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A direção do Guarda Runners (GR) tem previstas diferentes atividades e iniciativas que divulguem, dentro e fora de fronteiras, esta região. Este propósito foi dado a conhecer por Pedro Pinto que continua a presidir, no período 2021/2023, à direção do GR.
Na sequência do recente ato eleitoral, integram ainda a direção Rui Alves (vice-presidente) Ana Gomes, Marisa Santos e Cristina Pires, bem como os novos elementos Rui Melo e Marco Pereira.
Os Guarda Runners são um clube de praticantes que nasceu na cidade da Guarda com o objetivo de promover a corrida e que atualmente tem mais de 80 sócios. Para fazer parte dos Guarda Runners o requisito é gostar de correr. “Este é um grupo inclusivo, com corredores de todos os níveis de preparação física que acolhe e motiva quem quiser começar a correr. Mais que um Grupo de corrida, os Guarda Runners são um grupo de amigos, completamente aberto à comunidade”, como nos foi referido.
Mesmo com a pandemia por COVID-19, o clube tem estado ativo, “com a programação de várias atividades que podem ser realizadas em casa. Desta forma é possível continuar a garantir a melhor forma física e também contribuir para uma boa saúde mental”.
Para Pedro Pinto, os Guardar Runners “são um claro exemplo de união, de amizade, de interajuda e de motivação. Mesmo em tempos de pandemia, com vários momentos de confinamento, o clube, que já é conhecido internacionalmente e que tem levado o nome da Guarda, tem sabido reinventar-se nas atividades e até aumentou o número de sócios.”
De referir que o grupo tem várias parceiras estabelecidas com o comércio e serviços da Guarda. Os interessados em aderir podem inscrever-se como sócios através da página oficial (guardarunners.pt).
O projeto Gmove+, liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG), está no terreno desde segundo trimestre de 2017 e tem como missão aumentar a prática regular de atividade física pelas pessoas idosas Guarda, através da otimização das sinergias entre os vários parceiros locais com maior responsabilidade social neste âmbito.
A primeira fase do projeto está quase finalizada (identificar barreiras e motivações para a prática regular de atividade física), tendo sido avaliados mais de 300 idosos encaminhados pelos médicos e enfermeiros dos Centros de Saúde da Guarda, bem como pelos diretores técnicos de centros de dia e de convívio.
Os resultados da primeira fase do estudo indicam que a população idosa da Guarda apresenta valores de prática de atividade física inferiores ao observado em estudos de âmbito nacional. De acordo com a Investigadora Responsável, Profª Carolina Vila-Chã, estes resultados, ainda que preliminares, constituem motivo de preocupação dado que a inatividade física e o comportamento sedentário estão entre os principais fatores que contribuem para o aparecimento de doenças crónicas não transmissíveis, como a diabetes e hipertensão.
Esta alteração do comportamento motor é já considerada um problema de saúde pública tanto a nível nacional como mundial e que precisa de ser combatido através de medidas adaptadas à população local e coordenadas entre vários setores da sociedade. Os resultados indicam também que os idosos avaliados pelo Gmove+ percebem como principais barreiras à prática de atividade física as más condições climatéricas, considerarem já serem fisicamente ativos e a falta de instalações perto de casa e/ou falta de transporte para as atividades. Algumas destas barreiras podem ser colmatadas através da articulação com os serviços já disponibilizados pela Câmara Municipal da Guarda (CMG). No entanto, outras barreiras carecem de maior sensibilização da população para a prática da atividade física, processo este em que os profissionais de saúde da ULS podem ter um papel fundamental. Neste momento estão a ser debatidas com a CMG medidas para levar a prática da atividade física a mais idosos do concelho, aumentando os locais de atividade e procurando otimizar as redes de transporte. Está previsto também a inclusão de outras atividades no programa Guarda+65, tomando em consideração as motivações expressas pelos idosos durante este primeiro estudo. Juntamente com a ULS e com a CMG, está previsto, a curto prazo, iniciar um programa de atividade física especificamente direcionado os idosos com diabetes, podendo ser alargado a outras condições de doenças crónicas não transmissíveis.
O projeto tem participado em várias ações de sensibilização não só no concelho, mas também no distrito.
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) obteve, recentemente, a aprovação e financiamento dos seis projetos submetidos ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT) dos quais é líder. O IPG obteve o pleno de candidaturas que a instituição se podia submeter e assegurou a participação em mais nove projetos com instituições de Ensino Politécnico congéneres.
Uma das candidaturas aprovadas relaciona-se com o Projeto GMovE +. Este projeto tem como objetivo aumentar a prática regular de atividade física pelas pessoas idosas da Guarda, contribuindo para um envelhecimento saudável e para uma vida independente mais prolongada. Para alcançar este objetivo, será implementado um programa de intervenção multidisciplinar apoiado por tecnologias de informação e comunicação (TIC).
Carolina Vila-Chã, docente do departamento de Desporto e Expressões do IPG e investigadora responsável por este trabalho, refere que se trata de “um projeto que abrange várias entidades públicas com responsabilidade na melhoria da qualidade vida das pessoas, tratando-se por isso, não só de um projeto multidisciplinar mas também multissectorial”.
De acordo com esta docente, o “desafio societal imposto pela rápida alteração demográfica traz repercussões nefastas para a saúde pública e para a economia regional e nacional, pelo se torna premente o desenvolvimento de medidas que promovam o envelhecimento ativo”. Referiu ainda que a implementação de medidas deste âmbito “implicam uma aproximação multidisciplinar, razão pela qual projeto GmovE+ envolve profissionais de várias áreas científicas, nomeadamente da área das ciências da saúde, da informática e ciências do desporto”.
O projeto iniciar-se-á com um estudo exploratório para identificar potenciais barreiras e fatores que poderão determinar a adesão pessoas idosas à atividade física em contexto regional. A informação recolhida irá suportar a definição de estratégias para aumentar a adesão à atividade física neste grupo etário, através de uma ação concertada entre o Instituto Politécnico, Unidade Local de Saúde da Guarda e Câmara Municipal da Guarda.
Aos idosos que pretendam tornar-se mais ativos ser-lhes-á proposto a adesão ao programa de atividade física em grupo (devidamente desenhado para desenvolver as múltiplas componentes da atividade física e promover a alteração do comportamento sedentário).
Em alternativa o idoso poderá integrar um programa de atividade física individual, baseado em atividades que possam ser cumpridas com independência. Este tipo de programa será suportado por soluções TIC no sentido de monitorizar e promover a prática regular.
Os efeitos de programas de atividade física sobre a condição física e estado de saúde os idosos participantes serão avaliados antes e após um período de intervenção. Os participantes serão recrutados maioritariamente na ULS da Guarda, através dos seus médicos de família. Carolina Vila-Chã considera que é um dever do IPG, enquanto instituição promotora de Inovação e Desenvolvimento, realizar investigação baseada na prática, contribuindo para desenvolvimento da região e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que nela habitam.
De acrescentar que nos países desenvolvidos, a população idosa está a crescer tanto em número como em idade. Embora o aumento da longevidade seja uma grande conquista, estas alterações demográficas representam um grande desafio para os serviços públicos, os idosos e suas famílias. A atividade física tem sido identificada como um dos fatores determinantes para a manutenção da independência e qualidade de vida dos idosos. No entanto, e apesar dos benefícios, o estilo de vida sedentário está a tornar-se num problema mundial, com impacto direto na saúde pública e na economia regional e nacional.
Em Portugal, a prevalência do sedentarismo entre as pessoas com mais de 60 anos idade é uma das mais elevadas da Europa. Além disso, esta parece ser mais acentuada nas regiões do interior, onde se inclui a Guarda.
Os atores locais, tais como a Camara Municipal (CMG) e Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda estão cientes da necessidade de programas de intervenção e algumas iniciativas individuais têm sido implementadas, contudo sem um impacto significativo na adesão dos idosos à atividade física.
No Instituto Politécnico da Guarda vai decorrer a partir da próxima segunda-feira, e até 12 de Julho de 2017, a décima terceira edição do Seminário Internacional de Educação Física, Saúde e Lazer (SIEFLAS).
O tema central deste seminário, “Desafios interdisciplinares na promoção da Atividade Física”, será abordado em conferências, mesas de debate temático e pósteres por reconhecidos investigadores nacionais e internacionais.
O Seminário é entendido como um momento de reflexão e troca de conhecimento entre investigadores de vários países, em torno de um tema de importância crescente na sociedade atual”; por outro lado é referido que a Direção Geral de Saúde criou em 2016, pela primeira vez em Portugal, um programa prioritário de promoção da atividade física que visa, além da promoção de estilos de vida saudáveis e a avaliação dos seus benefícios, formar profissionais para aconselharem e mudarem os comportamentos dos utentes.
Pedro Teixeira (Programa Nacional de Promoção da Atividade Física - DGS); Jorge Mota (Programa Acorda /FADEUP); Romeu Mendes (Programa Diabetes em Movimento - UTAD); José Antonio de Paz Fernández (Programa Esclerosa Múltipla – ULeón, Espanha); José Rodrigues (REDESPP /ESDRM), Nuno Ferro (Sociedade Portuguesa de Educação Física), César Sá (IPVC), Carlos Neto (FMH), Nuno Serra (IPG) e Rita Cordovil (FMH) são alguns dos conferencistas.
O programa pode ser consultado em www.ipg.pt/13sieflas/
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