falecer em Julho de 1966.
A figura deste guardense não se pode analisar fora do contexto da sua época, e desarticulada de um conjunto de determinantes pessoais e familiares. Ernesto Pereira é, sem dúvida, um nome grande da Guarda, cidade onde deixou obra feita ou definida; os regulares contactos ou o convívio com personalidades politicamente posicionadas, não significaram, necessariamente, o partilhar de ideias e objetivos, sobretudo quando se tinha um rigoroso conceito de amizade e um espírito de permanente defesa da liberdade de expressão e pensamento.
Era um homem que procurou sempre a verdade, “essa doce miragem que perpetuamente fascina”, como escreveu em 1926.
A cidade de Pinhel tem o seu nome consagrado na toponímia local, o mesmo acontecendo, desde o passado ano, na Guarda; cidade que não deve esquecer esta carismática personalidade do passado século (como advogado, como jornalista, como autarca, como Governador, como Juiz) .
H.S.
No Museu da Guarda continua patente, até 3 de fevereiro de 2022, um exposição evocativa de Luís Rebelo, artista plástico guardense.
Trata-se de uma homenagem da Câmara Municipal da Guarda, através de uma mostra que reúne obras oriundas de instituições públicas e de coleções particulares.
Foto: CMGuarda
A Câmara Municipal da Guarda vai passar a proceder, a partir da próxima segunda-feira, ao atendimento presencial aplicando a obrigatoriedade de marcação prévia.
Esta alteração, segundo a autarquia, tem a ver com a evolução registada no estado da pandemia por Covid 19. Os munícipes deverão assim proceder ao pré agendamento através de telefone, email ou utilizar os serviços online do Balcão Digital, na página de internet do município
A autarquia guardense relembra que também é obrigatório o uso de máscara para o acesso ou permanência nos Serviços, devendo ser mantido o distanciamento social e seguido "escrupulosamente as indicações dos funcionários e a sinalética disponível no local".
Sérgio Costa, o novo Presidente da Câmara Municipal da Guarda, tomou hoje posse no decorrer da sessão que teve lugar no edifício dos Paços do Concelho.
Nessa cerimónia, realizada pelas 16 horas, tomaram igualmente posse os restantes elementos do executivo municipal, tendo anteriormente ocorrido a posse dos novos membros da Assembleia Municipal.
Na primeira reunião deste órgão teve lugar a eleição da mesa da Assembleia Municipal da Guarda, ato a que se apresentaram duas listas, lideradas, respetivamente por José Relva (Movimento Pela Guarda) e João Correia (PSD).
Foi eleito Presidente da Assembleia Municipal da Guarda José Relva, com 42 votos a favor; João Correia obteve 24 votos. Foram registados 16 votos brancos e 2 nulos.
O novo Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, vai tomar posse no próximo sábado, 16 de outubro, pelas 16 horas, no edifício dos Paços do Concelho.
Para além de Sérgio Costa, o novo executivo municipal passa a ser integrado por Diana Monteiro e Amélia Fernandes (que integraram a lista do movimento “Pela Guarda”); Carlos Chaves Monteiro, Lucília Pina Monteiro e Victor Amaral (pelo PSD); Luís Couto (PS).
Nessa altura vão também tomar posse os novos membros dos órgãos autárquicos da Guarda para o quadriénio 2021/2025.
Esta sessão terá transmissão em direto nas redes sociais do Município da Guarda.
Sérgio Costa (Movimento Independente Pela Guarda) venceu as eleições para a Presidência da Câmara da Guarda. Em segundo lugar ficou Carlos Chaves Monteiro (PSD), em terceiro Luís Couto (PS) e em quarto Francisco Dias (Chega). Para a Câmara Municipal, a percentagem das votações foi a seguinte:
No lado direito do gráfico está indicada a distribuição de mandatos no novo executivo municipal.
No que diz respeito aos restantes concelhos do distrito da Guarda, Virgílio Cunha (Movimento Independente) foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira.
Em Almeida, António Machado (PSD) continuará a dirigir os destinos da Câmara Municipal.
O concelho de Celorico da Beira continuará a ser liderado por Carlos Ascensão (PSD), hoje reeleito para novo mandato.
Carlos Condesso (PSD) conquistou a presidência da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, que até agora era liderada por Paulo Langrouva (PS).
Manuel Fonseca (PS) continuará à frente do Câmara Municipal de Fornos de Algodres.
Em Gouveia Luís Tadeu (PSD) voltou a vencer e continua na presidência da Câmara Municipal.
Para a Câmara Municipal de Manteigas foi eleito Flávio Massano (Manteigas 2030) que sucederá a Esmeraldo Carvalhinho (PS).
João Mourato (PSD) vai ser o novo presidente da Câmara Municipal da Meda, que tinha já liderado há alguns anos atrás.
Em Pinhel, Rui Ventura (PSD) foi reeleito para mais um mandato como presidente da autarquia local.
Vítor Proença (PSD) passa a ser o novo presidente da Câmara Municipal do Sabugal, onde até agora desempenhava as funções de vice-presidente,
Luciano Ribeiro (PS) é o novo presidente da Câmara Municipal de Seia, sucedendo ao socialista Carlos Filipe Camelo.
Amílcar Salvador (PS) vai continuar à frente da Câmara Municipal de Trancoso.
Em Vila Nova de Foz Côa, João Paulo (PSD) é o novo presidente da Câmara Municipal, até agora dirigida por Gustavo Duarte, do mesmo partido.
Atualização
A Câmara Municipal da Guarda procedeu hoje ao corte de trânsito na Estrada Nacional nº 18, entre os cruzamentos da Benespera e de Gonçalo. Contrariamente ao que estava inicialmente previsto, foi possível remover ainda hoje as árvores que estavam a colocar em perigo aquele troço rodoviário.
Assim, de acordo com a autarquia guardense, a estrada reabrirá ainda hoje, sábado, dia 30 de janeiro, a partir das 23h00.
Esta interrupção no trânsito automóvel ficou a dever-se ao risco eminente da queda de árvores, havendo assim a necessidade da sua para remoção.
A Câmara Municipal da Guarda decidiu rever e renovar algumas das medidas de apoio extraordinário do plano “Salvaguarda”.
Este plano, recorde-se, procura mitigar os impactos sociais e económicos decorrentes da situação epidemiológica.
Tendo em conta a atual situação de Estado de Emergência que se vive devido à crise pandémica foi acionado o prolongamento de um conjunto de 18 medidas de apoio às famílias, ao comércio local, às instituições e às empresas, “no sentido de promover a proteção e manutenção dos postos de trabalho, e combater o impacto negativo na vida das famílias e instituições do concelho da Guarda”.
Estas medidas vão vigorar durante todo o mês de dezembro e/ou “até alteração das circunstâncias que as determinaram, podendo ser revistas caso a situação que se viva localmente assim o exija”, de acordo com a informação divulgada pela Câmara Municipal da Guarda.
As medidas englobam a redução de 30% sobre tarifas de água, saneamento e RSU, no mês de dezembro (a todas as famílias que tenham sofrido diminuição de rendimentos do agregado ou quebra de rendimentos, subsequentes, devidamente comprovada; a todas as microempresas e comerciantes em nome individual com a atividade suspensa durante o Estado de Emergência. A isenção da tarifa fixa de Água, Saneamento e Resíduos Sólidos para Comércio e Indústria; a comparticipação na realização de testes PCR para a Covid-19; isenção de rendas habitacionais em fogos municipais (os arrendatários poderão solicitar a isenção do valor da renda, por situação de perda de rendimentos, motivada por desemprego superveniente, devidamente comprovado); isenção dos valores, na área da educação a todas famílias que sofreram perda de rendimentos motivada por desemprego de um ou dois membros do agregado familiar, devidamente comprovada, relativos a ATL`s e Componente de Apoio à Família (refeições, prolongamento de horário e atividades nas interrupções letivas); isenção do pagamento das taxas relativas a publicidade a todos os estabelecimentos comerciais que se encontrem encerrados, com exceção de bancos, instituições de crédito e seguradoras; isenção integral dos pagamentos de rendas, concessões, taxas ou outros rendimentos devidos ao Município, por espaços comerciais/serviços, que se encontrem encerrados, instalados em espaços municipais ou no domínio público municipal; redução do valor, em cinquenta por cento (50%), das rendas, concessões, taxas ou outros rendimentos devidos ao Município, por espaços comerciais/serviços, que se encontrem abertos, instalados em espaços municipais ou no domínio público municipal (no caso de pessoas coletivas, esta medida tem como limite de abrangência o critério de micro empresas); isenção do valor das taxas relativas a venda itinerante/carácter não sedentário de produtos alimentares, como forma de apoio aos comerciantes e incentivo à prestação deste serviço que beneficia as pessoas que residem em zonas mais isoladas e não servidas por transportes ou estabelecimentos comerciais de produtos alimentares, contribuindo ainda para que as pessoas fiquem em casa e não se desloquem a zonas de maior concentração comercial; a disponibilização, em articulação com a ULS da Guarda, de alojamento em unidades criadas para o efeito na cidade da Guarda para os profissionais de saúde, elementos da Proteção Civil, Bombeiros Voluntários e a funcionários dos lares residenciais que venham a necessitar; disponibilização de um centro de acolhimento para doentes vítimas da Covid 19, que estejam em recuperação; acesso a Plataforma de Apoio Social Extraordinário para todos os munícipes do concelho da Guarda, em situação de carência ou vulnerabilidade socioeconómica, que, comprovadamente, necessitem de alimentos ou outros bens essenciais, por quebra de rendimento como consequência da situação pandémica; continuação, no âmbito do Espaço Empresa e Apoio ao Investidor, de apoio às empresas, designadamente, micro, pequenas e médias empresas, tendo em vista assegurar a informação e aconselhamento sobre todos os apoios existentes, não só no decurso da pandemia, como também no período subsequente, tendo em vista promover a recuperação económica e o relançamento do tecido empresarial; dinamização do lançamento de empreitadas programadas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, com redução do prazo médio de pagamentos a fornecedores e empreiteiros; reagendamento, dos espetáculos e atividades culturais cancelados no âmbito da pandemia; manutenção do Regime Excecional de ocupação da via pública com esplanadas, como medida de Apoio a Empresas e Comerciantes e de Dinamização no Comércio Local; vigência de um Regime Excecional Isenção de Taxas de Ocupação da Via Pública com Equipamentos de Apoio necessários ao desenvolvimento da atividade principal e com esta conexos, como medida de Apoio aos Comerciantes e de Dinamização no Comércio Local; isenção do pagamento de estacionamento nas zonas reguladas por parquímetros existentes na cidade.
Fonte: CMG
O edifício da antiga Casa da Mocidade Portuguesa, na Guarda, vai ser recuperado para aí serem instaladas as pinturas da coleção de António Piné, no âmbito de um protocolo com a Associação Nacional de Farmácias, detentora da coleção.
Para o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Monteiro, "este acervo de arte contemporânea vai ser um trunfo importante na candidatura à Capital Europeia da Cultura". Carlos Monteiro, anunciou hoje na última reunião do executivo municipal que a instalação da coleção António Piné na cidade da Guarda poderá abrir portas ao público, ao lado da Sé-Catedral, no início de 2023. Esta coleção é um dos acervos particulares que melhor ilustram as correntes estéticas que caracterizaram a arte portuguesa a partir da segunda metade do século XX: tem, entre outras, obras de Cruzeiro Seixas, uma das figuras maiores do surrealismo português.
A coleção será instalada na antiga Casa da Mocidade Portuguesa, adquirida pela Câmara Municipal por 260 mil euros. Segundo o presidente da Câmara, irá agora ser lançado o concurso para a elaboração do projeto de recuperação do edifício, o qual tem espaços muito variados no seu interior e, também, um jardim.
A instalação na Guarda da Coleção António Piné irá resultar de uma parceria da Câmara Municipal com a Associação Nacional de Farmácias – ANF, através de um protocolo desenhado entre Carlos Chaves Monteiro e o presidente da ANF, Paulo Cleto. António Piné, natural de Pinhel, distrito da Guarda, farmacêutico de profissão, doou a sua coleção à ANF, que passou ser a detentora das obras de arte.
Ao longo dos anos, António Piné constituiu uma significativa coleção de pintura e escultura, que integra obras nacionais e internacionais do século XX. Paula Rêgo, Vieira da Silva, Júlio Pomar, Manuel Cargaleiro, Cruzeiro Seixas, Julião Sarmento ou Rui Chafes são alguns dos artistas portugueses representados na coleção. Pablo Picasso, Salvador Dalí ou Miró são nomes da pintura internacional presentes na coleção.
Fonte e foto: CMG
A Câmara Municipal da Guarda iniciou hoje a entrega de computadores aos agrupamentos das escolas do concelho da Guarda.
Na tarde de hoje foram entregues 50 e entre segunda e quarta-feira da próxima semana vão ser entregues mais 150 computadores aos agrupamentos da Sé e Afonso de Albuquerque.
De acordo com informação da autarquia guardense, os 200 equipamentos serão depois distribuídos pelos próprios agrupamentos nos vários ciclos de ensino, consoante as necessidades dos alunos. Para além dos computadores, o Município da Guarda assegura ainda o acesso gratuito à Internet a alunos que não disponham dessa valência em suas casas.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.