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O Município da Guarda, através do seu Museu, foi galardoado com o prémio Projeto Internacional relativo ao SIAC.
O autarquia guardense recebeu ainda uma Menção Honrosa do "Prémio Incorporação de Bens Culturais", pela incorporação de 118 obras de Arte no seu acervo em 2016.
Estes galardões foram atribuídos pela Associação Portuguesa de Museologia.
O Comando Territorial da GNR da Guarda deteve, recentemente, dois indivíduos suspeitos de furto e de obras de arte e outros bens culturais; uma imagem religiosa estava entre esse conjunto.
A segurança do património artístico, monumental e móvel, existente no nosso distrito, deve continuar a merecer cada vez mais atenção.
Já tivemos o ensejo de aqui escrever a propósito dos, frequentes, roubos de cruzeiros e de nichos colocados junto à berma de muitas estradas da nossa região (ou mesmo dentro das localidades), objeto de cobiça fácil para quem se dedica à comercialização destas peças (muitas delas destinadas ao estrangeiro) ou pretende embelezar o exterior da sua habitação, mesmo sabendo que está a cometer um atentado contra o património cultural, herança coletiva de um povo.
Ao longo dos anos têm faltado medidas eficazes e a definição de competências, quase sempre com o argumento de insuficiência de meios financeiros. Neste contexto, a degradação de muito do nosso património, como é público e notório, tem-se acentuado, facilitando assim a sua delapidação.
As deficiências ao nível da inventariação e da caracterização completa dos monumentos, a par do isolamento de alguns, ou da sua localização em zonas de reduzida circulação pedonal ou rodoviária contribuem, em larga medida, para o avolumar das dificuldades nas ações de proteção e salvaguarda desses testemunhos do passado. Acresce, noutras situações, a indiferença ou o comodismo de algumas entidades, por mais que arvorem a bandeira da defesa do património e da manutenção da nossa identidade cultural.
Já são demasiados os casos de vandalismo e de roubo dos nossos valores para se continuar numa atitude de passividade e contemplação, sem desencadear as medidas, para já, mais adequadas, com o objetivo de travar a espiral de empobrecimento do nosso património.
Numa zona tradicionalmente desfavorecida, o desaparecimento dos elos com o passado histórico e cultural contribuirá, indubitavelmente, para uma maior desertificação.
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