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Leonor Simão é o nome da bebé que nasceu ontem numa ambulância da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Meda, quando o veículo seguia a caminho do Hospital Sousa Martins, na Guarda.
Aquela corporação, numa publicação publicada no Facebook, assinalou o facto que deu “uma alegria imensa aos operacionais presentes”, solicitados para o transporte da parturiente pelas 2h20.
Segundo a informação divulgada pelos Bombeiros Voluntários da Mêda, “tudo correu pelo melhor” encontrando-se a mãe e a recém-nascida “bem de saúde”.
“À Leonor Simão, aos seus pais e restantes familiares desejamos muita saúde e felicidades”, é expresso na nota divulgada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Meda, que agradece aos elementos da corporação e SIV de Vila Nova de Foz Côa.
Foto: B V Mêda
O incêndio que deflagrou, na madrugada do passado sábado, numa habitação devoluta localizada entre a Rua Sacadura Cabral e a Rua da Torre na cidade da Guarda, é mais um alerta preocupante para a salvaguarda e segurança do centro histórico.
O cenário de habitações devolutas, em ruínas ou com o seu interior transformado em perigosas lixeiras, não é apenas de hoje, mas prevalece há vários anos; um sério problema que se vai agravando progressivamente e poderá abrir as portas a uma tragédia com consequências imprevisíveis. Estamos perante um autêntico barril de pólvora que, face ao mais ligeiro descuido ou atitude criminosa, poderá colocar em risco muita coisa, nomeadamente vidas humanas.
Mais do que intervenções inflamadas na praça pública (leia-se também redes sociais) e comentários desfocados daquilo que importa realmente resolver (sempre com a preocupação de zelar pelos reais interesses da Guarda e comunidade), urge a aplicação de medidas pragmáticas e adequadas à dimensão do problema; a par de uma consciencialização das responsabilidades individuais na defesa de uma identidade citadina, da sua valorização e promoção que terá reflexos positivos em múltiplas vertentes.
Contudo, e retomando o parágrafo inicial deste breve apontamento, é justo realçar aqui o trabalho dos Bombeiros da Guarda que – com rapidez, eficácia, empenho e elevado sentido de missão – neutralizaram o incêndio e travaram a sua propagação a outras habitações; aliás, no meio de condições de trabalho com diferenciadas dificuldades, se tivermos em conta o local e as condições de acesso para as viaturas e equipamentos. E quanto a acessibilidades dentro do centro histórico muito há a dizer…
Os nossos bombeiros merecem, pois, uma palavra de gratidão e o apoio da comunidade sempre que solicitado.
Hélder Sequeira
No quartel dos Bombeiros Voluntários da Guarda está a funcionar, em colaboração com a ULS, um Centro de Testes ao Covid19.
De acordo com a informação divulgada, apenas têm acesso ao referido centro as pessoas indicadas e confirmadas pela Unidade Local de Saúde da Guarda.
Os Bombeiros Voluntários da Guarda esclarecem que são regras fundamentais de segurança para a aceder ao Centro a entrada junto à fonte (assinalada na foto); não sair do veículo, uma vez que, o teste é efetuado com as pessoas no seu interior; não passar para fora da zona limitada ao centro de testes. De acrescentar que “por questões de segurança as restantes áreas do quartel estão interditas”.
As chamas andaram, esta segunda-feira, dentro da Guarda. A meio da tarde o fogo deflagrou junto à Via de Cintura Externa, atingindo também a zona residencial da Senhora dos Remédios e, pouco tempo depois, um outro foco de incêndio eclodiu a meio da encosta do Bairro do Pinheiro.
O incêndio, que se iria aproximar perigosamente das habitações, foi felizmente travado pelo rápido alerta desencadeado e pela pronta intervenção dos Bombeiros Voluntários.
Este incêndio, à semelhança de muitos outros não deixou de suscitar a revolta dos moradores, múltiplas interrogações e comentários bem como o registo das condições propícias à propagação das chamas.
Como é habitual nestas circunstâncias não faltaram os comentários dos persistentes “peritos” de ocasião, confortáveis na sua posição de ávidos espectadores de um flagelo que tem deixado profundas marcas na região e no País; não deixa de ser curioso que estes “especialistas” não sejam capazes de esboçar um gesto de auxílio, uma atitude de disponibilidade para ajudar (que, e bem, se verifica noutros casos e lugares, com o devida orientação quando há operacionais no terreno) com os meios que possam afetar para debelar as chamas; nestas circunstâncias é mais fácil manejar a câmara fotográfica dos telemóveis do que uma enxada, uma pá…e nas redes sociais sempre se colocam umas imagens suportadas por uns “emojis” encarnados, lacrimejantes ou expressando um incompreensível “like”…fica bem é confere uma pretensa tonalidade de intervenção cívica…
E por ali ficam a olhar para a atuação dos Bombeiros como se estes estivessem a ser os protagonistas de uma qualquer peça dramática…e estes homens, e mulheres, vivem todos os dias dramas reais e assumem, em cada dia, exemplos que deve merecer (não apenas nas festas ou galas de homenagem…) o nosso apoio, solidariedade e gratidão.
E, discorrendo ainda pelo referido incêndio, gostaria de anotar uma atitude simples mas extremamente expressiva: um jovem morador, quando os bombeiros se preparavam para sair do local, aproximou-se do voluntário mais próximo e tocando-lhe no ombro disse-lhe “obrigado!”.
Recebeu, da parte do Bombeiro, um sorriso que certamente traduzia uma íntima satisfação pela valorização dada, de forma simples e sincera, ao seu trabalho…ao verdadeiro espírito do Voluntariado, à sua relevante missão humanitária e social.
Estes homens e mulheres que vemos, nestes e noutros dias dramáticos, a enfrentar as chamas, arriscando as suas vidas, auxiliando, socorrendo, servindo até à exaustão, devem merecer o nosso respeito e admiração. Bem hajam!
in O Interior, 19.07.2017
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