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Pedro Baltazar: uma vida com a fotografia

por Correio da Guarda, em 09.05.21

 

Pedro Baltazar, natural de Celorico da Beira, tem em desenvolvimento um projeto de fotografia sobre o abandono do interior norte e centro de Portugal. Desde criança que tem o gosto pela fotografia que mais tarde o levou a trabalhar como fotojornalista em “A Bola” (entre 1997 e 2002) a desenvolver colaboração com a Agência LUSA, jornal O Jogo e Jornal do Fundão.

Nos últimos 20 anos tem exercido Optometria em vários consultórios na zona norte e centro, mas isso não o impede de se continuar a dedicar à fotografia, a impulsionar atividades em prol da sua divulgaçao. É também um dos fundadores e dinamizadores do Fotoclube da Guarda.

 

Pedro BALTAZAR.JPG

 

Quando surgiu o interesse pela fotografia?

O interesse pela fotografia surgiu muito cedo, ainda criança com uns 6 anos de idade, lembro-me de ter tirado a minha primeira fotografia com uma câmara fotográfica Canon AV-1 de um primo de Aveiro, que pontualmente passava pelas beiras para visitar a família, ele era um amante da fotografia.

Foi ele que me ensinou os primeiros passos nesta arte, os comandos da máquina, a objetiva e o seu anel de aberturas, o visor da máquina que indicava a velocidade de obturação com um ponteiro e claro a focagem manual num despolido bipartido, tudo isto era fascinante para uma criança de 6 anos, que apenas conhecia a máquina lá de casa a qual só tinha um único botão o de disparar.

A partir desse dia o meu objetivo era ter uma máquina igual à do primo e ser fotógrafo. Obrigado, primo Manecas.

Mais tarde já no ensino secundário comecei a frequentar cursos de fotografia e revelação através do instituto da juventude.

Já na Universidade fui fundador do núcleo de fotografia da associação académica da Universidade da Beira Interior, onde fui formador na área de Iniciação à fotografia e revelação.

Enquanto estudante universitário fui Fotojornalista do Jornal A Bola por 5 anos. E o interesse pela fotografia ainda hoje continua a aumentar.

 

Que géneros de fotos prefere?

As fotos que prefiro são fotos da vida urbana em grandes cidades e paisagens.

Foto de Pedro Baltazar.JPEG

Fotografia de rua, paisagem, retrato…?

Fotografia de rua e paisagem, na fotografia de rua sempre com a figura humana presente.

 

Fotografia a cores ou a preto e branco?

Eu sou um adepto do preto e branco, justificado talvez por ter sido eu a revelar e ampliar as minhas fotografias a preto e branco durante vários anos.

Foto de Pedro BALTAZAR.JPG

Preocupa-se com o trabalho de edição das fotografias?

Não gosto de gastar muito tempo com edição, tento no momento do disparo que tudo fique o mais próximo possível do resultado final que pretendo, mas claro que a edição é fundamental, tal como a revelação e ampliação era no passado.

 

É um trabalho moroso?

Sim, a edição é um trabalho moroso quando se tiram muitas fotografias; eu sou comedido no número de disparos que faço, fui habituado a poupar os rolos dos filmes que eram caros e quando passei para o digital continuei a disparar apenas e só, quando todas as condições estão reunidas.

 

A zona da Guarda é a preferida para os seus trabalhos?

Sim gosto muito de fotografar na zona da Guarda e no Minho, Braga uma das cidades que, a par com a Guarda, adoro fotografar.

 

Que outras zonas em especial?

As zonas que mais me despertam para fotografar são os centros destas cidades e as zonas mais movimentadas, quanto a paisagens o Douro está em primeiro lugar na minha lista de preferências.

 

O que gosta mais de fotografar na Guarda?

Na Guarda, sem dúvida a Sé, pois cada vez que olho para ela descubro sempre mais um detalhe novo que me tinha escapado.

 

Como têm reagido as pessoas à suas fotos?

São simpáticas, tentam fazer um critica positiva, embora, constantemente seja questionado, “por que não a cores esta fotografia?”

 

O digital incrementou, junto das pessoas em geral, o gosto pela fotografia?

Não, as pessoas em geral sempre gostaram de fotografia, o digital só permitiu a todas as pessoas aceder à fotografia de forma simples e económica.

 

Fazer fotografia implica uma permanente atualização dos equipamentos?

Não, essa é a ideia que as marcas que vendem os equipamentos nos pretendem incutir, mas é completamente errada, qualquer máquina pode fazer uma boa fotografia, é mais importante estar no lugar certo à hora certa, levantar cedo para aproveitar a melhor luz.

Eu costumo dizer que a melhor máquina fotográfica é aquela que temos mais à mão.

 

Os preços dos equipamentos são hoje mais acessíveis?

Sem dúvida, hoje conseguimos aceder a um bom equipamento fotográfico para obter o mesmo resultado que há 25 anos atrás por 1/10 do preço.

Embora nos últimos anos estejamos a assistir a um incremento dos preços no material fotográfico devido ao vídeo, pois as câmaras digitais dos dias de hoje todas filmam; esse modos dedicados ao vídeo fazem com que câmaras e lentes sejam cada vez mais caras e que ao fotógrafo nada abonam, apenas o obrigam a pagar mais caro por algo que não vai utilizar.

 

Para além das iniciativas que tem havido, na área de fotografia, o que podia ser ainda feito para aproximar o público em geral dos trabalhos fotográficos aqui produzidos?

Na área da fotografia temos que fazer cada vez mais exposições físicas, a fotografia tem de passar mais para o papel e não ficar apenas nos meios digitais, penso que o público em geral ao ver mais fotografia em papel vai despertar mais para este tema, pois a fotografia em papel é muito mais apelativa.

Pedro Baltazar - fot.JPEG

Tem algum episódio curioso, ou que lhe tenha deixado boas recordações, no decorrer da sua atividade fotográfica?

As boas recordações no decorrer da atividade fotográfica são uma constante, pois quando se faz o que se gosta as coisas boas acontecem.

Quanto a episódio curioso, aconteceu há uns 6 anos numa ilha das Canárias quando fotografava uma colónia de esquilos que vive junto ao mar.

Estava entretido a fotografar os esquilos que brincavam junto ao mar, estando eu munido de uma teleobjetiva 400mm que a distancia mínima de focagem era superior a 2 metros, olho para o lado e vejo um esquilo a 50cms com uma expressão de espanto a olhar para mim, e eu sem poder fotografar pois a teleobjetiva não focava a menos de 2 metros; tirei discretamente o telemóvel do bolso e fiz a melhor fotografia dessa viagem. Como já disse anteriormente, a melhor máquina fotográfica é aquela que temos mais à mão.

 

E episódio menos agradável?

Menos agradável foi sem dúvida enquanto fotojornalista do Jornal A Bola, o dia em que fui posto fora do estádio de futebol pelo José Mourinho, esse episódio nem vale a pena recordar, é para esquecer…

 

Que projetos tem no campo da fotografia?

Tenho em curso um projeto de fotografia sobre o abandono do interior norte e centro de Portugal, que venho a desenvolver nos últimos anos; tenho fotografado os sinais de desertificação do nosso interior de Trás-os-Montes até às nossas Beiras, projeto esse que nunca saiu da gaveta, mas talvez para o final do ano dê origem a uma exposição.

 

 

 

 

 

 

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publicado às 12:00

Pároco da Guarda nomeado Bispo Auxiliar de Braga

por Correio da Guarda, em 08.06.12

 

     O Papa Bento XVI nomeou o Padre António Moiteiro Ramos (pároco da Sé e de São Vicente, na cidade da Guarda) como bispo auxiliar da Arquidiocese de Braga.

     De acordo com a informação divulgada no sítio da Diocese da Guarda, a ordenação Episcopal de D. António Manuel Moiteiro Ramos está marcada para o dia 12 de Agosto, na Sé Catedral desta cidade.

Será ordenado pelo Cardeal D. José Saraiva Martins, sendo consagrantes o Bispo da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício e o Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga.

    O P. António Manuel Moiteiro Ramos nasceu a 17 de Maio de 1956, na freguesia de Aldeia de João Pires, concelho de Penamacor e distrito de Castelo Branco, na diocese da Guarda. Frequentou os Seminários Diocesanos do Fundão e da Guarda, sendo ordenado sacerdote a 8 de Abril de 1982 e nomeado Vigário Paroquial das paróquias de São Vicente e de São Miguel da Guarda.

     Em 1987 foi nomeado pároco, como membro de uma equipa sacerdotal, das paróquias de São Miguel da Guarda, Alvendre, Avelãs de Ambom, Rocamondo e Vila Franca do Deão e, em 1996, assume o cargo de Director Espiritual do Seminário Maior da Guarda, acumulando, ao mesmo tempo, com a assistência pastoral às paróquias de João Antão, Santa Ana d’Azinha e Panoias. Em 2006, e também como membro de uma equipa sacerdotal, foi nomeado pároco da Sé e de São Vicente, na cidade da Guarda.

    Para além da paroquialidade exerceu, ao longo destes 30 anos de sacerdote, outros serviços na diocese da Guarda, tais como o de Responsável pelos Departamentos de Catequese da Infância e Adolescência e do Ensino da Igreja nas Escolas e, actualmente, o de Director do Secretariado Diocesano da Educação Cristã, Coordenador da Pastoral, Assistente Diocesano das Conferências Vicentinas, Membro do Conselho Presbiteral, do Conselho Episcopal e do de Pastoral.

    Em 3 de Setembro de 2005 foi nomeado Assistente Geral da Liga dos Servos de Jesus, uma Associação Pública de Fiéis, fundada, em 1924, pelo bispo auxiliar da diocese da Guarda, o Servo de Deus D. João de Oliveira Matos, tendo, no momento actual, 23 comunidades em Portugal e uma em Angola e, em 2006, Vice-Postulador do Processo de Beatificação e Canonização do Servo de Deus.

    Entre 1984-1986 fez a licenciatura em Teologia, com especialidade em catequética, no Instituto Superior de Teologia San Dâmaso, em Madrid, filiado na Universidade Pontifícia de Salamanca e, nos anos 1994-1996, frequentou as aulas no Instituto Superior de Pastoral, em Madrid, concluindo o doutoramento em Teologia Pastoral, em 1997, com a tese «Os catecismos portugueses da infância e adolescência de 1953-1993». Desde 1987 foi professor de catequética no Seminário Maior da Guarda e, actualmente, é professor de teologia pastoral no Instituto Superior de Teologia Beiras e Douro, com sede em Viseu.

 

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publicado às 22:03


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